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 Introdução
 O que é a sombra?
 A formação da sombra
 As reações sombrias
 A sombra e o casamento
 O trabalho com a sombra
 A sombra nos filmes
 Citações
 Referências
 Contato
 A importância do assunto:
   Melhor interação
    consigo mesmo
   Desenvolvimento da
    autoestima
   Possibilidade de
    aumentar o número de
    relacionamentos
   Possibilidade de
    aprofundar os
    relacionamento
    existentes
 O que a pessoa não quer ser
 O lado negativo da
  personalidade
 Todas as qualidades
  desagradáveis (positivas e
  negativas) que o indivíduo
  quer esconder
 A parte desvalorizada,
  primitiva e inferior
O lado sofredor e aleijado da nossa
  personalidade, que também é o
 redentor que poderá transformar
nossa vida e alterar nossos valores.
   O redentor tem condições de
    encontrar o tesouro oculto,
conquistar a princesa e derrotar o
  dragão... pois ele está, de algum
modo, marcado — ele é anormal.
   A sombra é, ao mesmo tempo,
 aquela coisa horrível que precisa
  de redenção e o sofrido salvador
        que pode redimi-la.
        (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 24)
“Nos contos de fadas, o inútil
é personificado pelo ‘bobo’ -
 um personagem estúpido,
preguiçoso e aparentemente
 desafortunado, que parece
 não ter valor nenhum. Mas
   na maioria dos contos, o
 abobalhado transforma-se
no herói. Esse tema também
 aparece no simbolismo dos
  sonhos contemporâneos.”
  (TOUB in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 274)
Consciência
                           (O que conhecemos
                                de nós)


Inconsciente
(O desconhecido
                  Sombra
    em nós)
“Passamos nossa vida até os 20 anos decidindo quais as
     partes de nós mesmos que poremos na sacola e
   passamos o resto da vida tentando retirá-las de lá.”
               (BLY in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 31)
Em 1886 Robert Louis Stevenson teve um sonho: um homem,
 perseguido por um crime, engole um certo pó e passa por uma
drástica mudança de caráter, e se torna irreconhecível. O amável
   e dedicado cientista Dr. Jekyll transforma-se no violento e
      implacável Sr. Hyde, cuja maldade assume proporções
                    cada vez maiores no sonho.
Stevenson desenvolveu o sonho no romance ‘O estranho caso de
Dr. Jekyll e Sr. Hyde’. Seu tema integrou-se tão intensamente na
  cultura popular que pensamos nele quando ouvimos alguém
 dizer, "Eu não era eu mesmo", ou "Ele parecia possuído por um
  demônio", ou "Ela virou uma megera". Quando uma história
    como essa nos toca tão a fundo e nos soa tão verdadeira, é
           porque ela fala a nós de algo que é universal.
                                                      (Continua...)
Todos nós temos um Dr. Jekyll e um
   Sr. Hyde: uma máscara (persona)
 agradável para o uso cotidiano e um
      eu oculto e noturno que fica
amordaçado a maior parte do tempo.
      Emoções e comportamentos
  negativos - raiva, inveja, vergonha,
  falsidade, ressentimento, lascívia,
     cobiça, tendências suicidas e
     homicidas - ficam escondidos logo abaixo da superfície,
   mascarados pelo eu mais apropriado às conveniências. São
       conhecidos na psicologia como a sombra pessoal, que
  continua a ser um território indomado e inexplorado para a
                maioria de nós. (ZWEIG e ABRAMS, 1999, p. 15)
“Essas mesmas qualidades são tão inaceitáveis para ele
 precisamente porque elas representam o seu próprio
  lado reprimido; só achamos impossível aceitar nos
  outros aquilo que não conseguimos aceitar em nós
         mesmos.” (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 37)
Projeção: se certa qualidade negativa não é aceita
     (repressão), então só é possível encontrá-la fora de nós.
      Quando alguém apresenta essa qualidade mesmo em
      pouca intensidade, há uma tendência a exagerá-la e a
    entrar em conflito com a pessoa por isso, principalmente
              se ela é mais ou menos desconhecida.

                                                 Qualidade tida como
                                                não pertencente ao ego
                  Consciência
Inconsciente

                                                                   Projeção
                                Reconhecido
                                                                  (Não real)


               Sujeito “A”      Sujeito “B”   Sujeito “C”        Sujeito “D”
                                Conhecido                       Desconhecido
“A persona satisfaz as exigências
                                    do relacionamento com o nosso
                                   ambiente e cultura, conciliando o
                                       ideal do nosso ego com as
                                      expectativas e os valores do
                                        mundo onde crescemos.”
                                             (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 71)
 “Os esforços para alcançar a
bondade pura resultam numa
  pose ou numa auto-ilusão
    sobre a bondade. Isso
desenvolve uma persona - uma
 máscara de bondade vestida
         sobre o ego.”
  (SANFORD in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 43)
“Quando nos recusamos a enfrentar a sombra [...] tornamo-
  nos cada vez mais isolados; [...] pois não nos relacionamos
   com o mundo como ele é, mas sim com o ‘mundo mau e
 perverso’ que a projeção da nossa sombra nos mostra.” O eu
perde contato com a realidade e se considera superior. Então a
   pessoa costuma dizer: “ ‘Ah, se pelo menos tal coisa fosse
assim’, ou ‘Ah, quando tal coisa acontecer’ ou ‘Ah, se as pessoas
          me entendessem (ou apreciassem) direito’. ”
                 (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 40)
“Essas projeções darão uma
tal forma às nossas atitudes
 em relação aos outros que
por fim faremos surgir, literalmente, aquilo que projetamos.
Imaginamo-nos tão perseguidos pelo ódio que o ódio acaba
   nascendo nos outros em resposta aos nossos cáusticos
 mecanismos de defesa. O outro vê a nossa defensiva como
 hostilidade gratuita: isso desperta os seus mecanismos de
defesa e ele projeta a sua sombra sobre nós; reagimos com a
      nossa defensiva, causando assim ainda mais ódio.”
              (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 40)
A FORMAÇÃO DA SOMBRA


