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ENTREVISTAENTREVISTA
Oficina de aperfeiçoamento
Adriana Crisanto Monteiro
Professora, Relações Públicas e Jornalista
Email: adrianacrisanto@yahoo.com.br
ENTREVISTA EM CIÊNCIAS SOCIAIS
Entrevista é uma conversação entre duas ou
mais pessoas (o entrevistador e o
entrevistado) em que perguntas são feitas
pelo entrevistador para obter informação do
entrevistado.
1. CONCEITO GERAL1. CONCEITO GERAL
2. ENTREVISTA EM CIÊNCIAIS SOCIAIS
HISTÓRIA
Inicialmente as técnicas de pesquisa começaram a se
desenvolver a partir do final do século XIX quando alguns
antropólogos, como: o americano, Lewis Henry Morgan (1818-
1881); o alemão, Franz Boas (1858-1942); e o polonês,
Bronislaw Malinowski (1884-1942) realizaram diversos estudos
sobre as sociedades tradicionais.
 Surgiu em 1910, no Departamento de Sociologia e Antropologia, da
Universidade de Chicago (EUA). A escola de Chicago, como é conhecida
desde 1930, distinguiu-se pela produção de conhecimentos úteis para a
solução de problemas sociais concretos, os quais, a cidade de Chicago
enfrentava. Estes estudos referiam-se aos problemas de imigração,
delinqüência, criminalidade, conflitos étnicos, etc.
 Neste período começou-se a pesquisar com a utilização científica de
documentos pessoais, como por exemplo, cartas e diários, com a exploração
de diversas fontes documentárias e com o desenvolvimento do trabalho de
campo nas cidades urbanas.
As pesquisas qualitativas na Sociologia trabalham
com: significados, motivações, valores e crenças e
estes não podem ser simplesmente reduzidos às
questões quantitativas, pois que, respondem a
noções muito particulares. Entretanto, os dados
quantitativos e os qualitativos acabam se
complementando dentro de uma pesquisa
(MINAYO, 1996).
3. ENTREVISTA NA PESQUISA3. ENTREVISTA NA PESQUISA
QUANTITATIVA E QUALITATIVAQUANTITATIVA E QUALITATIVA
a) Entrevista Estruturada
b) Semi-estruturada
c) Aberta
d) Entrevistas com grupos focais
e) História de vida
f) Entrevista projetiva.
4. TIPOS DE ENTREVISTAS NAS CIÊNCIAS
SOCIAIS
Elaboradas mediante questionário totalmente estruturado. É
aquela em que as perguntas são previamente formuladas, com
cuidado de não fugir delas. Os questionários podem ser
enviados aos informantes através do correio, email, virtuais, etc.
Quando isso acontece deve-se enviar uma nota explicando a
natureza da pesquisa. A entrevista estruturada ou questionário
geralmente é utilizado nos censos como, por exemplo, os do
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nas
pesquisas de opinião, nas pesquisas eleitorais, nas pesquisas
mercadológicas, pesquisas de audiência, etc.
a) ENTREVISTA ESTRUTURADA
VANTAGENS
•Nem sempre é necessário a
presença do pesquisador para que
o informante responda as
questões;
•Consegue atingir várias pessoas
ao mesmo tempo obtendo um
Grande número de dados.
•Garante também uma maior
liberdade das respostas em razão
do anonimato, evitando viéses
potenciais do entrevistador.
•Obtêm-se respostas rápidas e
precisas.
DESVANTAGENS
•A percentagem de retorno dos
questionários enviados pelo
correio geralmente é pequena e
quando a devolução é tardia
prejudica o andamento da
pesquisa.
•Muitas vezes há um número
grande de perguntas sem
Respostas.
•Dificuldade de compreensão da
pergunta por parte do respondente
quando o pesquisador está
ausente.
b) ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA
Combinam perguntas abertas e fechadas, em que o informante
tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O
pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente
definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao
de uma conversa informal. É muito utilizado quando se deseja
delimitar o volume das informações, obtendo assim um
direcionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os
objetivos sejam alcançados.
VANTAGENS
•Produz melhor amostra da população de
interesse.
•Têm índice de devolução baixo, respostas
mais abrangente, uma vez que é comum as
pessoas aceitarem falar sobre determinados
assuntos.
•Elimina a dificuldade que as pessoas têm de
responder por escrito.
•Sua elasticidade quanto à duração, permitindo
uma cobertura mais profunda sobre
determinados assuntos.
