Conjunto de dispositivos utilizados para o acompanhamento pedagógico da Unidade Curricular «Geografia da Europa» integrada no Programa de Estudos 2015/2016 da Dalian University of Foreign Languages com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
2. GEOGRAFIA
DA EUROPA
Literatura (do latim litteratūra-, «erudição; ciência
relativa às letras»)
◦ arte de compor obras em que a linguagem é usada
esteticamente, procurando produzir emoções no recetor
◦ conjunto de produções literárias de um país ou de uma
época
◦ produção escrita relativa a determinado setor do
conhecimento (literatura médica, literatura química,
literatura jurídica)
◦ disciplina que tem por objeto de estudo os estudos
literários
◦ carreira das letras
◦ literatura de cordel literatura de carácter popular
http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/literatura
Literatura
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 2
3. GEOGRAFIA
DA EUROPA
Um cânone literário para a Europa
(…) Nela se encontram representados catorze
autores, de Homero a Kafka, com um ou mais
extratos da sua obra, organizados num elenco
canónico fixo (…)
(…) reconhece na literatura europeia
especificidades que a tornam inconfundível com
literaturas de outros continentes (africanas,
americana, asiáticas), desde logo pela forma única
como nela se articula e preserva um nexo tradição-
inovação que, abrangendo a criação e a crítica
literárias, transporta consigo uma história de
quase três mil anos. (…)
Buescu, Helena Carvalho; Silva, Maria Cristina; Ribeiro,
Cristina Almeida (org.) – Um Cânone Literário para a Europa.
Húmus: Vila Nova de Famalicão, 2012.
Literatura
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 3
4. HOMERO
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 4
LITERATURA
Poeta épico grego que viveu em 900 AC (Heródoto),
considerado autor das 2 maiores epopeias da
Humanidade - a Ilíada e a Odisseia.
Na época alexandrina levantaram-se dúvidas sobre a
atribuição destas duas epopeias a Homero. Aristarco, no
entanto, considerava que a Ilíada seria uma obra da
juventude enquanto que a Odisseia seria da sua velhice.
No séc. XVI quase ninguém duvidava de que fosse
Homero o autor dessas epopeias. Mas no séc. XVIII, o
filólogo alemão Wolf, lança a dúvida e sustenta que a
Ilíada e a Odisseia eram fragmentos épicos de épocas e
origens várias reunidos depois segundo um plano lógico.
Várias teorias foram surgindo, mas a que prevalece é a de
que o poeta a que chamamos Homero, é o autor da Ilíada
e da Odisseia, pelo menos nos seus episódios essenciais.
GRÉCIA
http://www.infopedia.pt/$homero,2
5. HOMERO
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 5
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$iliada
Ilíada, séc. VIII AC
A Ilíada está ligada ao ciclo das lendas troianas.
Segundo a lenda, Páris, filho de Príamo, rei de Troia,
havia raptado Helena, mulher de Menelau. Para a
recuperar, os gregos, desembarcaram com as suas
tropas e puseram cerco a Troia. Este cerco durou dez
anos. A Ilíada, poema sobre Ílion (Troia), narra apenas
um episódio deste cerco - a cólera de Aquiles.
O poema consta de XXIV cantos divididos em 5 partes
(I; II-X; XI-XIV; XV-XIX; XX-XXIV).
A Ilíada, postos de lado os problemas sobre a sua
origem, é um poema que vale pela beleza do conjunto,
e pela arte, original e genuinamente grega - a arte
homérica. Merecem especial estudo as comparações,
os caracteres, o maravilhoso, e, numa palavra, o estilo.
.
6. HOMERO
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 6
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$odisseia
Odisseia, séc. VIII AC
Como o da Ilíada, o enredo da Odisseia está relacionado com as
lendas da Guerra de Troia. Depois da tomada de Troia, graças ao
cavalo de madeira, os vencedores incendiaram-na e voltaram à
Grécia.
No seu regresso, os chefes gregos tiveram sorte vária.
Agamémnon foi assassinado pela mulher na sua chegada a Argos;
Ulisses errou pelos mares fora até conseguir chegar a Ítaca, dez
anos depois... Este vaguear de Ulisses é o assunto da Odisseia.