                   BODE EXPIATÓRIO:
Dois bodes eram levados com um touro ao Templo de
Jerusalém. Os sacerdotes sorteavam um dos bodes: um
  era queimado em holocausto no altar com o touro; o
   segundo tornava-se o bode expiatório. O sacerdote
   punha as mãos na cabeça do animal e confessava os
pecados de Israel. Então, era solto no deserto, levando
 os pecados, para ser reclamado pelo anjo caído Azazel
               (braço direito de Lúcifer).
                       (WIKIPEDIA)
A FORMAÇÃO DA SOMBRA


Houaiss: pessoa ou coisa sobre
que(m) se faz recair as culpas de
outros ou qualquer problema.
A FORMAÇÃO DA SOMBRA



   “A sombra dos outros estimula um contínuo
 esforço moral na formação do ego e da sombra
 de uma criança. [...] A projeção [...] ajuda o ego
frágil a obter um retorno positivo. [...] Quando a
    criança sente que jamais corresponderá às
expectativas dos outros, ela pode apresentar um
comportamento inaceitável e tornar-se um bode
           expiatório para a projeção da
                sombra dos outros.”
                 (ZWEIG e ABRAMS, p. 70)
A FORMAÇÃO DA SOMBRA


        Quando a criança fica furiosa
         com seu irmão, talvez dizer:
        "Eu entendo que você esteja
         furioso com seu irmão, mas
          você não pode jogar uma
        pedra nele", possa encorajar a
             criança a reprimir os
        comportamentos emocionais
        mais violentos, sem se afastar
              do seu lado escuro.
          (SANFORD in ZWEIG e ABRAMS, p. 80)
A FORMAÇÃO DA SOMBRA


    O pior castigo é a recusa de afeição e
aprovação para controlar o comportamento
     da criança. Então a criança capta a
 mensagem de que é má e responsável pelo
      mau humor dos pais; isso leva a
  sentimentos de culpa e de autorrejeição.
Então, para estar à altura dos pais, a criança
 tenta desesperadamente agradá-los, o que
    resultará numa cisão ainda maior da
sombra. Para saber lidar com a sombra dos
 filhos, os pais precisam aceitar e estar em
     contato com sua própria sombra.
         (SANFORD in ZWEIG e ABRAMS, p. 80)
A FORMAÇÃO DA SOMBRA


CAPACIDADE DE MONITORAR
O PRÓPRIO COMPORTAMENTO




          LIMITES


             EGO
A FORMAÇÃO DA SOMBRA
Repressão

                 A repressão parece menos dolorosa
               que a disciplina. Mas é mais perigosa,
                 pois nos faz agir sem a consciência
                     dos nossos motivos, de modo
                    irresponsável. Mesmo que não
Disciplina     sejamos responsáveis pelo que somos e
                       sentimos, precisamos nos
                responsabilizar por como agimos, isto
                 é, nos disciplinar. E a disciplina é a
               capacidade de, quando necessário, agir
                      contra nossos sentimentos.
                      (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 41)
A FORMAÇÃO DA SOMBRA




 • Pergunta inadequada: “Eu
     tenho uma sombra?”
 • Pergunta adequada: “Onde
  está minha sombra agora?”
 • A sombra não é patológica
por si. Ela só se torna doentia
  quando supomos que não a
  temos, pois então é ela que
            nos tem.
As reações sombrias
               Consciência dos opostos
  Totalidade                      Desenvolvimento da
                                    personalidade

 Repressão                         Identificação
 da sombra                D        com a sombra
                          O
                          R
                       TENSÃO




                                              A
As reações sombrias
 “Se sentimos uma raiva avassaladora crescendo
  dentro de nós quando um amigo nos repreende
por um erro, podemos estar razoavelmente certos
   de que ali encontraremos uma parte da nossa
sombra da qual não estamos conscientes. [...] Ela
  se mostra, com bastante frequência, em nossos
         atos impulsivos ou impensados.”
              (VON FRANZ in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 57)




                                                           A
As reações sombrias
“A raiva pode desencadear
    uma reação saudável
    perante uma situação
   intolerável. Sem nossa
 sombra, então, podemos
 bloquear a capacidade de
     reagirmos de forma
 saudável em situações na
  vida que começam a se
  tornar intoleráveis para
       nosso espírito.”
         (SANFORD, 1988, p. 68)