•A interação entre o entrevistador e o
entrevistado favorece as respostas
espontâneas.
•Pode-se usar recursos visuais, como cartões,
fotografias, o que pode deixar o entrevistado
mais à vontade para lembrar de fatos do
passado.
DESVANTAGENS
Limitações do próprio
entrevistador, como por
exemplo: a escassez de
recursos financeiros e o
dispêndio de tempo
C) ENTREVISTA ABERTA
Bastante utilizada para o detalhamento de questões e
formulação mais precisas dos conceitos relacionados.
Em relação a sua estruturação o entrevistador introduz o
tema e o entrevistado tem liberdade para discorrer sobre
o tema sugerido. É uma forma de poder explorar mais
amplamente uma questão. As perguntas são
respondidas dentro de uma conversação informal.
É uma técnica de coleta de dados cujo objetivo principal é
estimular os participantes a discutir sobre um assunto de interesse
comum, ela se apresenta como um debate aberto sobre um tema.
Os participantes são escolhidos a partir de um determinado grupo
cujas ideias e opiniões são do interesse da pesquisa. Esta técnica
pode ser utilizada com um grupo de pessoas que já se conhecem
previamente ou então com um grupo de pessoas que ainda não se
conhecem. A discussão em grupo se faz em reuniões com um
pequeno número de informantes, ou seja, de 6 a 8 participantesde 6 a 8 participantes.
Geralmente conta com a presença de um moderador que intervém
sempre que achar necessário, tentando focalizar e aprofundar a
discussão.
d) GRUPOS FOCAIS
e) HISTÓRIA DE VIDA
Entrevista em profundidade na qual o pesquisador
constantemente interage com o informante. Sua principal
função é retratar as experiências vivenciadas por pessoas,
grupos ou organizações.
TIPOS DE HV:
a) Completa: retrata todo o conjunto da experiência vivida.
b) Tópico: focaliza uma etapa ou um determinado setor da
experiência em questão. (MINAYO,1993).
f) ENTREVISTA PROJETIVA
É aquela centrada em técnicas visuais, isto é, a
utilização de recursos visuais onde o entrevistador pode
mostrar: cartões, fotos, filmes, etc ao informante. Esta
técnica permite evitar respostas diretas e é utilizada para
aprofundar informações sobre determinado grupo ou
local (HONNIGMANN,1954 apud MINAYO, 1993).
O programa de Jô Soares está sempre utilizando a técnica da entrevista projetiva, ou
seja, a medida em que está entrevistando está exibindo fatos e situações pelo telão.
ENTREVISTA NO JORNALISMO
 Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter destas declarações
que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas
por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que
contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das
informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as
fontes a serem entrevistadas.
 Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações
disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será
entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o
entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter
também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou
manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer
principalmente com as fontes oficiais do tema.
COMO SE PESCA O PEIXE?
Trabalho de apuração jornalística que pressupõe contato pessoal entre
o repórter e uma ou mais pessoas, de destaque ou não, que se
disponha a prestar informações (fonte) para elaboração de notícias.
Definida como uma comunicação pessoal e direta entre o entrevistador
e o entrevistado. Na entrevista jornalística, a informação é
transformada em notícia, para ser levada ao conhecimento público.
Fonte: RABARÇA e BARBOSA. Dicionário de comunicação. São
Paulo: Ed. Ática, p. 238, 1997.
CONCEITO/DEFINIÇÃO
FRASER BOND apud RABARÇA E BARBOSA (p. 238) classifica a
ENTREVISTA em 5 principais espécies:
CLASSIFICAÇÃO
• NOTICIOSA – procura extrair do entrevistador informações sobre fatos que
resultarão em notícias.
• DE OPINIÃO – que colhe o ponto de vista do entrevistado sobre determinado
assunto.
• COM PERSONALIDADE OU DE ILUSTRAÇÃO – aquela que tem por fim
mostrar aspectos biográficos e pessoais do entrevistado, não só as ideias e
opiniões, como também o seu modo de falar, o ambiente em que vive, sua
roupa, traços pessoais, seus gestos, seus planos.
• DE GRUPO – (enquete) Reunião de testemunhos de um certo número de
pessoas sobre determinado assunto da atualidade, promovida por jornal,
rádio, etc.
• COLETIVA – entrevista em que atende a imprensa em conjunto. Como
prática a entrevista coletiva procura atender a todos de forma igual.
