A luta multicultural do Fórum Social Mundial x o padrão cultural da globalização.ppt

Ciências Humanas e suas
Tecnologias - História
Ensino Médio, 3º Ano
A luta Multicultural do Fórum Social Mundial x Padrão Cultural da
Globalização

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL
• A grande imprensa, controlada pelo capital, tem,
sistematicamente, se referido a essa oposição, ou
seja, a esse movimento, como um “movimento
antiglobalizado”.
• Mesmo se algumas pessoas integrantes do FSM
assumirem essa definição, entende-se que esta não
é ideal, já que carrega um forte caráter pejorativo,
como se fosse uma “rebeldia juvenil contra um fato
consumado, globalizado”.
HISTÓRIA, 3º Ano do Ensino Médio
A luta Multicultural do Fórum Social Mundial x Padrão
Cultural da Globalização
O QUE É ISSO??

• Assim, após análises minuciosas, entende-se
que o movimento que resultou na criação do
Fórum Social Mundial, em 2001, como
integrante de uma ação organizada da
sociedade contra os malefícios do capitalismo
globalizado, caso tivesse que ser rotulado de
alguma forma, poderia ser mais bem definido
como “anti-neoliberal”

Fórum Social Mundial criado em 2001
Link da Logo:
http://somosandando.files.wordpress.com/2010/02/logo_forum_social_mundial2.jpg
Link da Charge:
http://3.bp.blogspot.com/-KE4ApO28jDM/Tx2SdNofvtI/AAAAAAAAAEw/tSR7IW46Ch4/s1600/aa.jpg

ENTENDENDO O NEOLIBERALISMO
• Podemos definir o neoliberalismo como um
conjunto de ideias políticas e econômicas
capitalistas que defende a não participação
do estado na economia. De acordo com
esta doutrina, deve haver total liberdade de
comércio (livre mercado), pois este
princípio garante o crescimento econômico
e o desenvolvimento social de um país.
http://www.suapesquisa.com/geografia/neoliberalismo.htm

• Surgiu na década de 1970, através da Escola
Monetarista do economista Milton Friedman,
como uma solução para a crise que atingiu a
economia mundial em 1973, provocada pelo
aumento excessivo no preço do petróleo.

SUAS CARACTERÍSTICAS
• Mínima participação estatal nos rumos da
economia de um país.
• Pouca intervenção do governo no mercado de
trabalho.
• Política de privatização de empresas estatais.
• Livre circulação de capitais internacionais e
ênfase na globalização.
• Abertura da economia para a entrada de
multinacionais.

• Adoção de medidas contra o protecionismo
econômico.
• Desburocratização do estado: leis e regras
econômicas mais simplificadas para facilitar o
funcionamento das atividades econômicas.
• Diminuição do tamanho do estado, tornando-
o mais eficiente.
• Posição contrária aos impostos e tributos
excessivos.

• Aumento da produção, como objetivo básico
para atingir o desenvolvimento econômico.
• Contra o controle de preços dos produtos e
serviços por parte do estado, ou seja, a lei da
oferta e demanda é suficiente para regular os
preços.
• A base da economia deve ser formada por
empresas privadas.
• Defesa dos princípios econômicos do
capitalismo.

• O FSM é contra tudo isso que acabamos de
ver.
• E esse movimento faz parte de uma série de
outros que, historicamente, significaram a
organização de diversos setores da sociedade
contra o capitalismo e suas regras
neoliberalistas.

A ORIGEM DESSES MOVIMENTOS
• Sua origem pode e deve ser associada ao século XIX,
por ocasião da organização sindical do proletariado
urbano para fazer frente à intensa exploração da
burguesia que comandava as fabricas e os governos
dos países capitalistas.
• Já no século XX, uma outra importante fonte de
inspiração para o movimento atual foram as
manifestações de estudantes e trabalhadores que
ocorreram em praticamente todo o planeta, em maio
de 1968.

• É claro que essas comparações são sempre
perigosas, por esconderem as enormes
diferenças existentes entre as conjunturas de
uma época e de outra. Não se pode esquecer,
também, de que diversas pessoas e grupos
protestaram, de fato, contra “qualquer forma
de poder”, como fizeram os anarquistas
durante o movimento de 1968 e aqueles que
hoje se colocam “contra a globalização”.

• Mas, se quisermos nos ater a uma referência mais
recente para o surgimento do movimento, podemos
destacar a fundação de um primeiro Fórum
Alternativo durante a reunião do então G-7, em
Londres, em 1984.
• Ou ainda a manifestação que reuniu 100 mil pessoas
em protestos contra o FMI, em Berlim, 1988.
• De qualquer forma, trata-se de grupos formados por
trabalhadores urbanos e rurais, ambientalistas,
lideranças indígenas, estudantes, anarquistas,
religiosos, etc.

Segundo várias opiniões de diversos analistas, o
movimento é, na verdade, a reunião de muitas
organizações espalhadas pelo mundo, unidas por três
pilares:
• Objetivo em Comum: o movimento, além de divergências e
antagonismo, tem muitas bandeiras em comum. Como por
exemplo:
 A exigência de cancelamento das dívidas dos países pobres.
 A proteção do meio ambiente, com a aplicação do Protocolo
de Kyoto, que prevê a redução na emissão de poluentes.

 A modificação das regras do comércio internacional,
com a limitação do “poder do capital global” e a
denúncia contra o superpoder das multinacionais.
• Inimigo em Comum: instituições como Fundo
Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial,
Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) e Organização Mundial do
Comércio (OMC) são os principais alvos do
movimento.

• A Internet: o movimento tem um meio de
comunicação “global” que oferece
instrumento de luta, debate e formação nunca
antes imaginado. A rede é a grande alma do
movimento.