 Caso: sonho da mãe perseguidora
                                   A
As reações sombrias
  É com pessoas do mesmo
   sexo que tropeçamos na
  nossa sombra e na delas.
   Embora possamos ver a
   sombra numa pessoa do
sexo oposto, em geral ela nos
    perturba menos e nós a
     perdoamos com mais
   facilidade. Nos sonhos a
 sombra aparece como uma
  pessoa do mesmo sexo do
 sonhador, já que personifica
   qualidades que poderiam
      fazer parte do ego.                        A
    (VON FRANZ in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 58)
             (SANFORD, 1988, p. 66)
As reações sombrias
  Sempre que a nossa reação ao
outro envolver emoção excessiva
 ou reação exagerada, podemos
       estar certos de que algo
inconsciente foi estimulado e está
    sendo ativado. [...] Também
      projetamos as qualidades
 positivas da nossa sombra sobre
  os outros. Vemos nos outros os
  traços positivos que possuímos
mas que, por qualquer razão, não
     deixamos que penetrem na
      nossa consciência e não
       conseguimos discernir.
                                                A
      (MILLER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 62)
As reações sombrias
“Os marginais podem ter           Star Daily: tornou-se
   um ideal de Eu que               criminoso intencio-
   valoriza bastante a         nalmente. Na meia-idade,
                               após muito sofrimento, no
agressão, a brutalidade e        confinamento solitário,
ações antissociais. Aqui a         teve uma marcante
personalidade da sombra         experiência com Cristo.
 pode ser clara, ou seja,            Sua vida interior
                                 despertou e passou a
pode incorporar impulsos           viver como homem
mais generosos, afáveis e        amável e dedicado ao
 socialmente aceitáveis.”       bem-estar das pessoas.
      (SANFORD, 1988, p. 70)    Narrou a sua história no
                                  livro “Love can open
                                       prision doors”.
                                    (SANFORD, 1988, p. 70)

                                                        A
A sombra e o casamento
 Se não o desenvolvermos, casaremos com ele. [...] Seremos
  atraídos para pessoas que poderão nos compensar nossas
      fraquezas e inferioridades, nos arriscando a nunca
              desenvolvê-las por nós mesmos.
                    (ZWEIG e ABRAMS, p. 80)




        OUTRO                                 MESMO
         SEXO             SOMBRA               SEXO
A sombra e o casamento
As qualidades citadas pelos parceiros como as que primeiro os
   atraíram um para o outro coincidem com aquelas que são
    identificadas como as fontes de conflito no decorrer do
relacionamento. As qualidades "atraentes“ tornam-se as coisas
                   más e difíceis do parceiro.
                    (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 95)
A sombra e o casamento
             SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO
  • A necessidade de estar próximo de sua parceira, no contexto de um
           relacionamento confiante e mutuamente expressivo,
                       era vista como necessidade dela.
• Ao mesmo tempo em que ela dependia dele para se afastar quando ela
se aproximava, ele dependia dela para tentar a aproximação a fim de se
                    sentir necessário e desejado - íntimo.
• Em lugar de expressar diretamente qualquer desejo ou necessidade de
 intimidade (ou mesmo conscientizar-se desses desejos e sentimentos e
            assumir a responsabilidade por eles), ele precisava
                        dissociá-los de sua consciência.
    • O conflito [...] entre querer satisfazer suas próprias necessidades
 individuais e querer satisfazer as necessidades do relacionamento – foi
     dividido igualmente entre eles. Em vez de admitir que o conflito
        autonomia/intimidade existia dentro da cabeça de cada um,
              inconscientemente fizeram esse acordo secreto.
                         (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 97)
A sombra e o casamento
           SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO


                              CONSCIÊNCIA

                      Otimismo      NAMORO    Pessimismo
                   Nec aproximação           Nec autonomia
                        Crente                   Cético
                      Abertura     CASAMENTO Guardar-se
    Pessimismo        emocional                  para si
                                                                Otimismo
   Nec autonomia
                                                             Nec aproximação
       Cético
                                 CASAMENTO                        Crente
    Guardar-se
                                                                Abertura
       para si
                                                                emocional



INCONSCIENTE                                                  INCONSCIENTE
                              “Nec” = Necessidade
A sombra e o casamento
         SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO


  “O resultado foi que, em vez de um conflito interior (algo que
  existia dentro do mundo subjetivo de cada um), o dilema desse
 casal tornou-se um conflito interpessoal - um conflito que teria
             de ser constantemente travado entre eles.”
   “Não apenas os pensamentos e sentimentos indesejáveis são
vistos como estando dentro do parceiro, como também o parceiro
é encorajado, por meio de "deixas" e provocações, a comportar-se
     como se eles lá estivessem. E então a pessoa identifica-se
   indiretamente com a expressão, pelo parceiro, das emoções,
              pensamentos e sentimentos reprimidos.”
                      (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 97)
A sombra e o casamento
   “Cada um de nós,
  todos nós, estamos
  cheios de horror. Se
você se casa para tentar
espantar os seus, só vai
se sair bem se fizer seu
  horror casar com o
horror do outro, os dois
horrores de vocês dois
    se casarão, você
  sangrará e chamará
     isso de amor.”
  (VENTURA in ZWEIG e ABRAMS, p. 100)
A sombra e o casamento
       “Qualquer
 relacionamento íntimo
    pode servir como
 excelente veículo para
    o trabalho com a
 sombra, no qual o fogo
    do amor pode se
  alastrar pelos lugares
 imobilizados, iluminar
  os desvãos escuros e
  nos apresentar a nós
        mesmos.”
     (ZWEIG e ABRAMS, p. 87)
O TRABALHO COM A SOMBRA
                          OPINIÃO DO OUTROS