A Odisseia é mais completa que a Ilíada, embora a sua estrutura
seja menos simples. A Odisseia é uma epopeia de viagens e
aventuras, a Ilíada é uma epopeia guerreira.
De salientar a marcação dos caracteres das personagens
principais:
Ulisses distingue-se pela sua coragem, pela sua prudência e destreza.
Nada o faz demover do seu intento.
Panélope é prudente e perseverante como Ulisses. A sua fidelidade
tornou-se proverbial.
Telémaco é prudente como o pai, mas orgulhoso e impulsivo.
7. DANTE ALIGHIERI
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 7
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$dante
Dante foi poeta, escritor, teórico literário, filósofo
moralista e pensador político. Nasceu em 1265 no seio de
uma família nobre de Florença, cidade onde cresceu e
mais tarde desempenhou parte ativa nas lutas políticas
que dividiam a cidade.
Dante casou com Gemma Donati, mas toda a sua vida e
obra poética se inspiraram no amor espiritual que nutria
por Beatriz Portinari (falecida em 1290), que tinha
conhecido quando ambos eram crianças.
Terá sido entre 1308 e 1321) que Dante escreveu a sua
mais famosa obra, A Divina Comédia, onde um homem
percorre os três estádios pós-morte: o Inferno, o
Purgatório e o Paraíso. Dante morre pouco depois de
concluir esta obra, tendo um funeral com todas as honras
dado pelos mais ilustres intelectuais da época.
ITÁLIA
8. DANTE ALIGHERI
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 8
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$divina-comedia
A Divina Comédia, 1304-1321
Considerada a obra-prima de Dante Alighieri, A Divina Comédia é
um poema escrito em tercetos, com três partes fundamentais (o
Inferno, o Purgatório e o Paraíso), cada uma com 33 cantos,
havendo mais um canto que é considerado a introdução à obra.
A Comédia foi o título escolhido por Dante, opção que ele
justificava por a ação dramática, agitada e terrível no Inferno,
tornar-se serena e jubilosa no Paraíso, para além do facto de a
obra ser escrita em vernáculo e não em latim.
A designação "Divina" só surge aquando da edição veneziana de
1555, por influência do estatuto que Dante obteve no seio do
mundo artístico, o de "divino poeta".
O reconhecimento das qualidades únicas de A Divina Comédia
não tardou e ao longo dos séculos, esta obra ganhou um estatuto
cada vez maior, ou por refletir, de uma maneira ou de outra,
diferentes aspetos da sociedade, ou pelo facto de a sua
arquitetura formal única e riqueza poética sobreviverem às
diferentes escolas de arte.
9. FRANCESCO PETRARCA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 9
LITERATURA
Francesco Petrarca (Arezzo, 20 de julho de 1304 -
Arquà, 19 de julho de 1374) foi um intelectual,
poeta e humanista italiano, famoso,
principalmente, devido ao seu romanceiro.
É considerado o inventor do soneto, tipo de
poema composto de 14 versos. Foi baseado no
trabalho de Petrarca (e também de Dante e
Boccaccio) que Pietro Bembo, no século XVI,
criou o modelo para o italiano moderno, mais
tarde adotado pela «Accademia della Crusca».
Pesquisador e filólogo, divulgador e escritor, é
tido como o "pai do Humanismo".
ITÁLIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_Petrarca
10. FRANCESCO PETRARCA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 10
LITERATURA
Cancioneiro, 1373
O nome de Petrarca está associado ao de Laura, a
mulher amada que ele canta em Rerum vulgarium
fragmenta (Fragmentos em língua popular) mais
conhecidos pelo Il Canzoniere (O Cancioneiro).
Em 1327, numa sexta-feira Santa, a visão de uma
mulher chamada Laura na Igreja de Santa Clara de
Avignon despertou em Petrarca uma paixão duradoura,
celebrada no Cancioneiro. Petrarca aperfeiçoou a
forma do soneto. Muitos dos poemas do Cancioneiro
são sonetos.