BRASIL É REFÊRENCIA PARA O
MOVIMENTO
• O Brasil tem servido de referência internacional para
o movimento desde a escolha da cidade de Porto
Alegre para sediar o I Fórum Social Mundial, em
2001, na qual compareceram 15 mil pessoas.
• Desde então realizaram-se vários encontros, com o
Fórum assumindo um caráter de reunião anual de
organização do movimento de debate de ideias.

• No mesma cidade de Porto Alegre no ano
seguinte, em 2002, o II FSM aconteceu com a
presença de mais de 50 mil pessoas e depois
com 100 mil, com representantes de todo o
planeta.

• Os debates se pautaram pela formulação de
propostas alternativas à atual ordem capitalista
global, discutindo o militarismo dos EUA, a questão
ecológica, a diversidade sexual, a exclusão social
sofrida pelas pessoas portadoras de deficiências,
etc., tudo sob a perspectiva de entidades e grupos
organizados contra o “pensamento único”
neoliberal.
• Unificando as diversas bandeiras por um mundo
pacífico, mas justo e sem intolerância, o lema do
Fórum Social Mundial passou a afirmar a esperança
de que “Um outro Mundo é Possível”.

OS OBJETIVOS DO FÓRUM
• Pela construção de um mundo de paz, justiça,
ética e respeito pelas espiritualidades diversas.
• Pela libertação do Mundo do domínio das
multinacionais e do capital financeiro
• Pelo acesso universal e sustentável aos bens
comuns da humanidade e da natureza.
• Pela democratização do conhecimento e da
informação.

• Pela dignidade, diversidade, garantia da
igualdade de gênero e eliminação de
todas as formas de discriminação.
• Pela garantia dos direitos econômicos,
sociais, humanos e culturais,
especialmente os direitos à alimentação,
saúde, educação, emprego, habitação e
trabalho digno.

• Pela construção de uma ordem mundial
baseada na soberania, na autodeterminação
e nos direitos dos povos.
• Pela construção de uma economia centrada
nos povos e na sustentabilidade.
• Pela construção de estruturas políticas
realmente democráticas e instituições com a
participação da população nas decisões e
controle dos negócios e recursos públicos.

• O Fórum Social Mundial, como espaço de
articulação, procura fortalecer e criar novas
articulações nacionais e internacionais entre
entidades e movimentos da sociedade, que
aumentem, tanto na esfera da vida pública como da
vida privada, a capacidade de resistência social não
violenta ao processo de desumanização que o
mundo está vivendo e à violência usada pelo Estado,
e reforcem as iniciativas humanizadoras em curso
pela ação desses movimentos e entidades (Carta de
Princípio).

Marcha de abertura do Fórum Social Mundial 2010, em Porto
Alegre
Imagem: Feijaocomarroz from pt/ Disponibilizado por BetacommandBot / GNU Free Documentation License.

O FSM E O COMBATE AO PADRÃO
CULTURAL DA GLOBALIZAÇÃO
• Os integrantes do movimento acreditam que o
Estado é o grande responsável por criar o
Multiculturalismo.
• Multiculturalismo não é simplesmente o fato
de haver várias culturas no mesmo lugar, e
sim, a forma como o Estado lida, articula e
maneja essas várias culturas, para que todas
sejam tratadas de maneira igual.

• Para os integrantes do movimento do FSM, o
mundo ocidental criou um certo padrão
cultural hegemônico e legítimo:
• Ocidental
• Branco
• Homem
• Cristão
• Adulto (independência econômica e
financeira, e não mais morar com os pais)

• Heterossexual
• Saudável
• Rico
• Alfabetizado
• Anglo-saxão (países do norte)

• A partir dos anos 60/70 surge a noção de
multiculturalismo na esteira dos movimentos
de CONTRACULTURA, que questionavam esse
modelo cultural hegemônico e valorizavam
grupos que não se enquadravam nesse padrão
- > as chamadas MINORIAS ( Não no sentido
numérico, mas de hegemonia).
• MINORIAS - Mulheres, Negros e
Homossexuais.

A BANDEIRA DO FSM É O FIM DOS
PADRÕES CULTURAIS GLOBALIZADO
• E a luta é:
• Reconhecer-se: como diferente e sentir
pertencimento (os indivíduos pensam em si
mesmos como membros de uma coletividade
na qual símbolos expressam valores, medos e
aspirações) com seu grupo de semelhantes.

Veja a charge no link abaixo:
http://4.bp.blogspot.com/-O7FUr-
nmLcU/Thjw0uU23BI/AAAAAAAAAUQ/425nDCpDzuE/s1600/globalizacao.jpg

• Lutar por direitos iguais, via mobilização política.
• Ainda utópico: depois de conseguidos os direitos,
pode-se entrar numa era em que já não é mais
necessário marcar as identidades, "levantando
bandeiras".
• Ações afirmativas são feitas pelo Estado que
visam à igualdade de oportunidades e
tratamento.
Ex. Cotas raciais em universidades (BR),
casamento civil (Gays)

 Na realidade, temos que ter uma ideia de
multiculturalismo como um mosaico, tudo
misturado, entretanto é possível distinguir,
as diferenças estão todas lá, claramente,
sobrevivendo integradas e não caldo
cultural em que elementos perdem as
diferenças, viram uma coisa só.1
 O Fórum Social Mundial vai continuar, pois
como vimos a luta é grande para provar que
“UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL”.

Tabela de Imagens
n° do
slide
direito da imagem como está ao lado da foto link do site onde se consegiu a informação Data do
Acesso
24 Feijaocomarroz from pt / Disponibilizado por
BetacommandBot / GNU Free
Documentation License.
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Passeada
_de_abertura_do_Forum_Social_Mundial_de_200
3.jpg
18/09/2012

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