  Pedir àqueles que nos conhecem bem para nos dizer como nos
veem: o marido, a esposa, um amigo íntimo, um colega, etc. Mas a
 maioria das pessoas treme só de pensar nisso. Preferimos achar
 que os outros nos veem exatamente como vemos a nós mesmos.
 Porém, as pessoas que mais poderiam nos ser úteis são quem
    acusamos de subjetividade declarada, projeção ou simples
 invencionice. É menos ameaçador ouvir a opinião de estranhos
  que não nos oferecem percepções tão autênticas como as das
     pessoas que nos conhecem bem. Essa viagem é difícil.
                     (MILLER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 61)
O TRABALHO COM A SOMBRA
                      NOSSAS PROJEÇÕES

• Listar todas as qualidades que não apreciamos nos outros;
por exemplo, vaidade, irritabilidade, egoísmo, maus modos,
ambição, etc.
• Quando a lista estiver completa (e é provável que ela seja
bem longa), destacamos as características que não só nos
desagradam nos outros mas que também odiamos,
detestamos e desprezamos. Essa segunda lista será uma
imagem razoavelmente exata da nossa sombra pessoal.
O TRABALHO COM A SOMBRA

                                   "Não resistais ao mal"
                                  (Mateus 5:39). A própria
                                     resistência é o mal.
                                     Quando não existe
                                  resistência, a energia é
                                   desobstruída e fluente.
                                 Quando existe resistência,
                                   o movimento cessa, se
                                      opõe e estagna o
                                  organismo. A resistência
   Gandhi: mestre da arte de        sufoca as emoções,
  despertar a sombra no outro.   aniquila a energia e mata
                                       os sentimentos.
                                   (PIERRAKOS in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 112)
O TRABALHO COM A SOMBRA
    “Aquilo que vejo nos outros está mais ou menos
    correto se apenas me informa; mas, se me afeta
fortemente em termos de emoção, então trata-se, sem
               dúvida, de uma projeção.”
                 (WILBER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 299)




                              X
O TRABALHO COM A SOMBRA
“Se pergunto: „Como posso me livrar desse sintoma?‟, estou
cometendo um erro crasso, pois a pergunta implica que não
sou eu que estou produzindo o sintoma! Seria o equivalente
    a perguntar: „Como posso parar de me beliscar?‟ [...] A
 razão pela qual o sintoma não desaparece é que você está
 tentando fazê-lo desaparecer. [...] O problema não é livrar-
   se de algum sintoma e, sim, tentar aumentá-lo, de modo
deliberado e consciente, para poder senti-lo plenamente, de
               modo deliberado e consciente!”
                     (WILBER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. )


                 (O caso do concurso para PM)
A SOMBRA NOS FILMES E NA LITERATURA
• Filmes:
   • “Cisne negro”
   • “O corcunda de Notre Dame”
   • “Como treinar o seu dragão”
   • “Spiderman 3”
   • “Clube da luta”
   • “O homem sem sombra”
   • “Advogado do Diabo”
   • “O incrível Hulk”
   • “Batman”
“Se alguém vivesse sozinho seria praticamente
   impossível perceber sua própria sombra, pois não
haveria ninguém para lhe dizer qual seria a sua imagem.
               É preciso um espectador.”
                     (VON FRANZ, 1985, p. 15)
“Os encontros com a sombra podem ocorrer sempre que
  sentimos nossa vida estagnar-se e perder coloração e
                     significado.”
                   (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 261)




 “Se um caminho houver para sermos melhores, ele estará
          em um olhar mais pleno ao que é pior.”
                                                    Thomas Hardy
“O grande problema do mal
 não é o pecado, mas a recusa
   em admitir o próprio mal.
 Aquilo que não conseguimos
     enfrentar de frente nos
agarrará pelas costas. Quando
    alcançamos a verdadeira
 fortaleza de admitir a nossa
  condição moral imperfeita,
deixamos de ser possuídos por
           demônios.”
       (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 211)
Talvez todos os dragões desta vida
sejam princesas à espera de ver-nos, belos e bravos.
Talvez o horror seja apenas, no mais fundo do seu ser,
algo que precisa do nosso amor.
                                            Rainer Maria Rilke




“Quando ouvi a primeira história de amor comecei a
procurar por ti, sem saber o quanto estava cega.
Os amantes não se encontram num lugar.
Eles existem, desde sempre, um no outro.
                                                                 Rumi
 SAMUELS, Andrew et al. Dicionário Crítico de Análise
  Junguiana. Edição Eletrônica, Andrew Samuels/Rubedo,
  Rio de Janeiro, 2003. Disponível em:
  http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/sombra.htm.
  Acesso em 08 out. 2011, 22:27:00.
 SANFORD, John A. Mal, o lado sombrio da realidade. São
  Paulo: Paulus, 1988.
 VON FRANZ, Marie-Louise. A sombra e o mal nos contos
  de fada. São Paulo: Paulinas, 1985.
 ZWEIG, Connie. ABRAMS, Jeremiah (Org.). Ao encontro da
  sombra. São Paulo: Cultrix, 1994.

