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REUNIÃO ANATOMO-CLÍNICA
RESIDÊNCIA MÉDICA EM
PEDIATRIA
R2- MÁRCIA MOISÉS
NATAL 30/05/2014
HISTÓRIA CLÍNICA
ADMISSÃO: 23/04/12
Pré-escolar de 4 anos, sexo masculino,
leucoderma, natural e procedente de
Natal/RN.Natal/RN.
HISTÓRIA CLÍNICA
Paciente com história de febre diária há 2
meses, com predomínio vespertino, que
melhorava após uso de antitérmicos.
Apresentava ainda tosse produtiva há cerca
de um 1 mês, que piorava a noite, associada a
rinorréia hialina no mesmo período. Negava
vômitos após tosse, cianose e dispneia.
HISTÓRIA CLÍNICA
Não apresentou perda ponderal importante
nem queda do estado geral.
Realizou tratamento com amoxicilina por 10
dias sem melhora e em seguida amoxicilina +
clavulanato por 8 dias evoluindo com melhora
da tosse produtiva, porém com persistência de
febre e tosse seca.
HISTÓRIA CLÍNICA
Posteriormente foi atendido no PS da cidade
sendo encaminhado ao Hospital Giselda
Trigueiro para tratamento devido a presença
de pancitopenia no hemograma.
HISTÓRIA CLÍNICA
Durante o internamento o paciente
apresentou queixa de dor em hipocôndrio
esquerdo, cefaleia intensa e hipertensão
arterial, algumas vezes associada à cefaleia e
outras não. Realizou teste rápido para calazar
(K39) que foi negativo e mielograma que não
visualizou Leishmanias.
HISTÓRIA CLÍNICA
No 6ª DIH houve resolução da pancitopenia e
da febre, porém persistência da hipertensão
arterial, com picos pressóricos de difícil
controle, sendo encaminhado ao HOSPED
para elucidação diagnóstica.
ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS
MÃE: GVI/PV/AI
1 óbito neonatal;
Nascido de parto cesáreo a termo.
PN: 3.550g, EN: 53cm, PC: 35cm.PN: 3.550g, EN: 53cm, PC: 35cm.
APGAR: 8/9
LME até 8 DV
DNPM adequado.
ANTECEDENTES PATOLÓGICOS
Episódios recorrentes de febre, desde os 3
anos de idade, não aferida, com melhora
espontânea ou após uso de dipirona.
Nenhum internamento prévio;
ANTECEDENTES FAMILIARES
Pais saudáveis;
Não cosanguíneos;
Irmão faleceu antes de 30 DV devido a
hemorragia encefálica (sic).hemorragia encefálica (sic).
HÁBITOS DE VIDA E
EPIDEMIOLOGIA
Alimentação rica em carboidratos e alimentos
industrializados;
Frequenta a escola;
Vizinho com Calazar e presença de cãesVizinho com Calazar e presença de cães
doentes na rua.
EXAME FÍSICO
Peso= 17,6 Kg; Estatura= 106 cm; PA=
130x80 mmHg (>p 95);
BEG, vigil, ativo no leito, orientado, corado,BEG, vigil, ativo no leito, orientado, corado,
hidratado, anictérico, acianótico, eupneico,
afebril. Sem sinais meníngeos. Adenomegalia
de 1 cm, cervical posterior a direita, móvel e
indolor.
EXAME FÍSICO
Orofraringe e otoscopia sem alterações;
ACV: RCR, em 2T, bulas hiperfonéticas; sopro
sistólico de regurgitação em foco mitral.
AP: MV+, simétrico, sem ruídos adventícios.AP: MV+, simétrico, sem ruídos adventícios.
Abdome: flácido, indolor, sem visceromegalias
palpáveis.
Extremidades: sem edemas, pulsos cheios,
propulsivo, simétricos, palpáveis
universalmente.
EXAMES LABORATORIAIS E
IMAGEM
EXAMES
LABORATORIAI
S
18/04/12
(HGT)
23/04/12
(HOSPED)
25/04/12
(HOSPED)
Hemoglobina 8,9 13,6 13,2
Hematócrito 27,2% 37,8 35,8%
Leucócitos 4.600 8.300 6.700
Bastões 1% 1% 1%
Segmentados 30 % (1.380) 24%(1.992) 25%
Linfócitos 65% 65,1% 65%
Plaquetas 81.000 380.000 447.000
Albumina/Globulina 4,0/2,7 4,9/4,9
Fosfatase alcalina 384 -
GGT 26 -
LDH 1126 730
AST/ALT 55/12 41/21
Uréia/Creatinina - 30/0,4
Na/K/CA/Mg - 136/3,7/9,8/2,6
EXAMES LABORATORIAIS
EXAMES
LABORATORIAI
S
18/04/12
(HGT)
23/04/12
(HOSPED)
25/04/12
(HOSPED)
EBV - - IgM+/IgG-
Herpes - - IgM-/IgG+
CMV IgM-/IgG-
TOXO IgM-/IgG+
C3 84
ASLO 200
EAS 2 leuco/pc; Hc e PT (-)
Hemocultura/Urocultura Negativas
EXAMES DE IMAGEM
DATAS IMAGEM LAUDO
03/05/12 USG renal com
doppler
Rins sem alterações ecográficas.
