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• Vontade de diversificar a economia:
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População total: 25 789 024 -- Rural: 9 635 037
(37.4%) (Censo definitivo 2014)
Porque começar nos anos 1960s?
• -Conjuntura histórica - Rebelião, comunismo, a
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• Golpe de estado brasileiro - impactos sobre a
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• O Portugal decide mudar o politico ultramar,
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• Em 2010, "Os conflitos entre as comunidades
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Santos & Zacarias, (ADRA) 2010 p. 13
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• Sindicalização - apoio politico
• Pres. Getulio Vargas, liderava o programa "Aliança
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• 1932 - Sindicato dos Trabalhadores Rurais de
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• 1937 - Ministério do Trabalho publica, O
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• 1954 - Partido Comunista do Brasil (PCB) organiza
Primeira conferencia national dos trablhadores
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Trabalhadores Agricolas do Brasil (ULTAB)
Evolução organizacional: os anos 1960
• Igreja Católica (1962-1965 - Second Vatican
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nacido em América Latina.
• Ligas Camponeses (establecidas com o apoio
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• Janeiro 1962 a primeira mobilização e
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• O governador populista Leonel Brizola foi
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• …Depois perdiu eleições em 1963, golpe de
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Evoluçao organizational: os anos 1960
• 1963 – O governo Joao Goulart criou SUPRA
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• 1963 - ULTAB remplacado por CONTAG
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O elite intelectual e o poder no campo:
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• 1960s- Revista Brasiliense
• 1963 - Fernando Ferrari, deputado federal ,
publicou Escravos da terra. Sobre a historia dos
tralahadores rurais e o parleçento, denuncia a
resistencia da oligaria rural.
• 1965 - Segadas Vianna, avogado, ex- Ministero do
Trabalho sobre Vargas, publicou O Estatuto do
Trabalhador Rural e sua Aplicaçao, traca a
evolucao legislativa dos leis dos trabalhadores
rurais.
O apoio academica e intelectual
continua
• 1979 - Caio Prado Junior, da Revista Bresiliense A
questao agraria,
• 1982 – Economista José Graziano da Silva, A
modernizaçao dolorosa: estrutura agraria,
fronteira agricola e trabalhadores rurais no Brasil,
• 1982 - Fernando Azevêdo, As ligas camponeses
• 1984 - Elide Rugai Bastos, As ligas camponeses
• 1986 - Bernadete Aued, A victoria dos vencidos
(Partido Comunista Brasileira e Ligas Camponeses
1955-1964).
Evolução organizacional: os anos da
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• Ditatura criou o Instituto Brasileiro de Reforma
Agrária (IBRA) criado em 1965, juntamente com o
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(INDA), para substituir a Superintendência da
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Criação de centros de saudem, servicos sociais.
Evolução organizacional: os anos da
ditadura (1964-1985)
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econômicos.
Evolução organizacional: os anos da
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• Començou em 1970, insiprada pelo grupo
progressivo da Igreja Catolica.
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• Comissão Pastoral da Terra, CPT. Criou em
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• Os sindicatos e a influencia católica foram os
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Evolução organizacional: os anos 80
• A fundação do MST, em 1984, na cidade de
Cascavel, no Estado do Paraná, com a
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A Evolução social do campo angolano:
época colonial
« No período colonial não se
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época colonial
Estatutos da Cooperativa
da Liga Angolana, criado
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Fonte: Arquivo Nacional, Luanda
Fonte: Arquivo Nacional, Luanda
A Evolução social do campo angolano
• Pre-1975 – Primeiras organizações “Clubes
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A Evolução social do campo angolano
• A guerra civil destruiou a rede comercial, dos
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Cooperativas (CADCO) – Primeira instituição
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• 1977 - I Congresso do MPLA - recomendou a
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• Fev 1976 - Aprovou o Bureau Politico de MPLA o
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• 2 graus de organizaçao:
• 1° cooperativas (tipo de cooperativa de serviços e
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(forma de exploraçao colectiva das terras e
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essa inspirada no "kolkhoze" socviético)
A Evoluçao social do campo angolano:
os anos 1980/90
• 1985 - II Congresso do Comite Central de MPLA,
existência em todo o pais de 259 cooperativas e 2
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seu conjunto cerca de 230 mil camponeses, dos
quais 58% eram mulheres
• 1986 - Direcçao do MPLA criou a Commissao
Nacional de Apoio à Cooperativizaçao (CNAC),
tera a funçao de reclassificacao e enquadramento
das associaçoes de camponheses ja existentes
• 1990 Uniao Nacional dos Camponheses
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Composição de sexo e estaria
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A Evolução social do campo angolano:
os anos 1980/90
• Transição ao sistema de multipartidos e uma
economia de mercado, abertura ao sistema
internacional.