 OBS: As citações sem aspas são textos extraídos das obras
  acima, mas que foram modificados pelo palestrante para
  sintetizar a ideia transmitida.
 CHARLES ALBERTO RESENDE
 CRP 6-99598
 www.apsiqueeomundo.blogspot.com.br
 facebook.com/charlesalres
 charlesalres@gmail.com
 (12) 9734 9729

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O que é a Sombra

  • 1.
  • 2.  Introdução  O que é a sombra?  A formação da sombra  As reações sombrias  A sombra e o casamento  O trabalho com a sombra  A sombra nos filmes  Citações  Referências  Contato
  • 3.  A importância do assunto:  Melhor interação consigo mesmo  Desenvolvimento da autoestima  Possibilidade de aumentar o número de relacionamentos  Possibilidade de aprofundar os relacionamento existentes
  • 4.  O que a pessoa não quer ser  O lado negativo da personalidade  Todas as qualidades desagradáveis (positivas e negativas) que o indivíduo quer esconder  A parte desvalorizada, primitiva e inferior
  • 5. O lado sofredor e aleijado da nossa personalidade, que também é o redentor que poderá transformar nossa vida e alterar nossos valores. O redentor tem condições de encontrar o tesouro oculto, conquistar a princesa e derrotar o dragão... pois ele está, de algum modo, marcado — ele é anormal. A sombra é, ao mesmo tempo, aquela coisa horrível que precisa de redenção e o sofrido salvador que pode redimi-la. (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 24)
  • 6. “Nos contos de fadas, o inútil é personificado pelo ‘bobo’ - um personagem estúpido, preguiçoso e aparentemente desafortunado, que parece não ter valor nenhum. Mas na maioria dos contos, o abobalhado transforma-se no herói. Esse tema também aparece no simbolismo dos sonhos contemporâneos.” (TOUB in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 274)
  • 7. Consciência (O que conhecemos de nós) Inconsciente (O desconhecido Sombra em nós)
  • 8. “Passamos nossa vida até os 20 anos decidindo quais as partes de nós mesmos que poremos na sacola e passamos o resto da vida tentando retirá-las de lá.” (BLY in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 31)
  • 9. Em 1886 Robert Louis Stevenson teve um sonho: um homem, perseguido por um crime, engole um certo pó e passa por uma drástica mudança de caráter, e se torna irreconhecível. O amável e dedicado cientista Dr. Jekyll transforma-se no violento e implacável Sr. Hyde, cuja maldade assume proporções cada vez maiores no sonho. Stevenson desenvolveu o sonho no romance ‘O estranho caso de Dr. Jekyll e Sr. Hyde’. Seu tema integrou-se tão intensamente na cultura popular que pensamos nele quando ouvimos alguém dizer, "Eu não era eu mesmo", ou "Ele parecia possuído por um demônio", ou "Ela virou uma megera". Quando uma história como essa nos toca tão a fundo e nos soa tão verdadeira, é porque ela fala a nós de algo que é universal. (Continua...)
  • 10. Todos nós temos um Dr. Jekyll e um Sr. Hyde: uma máscara (persona) agradável para o uso cotidiano e um eu oculto e noturno que fica amordaçado a maior parte do tempo. Emoções e comportamentos negativos - raiva, inveja, vergonha, falsidade, ressentimento, lascívia, cobiça, tendências suicidas e homicidas - ficam escondidos logo abaixo da superfície, mascarados pelo eu mais apropriado às conveniências. São conhecidos na psicologia como a sombra pessoal, que continua a ser um território indomado e inexplorado para a maioria de nós. (ZWEIG e ABRAMS, 1999, p. 15)
  • 11. “Essas mesmas qualidades são tão inaceitáveis para ele precisamente porque elas representam o seu próprio lado reprimido; só achamos impossível aceitar nos outros aquilo que não conseguimos aceitar em nós mesmos.” (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 37)
  • 12. Projeção: se certa qualidade negativa não é aceita (repressão), então só é possível encontrá-la fora de nós. Quando alguém apresenta essa qualidade mesmo em pouca intensidade, há uma tendência a exagerá-la e a entrar em conflito com a pessoa por isso, principalmente se ela é mais ou menos desconhecida. Qualidade tida como não pertencente ao ego Consciência Inconsciente Projeção Reconhecido (Não real) Sujeito “A” Sujeito “B” Sujeito “C” Sujeito “D” Conhecido Desconhecido
  • 13. “A persona satisfaz as exigências do relacionamento com o nosso ambiente e cultura, conciliando o ideal do nosso ego com as expectativas e os valores do mundo onde crescemos.” (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 71) “Os esforços para alcançar a bondade pura resultam numa pose ou numa auto-ilusão sobre a bondade. Isso desenvolve uma persona - uma máscara de bondade vestida sobre o ego.” (SANFORD in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 43)