Assimetria significativa das artérias
renais, com alteração do calibre,
trajeto e fluxo da artéria renaltrajeto e fluxo da artéria renal
esquerda.
07/05/12 Fundo de olho Cruzamentos vasculares
patológicos nas arcadas temporais
superior e inferior. Aumento da
tortuosidade das vênulas. Mácula
sem alterações.
EXAMES DE IMAGEM
DATAS IMAGEM LAUDO
14/05/14 Ecocardiograma Traçado de boa qualidade. Ventriculos
normais; FE= 75%; fluxos
intracavitários normais.
21/05/12 Cintilografia Função tubular renal preservada no21/05/12 Cintilografia
renal com DMSA
Função tubular renal preservada no
rim direito e deprimida em grau
moderado no rim esquerdo. Sinais
indiretos de dilatação pielocalicial
esquerda. Estudo negativo para
cicatriz renal. Rim direito = 71%; Rim
esquerdo= 29%
HÍPOTESES DIAGNÓSTICAS ??
RECAPITULANDO...
4 ANOS
CEFALÉIA +
DOR
ABDOMINAL
+ HAS
FEBRE
HÁ 2 M
DIAGNÓSTICOS PEDIÁTRICOS
NUTRICIONAL:
P= 17,6 kg (z escore entre
0 e +2)
PESO ADEQUADO
E= 106 cm (z escore entre
0 e +2)
ESTATURA ADEQUADA
IMC= 15,6
EUTROFIA
DIAGNÓSTICOS PEDIÁTRICOS
VACINAÇÃO
ATUALIZADA
DNPM
ADEQUADO PARA
IDADE
DIAGNÓSTICOS PATOLÓGICOS
SÍNDROME TOPOGRÁFICO ETIOLÓGICO
SÍNDROME
HIPERTENSIVA
(Estágio 2)
TOPOGRÁFICO
?
ETIOLÓGICO
?
DEFINIÇÃO DE HAS EM
CRIANÇAS
NORMAL:
PA sistólica e/ou diastólica < p90%
PRÉ-HIPERTENSÃO:
PA sistólica e/ou diastólica ≥ p90% e < p95%PA sistólica e/ou diastólica ≥ p90% e < p95%
PA > 120X80 mmHg
HAS: sistólica e/ou diastólica ≥ p95% medidos
em 3 ou mais ocasiões;
Estágio 1: entre o p95% e até 5 mmHg > p 99%
Estágio 2: ≥ 5 mmHg acima do p99%
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
CAUSAS DE HAS NA INFÂNCIA
• Nenhuma causa identificada;
• Diagnóstico de exclusão;
• Pós- puberdade;
• HF +
• Sobrepeso ou obesidade
• HAS estágio 1
HIPERTENSÃO
PRIMÁRIA
• Causa identificável;
• HAS grave (estágio 2);
• Não associada a excesso de
peso e HF;
• Sinais ou sintomas sugestivos de
lesão em órgão alvo.
HIPERTENSÃO
SECUNDÁRIA
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
CAUSAS DE HAS NA INFÂNCIA
RN
• Trombose de
AR ou VR;
• Rins
policísticos;
• Coarctação
1º ANO
• Coarctação
de AO;
• Doença
renovascular;
• Doença do
DE 6 A 12
ANOS
• Doença do
parênquima
renal;
• Estenose de
artéria renal
(doença
ADOLESCENT
ES
• HAS primária;
• HAS do
avental
branco;
• Doença do• Coarctação
de AO;
• Estenose AR;
• Broncodispla
sia
• Doença do
parênquima
renal;
(doença
renovascular)
;
• HAS primária;
• Coarctação
de AO;
• Causas
endócrinas;
• Doença do
parênquima
renal
• Drogas/medic
ações;
• Doenças
renovascular;
• Causas
endócrinas;
• Coarctação
de AO.
Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
INVESTIGAÇÃO INICIAL
LABORATÓRIO;
Hemograma; EAS, URC, Na, K, UR, CR, glicemia
de jejum, insulinemia, triglicerídeos, colesterol.
IMAGENS:IMAGENS:
RX tórax;
ECG;
ECO;
USG renal com Doppler;
FUNDO DE OLHO;
Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS
CAUSAS
RENAIS
CAUSAS
HAS
SECUNDÁR
IA
CARDÍACA
S
RENOVASCULA
RES
ENDOCRINA
S
DOENÇA DO PARÊNQUIMA
RENAL
GLOMERULONEFRITE:
Aguda (pós estreptocócica);
Crônica (nefropatia por IgA, GN
menbranoproliferativa ou nefrite lúpica);
Mecanismo: expansão do volume e ativação do
SRA;
Hematúria, oligúria, edema, creatinina elevada;
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
DOENÇA DO PARÊNQUIMA
RENAL
PIELONEFRITE:
Cicatriz renal
Associada com RVU
Anomalias congênitas dos rins e do trato urinárioAnomalias congênitas dos rins e do trato urinário
LESÃO RENAL IRREVERSÍVEL DE SHU
DOENÇA RENAL POLICÍSTICA
IRC
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
DOENÇA ENDOCRINOLÓGICA
EXCESSO DE CATECOLAMINAS:
Feocromocitoma; Neuroblastoma;
Uso de drogas simpaticomiméticas;
EXCESSO DE CORTICOSTERÓIDES:EXCESSO DE CORTICOSTERÓIDES:
Síndrome de Cushing (hipersecreção de ACTH) ou
hiatrogenia;
Hiperplasia adrenal congênita (mineralocorticóides);
DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE:
Hipotireoidismo, hipertireoidsimo e
hiperparatireoidismo.