NILSON LAGE diz que entrevista se classifica QUANTO AOS OBJETIVOS e
QUANTO AS CIRCUNSTÂNCIAS.
QUANTO AOS OBJETIVOS :
•RITUAL - entrevista breve, apenas para pegar uma declaração.
•TEMÁTICA - centrada num assunto do qual o entrevistado tem grande
conhecimento.
•TESTEMUNHAL - quando o entrevistado assistiu a um fato.
•PROFUNDIDADE - centrada na figura do entrevistado.
QUANTO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS
•OCASIONAL - quando não é programada.
•CONFRONTO - quando o repórter tem a missão de encostar o entrevistado na
parede.
•COLETIVA - quando o entrevistado é submetido a perguntas de diversos
repórteres)
•DIALOGAL - marcada com antecedência pelo repórter com um entrevistado,
num ambiente controlado.
“NA PRÁTICA”
COMO SE EMBALA e VENDE
O PEIXE?
Geralmente as classificações do campo teórico na prática funcionam de outra
forma. Na prática as entrevistas no jornalismo diário, cotidiano, das redações de
jornal, rádio, tv e internet (portais), as entrevistas tem o objetivo de gerar um
texto corrido, uma matéria jornalística (relato), que é centrada na figura de uma
pessoa. Ela está enquadrada enquanto gênero jornalístico como: Entrevista
Pingue-pongue e Entrevista de texto corrido.
A.ENTREVISTA PINGUE-PONGUE/ PERGUNTA E RESPOSTA (ou
simplesmente PINGUE) – Ela exige um texto introdutório contendo a
informação de mais impacto, breve perfil do entrevistado e outras informações,
como local, data e duração da entrevista e resumo do tema abordado.
1) Bom título, que deve destacar o aspecto mais interessante de tudo o que foi
falado com o entrevistado. Pode ser um aspecto sobre a personalidade do
entrevistado ou uma declaração expressiva dele.
2) Toda entrevista no formato pergunta e resposta exige um texto introdutório
pequeno (também conhecido informalmente como cabeça) , contendo
informações sobre o entrevistado (breve perfil) e um resumo sobre o que foi
tratado na entrevista (podendo conter algumas frases do entrevistado).
3) Após o texto introdutório, seguem as perguntas (feitas por você) e as
respostas da sua fonte . As respostas devem ser uma transcrição fiel da fala
do entrevistado. Por isso é fundamental (especialmente neste tipo de
entrevista) a gravação.
4) Cuidado com os erros gramaticais, repetições típicas da linguagem falada
(como “né” e “daí”) e vícios de linguagem cometidos pelo entrevistado
devem ser retirados do texto e corrigidos, sempre que possível. A não ser
que se queira destacá-los. Se quiser destacá-los, use a palavra “SIC”
(“assim”, do latim), que quer dizer que a pessoa disse aquilo mesmo, por
mais estranho que possa parecer. Mas é melhor evitar essa prática.
REGRAS DE EDIÇÃO DA
ENTREVISTA PINGUE-PONGUE
5) Não mude o nível de linguagem do entrevistado. Se a linguagem dele é
popular, mantenha o estilo.
6) Tente preservar a ordem original em que as perguntas foram feitas, a não ser
que o entrevistado volte várias vezes aos mesmos assuntos. Nesse caso, tente
deixar próximas as respostas por temas.
7) Antes de cada pergunta sempre vem o nome do veículo de comunicação
(jornal, boletim, revista). A não ser em projetos editoriais especiais, como num
livro.
8) Antes de cada resposta, sempre vem o nome do entrevistado, sendo que, na
primeira resposta o nome completo deve ser escrito. Já nas outras respostas,
apenas as iniciais ou o nome mais conhecido da pessoa é grafado.
9) Se a resposta for muito longa, é preciso resumi-la , mantendo os pontos
essenciais. 9) Informações básicas (nome e idade do entrevistado, dados sobre
sua carreira profissional e seu estilo de vida) devem vir no texto introdutório e
não na forma de pergunta e resposta.
Fonte: Manual de Redação da Folha de
S.Paulo
B. ENTREVISTA TEXTO
CORRIDO
• Nesse caso, o repórter ouve diferentes pessoas (fontes) sobre o fato para
construir uma reportagem. Várias entrevistas, portanto, são realizadas, até
que o jornalista tenha cercado o fato sob seus diferentes ângulos e
aspectos. Normalmente, esse tipo de entrevista é feito num tempo bem mais
curto que a entrevista pingue-pongue. O objetivo central não é centrar-se na
figura de uma pessoa, mas nas informações que essa lhe fornece para
construir a matéria.