Há pouca informação na obra de Petrarca sobre Laura,
exceto que é linda, tem cabelos claros e é uma moça
modesta e digna. Laura e Petrarca tiveram pouco ou
nenhum contato pessoal.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Francesco_Petrarca
11. GIOVANNI BOCCACCIO
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 11
LITERATURA
Boccaccio (Florença ou Certaldo, 16 junho 1313 – Certaldo,
21 dezembro 1375) foi um poeta e crítico literário italiano,
especializado na obra de Dante.
Filho de um mercador, Boccaccio não se dedicou ao
comércio, preferindo cultivar o talento literário que se
manifestou desde muito cedo. Foi um importante
humanista, autor de obras como Decameron, o poema
alegórico Amorosa visione (Visão Amorosa) e De claris
mulieribus,, uma série de biografias de mulheres ilustres.
Decameron fez de Boccaccio o primeiro grande realista da
literatura universal.
Ao ler "A Comédia", de Dante, ficou tão fascinado que a
renomeou de "A Divina Comédia", título com que a obra
seria imortalizada. Considerado uma autoridade sobre
Dante, o governo da cidade convidou-o em 1373, a fazer
uma leitura pública da Divina Comédia. Boccacio foi autor
de uma das primeiras biografias de Dante.
ITÁLIA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Boccaccio
12. GIOVANNI BOCCACCIO
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 12
LITERATURA
Decameron, 1348 - 1353
A obra é considerada um marco literário na rutura
entre a moral medieval, em que se valorizava o
amor espiritual, e o início do realismo, iniciando o
registo dos valores terrenos, que veio redundar no
humanismo. Foi escrito em dialeto toscano.
A estrutura do Decameron é composta por um
conjunto de cem novelas, divididas em dez
"jornadas” – onde dez jovens narradores se revezam
em torno de um tema no qual cada um deve expor
uma história que seja com este relacionada.
A primeira jornada começa por uma descrição dos
efeitos da peste negra nas cidades, e assim justifica
a razão para o encontro casual, em pleno campo,
dos dez rapazes e moças de Florença, que darão voz
às histórias.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Decamer%C3%A3o
13. LUÍS DE CAMÕES
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 13
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$luis-de-camoes
Poeta português, Luís Vaz de Camões terá nascido
por volta de 1524/1525, não se sabe exatamente
onde, e morreu a 10 de junho de 1580, em Lisboa.
Pensa-se que estudou Literatura e Filosofia em
Coimbra. Tudo parece indicar que pertencia à
pequena nobreza.
Os últimos anos de Camões foram amargurados pela
doença e pela miséria. Um fidalgo amigo mandou
inscrever-lhe na campa um epitáfio: “Aqui jaz L
uís de Camões, príncipe dos poetas do seu tempo.
Viveu pobre e miseravelmente, e assim morreu."
Camões terá sido de facto um homem
determinado, humanista, pensador, viajado,
aventureiro, experiente, que se deslumbrou com a
descoberta de novos mundos.
A 10 de junho, comemora-se o Dia de Camões, de
Portugal e das Comunidades Portuguesas.
PORTUGAL
14. LUÍS DE CAMÕES
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 14
LITERATURA
Lusíadas, 1572
Célebre poema épico de Luís de Camões, publicado
em 1572, que, narrando a descoberta do caminho
marítimo para o Oriente por Vasco da Gama,
encerra ainda uma síntese da História pátria. É uma
epopeia clássica, inteiramente fiel às regras e
convenções impostas pelo género.
O acontecimento central da obra é o descobrimento
do caminho marítimo para a Índia. Para o seu
tratamento literário, Camões inventou uma fábula
mitológica onde os deuses, como se fossem
humanos, entram em conflito por causa da viagem
de Vasco da Gama. Ao mesmo tempo, são evocadas
as glórias da nacionalidade, com admirável
engenho, na narrativa do próprio Gama, verdadeira
síntese da História pátria.
http://www.infopedia.pt/$os-lusiadas
15. MIGUEL DE CERVANTES
SAAVEDRA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 15
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$miguel-de-cervantes-saavedra
Romancista, dramaturgo e poeta espanhol. Foi o criador
de D. Quixote (1605) e é considerado uma das figuras
mais importantes da literatura espanhola. Nasceu em
1547, em Alcalá de Henares, Espanha, e morreu em
1616, em Madrid.