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
DOENÇA CARDÍACA
COARCTAÇÃO DA AORTA:
Hipertensão nas extremidades superiores;
Diminuição dos pulsos femorais;
Pressão baixa em membros inferiores;Pressão baixa em membros inferiores;
Diagnóstico confirmado pelo ECO.
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
DOENÇA RENOVASCULAR
HAS devido a uma diminuição do fluxo
sanguíneo renal
Obstrução uni ou bilateral da artéria renal ou de
seus ramos principais;seus ramos principais;
Fisiopatologia: aumento dos níveis plasmáticos
de renina, angiotensina e aldosterona.
Vasoconstricção e aumento da volemia.
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
E O NOSSO PACIENTE...
4 anos com
HAS de
difícil
controle
Cruzamento
vascular
patológico
em FO
Laboratório
e função
renal normalAssimetria das
AR
Alteração do
calibre, trajeto e
fluxo da ARE
ausência de
cicatriz renal
ECO normal
EVOLUÇÃO:
Registros de pressão: 25/04/12
p90= 110x67 mmHg
P95= 114x71 mmHg
P99= 120x78 mmHg
DIREITO
SUPERIOR:
139x93
INFERIOR:
152X85
ESQUERDO
SUPERIOR:
146X95
INFERIOR:
156X78
EVOLUÇÃO...
EXAMES DE IMAGEM:
Angio TC renal (10/05/12): não visualização da
artéria renal esquerda associada a circulação
colateral. Assimetria renal; afilamento na
emergência da artéria mesentérica.emergência da artéria mesentérica.
Angio TC cervical (21/05/12) : sem alterações
Arteriografia abdominal, renal e mesentérica
(07/08/12) :Oclusão de 70% da artéria
mesentérica superior e de 100% da artéria renal
E.
DIAGNÓSTICOS
SÍNDROME
HIPERTEN
TOPOGRÁFICO:
HIPERTEN
SIVA
(Estágio 2)
HAS
RENOVASCULAR
ETIOLÓGICO?
DOENÇA RENOVASCULAR
Doença Ateromatosa;
Displasia Fibromuscular;
Vasculites;Vasculites;
DOENÇA RENOVASCULAR
DOENÇA ATEROMATOSA:
Etiologia mais comum da doença renovascular;
Mais comum em maiores de 50 anos;
Dislipidêmicos;Dislipidêmicos;
Fumantes.
Comprometimento difuso das artérias.
Pode evoluir com nefropatia isquêmica (DRC)
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
DOENÇA RENOVASCULAR
DISPLASIA FIBROMUSCULAR:
Estenose, oclusão, aneurisma ou dissecção arterial devido a um
processo não aterosclerótico. Não inflamatório.
Segunda causa mais comum de hipertensão renovascular e
primeira causa na infância;
Crianças e adultos jovens ( entre 20 e 50 anos);
Etiologia desconhecida (predisposição genética)
Forma mais frequente= displasia da camada média.
QC: HAS grave; aumento da CR após uso de IECA; sopro
epigástrico; cefaleia; zumbido pulsátil; amaurose, AIT, AVC.
UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
DOENÇA RENOVASCULAR
VASCULITES:
Síndrome hemolítico-urêmica;
Poliarterite nodosa;
Síndrome de KawasakiSíndrome de Kawasaki
Arterite de Takayasu (vasculite de grandes vasos
mais comum na infância; acomete a aorta e seus
ramos).
UpToDate 2014- Classification and incidence of childhood vasculitis
VASCULITES
DOENÇA DE KAWASAKI:
Afeta principalmente artérias de médio porte;
Envolvimento com frequência das coronárias mas é
descrito comprometimento renal em ¼ dos casos;
Pode evoluir com trombos e aneurismas coronarianos.
Raramente com estenose de artéria renal.
Critérios diagnósticos: Febre > que 5 dias; Hiperemia
conjuntival; alterações de mucosa oral e orofaringe;
alterações das extremidades; exantema polimorfo e
linfadenopatia cervical.
VASCULITES
POLIARTERITE NODOSA:
Angeíte necrosante que envolve as áreas de bifurcação
das artérias de médio calibre;
Processo inflamatório desencadeia: oclusão arterial,
trombose, isquemia e formação de aneurismas em vasos
coronarianos, trato gastrointestinal e renal;
Mais comum em >10 anos; na forma infantil em menores
de 2 anos;
Características sistêmicas: pele (livedo , nódulos); mialgia;
hipertensão; artrite ou artralgia, dor abdominal; neuropatia
periférica; proteinúria ou hematúria ou queda na TFG.
VASCULITES
ARTERITE DE TAKAYASU
Vasculite de grandes vasos (Ao e seus ramos
principais) mais comum na infância com predomínio
em mulheres entre 10 e 40 anos e asiáticos;em mulheres entre 10 e 40 anos e asiáticos;
Processo inflamatório que envolve todas as camadas
da parede arterial.