• Para dar credibilidade ao texto, o repórter destaca algumas declarações dos
entrevistados na forma direta (colocando-as entre aspas) e indireta
(parafraseando o que o entrevistado disse), sempre indicando, antes ou
depois da declaração o nome e o cargo (ocupação, papel) de quem a
proferiu. Outras vezes, as informações obtidas não precisam vir
acompanhadas da identificação do entrevistado, pois são informações
simples demais, que serviram apenas como base para a construção do
texto.
BECKER, Howard S. Métodos de pesquisa em ciências sociais. São Paulo:
Hucitec, 1999.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciência humanas e sociais. São Paulo:
Cortez, 2006.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas,
2007
HADDAD, Nagib. Metodologia de estudos em ciências da saúde: como
planejar, analisar e apresentar um trabalho científico. São Paulo: Roca, 2004.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica.
São Paulo: Atlas, 2007.
___________________________. Fundamentos de Metodologia Científica.
São Paulo: Atlas, 3ª ed, 1991
SELYE, Hans. Stress a tensão da vida. São Paulo: IBRASA, 1965.
KANT, I. Crítica da razão prática. São Paulo, Martins Fontes, 2002.
BIBLIOGRAFIA CIÊNCIAS SOCIAIS
CAPUTO, Stela Guedes. Sobre Entrevistas: teoria, prática e experiências.
Petrópolis: Vozes, 2010 (2ª ed).
FLORESTA, Cleide. BRASLAUKAS, Ligia. Técnicas de Reportagem e Entrevista
em Jornalismo - Roteiro para uma Boa Apuração. São Paulo: Saraiva, 2009.
LAGE, Nilson. A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa
jornalística). Rio de Janeiro: Record,2010.
OYAMA, Thaís. A Arte de Entrevistar Bem. São Paulo: Contexto, 2008.
PIZA, Daniel. Perfis e Entrevistas. São Paulo: Contexto, 2005.
SODRÉ, Muniz. FERRARI, Maria Helena. Técnica de Reportagem: notas sobre a
narrativa jornalística. São Paulo: Summus, 1986.
VENTURA, Zuenir. Minhas Histórias dos Outros. São Paulo: Planeta, 2005.
BIBLIOGRAFIA JORNALISMO

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ENTREVISTA CIÊNCIAS SOCIAIS

  • 1. ENTREVISTAENTREVISTA Oficina de aperfeiçoamento Adriana Crisanto Monteiro Professora, Relações Públicas e Jornalista Email: adrianacrisanto@yahoo.com.br
  • 3. Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado) em que perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. 1. CONCEITO GERAL1. CONCEITO GERAL
  • 4. 2. ENTREVISTA EM CIÊNCIAIS SOCIAIS HISTÓRIA Inicialmente as técnicas de pesquisa começaram a se desenvolver a partir do final do século XIX quando alguns antropólogos, como: o americano, Lewis Henry Morgan (1818- 1881); o alemão, Franz Boas (1858-1942); e o polonês, Bronislaw Malinowski (1884-1942) realizaram diversos estudos sobre as sociedades tradicionais.
  • 5.  Surgiu em 1910, no Departamento de Sociologia e Antropologia, da Universidade de Chicago (EUA). A escola de Chicago, como é conhecida desde 1930, distinguiu-se pela produção de conhecimentos úteis para a solução de problemas sociais concretos, os quais, a cidade de Chicago enfrentava. Estes estudos referiam-se aos problemas de imigração, delinqüência, criminalidade, conflitos étnicos, etc.  Neste período começou-se a pesquisar com a utilização científica de documentos pessoais, como por exemplo, cartas e diários, com a exploração de diversas fontes documentárias e com o desenvolvimento do trabalho de campo nas cidades urbanas.