Depois de estudar em Madrid, parte para Itália e torna-
se soldado. Participa numa batalha na qual perde o uso
da mão direita. Regressa a Espanha, em 1580.
Em 1585 escreve La Galatea , o seu primeiro livro de
ficção. Com a ajuda de um pequeno círculo de amigos, o
livro deu a conhecer Cervantes a um público sofisticado.
Depois de falhar como dramaturgo e de verificar que
não conseguiria viver apenas da literatura, tornou-se
comissário de aprovisionamento da Armada Invencível,
em 1587. Em 1604 Cervantes vendeu os direitos da
primeira parte da novela El ingenioso hidalgo Don
Quixote de la Mancha.
ESPANHA
16. MIGUEL DE CERVANTES
SAAVEDRA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 16
LITERATURA
D. Quixote de La Mancha, 1605
É a maior criação de Cervantes. Nesta obra, a
paródia apresenta uma forma invulgar. O
protagonista, já de certa idade, entrega-se à
leitura desses romances, perde o juízo, acredita
que tenham sido verdadeiros e decide tornar-se
um cavaleiro andante. Por isso, parte pelo
mundo e vive o seu próprio romance de
cavalaria. A história é apresentada sob a forma
de novela realista.
As figuras de D. Quixote, de Sancho Pança e do
cavalo de D. Quixote, Rocinante, depressa
conquistaram a imaginação popular. No entanto,
os contemporâneos da obra não a levaram tão a
sério como as gerações posteriores.
http://www.infopedia.pt/$d.-quixote
17. GOETHE
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 17
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$j.-w.-goethe
Johann Wolfgang von Goethe nasceu de uma
família nobre em Frankfurt-am-Main, em 1749, e
morreu em Weimar, em 1832. Tendo recebido
uma educação multifacetada no início da sua
vida, estudou Direito em Leipzig a partir de 1765.
Escritor de admirável elegância de estilo e de
grande poder imaginativo, além de ser um
pensador profundo, Goethe abraçou um vasto
conjunto de conhecimentos e de interesses
humanos.
Para a Alemanha, que nos séculos XVI e XVII
não tinha ainda beneficiado do movimento da
Renascença, Goethe constituiu, sozinho, uma
Renascença completa. Para o resto do mundo
foi um dos génios mais ricos e poderosos da
Humanidade.
ALEMANHA
18. GOETHE
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 18
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$fausto
Fausto, 1808
Fausto é o nome do herói lendário de várias obras
literárias de nacionalidades e épocas diferentes. Na
origem da lenda terá havido um «Fausto» alemão,
nascido em Krittlingen, entre 1480 e 1500, e que, depois
de vários anos de vida errante, morreu em Staufen. A
primeira versão é o poema História do Doutor João
Fausto, de autor desconhecido (1587), Frankfurt: o
mágico Fausto vende a alma ao Diabo em troca de
regalias e bens terrenos. No fim do prazo do contrato,
Fausto é estrangulado pelo Diabo.
Mais tarde, Goethe apaixona-se pelo tema e escreve a
sua obra-prima, talvez a maior obra que a lenda jamais
produziu: Doktor Faust, drama em duas partes - a última
delas só foi concluída vinte e quatro anos depois da
primeira e poucos dias antes da morte do autor.
19. GUSTAVE FLAUBERT
Gustave Flaubert (Ruão, 12 de
dezembro de 1821 – Croisset, 8 de
maio de 1880) foi um escritor francês.
Prosador importante, Flaubert marcou
a literatura francesa pela
profundidade das suas análises
psicológicas, do seu sentido de
realidade, pela lucidez sobre o
comportamento social e pela força de
seu estilo em grandes romances, tais
como Madame Bovary (1857) e A
Educação Sentimental (1869).
FRANÇA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 19
LITERATURA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gustave_Flaubert
20. GUSTAVE FLAUBERT
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 20
LITERATURA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Madame_Bovary
Madame Bovary, 1857
Madame Bovary, de Gustave Flaubert, além de causar
furor na época, criou um novo estilo literário. 1ª obra-
prima da ficção realista, Madame Bovary foi publicado
em 1857, causando grande controvérsia.