Espessamento; fibrose, estenose e isquemia. Pode
ocorre aneurisma secundário a destruição da camada
média.
Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
ARTERITE DE TAKAYASU
ARTERITE DE TAKAYASU
Causa HAS devido ao comprometimento da artéria
renal;
Acúmulo de células inflamatórias no endotélio e na parede
vascular (oclusão do lúmen).vascular (oclusão do lúmen).
Comprometimento da AR varia de 38-100%
Forte associação com tuberculose;
Etiopatogenia desconhecida.
Imunidade humoral x celular?
Agentes virais X bacteriano?
Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
ARTERITE DE TAKAYASU
QUADRO CLÍNICO:
Sintomas sistêmicos: fadiga, perda ponderal,
febre baixa;
Claudiação do membro ou úlceras isquêmicasClaudiação do membro ou úlceras isquêmicas
(casos avançados);
Artralgia ou mialgia;
Lesões de pele em pernas (semelhante ao
eritema nodoso e pioderma gangrenoso)
ARTERITE DE TAKAYASU
QUADRO CLÍNICO:
Manifestações pulmonares: dor torácica, dispnéia,
hemoptise, hipertensão pulmonar;
Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral (vertigem,Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral (vertigem,
síncope, cefaléia);
Dor abdominal, diarreia e hemorragia gastrointestinal
(isquemia mesentérica);
Angina ou infarto do miocárdio;
Regurgitação aórtica.
CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS/CLASSIFICAÇÃO- CAR
3 OU MAIS CRITÉRIOS
90,5% de sensibilidade
97,8% de especificidade
Usado para distinguir entre as outrasUsado para distinguir entre as outras
vasculites;
UptoDate 2014- Clinical features and diagnosis of Takayasu.
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS- CAR
IDADE DE INÍCIO ANTES DE 40 ANOS
CLAUDICAÇÃO DAS EXTREMIDADES
DIMINUIÇÃO DO PULSO ARTERIAL
BRAQUIALBRAQUIAL
DIFERENÇA DE PA > 10 mmHg NA PS
ENTRE OS BRAÇOS;
SOPRO NA SUBCLÁVIA OU AORTA
ALTERAÇÃO ANGIOGRÁFICA DE AO E
SEUS ARCOS PRINCIPAIS OU ARTÉRIAS
DE GRANDE CALIBRE
UptoDate 2014- Clinical features and diagnosis of Takayasu.
TRATAMENTO
Medicamentoso:
Azatiprina;
Ciclofosfamida;
Metotrexato;Metotrexato;
Corticóide;
Múltiplos anti-hipertensivos;
Abordagem cirúrgica
UpTo Date 2014- Treatment of Takayasu arteitis
EVOLUÇÃO...
Permaneceu internado de 23/04/12 até
25/05/12
Recebeu alta assintomático em uso de :
Captopril 2mg/kg/diaCaptopril 2mg/kg/dia
HCTZ 1,5 mg/kg/dia
Nifedipino R 0,6 mg/kg/dia
Prednisona 20 mg/dia
Orientado seguimento ambulatorial com
nefrologia e reumatologia.
PA na alta:
130x90
mmHg
140x80
mmHg
150x100
mmHg
EVOLUÇÃO...
Reinternação em 17/08/12
Queixa de cefaléia
PPD= não reator
Em uso de:
HCTZ 25 mg/dia
Nifedipina 20 mg/dia
Captopril 37,5 mg/dia
Prednisona 20 mg/dia
EVOLUÇÃO...
Registros de pressão: 18/05/12
p90= 110x67 mmHg
P95= 114x71 mmHg
P99= 120x78 mmHgP99= 120x78 mmHg
DIREITO
SUPERIOR:
130x70
INFERIOR:
170x90
ESQUERDO
SUPERIOR:
130X90
INFERIOR:
150X100
EVOLUÇÃO...
OFTALMOLOGIA (21/08/12):
Tortuosidade vascular; aumento do reflexo dorsal
dos vasos em fio de prata;
Retinopatia hipertensiva grau III.
EVOLUÇÃO...
RECEBE ALTA EM USO DE:
HCTZ 25 mg/dia
Nifedipino 20 mg/dia
Propranolol 20 mg/diaPropranolol 20 mg/dia
Prednisona 15 mg/dia (em desmame)
Metotrexate (7,5 mg/semana)
ENCAMINHADO PARA AVALIAÇÃO DA
CIRURGIA VASCULAR
CIRURGIA
29/10/12: paciente submetido a auto
transplante renal esquerdo devido a
constricção de artéria renal esquerda.
Pós-operatório imediato na UTI no HIVS.Pós-operatório imediato na UTI no HIVS.
EVOLUÇÃO...
CONTROLE DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS
DATAS IMAGEM LAUDO
01/11/12 USG renal com Rim transplantado sem alterações01/11/12 USG renal com
doppler de enxerto
renal
Rim transplantado sem alterações
ecodopplervelocimétricas
26/11/12 Cintilografia renal
com DMSA
Melhora funcional do rim esquerdo
RD= 63%
RE= 37%
DIAGNÓSTICOS
SÍNDROME
HIPERTEN
TOPOGRÁFICO: ARTERITE
HIPERTEN
SIVA
(Estágio 2)
HAS
RENOVASCULAR
ARTERITE
DE
TAKAYASU?