  • 6. As pesquisas qualitativas na Sociologia trabalham com: significados, motivações, valores e crenças e estes não podem ser simplesmente reduzidos às questões quantitativas, pois que, respondem a noções muito particulares. Entretanto, os dados quantitativos e os qualitativos acabam se complementando dentro de uma pesquisa (MINAYO, 1996). 3. ENTREVISTA NA PESQUISA3. ENTREVISTA NA PESQUISA QUANTITATIVA E QUALITATIVAQUANTITATIVA E QUALITATIVA
  • 7. a) Entrevista Estruturada b) Semi-estruturada c) Aberta d) Entrevistas com grupos focais e) História de vida f) Entrevista projetiva. 4. TIPOS DE ENTREVISTAS NAS CIÊNCIAS SOCIAIS
  • 8. Elaboradas mediante questionário totalmente estruturado. É aquela em que as perguntas são previamente formuladas, com cuidado de não fugir delas. Os questionários podem ser enviados aos informantes através do correio, email, virtuais, etc. Quando isso acontece deve-se enviar uma nota explicando a natureza da pesquisa. A entrevista estruturada ou questionário geralmente é utilizado nos censos como, por exemplo, os do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nas pesquisas de opinião, nas pesquisas eleitorais, nas pesquisas mercadológicas, pesquisas de audiência, etc. a) ENTREVISTA ESTRUTURADA
  • 9. VANTAGENS •Nem sempre é necessário a presença do pesquisador para que o informante responda as questões; •Consegue atingir várias pessoas ao mesmo tempo obtendo um Grande número de dados. •Garante também uma maior liberdade das respostas em razão do anonimato, evitando viéses potenciais do entrevistador. •Obtêm-se respostas rápidas e precisas. DESVANTAGENS •A percentagem de retorno dos questionários enviados pelo correio geralmente é pequena e quando a devolução é tardia prejudica o andamento da pesquisa. •Muitas vezes há um número grande de perguntas sem Respostas. •Dificuldade de compreensão da pergunta por parte do respondente quando o pesquisador está ausente.
  • 10.
  • 11. b) ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA Combinam perguntas abertas e fechadas, em que o informante tem a possibilidade de discorrer sobre o tema proposto. O pesquisador deve seguir um conjunto de questões previamente definidas, mas ele o faz em um contexto muito semelhante ao de uma conversa informal. É muito utilizado quando se deseja delimitar o volume das informações, obtendo assim um direcionamento maior para o tema, intervindo a fim de que os objetivos sejam alcançados.
  • 12. VANTAGENS •Produz melhor amostra da população de interesse. •Têm índice de devolução baixo, respostas mais abrangente, uma vez que é comum as pessoas aceitarem falar sobre determinados assuntos. •Elimina a dificuldade que as pessoas têm de responder por escrito. •Sua elasticidade quanto à duração, permitindo uma cobertura mais profunda sobre determinados assuntos. •A interação entre o entrevistador e o entrevistado favorece as respostas espontâneas. •Pode-se usar recursos visuais, como cartões, fotografias, o que pode deixar o entrevistado mais à vontade para lembrar de fatos do passado. DESVANTAGENS Limitações do próprio entrevistador, como por exemplo: a escassez de recursos financeiros e o dispêndio de tempo
  • 13. C) ENTREVISTA ABERTA Bastante utilizada para o detalhamento de questões e formulação mais precisas dos conceitos relacionados. Em relação a sua estruturação o entrevistador introduz o tema e o entrevistado tem liberdade para discorrer sobre o tema sugerido. É uma forma de poder explorar mais amplamente uma questão. As perguntas são respondidas dentro de uma conversação informal.
  • 14. É uma técnica de coleta de dados cujo objetivo principal é estimular os participantes a discutir sobre um assunto de interesse comum, ela se apresenta como um debate aberto sobre um tema. Os participantes são escolhidos a partir de um determinado grupo cujas ideias e opiniões são do interesse da pesquisa. Esta técnica pode ser utilizada com um grupo de pessoas que já se conhecem previamente ou então com um grupo de pessoas que ainda não se conhecem. A discussão em grupo se faz em reuniões com um pequeno número de informantes, ou seja, de 6 a 8 participantesde 6 a 8 participantes. Geralmente conta com a presença de um moderador que intervém sempre que achar necessário, tentando focalizar e aprofundar a discussão. d) GRUPOS FOCAIS
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  • 17. e) HISTÓRIA DE VIDA Entrevista em profundidade na qual o pesquisador constantemente interage com o informante. Sua principal função é retratar as experiências vivenciadas por pessoas, grupos ou organizações. TIPOS DE HV: a) Completa: retrata todo o conjunto da experiência vivida. b) Tópico: focaliza uma etapa ou um determinado setor da experiência em questão. (MINAYO,1993).
  • 18.