O romance conta a história de Emma, uma mulher
criada no campo, que aprendeu a ver a vida através da
literatura sentimental. Bonita e requintada para os
padrões da época, casa-se com Charles, um médico tão
apaixonado pela esposa quanto entediante. Nem
mesmo o nascimento da filha dá alegria ao casamento.
Emma, cada vez mais angustiada e frustrada, busca no
adultério uma forma de encontrar liberdade e
felicidade. Apesar da intensa procura de uma vida
digna, dificilmente consegue sentir-se satisfeita com o
que é e o que tem.
21. CHARLES BAUDELAIRE
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 21
LITERATURA
Charles-Pierre Baudelaire (Paris, 9 abril
1821 - Paris, 31 agosto 1867) foi um
poeta boémio (dandy) e teórico da arte
francesa.
É considerado um dos precursores do
simbolismo e reconhecido como o
fundador da tradição moderna em
poesia, juntamente com Walt
Whitman, embora tenha se relacionado
com diversas escolas artísticas. A sua
obra teórica influenciou
profundamente as artes plásticas do
século XIX.
FRANÇA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Baudelaire
22. CHARLES BAUDELAIRE
AS FLORES DO MAL, 1857
As Flores do Mal é um livro escrito pelo poeta francês
Charles Baudelaire, considerado um marco da poesia
moderna e simbolista.
As Flores do Mal reúnem, de modo exemplar, uma
série de motivos da obra do poeta: a queda; a
expulsão do paraíso; o amor; o erotismo; a
decadência; a morte; o tempo; o exílio e o tédio.
Pelas palavras de Paul Valéry: «As Flores do Mal não
contêm poemas nem lendas nem nada que tenha que
ver com uma forma narrativa. Não há nelas nenhum
discurso filosófico. A política está ausente por
completo. As descrições, escassas, são sempre densas
de significado. Mas no livro tudo é fascinação,
música, sensualidade abstracta e poderosa.»
«Neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo
o meu coração, toda a minha religião (travestida),
todo o meu ódio.», escreveu Baudelaire sobre este
livro numa carta.
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 22
LITERATURA
https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Flores_do_Mal
23. CHARLES BAUDELAIRE
O SPLEEN DE PARIS, 1869
Esta obra de Charles Baudelaire foi editada em 1869,
ou seja, dois anos depois da morte do autor.
Baudelaire concebeu-a como uma série de poemas
complementar de «As Flores do Mal» ou, como
escreveu em 1863, «pour servir de pendant» às Fleurs.
O Spleen de Paris ilustra a conceção da poesia de
Baudelaire. Para ele o poeta é o «solitário, dotado de
uma imaginação ativa, sempre viajando através do
grande deserto de homens», tendo «um objetivo mais
alto que o de um puro flâneur, um objetivo mais geral,
que não o prazer fugidio da circunstância».
Mais precisamente, o poeta é para Baudelaire aquele
que procura qualquer coisa a que se poderia chamar
«modernidade», retirando «da moda o que ela pode
conter de poético no histórico» e extraindo «o eterno
do transitório.»
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 23
LITERATURA
http://www.fnac.pt/O-Spleen-de-Paris-Charles-Baudelaire/a116789
24. FÉDOR DOSTOIEVSKI
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 24
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$fedor-dostoievski
Notável escritor russo, Dostoievski nasceu a 30 de
outubro de 1821, em Moscovo, e passou a maior
parte da sua existência em São Petersburgo, onde
morreu em 1881.
Recebeu uma educação marcadamente religiosa, o
que o levou a interessar-se pelos mais humildes. A
sua primeira novela, Pobre Gente, é muito apreciada
pelos críticos da época, que veem nela o primeiro
romance social russo. As novelas seguintes são
recebidas com menos entusiasmo. Considera o
socialismo como uma atualização da moral cristã, o
que o leva a frequentar grupos de ideias radicais.
Preso e deportado para a Sibéria, essa difícil
experiência permite-lhe aprofundar as suas reflexões
espirituais, cristalizadas na figura de Cristo, e nos
seus companheiros de infortúnio descobre a
grandeza da "alma russa".