• Chegada das ONGs, grupos religiosas, etc.
• Em 1996, havia so 26 ONGs nacionais e
internacionais inscritas por todo o pais. Em
2001, havia 95 ONGs internacionais e 365
nacionais (Chatnam House, p. 6, 9)
Entrando em terrenos de conflitos
• "A evolução fundiária e da legislação, em Angola, tem
várias características que podem ser definidas da seguinte
maneira: a) o primeiro “choque” simbólico sobre terras
entre o colono e o autóctone; b) a resistência à penetração
e ocupação colonial; c) as tentativas de adaptação da
ocupação e a dominação colonial; d) As tentativas que
surgiram para resolver o problema; e) a evolução do
processo de modernização na colónia; f) a independência, a
guerra e o socialismo; g) a queda do modelo socialista e a
economia de mercado; h) a efectivação da privatização de
terras; i) o ressurgimento de conflitos de terras; j) a nova lei
de terras. " -Santos & Zacarias, (ADRA) 2010 ADRA p. 10
Processo da Lei de Terras 2001/2002
• O governo de Dos Santos invitou a
participação da sociedade civil no processo de
redacção.
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Terras de Huila (12 ONGs)
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UNACA apontam as seguintes cifras: 621
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Conflitos de terra rural e organizações camponesas no Brasil e Angola

  • 1. Os conflitos de terra rural e as reacções das comunidades locais: Um estudo comparativo entre Brasil e Angola
  • 2. Introdução ao tema: regresso a terra • Vontade de diversificar a economia: • “O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) de 2013-2017 prevé a promoção do crescimento económico, do aumento do emprego e da diversificação da economia através da “promoção do crescimento equilibrado dos vários sectores de actividade económica » (Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017, Dezembro 2012, Ministério do Planeamento e Desenvolvimento Territorial)
  • 3. Introdução ao tema: regresso a terra
  • 4. Introdução ao tema: regresso a terra População total: 25 789 024 -- Rural: 9 635 037 (37.4%) (Censo definitivo 2014)
  • 5. Porque começar nos anos 1960s? • -Conjuntura histórica - Rebelião, comunismo, a reforma da Igreja Catolica (II Vatican Council) • Golpe de estado brasileiro - impactos sobre a libertade de organização social • O Portugal decide mudar o politico ultramar, investir na colonia em vez de so ser uma maquina de exportação: uma politica corporativista, productivista a grande escala. • Quais são os impactos desta politica económica adaptados pelo MPLA? Influençou?
  • 6. Aumento nos casos de conflitos ligados à terra. • Em 2010, "Os conflitos entre as comunidades e os agentes externos tendem não só a aumentar, mas também a agudizar-se...cada dia que passa o número de casos, de tal forma que as evidências e as possibilidades de um dia ocorrerem revoltas organizadas são muito visíveis. Deve-se considerar esta dimensão de conflito como um problema de emergência pelas proporções que está assumindo." - Santos & Zacarias, (ADRA) 2010 p. 13
  • 7. Evolução organizacional: o caso de Brasil • Sindicalização - apoio politico • Pres. Getulio Vargas, liderava o programa "Aliança Liberal", um desenvolvimento econômico com ideologia corporativista de sindicalização (organizar as forças produtivas da sociedade) • antes de 1931 - 6 sindicatos rurais reconhecidos pelo governo. • 1932 - Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campos - primeiro sindicato de trabalhadores rurais. • (Entre 1932-1960 não registram mais)
  • 8. Evolução organizacional: o caso de Brasil • 1937 - Ministério do Trabalho publica, O trabalhador rural brasileiro • 1943 – O governo de Vargas comissiona Commissao Especial de Estudos da Sindicalizaçao Rural, publica "O problema da sindicalizaçao rural" no journal A Lavoura. • 1954 - Partido Comunista do Brasil (PCB) organiza Primeira conferencia national dos trablhadores rurais e criou a Uniao dos Lavradores e Trabalhadores Agricolas do Brasil (ULTAB)
  • 9. Evolução organizacional: os anos 1960 • Igreja Católica (1962-1965 - Second Vatican Council) e a influencia da teologia de liberação nacido em América Latina. • Ligas Camponeses (establecidas com o apoio do Partido Comunista do Brasil (PCB), ativos nos estados de Parana, Sao Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Pernambuco.