  • 14. “Quando nos recusamos a enfrentar a sombra [...] tornamo- nos cada vez mais isolados; [...] pois não nos relacionamos com o mundo como ele é, mas sim com o ‘mundo mau e perverso’ que a projeção da nossa sombra nos mostra.” O eu perde contato com a realidade e se considera superior. Então a pessoa costuma dizer: “ ‘Ah, se pelo menos tal coisa fosse assim’, ou ‘Ah, quando tal coisa acontecer’ ou ‘Ah, se as pessoas me entendessem (ou apreciassem) direito’. ” (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 40)
  • 15. “Essas projeções darão uma tal forma às nossas atitudes em relação aos outros que por fim faremos surgir, literalmente, aquilo que projetamos. Imaginamo-nos tão perseguidos pelo ódio que o ódio acaba nascendo nos outros em resposta aos nossos cáusticos mecanismos de defesa. O outro vê a nossa defensiva como hostilidade gratuita: isso desperta os seus mecanismos de defesa e ele projeta a sua sombra sobre nós; reagimos com a nossa defensiva, causando assim ainda mais ódio.” (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 40)
  • 16. A FORMAÇÃO DA SOMBRA BODE EXPIATÓRIO: Dois bodes eram levados com um touro ao Templo de Jerusalém. Os sacerdotes sorteavam um dos bodes: um era queimado em holocausto no altar com o touro; o segundo tornava-se o bode expiatório. O sacerdote punha as mãos na cabeça do animal e confessava os pecados de Israel. Então, era solto no deserto, levando os pecados, para ser reclamado pelo anjo caído Azazel (braço direito de Lúcifer). (WIKIPEDIA)
  • 17. A FORMAÇÃO DA SOMBRA Houaiss: pessoa ou coisa sobre que(m) se faz recair as culpas de outros ou qualquer problema.
  • 18. A FORMAÇÃO DA SOMBRA “A sombra dos outros estimula um contínuo esforço moral na formação do ego e da sombra de uma criança. [...] A projeção [...] ajuda o ego frágil a obter um retorno positivo. [...] Quando a criança sente que jamais corresponderá às expectativas dos outros, ela pode apresentar um comportamento inaceitável e tornar-se um bode expiatório para a projeção da sombra dos outros.” (ZWEIG e ABRAMS, p. 70)
  • 19. A FORMAÇÃO DA SOMBRA Quando a criança fica furiosa com seu irmão, talvez dizer: "Eu entendo que você esteja furioso com seu irmão, mas você não pode jogar uma pedra nele", possa encorajar a criança a reprimir os comportamentos emocionais mais violentos, sem se afastar do seu lado escuro. (SANFORD in ZWEIG e ABRAMS, p. 80)
  • 20. A FORMAÇÃO DA SOMBRA O pior castigo é a recusa de afeição e aprovação para controlar o comportamento da criança. Então a criança capta a mensagem de que é má e responsável pelo mau humor dos pais; isso leva a sentimentos de culpa e de autorrejeição. Então, para estar à altura dos pais, a criança tenta desesperadamente agradá-los, o que resultará numa cisão ainda maior da sombra. Para saber lidar com a sombra dos filhos, os pais precisam aceitar e estar em contato com sua própria sombra. (SANFORD in ZWEIG e ABRAMS, p. 80)
  • 21. A FORMAÇÃO DA SOMBRA CAPACIDADE DE MONITORAR O PRÓPRIO COMPORTAMENTO LIMITES EGO
  • 22. A FORMAÇÃO DA SOMBRA Repressão A repressão parece menos dolorosa que a disciplina. Mas é mais perigosa, pois nos faz agir sem a consciência dos nossos motivos, de modo irresponsável. Mesmo que não Disciplina sejamos responsáveis pelo que somos e sentimos, precisamos nos responsabilizar por como agimos, isto é, nos disciplinar. E a disciplina é a capacidade de, quando necessário, agir contra nossos sentimentos. (WHITMONT in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 41)
  • 23. A FORMAÇÃO DA SOMBRA • Pergunta inadequada: “Eu tenho uma sombra?” • Pergunta adequada: “Onde está minha sombra agora?” • A sombra não é patológica por si. Ela só se torna doentia quando supomos que não a temos, pois então é ela que nos tem.
  • 24. As reações sombrias Consciência dos opostos Totalidade Desenvolvimento da personalidade Repressão Identificação da sombra D com a sombra O R TENSÃO A
  • 25. As reações sombrias “Se sentimos uma raiva avassaladora crescendo dentro de nós quando um amigo nos repreende por um erro, podemos estar razoavelmente certos de que ali encontraremos uma parte da nossa sombra da qual não estamos conscientes. [...] Ela se mostra, com bastante frequência, em nossos atos impulsivos ou impensados.” (VON FRANZ in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 57) A
  • 26. As reações sombrias “A raiva pode desencadear uma reação saudável perante uma situação intolerável. Sem nossa sombra, então, podemos bloquear a capacidade de reagirmos de forma saudável em situações na vida que começam a se tornar intoleráveis para nosso espírito.” (SANFORD, 1988, p. 68) Caso: sonho da mãe perseguidora A
