O documento discute a produtividade da cebola em função de diferentes densidades populacionais e doses de adubação nitrogenada. Ele apresenta um estudo que será realizado para determinar a melhor densidade de plantas por metro quadrado e dose de nitrogênio para a cultura da cebola da variedade Baia Periforme Precoce. O experimento será conduzido em blocos casualizados testando 2 densidades e 3 doses de nitrogênio. As variáveis avaliadas serão produtividade, massa fresca, diâmetro dos bulbos e análise econômica.
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Projeto - Produção de cebola
1. CLEUZENIR FRANÇA DA SILVA
DIEINY AMARAL
JHONATHANN WILLIAN FURQUIN DA SILVA
MIKAELLA PERBONI GUTIERREZ
COLORADO DO OESTE
2015
PRODUTIVIDADE DA CEBOLA EM FUNÇÃO DE DIFERENTES DENSIDADES E
DOSES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA
2. 1. TÍTULO DA PROPOSTA:
Produtividade da Cebola em função de diferentes densidades e doses de
adubação nitrogenada.
2. INTRODUÇÃO
A cebola (Allium cepa) é considerada uma das principais culturas
olerícolas, possuindo uma grande expressão econômica no Brasil, ficando
atrás somente da batata e do tomate, ocupando o primeiro lugar em valor
produção e em área cultivada. Além de ser uma das plantas de maior difusão
no mundo, não só pelo seu alto volume de produção, mas também pelo seu
valor comercial.
O seu desempenho agronômico está relacionado a sua adaptação ao
local de introdução e as práticas de manejo realizadas, é muito exigente visto
que para o seu bom desenvolvimento e expressão máxima de potencial
produtivo, faz-se necessário bom manejo, em relação a eliminação de plantas
invasoras, pragas e doenças.
Um dos primeiros manejos a ser realizado para que se obtenha um bom
resultado produtivo é a escolha da densidade populacional, pois, relacionando
a quantidade de área disponível para seu cultivo e a quantidade de plantas que
poderão ser inseridas na área, o que influenciará sua comercialização que é
baseada em tamanho de bulbos.
Áreas que contém espaçamento exagerado entre plantas são
responsáveis pela produção de bulbos com tamanhos e peso superior ao ideal,
pois, para a comercialização há sempre um padrão recomendado para o
tamanho do bulbo, sendo ele de 50 a 70 mm de diâmetros. Segundo Santos et
al. (2000), a redução do espaçamento é diretamente responsável pela
diminuição da massa média de bulbos, onde o aumento da população de
plantas pode contribuir para melhorar a exploração quanto a cultivar, tendo
como consequência o aumento da produtividade.
De acordo com Mascarenhas et al. (1993), que o adequado é o
estabelecimento de uma população ótima, que maximiza a exploração desses
fatores, garantindo a maior produtividade, afirmando ainda que a baixa
3. qualidade e produtividade da cebola é atribuída a densidade de população no
plantio inadequada.
A produção de cebola no Brasil é baseada em cultivares de polinização
livre e híbridas. As cultivares do tipo “Baia Periforme” possuem, em geral,
adaptação ampla; resistência a doenças foliares boa; conservação pós-colheita
boa; teor de matéria seca alto e; sabor, odor e pungência acentuados. E são
adaptadas ao processo de produção por bulbinhos (OLIVEIRA).
Haag et al., (1970) estudaram a absorção dos nutrientes pela cebola da
variedade Baia Periforme Precoce de Piracicaba. Observaram que o
crescimento da planta é lento até 85 dias, intensificando-se após esta idade. O
acúmulo de matéria seca, nos bulbos, é lento no início, intensificando-se após
os 145 dias, chegando a aumentar 50% do peso final nos últimos 30 dias do
ciclo. Observaram que a absorção de nutrientes acompanha o crescimento, a
concentração de nutrientes eleva-se lentamente para atingir o seu máximo em
torno dos 130 dias, tanto na parte aérea como no bulbo para nitrogênio e para
fósforo.
3. OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
Determinar a melhor densidade de plantas por metro quadrado e dose
de adubação nitrogenada para a cultura da cebola.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Quantificar a produtividade de cebola, cultivar “Baia Periforme Precoce,
em cada classe comercial relacionada a densidade e adubação de plantio.
Efetuar a análise econômica do cultivo de cebolas nas diferentes
densidades e adubação, e o ponto de máxima eficiência técnica e econômica.
4. MATERIAIS METÓDOS
O experimento será implantado em no setor de produção vegetal I
pertencente ao Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia- Câmpus
Colorado do Oeste. O solo coletado é classificado como Argissolo Vermelho
4. Eutrófico típico (EMBRAPA, 2009), e passará por análise química, para que
seja corrigido conforme necessidade.
