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JUNG, SONHOS
 E IMAGINAÇÃO

IMAGINAÇÃO ATIVA (IA)

  Charles Alberto Resende
  Psicólogo CRP 6-99598
AUTONOMIA DO INCONSCIENTE

 Princípio concebido por Jung: autonomia do Ics
 Energia do Ics x energia da Cs
 Vivência da autonomia do Ics
   Tome três respirações profundas
   Na primeira, relaxe os pés, as pernas, as coxas e o
    quadril
   Na segunda, solte as mãos, os braços, os ombros e o
    peito;
   Na terceira, solte o pescoço, o couro cabeludo, a
    face, os olhos.
AUTONOMIA DO INCONSCIENTE

 Vivência da autonomia do Ics
   Imagine um quadrado amarelo perfeito;
   Mantenha-o parado na sua visão interior por trinta
    segundos;
   Perceba tudo o que ocorre enquanto tenta mantê-
    lo parado;
   Discussão da experiência.
 Vivências imaginativas
   Indicadas para egos excessivamente
    impermeáveis ao inconsciente


                          Rotina Vida não
                       Ics       criativa
          EGO                 Impulsos
                                do Ics
 Efeito das vivências sobre egos impermeáveis




                     Ics
       EGO                 Impulsos
                             do Ics
 Análise das vivências
   Indicadas para egos excessivamente permeáveis aos
    impulsos inconscientes


                                    Viver na
                          Ics       fantasia
               EGO           Impulsos
                               do Ics
                                    Sem contato com a
                                        realidade
 Efeito da interpretação sobre egos muito
  permeáveis



                       Ics
           EGO               Impulsos
                               do Ics
Conceito de IA
 Fantasia > phantasía (grego) >
    “fazer visível”
   IA: encontrar imagens e
    dialogar com elas
   IA: entrar na ação, na aventura
    ou no conflito cuja história se
    desenrola na imaginação
   Confluência da Cs e do Ics
   Imaginação ativa x fantasia
    passiva
Efeitos
 Diminuição dos sonhos
 Diminuição das fantasias passivas (alívio da
    pressão interna)
   Sonhos repetitivos > sonhos não repetitivos
   Sonhos cotidianos > sonhos mais criativos
   Extensão para outros momentos > vivência
    pessoal
   Espontaneidade (maior extroversão) >
    vivência pessoal
 Verdadeira questão:

 Autenticidade          O que fazer
 das imagens            com elas?
Método
 Importância do registro
   Simultâneo (escrever, relatar
    alto, etc.)
   Posterior (escrever, ilus-
    trar, esculpir, etc.)
 1. Convidar
 2. Dialogar e vivenciar
 3. Acrescentar o ele-
  mento ético dos valores
 4. Concretizar pelo ritual físico
Método
 Importância da escrita
   Protege de cair na fantasia
      passiva
     Ajuda na concentração
     Ajuda a ter uma experiência
      mais profunda
     Não pensar sobre o
      significado (tentativa de
      controle)
     IA: funções sentimento e
      intuição
Método
 1. Convite
   A partir do vácuo
   A partir de uma
    emoção
   A partir de um sonho
   Ir a um lugar na
    imaginação para
    encontrar alguém
Método
 Dialogar e vivenciar
   Deixar que as figuras
      tenham vida própria
     Perguntar o que ela
      quer falar ou fazer
     Disposição de escutar
     Faça perguntas
     Expresse sentimentos
     Replicar
Método
 Os valores
   “O fato de manter-se passivo na
    fantasia exprime simplesmente sua
    atitude geral em relação à atividade
    do inconsciente. [...] Ele aceita sem
    discutir esses se sentimentos
    negativos que no fundo são
    autosugestões.” Jung (1987, p. 90)
   Humanização das figuras
    destrutivas e originadas da natureza
   Confronto com a energia primitiva
Método
 Os valores
   Arquétipos: forças
    impessoais e amorais da
    natureza
   Desafio ao ego: responder e
    defender valores como
    honestidade e compromisso
   Não dominar nem se
    permitir ser dominado
Método