  • 27. As reações sombrias É com pessoas do mesmo sexo que tropeçamos na nossa sombra e na delas. Embora possamos ver a sombra numa pessoa do sexo oposto, em geral ela nos perturba menos e nós a perdoamos com mais facilidade. Nos sonhos a sombra aparece como uma pessoa do mesmo sexo do sonhador, já que personifica qualidades que poderiam fazer parte do ego. A (VON FRANZ in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 58) (SANFORD, 1988, p. 66)
  • 28. As reações sombrias Sempre que a nossa reação ao outro envolver emoção excessiva ou reação exagerada, podemos estar certos de que algo inconsciente foi estimulado e está sendo ativado. [...] Também projetamos as qualidades positivas da nossa sombra sobre os outros. Vemos nos outros os traços positivos que possuímos mas que, por qualquer razão, não deixamos que penetrem na nossa consciência e não conseguimos discernir. A (MILLER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 62)
  • 29. As reações sombrias “Os marginais podem ter Star Daily: tornou-se um ideal de Eu que criminoso intencio- valoriza bastante a nalmente. Na meia-idade, após muito sofrimento, no agressão, a brutalidade e confinamento solitário, ações antissociais. Aqui a teve uma marcante personalidade da sombra experiência com Cristo. pode ser clara, ou seja, Sua vida interior despertou e passou a pode incorporar impulsos viver como homem mais generosos, afáveis e amável e dedicado ao socialmente aceitáveis.” bem-estar das pessoas. (SANFORD, 1988, p. 70) Narrou a sua história no livro “Love can open prision doors”. (SANFORD, 1988, p. 70) A
  • 30. A sombra e o casamento Se não o desenvolvermos, casaremos com ele. [...] Seremos atraídos para pessoas que poderão nos compensar nossas fraquezas e inferioridades, nos arriscando a nunca desenvolvê-las por nós mesmos. (ZWEIG e ABRAMS, p. 80) OUTRO MESMO SEXO SOMBRA SEXO
  • 31. A sombra e o casamento As qualidades citadas pelos parceiros como as que primeiro os atraíram um para o outro coincidem com aquelas que são identificadas como as fontes de conflito no decorrer do relacionamento. As qualidades "atraentes“ tornam-se as coisas más e difíceis do parceiro. (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 95)
  • 32. A sombra e o casamento SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO • A necessidade de estar próximo de sua parceira, no contexto de um relacionamento confiante e mutuamente expressivo, era vista como necessidade dela. • Ao mesmo tempo em que ela dependia dele para se afastar quando ela se aproximava, ele dependia dela para tentar a aproximação a fim de se sentir necessário e desejado - íntimo. • Em lugar de expressar diretamente qualquer desejo ou necessidade de intimidade (ou mesmo conscientizar-se desses desejos e sentimentos e assumir a responsabilidade por eles), ele precisava dissociá-los de sua consciência. • O conflito [...] entre querer satisfazer suas próprias necessidades individuais e querer satisfazer as necessidades do relacionamento – foi dividido igualmente entre eles. Em vez de admitir que o conflito autonomia/intimidade existia dentro da cabeça de cada um, inconscientemente fizeram esse acordo secreto. (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 97)
  • 33. A sombra e o casamento SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO CONSCIÊNCIA Otimismo NAMORO Pessimismo Nec aproximação Nec autonomia Crente Cético Abertura CASAMENTO Guardar-se Pessimismo emocional para si Otimismo Nec autonomia Nec aproximação Cético CASAMENTO Crente Guardar-se Abertura para si emocional INCONSCIENTE INCONSCIENTE “Nec” = Necessidade
  • 34. A sombra e o casamento SÍNTESE DAS APRECIAÇÕES DE UM CASO “O resultado foi que, em vez de um conflito interior (algo que existia dentro do mundo subjetivo de cada um), o dilema desse casal tornou-se um conflito interpessoal - um conflito que teria de ser constantemente travado entre eles.” “Não apenas os pensamentos e sentimentos indesejáveis são vistos como estando dentro do parceiro, como também o parceiro é encorajado, por meio de "deixas" e provocações, a comportar-se como se eles lá estivessem. E então a pessoa identifica-se indiretamente com a expressão, pelo parceiro, das emoções, pensamentos e sentimentos reprimidos.” (SCARF in ZWEIG e ABRAMS, p. 97)
  • 35. A sombra e o casamento “Cada um de nós, todos nós, estamos cheios de horror. Se você se casa para tentar espantar os seus, só vai se sair bem se fizer seu horror casar com o horror do outro, os dois horrores de vocês dois se casarão, você sangrará e chamará isso de amor.” (VENTURA in ZWEIG e ABRAMS, p. 100)
  • 36. A sombra e o casamento “Qualquer relacionamento íntimo pode servir como excelente veículo para o trabalho com a sombra, no qual o fogo do amor pode se alastrar pelos lugares imobilizados, iluminar os desvãos escuros e nos apresentar a nós mesmos.” (ZWEIG e ABRAMS, p. 87)