RÚSSIA
25. FÉDOR DOSTOIEVSKI
Crime e Castigo, 1866
Crime e Castigo é um romance do escritor russo
Fédor Dostoievski publicado em 1866. Narra a
história de Rodion Raskólnikov, um jovem
estudante que comete um assassínio e se torna
incapaz de continuar a viver após o crime.
O romance baseia-se numa querela entre religião e
existencialismo que assenta predominantemente
em atingir a salvação pelo sofrimento, sem deixar
de levantar questões relacionadas com o
socialismo e o niilismo.
Os personagens e a descrição das suas
personalidades, bem como outras obras de
Dostoievski, inspiraram correntes filosóficas,
sociológicas e psicológicas da segunda metade do
séc. XIX e no séc. XX (Nietzsche, Sartre, Freud,
Orwell, Huxley, entre outros).
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 25
LITERATURA
https://pt.wikipedia.org/wiki/Crime_e_Castigo#cite_note-1
26. LEV TOLSTOI
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 26
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$leao-tolstoi
O conde Lev Nikolaievitch Tolstoi nasceu a 28 de
agosto, segundo o calendário juliano, ou 9 de
setembro, segundo o calendário gregoriano, de
1828, em Isnaia Poliana, na Rússia. Os pais
pertenciam a famílias distintas da nobreza russa.
Órfão bastante cedo, é colocado com os seus irmãos
sob a tutela de familiares. Sentindo necessidade de
uma vida regrada, segue a carreira militar, o que não
o impede de publicar várias narrativas
autobiográficas.
É alvo de todas as atenções quando apenas procura
a simplicidade e a renúncia. A sua autoridade, a
celebridade que conquistou, tornam-se um
obstáculo à sua busca espiritual. Em fuga, acaba por
encontrar a morte a 7 de novembro de 1910, na
estação de caminhos de ferro de Astapovo.
RÚSSIA
27. LEV TOLSTOI
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 27
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$guerra-e-paz
Guerra e Paz, 1865-1869
Romance de Leão Tolstoi, publicado entre 1865 e
1869, considerado uma das mais importantes obras
da literatura universal.
Trata-se de um romance épico histórico que oferece
uma visão da sociedade russa do início do século XIX,
onde predomina o pormenor e a análise psicológica,
próprios do Realismo.
A obra apresenta três assuntos distintos:
• as descrições históricas das guerras napoleónicas,
• a crónica da vida de cinco famílias aristocráticas e
• um conjunto de ensaios sobre filosofia e história,
onde se pretende transmitir uma mensagem de
otimismo, apesar dos horrores da guerra e dos
erros cometidos pela humanidade.
O romance apresenta mais de 550 personagens!
28. MARCEL PROUST
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 28
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$marcel-proust
Marcel Proust
Romancista e crítico francês, nasceu a 10 de julho de 1871,
em Auteuil, perto de Paris, e morreu a 18 de novembro de
1922, na capital francesa.
Era uma criança débil e asmática mas também com uma
inteligência e uma sensibilidade precoces. Até aos 35 anos
movimentou-se nos círculos da sociedade parisiense.
Depois da morte dos pais isolou-se no seu apartamento de
Paris, onde se entregou profundamente à composição da
obra-prima «Em Busca do Tempo Perdido».
Este imenso romance autobiográfico consta de sete
volumes em que expressa as suas memórias através dos
caminhos do subconsciente, e é também uma preciosa
reflexão da vida em França nos finais do séc. XIX. A obra é
como a sua vida: o reencontro de duas épocas, a tradição
clássica e a modernidade. Proust é considerado o
precursor do romance contemporâneo.
FRANÇA
29. MARCEL PROUST
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 29
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$em-busca-do-tempo-perdido
Em busca do tempo perdido, 1908-1922
Obra prima em sete volumes de Marcel Proust
(1871-1922), de extrema beleza e complexidade, e
cujo nome original é A la recherche du temps
perdu. Há quem a considere um só romance
dividido em sete e, ao mesmo tempo, um ensaio
ou um longo poema.
Proust empregou toda a sua força para a compor.
