O documento discute o afroempreendedorismo e a economia étnica no Brasil. Apresenta conceitos como economia étnica e seu estado da arte, destacando que estudos focaram em grupos como japoneses, coreanos e judeus, mas pouco em negros. Também aborda a população negra no Brasil, suas formas de renda e resistência, além de trazer dados sobre afroempreendedorismo no país, como dificuldades de acesso a crédito e apoio do poder público. Por fim, aponta des
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Afroempreendedorismo e Economia Étnica
1. III Semana Preta | Coletivo 21N | FESP/SP Afroempreendedorismo e Econômica Étnica
Afroempreendedorismo e Economia
Étnica: A Diversidade das Fontes de
Renda da População Negra
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POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
A mão de obra negra era utilizada como meio para enriquecer
determinados grupos étnicos com a força dominante de poder.
Todavia o trabalho era um momento propício para forjar laços de
solidariedade (ALBURQUERQUE & FRAGA FILHO, 2006).
Os quilombos eram os grandes redutos de resistência negra, lugar do
movimento de luta contra a escravidão, de humanização dos negros, de
organização social e reafirmação dos valores e identidade africanos.
No pós-escravidão a marginalização social da população negra foi uma opção
dos detentores de poder econômico e do Estado brasileiro.
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POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
Em meados do Séc. XX destacam-se movimentos de mídia, arte e cultura
responsáveis por trazer à tona a consciência étnica dos negros e
movimentar pautas relacionadas à causa do povo negro.
Na década de 70 nasce Movimento Negro Unificado contra a
Discriminação Racial (MNUCDR), mais tarde nominado de Movimento
Negro Unificado (MNU).
Sem apoio do estado, os negros tomam para si mesmos a tarefa de galgar
espaços, oportunidades e a construção de políticas que fossem capazes
de trazer dignidade (FERNANDES, 1989).
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POPULAÇÃO NEGRA NO BRASIL
“Não é o racismo estranho à formação social
de qualquer Estado capitalista, mas um fator
estrutural, que organiza as relações políticas e
econômicas” (ALMEIDA, 2018, p. 141).
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ECONOMIA ÉTNICA | CONCEITO
São as movimentações econômicas de imigrantes e minorias étnicas
instalados e organizados em comunidades em outros países que não os de
origem.
Pressupõe uma rede de empreendimentos pertencentes a um determinado
grupo étnico e que esse grupo se organize de maneira a circular negócios e
oportunidades de emprego entre a comunidade.
Dessa forma a teoria propõe que exista integração, solidariedade,
valorização da identidade étnica, suporte para fontes de capital,
trabalho e informação compartilhados prioritariamente entre os
membros do grupo co-étnico.
(LIGHT, 2005, 2013; GOLD, 1989)
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Perspectiva Culturalista: diz respeito ao auto emprego por questões
religiosas, solidariedade em resposta a uma sociedade hostil, redes de
solidariedade a partir do grupo co-étnico, negócios familiares e capital social.
Perspectiva Ecológica: trata dos pequenos negócios em que grandes
organizações não atendem ou apropriações de grupos étnicos em nichos que
eram atendidos por determinadas empresas e agora não são mais pois estas
avançaram na economia global ( ver Teoria dos Dois Circuitos da Economia
Urbana [SANTOS, 2008]).
ECONOMIA ÉTNICA | CONCEITO
Perspectiva Interativa: os bens culturais relacionados ao país de origem
são os mais recorrentes entre negócios étnicos, a exemplo da culinária,
livros, música, roupas e assim por diante.
(GARRIDO & OLMOS, 2006)
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ECONOMIA ÉTNICA | CONCEITO
A estrutura socioeconômica e política institucional da sociedade é de suma
importância para economias étnicas, pois empreendedores étnicos precisam
vencer diversos obstáculos para conseguir se estabelecer e prosperar em suas
iniciativas empresariais (GARRIDO & OLMOS, 2006).