 Os rituais
   Estágio de maior discernimento > tornar
    concreto
   Se assundo da IA = Situação cotidiana >
    Exteriorização da fantasia (difícil ritualização)
   Imagem de algum conhecido: pedir para mudar a
    aparência
   Outro nível de resposta ao Ics
“O mais importante é diferenciar o consciente do
  conteúdo do inconsciente. É necessário, por assim
  dizer, isolar esses últimos, e o modo mais fácil de
  fazê-lo é personificá-los, estabelecendo depois, a
  partir da consciência, um contato com essas
  personagens. Apenas dessa maneira é possível
  diminuir-lhes a potência, sem o que irão exercer
  seu poder sobre o consciente.”
                                                   Jung
“É preciso coragem para ir até o lado
  ‘mau’ de nós mesmos, e
  considerar que pode ter um papel
  construtivo a desempenhar na
  nossa vida. É preciso coragem
  para olhar diretamente a
  fragmentação de nossos desejos e
  ansiedades. Um lado parece dizer
  sim, enquanto o outro diz não,
  com veemência. Um lado da
  minha psique pede
  relacionamento, segurança e
  estabilidade.
      (continua no próximo >)
“O outro quer partir para as
  heroicas cruzadas, anseia grandes
  aventuras em lugares exóticos,
  viajar para o outro lado do mundo
  e viver como cigano. Já uma outra
  personalidade quer construir um
  império e consolidar seus
  sistemas de poder. Por vezes,
  essa discussão parece não ter
  solução e nos sentimos
  dilacerados pelos conflitos entre
  desejos, deveres e obrigações.”
                Johnson (1989, p. 47)
Referências

 JOHNSON, Robert A. Innerwork (Imaginação
  ativa). São Paulo: Mercuryo, 1989.
 JUNG, Carl Gustav. O eu e o inconsciente.
  Petrópolis: Vozes, 1987.
 ROSSI, Ernest Lawrence. Os sonhos e o
  desenvolvimento da personalidade. São Paulo:
  Summus, 1982.

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Imaginação Ativa (versão resumida)