Em 1921 publicou Le côté Guermantes I e II;
Sodome et Gomorrhe I e II. Postumamente foram
publicados La prisonnière, Albertine disparue e Le
temps retrouvé.
Trata-se de uma obra que dá uma conceção pessoal
da vida e da acuidade do espírito. Proust concebeu
a sua obra em forma de memórias. Inaugurou uma
tendência que abalou as fronteiras entre os
géneros literários.
30. JAMES JOYCE
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 30
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$james-joyce
James Augustine Aloysius Joyce (1882-1941), escritor
irlandês nascido em Rathmines, subúrbios de Dublin.
Filho mais velho de John Stanislaus Joyce, que o
influenciou decisivamente, Joyce teve uma educação
católica; frequentou uma escola de Jesuítas e
continuou a sua formação na universidade de Dublin
(1898-1902). Afastada a perspetiva do sacerdócio,
renuncia à religião católica. Em 1902 viaja para Paris
para estudar medicina, onde permanece durante 1
ano a escrever. Regressou à Irlanda por ocasião da
morte da mãe em abril de 1903.
Em 1904 deixa a Irlanda com Nora Barnacle, sua
companheira até ao fim da vida. O seu encontro em
16 de junho de 1904 ficou registado no longo
romance Ulysses, cuja ação decorre precisamente
naquele dia. Apesar do longo exílio de Joyce, Dublin
permaneceu o cenário privilegiado das suas obras.
IRLANDA
31. JAMES JOYCE
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 31
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$ulisses-(obra)
Ulisses, 1921
Romance de técnica singular, complexa, escrito
por James Joyce entre 1914 e 1921, publicado
no seu todo pela primeira vez em França em
1922.
Ulisses recria os acontecimentos de um só dia
em Dublin, 16 de junho de 1904, centrando-se
nas atividades de um promotor de espaços
publicitários judeu, Leopold Bloom, da sua
esposa, Molly, e de Stephen Dedalus.
Numa tentativa de recriação da totalidade da
vida das suas personagens, a vida superficial e a
vida interior, Joyce mistura descrições reais com
representações dos pensamentos mais íntimos
e desconexos, usando técnicas de narrativa
interior e de corrente de consciência.
32. FRANZ KAFKA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 32
LITERATURA
http://www.infopedia.pt/$franz-kafka
Escritor checo de ascendência judaica e de expressão alemã,
nasceu em 1883, em Praga, e morreu em 1924, em Viena.
Estudou Direito durante alguns anos, mas em 1917 contraiu a
doença que constituía, naquela época, o flagelo da
humanidade - a tuberculose -, que o acompanhou sempre
durante o resto da sua curta existência.
A sua obra literária é preenchida essencialmente por
romances e contos. Como contista, Kafka aproxima-se do
Expressionismo, sem que, contudo, possa ou deva ser
enquadrado em qualquer movimento literário.
O cunho do seu «mundo» é o homem angustiado, obrigado a
viver uma vida absurda, paradoxal, o homem solitário
moderno, na sua angústia constante e sem remédio.
Situações e cenas ambíguas e grotescas transformam-se em
representações de sonho e de visão, que fazem lembrar o
Surrealismo, que Kafka grandemente influenciou.
REPÚBLICA CHECA
33. FRANZ KAFKA
2015/2016 FCSH/UNL - DUFL 33
LITERATURA
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Processo
O Processo, 1925
O Processo é um romance do escritor checo Franz
Kafka, que conta a história de Josef K., que acorda certa
manhã, e é preso e sujeito a longo e incompreensível
processo por um crime não especificado.
“O Processo” apresenta uma narrativa carregada de
uma atmosfera desorientada e avulsa na qual o
personagem Josef K. está imerso. Tal atmosfera deve-se
à sequência infindável de surpresas quase surreais,
geradas por uma lei maior e inacessível, que está no
entanto em conformidade com os parâmetros reais da
sociedade moderna.
O absurdo presente em toda obra é o ponto de partida,
sem conclusão, da confusão que se desenrola na mente
de Josef K., assim como os ambientes reais nos quais
ele está inserido, o que dá ao leitor uma incómoda
sensação própria do estilo da obra kafkaniana.