CONCLUSÃO
A pressão arterial deve ser
aferida de rotina em todas as
crianças acima de 3 anos!!!!crianças acima de 3 anos!!!!
ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
CONCLUSÃO
Em menores de 3 anos se:
Prematuridade, MBP e internamento em UTIN
Cardiopatia congênita;
ITU recorrente, hematúria, proteinúria;ITU recorrente, hematúria, proteinúria;
Doença renal ou mal formação urológica;
HF de doença renal congênita;
Neoplasias;
Doenças sistêmicas.
ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
TÉCNICA DE AFERIÇÃO
Método auscultatório (esfigmomanômetro de
mercúrio ou aneróide)
Método ocilométrico;
Ambiente tranquilo;Ambiente tranquilo;
Paciente calmo;
Medir 2 x com intervalo de 2 minutos e fazer a
média;
Lançar os valores na tabela.
ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
CONCLUSÃO
Após confirmada a HAS deve-se iniciar
investigação para diferenciar entre HAS
primária e secundária;
Direcionar tratamento.Direcionar tratamento.
ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
BIBLIOGRAFIA
UpToDate 2014- Evaluation of hypetension in children and adolescents;
TOPOROVSKI, Julio et al- 2ª ed.; Nefrologia pediátrica. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2006
ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras. São Paulo,
Atheneu, 2010.
UpToDate 2014- Management of hypertension in infants;UpToDate 2014- Management of hypertension in infants;
UpToDate 2014- Establishing the diagnosis of renovascular hypertension;
UpToDate 2014- Classification and incidence of childhood vasculitis
UpTo Date 2014- Treatment of Takayasu arteitis
UptoDate 2014- Clinical features and diagnosis of Takayasu.
OBRIGADA!!!

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Arterite de Takayasu

  • 1. REUNIÃO ANATOMO-CLÍNICA RESIDÊNCIA MÉDICA EM PEDIATRIA R2- MÁRCIA MOISÉS NATAL 30/05/2014
  • 2. HISTÓRIA CLÍNICA ADMISSÃO: 23/04/12 Pré-escolar de 4 anos, sexo masculino, leucoderma, natural e procedente de Natal/RN.Natal/RN.
  • 3. HISTÓRIA CLÍNICA Paciente com história de febre diária há 2 meses, com predomínio vespertino, que melhorava após uso de antitérmicos. Apresentava ainda tosse produtiva há cerca de um 1 mês, que piorava a noite, associada a rinorréia hialina no mesmo período. Negava vômitos após tosse, cianose e dispneia.
  • 4. HISTÓRIA CLÍNICA Não apresentou perda ponderal importante nem queda do estado geral. Realizou tratamento com amoxicilina por 10 dias sem melhora e em seguida amoxicilina + clavulanato por 8 dias evoluindo com melhora da tosse produtiva, porém com persistência de febre e tosse seca.
  • 5. HISTÓRIA CLÍNICA Posteriormente foi atendido no PS da cidade sendo encaminhado ao Hospital Giselda Trigueiro para tratamento devido a presença de pancitopenia no hemograma.
  • 6. HISTÓRIA CLÍNICA Durante o internamento o paciente apresentou queixa de dor em hipocôndrio esquerdo, cefaleia intensa e hipertensão arterial, algumas vezes associada à cefaleia e outras não. Realizou teste rápido para calazar (K39) que foi negativo e mielograma que não visualizou Leishmanias.
  • 7. HISTÓRIA CLÍNICA No 6ª DIH houve resolução da pancitopenia e da febre, porém persistência da hipertensão arterial, com picos pressóricos de difícil controle, sendo encaminhado ao HOSPED para elucidação diagnóstica.
  • 8. ANTECEDENTES FISIOLÓGICOS MÃE: GVI/PV/AI 1 óbito neonatal; Nascido de parto cesáreo a termo. PN: 3.550g, EN: 53cm, PC: 35cm.PN: 3.550g, EN: 53cm, PC: 35cm. APGAR: 8/9 LME até 8 DV DNPM adequado.
  • 9. ANTECEDENTES PATOLÓGICOS Episódios recorrentes de febre, desde os 3 anos de idade, não aferida, com melhora espontânea ou após uso de dipirona. Nenhum internamento prévio;
  • 10. ANTECEDENTES FAMILIARES Pais saudáveis; Não cosanguíneos; Irmão faleceu antes de 30 DV devido a hemorragia encefálica (sic).hemorragia encefálica (sic).
  • 11. HÁBITOS DE VIDA E EPIDEMIOLOGIA Alimentação rica em carboidratos e alimentos industrializados; Frequenta a escola; Vizinho com Calazar e presença de cãesVizinho com Calazar e presença de cães doentes na rua.
  • 12. EXAME FÍSICO Peso= 17,6 Kg; Estatura= 106 cm; PA= 130x80 mmHg (>p 95); BEG, vigil, ativo no leito, orientado, corado,BEG, vigil, ativo no leito, orientado, corado, hidratado, anictérico, acianótico, eupneico, afebril. Sem sinais meníngeos. Adenomegalia de 1 cm, cervical posterior a direita, móvel e indolor.