  • 19. f) ENTREVISTA PROJETIVA É aquela centrada em técnicas visuais, isto é, a utilização de recursos visuais onde o entrevistador pode mostrar: cartões, fotos, filmes, etc ao informante. Esta técnica permite evitar respostas diretas e é utilizada para aprofundar informações sobre determinado grupo ou local (HONNIGMANN,1954 apud MINAYO, 1993).
  • 20. O programa de Jô Soares está sempre utilizando a técnica da entrevista projetiva, ou seja, a medida em que está entrevistando está exibindo fatos e situações pelo telão.
  • 22.  Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter destas declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas.  Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. COMO SE PESCA O PEIXE?
  • 23. Trabalho de apuração jornalística que pressupõe contato pessoal entre o repórter e uma ou mais pessoas, de destaque ou não, que se disponha a prestar informações (fonte) para elaboração de notícias. Definida como uma comunicação pessoal e direta entre o entrevistador e o entrevistado. Na entrevista jornalística, a informação é transformada em notícia, para ser levada ao conhecimento público. Fonte: RABARÇA e BARBOSA. Dicionário de comunicação. São Paulo: Ed. Ática, p. 238, 1997. CONCEITO/DEFINIÇÃO
  • 24. FRASER BOND apud RABARÇA E BARBOSA (p. 238) classifica a ENTREVISTA em 5 principais espécies: CLASSIFICAÇÃO • NOTICIOSA – procura extrair do entrevistador informações sobre fatos que resultarão em notícias. • DE OPINIÃO – que colhe o ponto de vista do entrevistado sobre determinado assunto. • COM PERSONALIDADE OU DE ILUSTRAÇÃO – aquela que tem por fim mostrar aspectos biográficos e pessoais do entrevistado, não só as ideias e opiniões, como também o seu modo de falar, o ambiente em que vive, sua roupa, traços pessoais, seus gestos, seus planos. • DE GRUPO – (enquete) Reunião de testemunhos de um certo número de pessoas sobre determinado assunto da atualidade, promovida por jornal, rádio, etc. • COLETIVA – entrevista em que atende a imprensa em conjunto. Como prática a entrevista coletiva procura atender a todos de forma igual.
  • 25. NILSON LAGE diz que entrevista se classifica QUANTO AOS OBJETIVOS e QUANTO AS CIRCUNSTÂNCIAS. QUANTO AOS OBJETIVOS : •RITUAL - entrevista breve, apenas para pegar uma declaração. •TEMÁTICA - centrada num assunto do qual o entrevistado tem grande conhecimento. •TESTEMUNHAL - quando o entrevistado assistiu a um fato. •PROFUNDIDADE - centrada na figura do entrevistado.
  • 26. QUANTO ÀS CIRCUNSTÂNCIAS •OCASIONAL - quando não é programada. •CONFRONTO - quando o repórter tem a missão de encostar o entrevistado na parede. •COLETIVA - quando o entrevistado é submetido a perguntas de diversos repórteres) •DIALOGAL - marcada com antecedência pelo repórter com um entrevistado, num ambiente controlado.
  • 27. “NA PRÁTICA” COMO SE EMBALA e VENDE O PEIXE? Geralmente as classificações do campo teórico na prática funcionam de outra forma. Na prática as entrevistas no jornalismo diário, cotidiano, das redações de jornal, rádio, tv e internet (portais), as entrevistas tem o objetivo de gerar um texto corrido, uma matéria jornalística (relato), que é centrada na figura de uma pessoa. Ela está enquadrada enquanto gênero jornalístico como: Entrevista Pingue-pongue e Entrevista de texto corrido. A.ENTREVISTA PINGUE-PONGUE/ PERGUNTA E RESPOSTA (ou simplesmente PINGUE) – Ela exige um texto introdutório contendo a informação de mais impacto, breve perfil do entrevistado e outras informações, como local, data e duração da entrevista e resumo do tema abordado.