O experimento será realizado em delineamento em blocos inteiramente
casualizados, com tratamentos em esquema fatorial: 2 x 3, que corresponderão
as densidades de 83 e 125 plantas por metro quadrado e três doses de
Nitrogênio (0,70 e 140 kg ha-1) na forma de nitrato de cálcio. As parcelas serão
conduzidas em canteiros de 1 metro de largura por 4 de comprimento, o
espaçamento entre linha de 0,08m.
A análise estatística consistirá na análise de variância pelo teste F,
seguida da comparação de médias pelo teste de Tukey a 5 % de probabilidade,
pelo programa estatístico Assistat.
A semeadura da Cultivar Baia Periforme, cultivar tropical de dias curtos
com ciclo de 145-150 dias, será feita em bandeja de politiureno 160 células,
utilizando 3 sementes por células, posteriormente será realizado o transplantio,
em parcelas com 3 linhas de plantio com 5 plantas.
As aplicações de herbicidas, fungicidas e inseticidas serão feitas de
acordo com a necessidade da cultura.
As plantas serão coletadas após “Estalarem”, caracterizadas pelo
amolecimento do pseudocaule e tombamento da parte área, segundo a
proposta de Finger e Casali (2002). As plantas serão colhidas e será avaliada
massa fresca dos bulbos e parte aérea, tempo de cura e diâmetro transversal.
5. RESULTADOS ESPERADOS
Obter dados sobre melhor densidade de plantas m2 e dose de adubação
nitrogenada, de forma a gerar informações para o melhor posicionamento do
produto, dos pontos de vista econômico, ambiental e social, com base no
melhor aproveitamento de áreas.
Agregar informações técnicas a respeito do produto, visando a
viabilização da produção. E gerar dados para a comunidade científica, como
base para estudos posteriores.
6. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Tabela 1. Cronograma de atividades a serem realizadas.
5. Cronograma de Atividades
Atividades Período Ano Vigente
Coleta de solo para Análise Química Março 2015
Semeadura Março 2015
Preparo do Canteiro Março 2015
Transplantio A definir 2015
Adubação de Cobertura A definir 2015
Manejo Fitossanitário A definir 2015
Colheita A definir 2015
Avaliações fitotécnicas A definir 2015
6. 7. REFERÊNCIAS
BAIER JE; RESENDE JTV; GALVÃO AG; BATTISTELLI GM; MACHADO MM;
FARIA MV. 2009. Produtividade e rendimento comercial de bulbos de
cebola em função da densidade de cultivo. Ciência & Agrotecnologia 33:
496-501.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Manual de
métodos de análise de solo. Centro nacional de Levantamento e
Conservação do Solo. Rio de janeiro, Embrapa Solos, 1997.
FINGER, F.L, CASALI V.W.D. Colheita, cura e armazenamento da cebola.
Informe agropecuário 23: 93-98, 2002.
GONÇALVES, A.S.; SILVA, C.R.S. Adubação mineral e orgânica e a
densidade populacional de Thrips tabaci Lind (Thysanoptera: Thripidae)
em cebola Ciência Rural, v. 34, n.4, jul-ago, 2004.
HAAG, H. P.; HOMA, P.; KIMOTO, T. Nutrição mineral de hortaliças. VIII.
Absorção de nutrientes pela cultura da cebola. Anais da Escola Superior de
Agricultura "Luiz de Queiroz", Piracicaba, v. 27, n. 1, p. 143-153, 1970.
MASCARENHAS, M. H. T. Cebola. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v.
14, n. 163, p. 69-73,1993.
MAY, A. Desempenho de híbridos de cebola em função da população de
plantas e fertilização nitrogenada e potássica. (Tese de Doutorado).
Jaboticabal-SP: UNESP, 142p, 2006.
MENEZES JÚNIOR FOG; VIEIRA NETO J. 2012. Produção da cebola em
função da densidade de plantas. Horticultura Brasileira 30: 733-739.
OLIVEIRA, V. R. de. Sementes e cultivares. Agência Embrapa de Informação
Tecnológica. Disponível em: <
http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/cebola/arvore/CONT000gn0j7gdw
02wx5ok0liq1mqkixrv18.html>. Acesso em: 06/03/2015.
SANTOS, H. S.; TANAKA, M. T.; WATANABE, S. H.; ARANTES, P. A. Z.;
IVONE, T.T. Produção de cebola em função de tamanho de muda e
espaçamento. Horticultura Brasileira, Brasília, v.18, p.556-557, 2000.
Suplemento.