  • 13. EXAME FÍSICO Orofraringe e otoscopia sem alterações; ACV: RCR, em 2T, bulas hiperfonéticas; sopro sistólico de regurgitação em foco mitral. AP: MV+, simétrico, sem ruídos adventícios.AP: MV+, simétrico, sem ruídos adventícios. Abdome: flácido, indolor, sem visceromegalias palpáveis. Extremidades: sem edemas, pulsos cheios, propulsivo, simétricos, palpáveis universalmente.
  • 15. EXAMES LABORATORIAI S 18/04/12 (HGT) 23/04/12 (HOSPED) 25/04/12 (HOSPED) Hemoglobina 8,9 13,6 13,2 Hematócrito 27,2% 37,8 35,8% Leucócitos 4.600 8.300 6.700 Bastões 1% 1% 1% Segmentados 30 % (1.380) 24%(1.992) 25% Linfócitos 65% 65,1% 65% Plaquetas 81.000 380.000 447.000 Albumina/Globulina 4,0/2,7 4,9/4,9 Fosfatase alcalina 384 - GGT 26 - LDH 1126 730 AST/ALT 55/12 41/21 Uréia/Creatinina - 30/0,4 Na/K/CA/Mg - 136/3,7/9,8/2,6
  • 16. EXAMES LABORATORIAIS EXAMES LABORATORIAI S 18/04/12 (HGT) 23/04/12 (HOSPED) 25/04/12 (HOSPED) EBV - - IgM+/IgG- Herpes - - IgM-/IgG+ CMV IgM-/IgG- TOXO IgM-/IgG+ C3 84 ASLO 200 EAS 2 leuco/pc; Hc e PT (-) Hemocultura/Urocultura Negativas
  • 17. EXAMES DE IMAGEM DATAS IMAGEM LAUDO 03/05/12 USG renal com doppler Rins sem alterações ecográficas. Assimetria significativa das artérias renais, com alteração do calibre, trajeto e fluxo da artéria renaltrajeto e fluxo da artéria renal esquerda. 07/05/12 Fundo de olho Cruzamentos vasculares patológicos nas arcadas temporais superior e inferior. Aumento da tortuosidade das vênulas. Mácula sem alterações.
  • 18. EXAMES DE IMAGEM DATAS IMAGEM LAUDO 14/05/14 Ecocardiograma Traçado de boa qualidade. Ventriculos normais; FE= 75%; fluxos intracavitários normais. 21/05/12 Cintilografia Função tubular renal preservada no21/05/12 Cintilografia renal com DMSA Função tubular renal preservada no rim direito e deprimida em grau moderado no rim esquerdo. Sinais indiretos de dilatação pielocalicial esquerda. Estudo negativo para cicatriz renal. Rim direito = 71%; Rim esquerdo= 29%
  • 21. DIAGNÓSTICOS PEDIÁTRICOS NUTRICIONAL: P= 17,6 kg (z escore entre 0 e +2) PESO ADEQUADO E= 106 cm (z escore entre 0 e +2) ESTATURA ADEQUADA IMC= 15,6 EUTROFIA
  • 23. DIAGNÓSTICOS PATOLÓGICOS SÍNDROME TOPOGRÁFICO ETIOLÓGICO SÍNDROME HIPERTENSIVA (Estágio 2) TOPOGRÁFICO ? ETIOLÓGICO ?
  • 24. DEFINIÇÃO DE HAS EM CRIANÇAS NORMAL: PA sistólica e/ou diastólica < p90% PRÉ-HIPERTENSÃO: PA sistólica e/ou diastólica ≥ p90% e < p95%PA sistólica e/ou diastólica ≥ p90% e < p95% PA > 120X80 mmHg HAS: sistólica e/ou diastólica ≥ p95% medidos em 3 ou mais ocasiões; Estágio 1: entre o p95% e até 5 mmHg > p 99% Estágio 2: ≥ 5 mmHg acima do p99% UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 25. CAUSAS DE HAS NA INFÂNCIA • Nenhuma causa identificada; • Diagnóstico de exclusão; • Pós- puberdade; • HF + • Sobrepeso ou obesidade • HAS estágio 1 HIPERTENSÃO PRIMÁRIA • Causa identificável; • HAS grave (estágio 2); • Não associada a excesso de peso e HF; • Sinais ou sintomas sugestivos de lesão em órgão alvo. HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 26. CAUSAS DE HAS NA INFÂNCIA RN • Trombose de AR ou VR; • Rins policísticos; • Coarctação 1º ANO • Coarctação de AO; • Doença renovascular; • Doença do DE 6 A 12 ANOS • Doença do parênquima renal; • Estenose de artéria renal (doença ADOLESCENT ES • HAS primária; • HAS do avental branco; • Doença do• Coarctação de AO; • Estenose AR; • Broncodispla sia • Doença do parênquima renal; (doença renovascular) ; • HAS primária; • Coarctação de AO; • Causas endócrinas; • Doença do parênquima renal • Drogas/medic ações; • Doenças renovascular; • Causas endócrinas; • Coarctação de AO. Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
  • 27. INVESTIGAÇÃO INICIAL LABORATÓRIO; Hemograma; EAS, URC, Na, K, UR, CR, glicemia de jejum, insulinemia, triglicerídeos, colesterol. IMAGENS:IMAGENS: RX tórax; ECG; ECO; USG renal com Doppler; FUNDO DE OLHO; Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