  • 28. 1) Bom título, que deve destacar o aspecto mais interessante de tudo o que foi falado com o entrevistado. Pode ser um aspecto sobre a personalidade do entrevistado ou uma declaração expressiva dele. 2) Toda entrevista no formato pergunta e resposta exige um texto introdutório pequeno (também conhecido informalmente como cabeça) , contendo informações sobre o entrevistado (breve perfil) e um resumo sobre o que foi tratado na entrevista (podendo conter algumas frases do entrevistado). 3) Após o texto introdutório, seguem as perguntas (feitas por você) e as respostas da sua fonte . As respostas devem ser uma transcrição fiel da fala do entrevistado. Por isso é fundamental (especialmente neste tipo de entrevista) a gravação. 4) Cuidado com os erros gramaticais, repetições típicas da linguagem falada (como “né” e “daí”) e vícios de linguagem cometidos pelo entrevistado devem ser retirados do texto e corrigidos, sempre que possível. A não ser que se queira destacá-los. Se quiser destacá-los, use a palavra “SIC” (“assim”, do latim), que quer dizer que a pessoa disse aquilo mesmo, por mais estranho que possa parecer. Mas é melhor evitar essa prática. REGRAS DE EDIÇÃO DA ENTREVISTA PINGUE-PONGUE
  • 29. 5) Não mude o nível de linguagem do entrevistado. Se a linguagem dele é popular, mantenha o estilo. 6) Tente preservar a ordem original em que as perguntas foram feitas, a não ser que o entrevistado volte várias vezes aos mesmos assuntos. Nesse caso, tente deixar próximas as respostas por temas. 7) Antes de cada pergunta sempre vem o nome do veículo de comunicação (jornal, boletim, revista). A não ser em projetos editoriais especiais, como num livro. 8) Antes de cada resposta, sempre vem o nome do entrevistado, sendo que, na primeira resposta o nome completo deve ser escrito. Já nas outras respostas, apenas as iniciais ou o nome mais conhecido da pessoa é grafado. 9) Se a resposta for muito longa, é preciso resumi-la , mantendo os pontos essenciais. 9) Informações básicas (nome e idade do entrevistado, dados sobre sua carreira profissional e seu estilo de vida) devem vir no texto introdutório e não na forma de pergunta e resposta. Fonte: Manual de Redação da Folha de S.Paulo
  • 30. B. ENTREVISTA TEXTO CORRIDO • Nesse caso, o repórter ouve diferentes pessoas (fontes) sobre o fato para construir uma reportagem. Várias entrevistas, portanto, são realizadas, até que o jornalista tenha cercado o fato sob seus diferentes ângulos e aspectos. Normalmente, esse tipo de entrevista é feito num tempo bem mais curto que a entrevista pingue-pongue. O objetivo central não é centrar-se na figura de uma pessoa, mas nas informações que essa lhe fornece para construir a matéria. • Para dar credibilidade ao texto, o repórter destaca algumas declarações dos entrevistados na forma direta (colocando-as entre aspas) e indireta (parafraseando o que o entrevistado disse), sempre indicando, antes ou depois da declaração o nome e o cargo (ocupação, papel) de quem a proferiu. Outras vezes, as informações obtidas não precisam vir acompanhadas da identificação do entrevistado, pois são informações simples demais, que serviram apenas como base para a construção do texto.
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  • 38. BECKER, Howard S. Métodos de pesquisa em ciências sociais. São Paulo: Hucitec, 1999. CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em ciência humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2006. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2007 HADDAD, Nagib. Metodologia de estudos em ciências da saúde: como planejar, analisar e apresentar um trabalho científico. São Paulo: Roca, 2004. LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. São Paulo: Atlas, 2007. ___________________________. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 3ª ed, 1991 SELYE, Hans. Stress a tensão da vida. São Paulo: IBRASA, 1965. KANT, I. Crítica da razão prática. São Paulo, Martins Fontes, 2002. BIBLIOGRAFIA CIÊNCIAS SOCIAIS
  • 39. CAPUTO, Stela Guedes. Sobre Entrevistas: teoria, prática e experiências. Petrópolis: Vozes, 2010 (2ª ed). FLORESTA, Cleide. BRASLAUKAS, Ligia. Técnicas de Reportagem e Entrevista em Jornalismo - Roteiro para uma Boa Apuração. São Paulo: Saraiva, 2009. LAGE, Nilson. A Reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística). Rio de Janeiro: Record,2010. OYAMA, Thaís. A Arte de Entrevistar Bem. São Paulo: Contexto, 2008. PIZA, Daniel. Perfis e Entrevistas. São Paulo: Contexto, 2005. SODRÉ, Muniz. FERRARI, Maria Helena. Técnica de Reportagem: notas sobre a narrativa jornalística. São Paulo: Summus, 1986. VENTURA, Zuenir. Minhas Histórias dos Outros. São Paulo: Planeta, 2005. BIBLIOGRAFIA JORNALISMO