  • 10. Evolução organizacional: os anos 1960 • Janeiro 1962 a primeira mobilização e ocupação de terreno privado, em Rio Grande. • O governador populista Leonel Brizola foi pessoalmente ao sitio e expropriou o 24,200 h latifundio. • …Depois perdiu eleições em 1963, golpe de estado em 1964…
  • 11. Evoluçao organizational: os anos 1960 • 1963 – O governo Joao Goulart criou SUPRA (Superintendência da Politica de Reforma Agraria) e proclamou O Estatuto dos Trabalhadores permitindo a formacao de centenas de sindicatos: • 1963 - ULTAB remplacado por CONTAG (Confederaçao Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), organizou par politicos, lideres catolicos durante a ditadura (1964-1985)
  • 12. O elite intelectual e o poder no campo: os anos 1960 • 1960s- Revista Brasiliense • 1963 - Fernando Ferrari, deputado federal , publicou Escravos da terra. Sobre a historia dos tralahadores rurais e o parleçento, denuncia a resistencia da oligaria rural. • 1965 - Segadas Vianna, avogado, ex- Ministero do Trabalho sobre Vargas, publicou O Estatuto do Trabalhador Rural e sua Aplicaçao, traca a evolucao legislativa dos leis dos trabalhadores rurais.
  • 13. O apoio academica e intelectual continua • 1979 - Caio Prado Junior, da Revista Bresiliense A questao agraria, • 1982 – Economista José Graziano da Silva, A modernizaçao dolorosa: estrutura agraria, fronteira agricola e trabalhadores rurais no Brasil, • 1982 - Fernando Azevêdo, As ligas camponeses • 1984 - Elide Rugai Bastos, As ligas camponeses • 1986 - Bernadete Aued, A victoria dos vencidos (Partido Comunista Brasileira e Ligas Camponeses 1955-1964).
  • 14. Evolução organizacional: os anos da ditadura (1964-1985) • Ditatura criou o Instituto Brasileiro de Reforma Agrária (IBRA) criado em 1965, juntamente com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Agrário (INDA), para substituir a Superintendência da Política Agrária (SUPRA) • Eliminou as Ligas Camponeses • Maio 1971 - o governo de Médici aprova lei de PRORURAL (programa de aposentdoria) • Fundo de Assistência Rural— (FUNRURAL) Criação de centros de saudem, servicos sociais.
  • 15. Evolução organizacional: os anos da ditadura (1964-1985) • Grande projeto de modernizar do sector agricola • Em 1970, o governo militar, para continuar viabilizando a sua política agrária, criou o Instituto Brasileiro de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Essa mudança representou o fortalecimento dos grandes grupos econômicos.
  • 16. Evolução organizacional: os anos da ditadura (1964-1985) • Centro de Orientação Missionária, COM • Començou em 1970, insiprada pelo grupo progressivo da Igreja Catolica. • Estimado 40,000 agentes pastorais em 1985 • Comissão Pastoral da Terra, CPT. Criou em Goiânia 1975, rede ecumenical por ajudar, energizar os cristianos trabalhando com os camponeses. • Os sindicatos e a influencia católica foram os poderes de influencia da ditadura no campo.
  • 17. Evolução organizacional: os anos 80 • A fundação do MST, em 1984, na cidade de Cascavel, no Estado do Paraná, com a realização do Primeiro Encontro Nacional dos Sem-Terra. • Fim de ditadora: 1985 • A luta de reforma agraria
  • 18. A Evolução social do campo angolano: época colonial « No período colonial não se podera falar verdadeiramente de organizações de carácter cooperativo e associativo envolvendo camponeses angolanos….apenas os grandes e médios produtores pudessem criar assoc. o cooperativas, fundamentalmente viradas para a comercialização extrena de produtos agricolas »
  • 19. A Evolução social do campo angolano: época colonial Estatutos da Cooperativa da Liga Angolana, criado 1913 - Consumo e credito, produtivista Fonte: Arquivo Nacional, Luanda
  • 21. A Evolução social do campo angolano • Pre-1975 – Primeiras organizações “Clubes agricoles”, pre-cooperativos vocacionados na obtenção de créditos • Criação de cooperativos de cafecultores no Ugie, desenvolvido pelo Instituto de Café de Angola
  • 22. A Evolução social do campo angolano • A guerra civil destruiou a rede comercial, dos comerciantes, infrastructura… • Agosto 1975- O governo de transição criou A Comissao de Apoio e Dinamização de Cooperativas (CADCO) – Primeira instituição oficial angolana de promover a constituçao dos cooperativos • 1977 - I Congresso do MPLA - recomendou a intensificação do apoio estatal as cooperativas, augmentar a capacidade mercantil.