  • 29. DOENÇA DO PARÊNQUIMA RENAL GLOMERULONEFRITE: Aguda (pós estreptocócica); Crônica (nefropatia por IgA, GN menbranoproliferativa ou nefrite lúpica); Mecanismo: expansão do volume e ativação do SRA; Hematúria, oligúria, edema, creatinina elevada; UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 30. DOENÇA DO PARÊNQUIMA RENAL PIELONEFRITE: Cicatriz renal Associada com RVU Anomalias congênitas dos rins e do trato urinárioAnomalias congênitas dos rins e do trato urinário LESÃO RENAL IRREVERSÍVEL DE SHU DOENÇA RENAL POLICÍSTICA IRC UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 31. DOENÇA ENDOCRINOLÓGICA EXCESSO DE CATECOLAMINAS: Feocromocitoma; Neuroblastoma; Uso de drogas simpaticomiméticas; EXCESSO DE CORTICOSTERÓIDES:EXCESSO DE CORTICOSTERÓIDES: Síndrome de Cushing (hipersecreção de ACTH) ou hiatrogenia; Hiperplasia adrenal congênita (mineralocorticóides); DISTÚRBIOS DA TIREÓIDE: Hipotireoidismo, hipertireoidsimo e hiperparatireoidismo. UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 32. DOENÇA CARDÍACA COARCTAÇÃO DA AORTA: Hipertensão nas extremidades superiores; Diminuição dos pulsos femorais; Pressão baixa em membros inferiores;Pressão baixa em membros inferiores; Diagnóstico confirmado pelo ECO. UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 33. DOENÇA RENOVASCULAR HAS devido a uma diminuição do fluxo sanguíneo renal Obstrução uni ou bilateral da artéria renal ou de seus ramos principais;seus ramos principais; Fisiopatologia: aumento dos níveis plasmáticos de renina, angiotensina e aldosterona. Vasoconstricção e aumento da volemia. UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 34. E O NOSSO PACIENTE... 4 anos com HAS de difícil controle Cruzamento vascular patológico em FO Laboratório e função renal normalAssimetria das AR Alteração do calibre, trajeto e fluxo da ARE ausência de cicatriz renal ECO normal
  • 35. EVOLUÇÃO: Registros de pressão: 25/04/12 p90= 110x67 mmHg P95= 114x71 mmHg P99= 120x78 mmHg DIREITO SUPERIOR: 139x93 INFERIOR: 152X85 ESQUERDO SUPERIOR: 146X95 INFERIOR: 156X78
  • 36. EVOLUÇÃO... EXAMES DE IMAGEM: Angio TC renal (10/05/12): não visualização da artéria renal esquerda associada a circulação colateral. Assimetria renal; afilamento na emergência da artéria mesentérica.emergência da artéria mesentérica. Angio TC cervical (21/05/12) : sem alterações Arteriografia abdominal, renal e mesentérica (07/08/12) :Oclusão de 70% da artéria mesentérica superior e de 100% da artéria renal E.
  • 37.
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  • 68. DOENÇA RENOVASCULAR Doença Ateromatosa; Displasia Fibromuscular; Vasculites;Vasculites;
  • 69. DOENÇA RENOVASCULAR DOENÇA ATEROMATOSA: Etiologia mais comum da doença renovascular; Mais comum em maiores de 50 anos; Dislipidêmicos;Dislipidêmicos; Fumantes. Comprometimento difuso das artérias. Pode evoluir com nefropatia isquêmica (DRC) UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 70. DOENÇA RENOVASCULAR DISPLASIA FIBROMUSCULAR: Estenose, oclusão, aneurisma ou dissecção arterial devido a um processo não aterosclerótico. Não inflamatório. Segunda causa mais comum de hipertensão renovascular e primeira causa na infância; Crianças e adultos jovens ( entre 20 e 50 anos); Etiologia desconhecida (predisposição genética) Forma mais frequente= displasia da camada média. QC: HAS grave; aumento da CR após uso de IECA; sopro epigástrico; cefaleia; zumbido pulsátil; amaurose, AIT, AVC. UpToDate 2014- evaluation of hypetension in children and adolescents
  • 71. DOENÇA RENOVASCULAR VASCULITES: Síndrome hemolítico-urêmica; Poliarterite nodosa; Síndrome de KawasakiSíndrome de Kawasaki Arterite de Takayasu (vasculite de grandes vasos mais comum na infância; acomete a aorta e seus ramos). UpToDate 2014- Classification and incidence of childhood vasculitis
  • 72. VASCULITES DOENÇA DE KAWASAKI: Afeta principalmente artérias de médio porte; Envolvimento com frequência das coronárias mas é descrito comprometimento renal em ¼ dos casos; Pode evoluir com trombos e aneurismas coronarianos. Raramente com estenose de artéria renal. Critérios diagnósticos: Febre > que 5 dias; Hiperemia conjuntival; alterações de mucosa oral e orofaringe; alterações das extremidades; exantema polimorfo e linfadenopatia cervical.