  • 37. O TRABALHO COM A SOMBRA OPINIÃO DO OUTROS Pedir àqueles que nos conhecem bem para nos dizer como nos veem: o marido, a esposa, um amigo íntimo, um colega, etc. Mas a maioria das pessoas treme só de pensar nisso. Preferimos achar que os outros nos veem exatamente como vemos a nós mesmos. Porém, as pessoas que mais poderiam nos ser úteis são quem acusamos de subjetividade declarada, projeção ou simples invencionice. É menos ameaçador ouvir a opinião de estranhos que não nos oferecem percepções tão autênticas como as das pessoas que nos conhecem bem. Essa viagem é difícil. (MILLER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 61)
  • 38. O TRABALHO COM A SOMBRA NOSSAS PROJEÇÕES • Listar todas as qualidades que não apreciamos nos outros; por exemplo, vaidade, irritabilidade, egoísmo, maus modos, ambição, etc. • Quando a lista estiver completa (e é provável que ela seja bem longa), destacamos as características que não só nos desagradam nos outros mas que também odiamos, detestamos e desprezamos. Essa segunda lista será uma imagem razoavelmente exata da nossa sombra pessoal.
  • 39. O TRABALHO COM A SOMBRA "Não resistais ao mal" (Mateus 5:39). A própria resistência é o mal. Quando não existe resistência, a energia é desobstruída e fluente. Quando existe resistência, o movimento cessa, se opõe e estagna o organismo. A resistência Gandhi: mestre da arte de sufoca as emoções, despertar a sombra no outro. aniquila a energia e mata os sentimentos. (PIERRAKOS in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 112)
  • 40. O TRABALHO COM A SOMBRA “Aquilo que vejo nos outros está mais ou menos correto se apenas me informa; mas, se me afeta fortemente em termos de emoção, então trata-se, sem dúvida, de uma projeção.” (WILBER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 299) X
  • 41. O TRABALHO COM A SOMBRA “Se pergunto: „Como posso me livrar desse sintoma?‟, estou cometendo um erro crasso, pois a pergunta implica que não sou eu que estou produzindo o sintoma! Seria o equivalente a perguntar: „Como posso parar de me beliscar?‟ [...] A razão pela qual o sintoma não desaparece é que você está tentando fazê-lo desaparecer. [...] O problema não é livrar- se de algum sintoma e, sim, tentar aumentá-lo, de modo deliberado e consciente, para poder senti-lo plenamente, de modo deliberado e consciente!” (WILBER in ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. ) (O caso do concurso para PM)
  • 42. A SOMBRA NOS FILMES E NA LITERATURA • Filmes: • “Cisne negro” • “O corcunda de Notre Dame” • “Como treinar o seu dragão” • “Spiderman 3” • “Clube da luta” • “O homem sem sombra” • “Advogado do Diabo” • “O incrível Hulk” • “Batman”
  • 43. “Se alguém vivesse sozinho seria praticamente impossível perceber sua própria sombra, pois não haveria ninguém para lhe dizer qual seria a sua imagem. É preciso um espectador.” (VON FRANZ, 1985, p. 15)
  • 44. “Os encontros com a sombra podem ocorrer sempre que sentimos nossa vida estagnar-se e perder coloração e significado.” (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 261) “Se um caminho houver para sermos melhores, ele estará em um olhar mais pleno ao que é pior.” Thomas Hardy
  • 45. “O grande problema do mal não é o pecado, mas a recusa em admitir o próprio mal. Aquilo que não conseguimos enfrentar de frente nos agarrará pelas costas. Quando alcançamos a verdadeira fortaleza de admitir a nossa condição moral imperfeita, deixamos de ser possuídos por demônios.” (ZWEIG e ABRAMS, 1994, p. 211)
  • 46. Talvez todos os dragões desta vida sejam princesas à espera de ver-nos, belos e bravos. Talvez o horror seja apenas, no mais fundo do seu ser, algo que precisa do nosso amor. Rainer Maria Rilke “Quando ouvi a primeira história de amor comecei a procurar por ti, sem saber o quanto estava cega. Os amantes não se encontram num lugar. Eles existem, desde sempre, um no outro. Rumi
  • 47.  SAMUELS, Andrew et al. Dicionário Crítico de Análise Junguiana. Edição Eletrônica, Andrew Samuels/Rubedo, Rio de Janeiro, 2003. Disponível em: http://www.rubedo.psc.br/dicjung/verbetes/sombra.htm. Acesso em 08 out. 2011, 22:27:00.  SANFORD, John A. Mal, o lado sombrio da realidade. São Paulo: Paulus, 1988.  VON FRANZ, Marie-Louise. A sombra e o mal nos contos de fada. São Paulo: Paulinas, 1985.  ZWEIG, Connie. ABRAMS, Jeremiah (Org.). Ao encontro da sombra. São Paulo: Cultrix, 1994.  OBS: As citações sem aspas são textos extraídos das obras acima, mas que foram modificados pelo palestrante para sintetizar a ideia transmitida.
  • 48.  CHARLES ALBERTO RESENDE  CRP 6-99598  www.apsiqueeomundo.blogspot.com.br  facebook.com/charlesalres  charlesalres@gmail.com  (12) 9734 9729