  • 23. A Evoluçao social do campo angolano: os anos 1970 • Fev 1976 - Aprovou o Bureau Politico de MPLA o modelo de estatutos das cooperativas agricolas (nunca chegou ser transformada em acto legislativo) • 2 graus de organizaçao: • 1° cooperativas (tipo de cooperativa de serviços e consumo) • 2° associacçoes de camponeses e as cooperativas (forma de exploraçao colectiva das terras e plantaçoes que haviam sido abandonadas, forma essa inspirada no "kolkhoze" socviético)
  • 24. A Evoluçao social do campo angolano: os anos 1980/90 • 1985 - II Congresso do Comite Central de MPLA, existência em todo o pais de 259 cooperativas e 2 429 associaçoes de camponeses, integrando no seu conjunto cerca de 230 mil camponeses, dos quais 58% eram mulheres • 1986 - Direcçao do MPLA criou a Commissao Nacional de Apoio à Cooperativizaçao (CNAC), tera a funçao de reclassificacao e enquadramento das associaçoes de camponheses ja existentes • 1990 Uniao Nacional dos Camponheses Angolanos (UNACA)
  • 25.
  • 26. A Evolução social do campo angolano: Composição de sexo e estaria
  • 27. A Evolução social do campo angolano: composicao étnica
  • 28. A Evolução social do campo angolano: os anos 1980/90 • Transição ao sistema de multipartidos e uma economia de mercado, abertura ao sistema internacional. • Chegada das ONGs, grupos religiosas, etc. • Em 1996, havia so 26 ONGs nacionais e internacionais inscritas por todo o pais. Em 2001, havia 95 ONGs internacionais e 365 nacionais (Chatnam House, p. 6, 9)
  • 29. Entrando em terrenos de conflitos • "A evolução fundiária e da legislação, em Angola, tem várias características que podem ser definidas da seguinte maneira: a) o primeiro “choque” simbólico sobre terras entre o colono e o autóctone; b) a resistência à penetração e ocupação colonial; c) as tentativas de adaptação da ocupação e a dominação colonial; d) As tentativas que surgiram para resolver o problema; e) a evolução do processo de modernização na colónia; f) a independência, a guerra e o socialismo; g) a queda do modelo socialista e a economia de mercado; h) a efectivação da privatização de terras; i) o ressurgimento de conflitos de terras; j) a nova lei de terras. " -Santos & Zacarias, (ADRA) 2010 ADRA p. 10
  • 30. Processo da Lei de Terras 2001/2002 • O governo de Dos Santos invitou a participação da sociedade civil no processo de redacção. • Formação de Rede de Terra, Consorcio de Terras de Huila (12 ONGs) • Participação de ADRA, DW
  • 31. Lei de Terras e conflitos Fevreiro, 2004
  • 32. Conflitos de terra: Gambos 2003
  • 33. Conflito de terra: Umpata 2003
  • 34. Conflitos de terra: Gambos, Chibia, Umpata O Independente, 11 Outubro 2003,
  • 35. Huila: Uma província propicia aos conflitos?
  • 37.
  • 38. • O numero estimado de familias na provincia de Huila é de 249.223 de 2008/2009. Foram assistidas pelos programas do Governo e das ONG's cerca de 177.688 familias. Fontes da UNACA apontam as seguintes cifras: 621 cooperativas com 51.187 cooperadores, sendo 24.647 homens e 26.540 mulheres; 284 assoc. com 34.576 associados, sendo 23.732 homens e 10.844 mulheres. (ADRA p. 63)
  • 39. Conflitos de terra: os “sem terra” angolanos 31 julho, 2004
  • 40. Conflitos de terra: os “sem terra” angolanos 8 Fevreiro, 2003