Também se trata de comunidades diaspóricas globalmente dispersas, mas
socialmente integradas, então pessoas de comunidades transnacionais
transicionam entre seu país de origem e sua localidade atual e faz desse
movimento oportunidades empreendedoras, pois se fortalece nas
possibilidades culturais e capital social internacional (LIGHT, 2013).
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ECONOMIA ÉTNICA | ESTADO DA ARTE
Recorte temporal: 1997-2017
Banco de dados: Scielo, Periódicos Capes e Google Acadêmico
Palavras-chave: Economia Étnica, ethnic economy, ethnic
economies e economía étnica
Resultado: 59 trabalhos entre artigos, teses, dissertações e
capítulos de livros
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ECONOMIA ÉTNICA | ESTADO DA ARTE
Trabalhos com grupos étnicos especificados.
12. III Semana Preta | Coletivo 21N | FESP/SP Afroempreendedorismo e Econômica Étnica
ECONOMIA ÉTNICA | ESTADO DA ARTE
Quais grupos étnicos foram estudados.
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ECONOMIA ÉTNICA | ESTADO DA ARTE
Tipo de metodologia aplicada.
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AFROEMPREENDEDORISMO
Pesquisa Projeto Brasil Afroempreendedor (MICK, 2016)
Expressiva presença de mulheres;
64% tem ao menos ensino superior incompleto;
55,3% estão engajados em partidos políticos ou movimentos sociais;
53% afirma já ter vivido situações de racismo no contexto de suas
práticas profissionais;
Como obtém verba:
recursos próprios (78,1%)
com empréstimo de familiares ou amigos (7,8%)
apenas 3,7% obtiveram financiamento bancário
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AFROEMPREENDEDORISMO
Tratativas da SEPPIR entre 2009 e 2016
Estatuto da Igualdade Racial e o estímulo ao empreendedorismo
negro;
Apoio à Feira Cultural Preta e outros eventos relacionados;
Parcerias com agências de fomento e assessoria técnica para
micro e pequenas empresas e para atividades com iniciativas da
sociedade civil para estabelecer diálogo com empreendedores
negros;
Discussões sobre os grandes eventos que ocorreriam no Brasil,
como Olímpiadas e Copa do Mundo de Futebol;
Protocolo de Intenções entre a SEPPIR e SEBRAE para a
implementação de ações específicas.
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AFROEMPREENDEDORISMO
Acesso ao microcrédito produtivo (PAIXÃO, 2015)
22,2% dos entrevistados pretos afirmam que "discriminação de
distintas naturezas" foram razão para a não aprovação de crédito
(os únicos entre brancos e pardos que assinalaram essa
alternativa);
29,6% dos MEI’s consideram muito difícil (maior índice entre
brancos e pardos) e 31,2% difícil ter acesso ao crédito produtivo;
Pretos e pardos são os que mais verbalizaram incômodos com a
forma como são olhados e com constrangimento sentido com a
porta giratória tanto em bancos públicos quanto em bancos
privados.
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O QUE TEM SIDO PRATICADO
18. III Semana Preta | Coletivo 21N | FESP/SP Afroempreendedorismo e Econômica Étnica
O QUE A REDE NOS MOSTRA
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PROBLEMÁTICAS
Não há um marco teórico de Afroempreendedorismo;
Empreendedorismo discutido em demasia em campos técnicos;
O debate sobre Afroempreendedorismo é interdisciplinar;
Empreendedorismo por necessidade versus por oportunidade;
Criticar a repetição da lógica do sistema e o esvaziamento de discurso político;
Políticas Públicas de incentivo;
Escalabidade e possibilidade de sobrevivência (negócio);
Black Money nos EUA versus Black Money no Brasil (Texto de Suzane Jardim).
Para debater Economia Étnica no Brasil deve-se levar em consideração a história;
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Obrigada!
Referências em: http://bit.ly/EconomiaEtnica
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