  • 1. JUNG, SONHOS E IMAGINAÇÃO IMAGINAÇÃO ATIVA (IA) Charles Alberto Resende Psicólogo CRP 6-99598
  • 2. AUTONOMIA DO INCONSCIENTE  Princípio concebido por Jung: autonomia do Ics  Energia do Ics x energia da Cs  Vivência da autonomia do Ics  Tome três respirações profundas  Na primeira, relaxe os pés, as pernas, as coxas e o quadril  Na segunda, solte as mãos, os braços, os ombros e o peito;  Na terceira, solte o pescoço, o couro cabeludo, a face, os olhos.
  • 3. AUTONOMIA DO INCONSCIENTE  Vivência da autonomia do Ics  Imagine um quadrado amarelo perfeito;  Mantenha-o parado na sua visão interior por trinta segundos;  Perceba tudo o que ocorre enquanto tenta mantê- lo parado;  Discussão da experiência.
  • 4.  Vivências imaginativas  Indicadas para egos excessivamente impermeáveis ao inconsciente Rotina Vida não Ics criativa EGO Impulsos do Ics
  • 5.  Efeito das vivências sobre egos impermeáveis Ics EGO Impulsos do Ics
  • 6.  Análise das vivências  Indicadas para egos excessivamente permeáveis aos impulsos inconscientes Viver na Ics fantasia EGO Impulsos do Ics Sem contato com a realidade
  • 7.  Efeito da interpretação sobre egos muito permeáveis Ics EGO Impulsos do Ics
  • 8. Conceito de IA  Fantasia > phantasía (grego) > “fazer visível”  IA: encontrar imagens e dialogar com elas  IA: entrar na ação, na aventura ou no conflito cuja história se desenrola na imaginação  Confluência da Cs e do Ics  Imaginação ativa x fantasia passiva
  • 9. Efeitos  Diminuição dos sonhos  Diminuição das fantasias passivas (alívio da pressão interna)  Sonhos repetitivos > sonhos não repetitivos  Sonhos cotidianos > sonhos mais criativos  Extensão para outros momentos > vivência pessoal  Espontaneidade (maior extroversão) > vivência pessoal
  • 10.  Verdadeira questão: Autenticidade O que fazer das imagens com elas?
  • 11. Método  Importância do registro  Simultâneo (escrever, relatar alto, etc.)  Posterior (escrever, ilus- trar, esculpir, etc.)  1. Convidar  2. Dialogar e vivenciar  3. Acrescentar o ele- mento ético dos valores  4. Concretizar pelo ritual físico
  • 12. Método  Importância da escrita  Protege de cair na fantasia passiva  Ajuda na concentração  Ajuda a ter uma experiência mais profunda  Não pensar sobre o significado (tentativa de controle)  IA: funções sentimento e intuição
  • 13. Método  1. Convite  A partir do vácuo  A partir de uma emoção  A partir de um sonho  Ir a um lugar na imaginação para encontrar alguém
  • 14. Método  Dialogar e vivenciar  Deixar que as figuras tenham vida própria  Perguntar o que ela quer falar ou fazer  Disposição de escutar  Faça perguntas  Expresse sentimentos  Replicar
  • 15. Método  Os valores  “O fato de manter-se passivo na fantasia exprime simplesmente sua atitude geral em relação à atividade do inconsciente. [...] Ele aceita sem discutir esses se sentimentos negativos que no fundo são autosugestões.” Jung (1987, p. 90)  Humanização das figuras destrutivas e originadas da natureza  Confronto com a energia primitiva
  • 16. Método  Os valores  Arquétipos: forças impessoais e amorais da natureza  Desafio ao ego: responder e defender valores como honestidade e compromisso  Não dominar nem se permitir ser dominado
  • 17. Método  Os rituais  Estágio de maior discernimento > tornar concreto  Se assundo da IA = Situação cotidiana > Exteriorização da fantasia (difícil ritualização)  Imagem de algum conhecido: pedir para mudar a aparência  Outro nível de resposta ao Ics
  • 18. “O mais importante é diferenciar o consciente do conteúdo do inconsciente. É necessário, por assim dizer, isolar esses últimos, e o modo mais fácil de fazê-lo é personificá-los, estabelecendo depois, a partir da consciência, um contato com essas personagens. Apenas dessa maneira é possível diminuir-lhes a potência, sem o que irão exercer seu poder sobre o consciente.” Jung
  • 19. “É preciso coragem para ir até o lado ‘mau’ de nós mesmos, e considerar que pode ter um papel construtivo a desempenhar na nossa vida. É preciso coragem para olhar diretamente a fragmentação de nossos desejos e ansiedades. Um lado parece dizer sim, enquanto o outro diz não, com veemência. Um lado da minha psique pede relacionamento, segurança e estabilidade. (continua no próximo >)
  • 20. “O outro quer partir para as heroicas cruzadas, anseia grandes aventuras em lugares exóticos, viajar para o outro lado do mundo e viver como cigano. Já uma outra personalidade quer construir um império e consolidar seus sistemas de poder. Por vezes, essa discussão parece não ter solução e nos sentimos dilacerados pelos conflitos entre desejos, deveres e obrigações.” Johnson (1989, p. 47)
  • 21. Referências  JOHNSON, Robert A. Innerwork (Imaginação ativa). São Paulo: Mercuryo, 1989.  JUNG, Carl Gustav. O eu e o inconsciente. Petrópolis: Vozes, 1987.  ROSSI, Ernest Lawrence. Os sonhos e o desenvolvimento da personalidade. São Paulo: Summus, 1982.