  • 73. VASCULITES POLIARTERITE NODOSA: Angeíte necrosante que envolve as áreas de bifurcação das artérias de médio calibre; Processo inflamatório desencadeia: oclusão arterial, trombose, isquemia e formação de aneurismas em vasos coronarianos, trato gastrointestinal e renal; Mais comum em >10 anos; na forma infantil em menores de 2 anos; Características sistêmicas: pele (livedo , nódulos); mialgia; hipertensão; artrite ou artralgia, dor abdominal; neuropatia periférica; proteinúria ou hematúria ou queda na TFG.
  • 74. VASCULITES ARTERITE DE TAKAYASU Vasculite de grandes vasos (Ao e seus ramos principais) mais comum na infância com predomínio em mulheres entre 10 e 40 anos e asiáticos;em mulheres entre 10 e 40 anos e asiáticos; Processo inflamatório que envolve todas as camadas da parede arterial. Espessamento; fibrose, estenose e isquemia. Pode ocorre aneurisma secundário a destruição da camada média. Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
  • 76. ARTERITE DE TAKAYASU Causa HAS devido ao comprometimento da artéria renal; Acúmulo de células inflamatórias no endotélio e na parede vascular (oclusão do lúmen).vascular (oclusão do lúmen). Comprometimento da AR varia de 38-100% Forte associação com tuberculose; Etiopatogenia desconhecida. Imunidade humoral x celular? Agentes virais X bacteriano? Nefrologia pediátrica/ Júlio Toporovski et al- 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006
  • 77. ARTERITE DE TAKAYASU QUADRO CLÍNICO: Sintomas sistêmicos: fadiga, perda ponderal, febre baixa; Claudiação do membro ou úlceras isquêmicasClaudiação do membro ou úlceras isquêmicas (casos avançados); Artralgia ou mialgia; Lesões de pele em pernas (semelhante ao eritema nodoso e pioderma gangrenoso)
  • 78. ARTERITE DE TAKAYASU QUADRO CLÍNICO: Manifestações pulmonares: dor torácica, dispnéia, hemoptise, hipertensão pulmonar; Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral (vertigem,Diminuição do fluxo sanguíneo cerebral (vertigem, síncope, cefaléia); Dor abdominal, diarreia e hemorragia gastrointestinal (isquemia mesentérica); Angina ou infarto do miocárdio; Regurgitação aórtica.
  • 79. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS/CLASSIFICAÇÃO- CAR 3 OU MAIS CRITÉRIOS 90,5% de sensibilidade 97,8% de especificidade Usado para distinguir entre as outrasUsado para distinguir entre as outras vasculites; UptoDate 2014- Clinical features and diagnosis of Takayasu.
  • 80. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS- CAR IDADE DE INÍCIO ANTES DE 40 ANOS CLAUDICAÇÃO DAS EXTREMIDADES DIMINUIÇÃO DO PULSO ARTERIAL BRAQUIALBRAQUIAL DIFERENÇA DE PA > 10 mmHg NA PS ENTRE OS BRAÇOS; SOPRO NA SUBCLÁVIA OU AORTA ALTERAÇÃO ANGIOGRÁFICA DE AO E SEUS ARCOS PRINCIPAIS OU ARTÉRIAS DE GRANDE CALIBRE UptoDate 2014- Clinical features and diagnosis of Takayasu.
  • 82. EVOLUÇÃO... Permaneceu internado de 23/04/12 até 25/05/12 Recebeu alta assintomático em uso de : Captopril 2mg/kg/diaCaptopril 2mg/kg/dia HCTZ 1,5 mg/kg/dia Nifedipino R 0,6 mg/kg/dia Prednisona 20 mg/dia Orientado seguimento ambulatorial com nefrologia e reumatologia. PA na alta: 130x90 mmHg 140x80 mmHg 150x100 mmHg
  • 83. EVOLUÇÃO... Reinternação em 17/08/12 Queixa de cefaléia PPD= não reator Em uso de: HCTZ 25 mg/dia Nifedipina 20 mg/dia Captopril 37,5 mg/dia Prednisona 20 mg/dia
  • 84. EVOLUÇÃO... Registros de pressão: 18/05/12 p90= 110x67 mmHg P95= 114x71 mmHg P99= 120x78 mmHgP99= 120x78 mmHg DIREITO SUPERIOR: 130x70 INFERIOR: 170x90 ESQUERDO SUPERIOR: 130X90 INFERIOR: 150X100
  • 85. EVOLUÇÃO... OFTALMOLOGIA (21/08/12): Tortuosidade vascular; aumento do reflexo dorsal dos vasos em fio de prata; Retinopatia hipertensiva grau III.
  • 86. EVOLUÇÃO... RECEBE ALTA EM USO DE: HCTZ 25 mg/dia Nifedipino 20 mg/dia Propranolol 20 mg/diaPropranolol 20 mg/dia Prednisona 15 mg/dia (em desmame) Metotrexate (7,5 mg/semana) ENCAMINHADO PARA AVALIAÇÃO DA CIRURGIA VASCULAR
  • 87. CIRURGIA 29/10/12: paciente submetido a auto transplante renal esquerdo devido a constricção de artéria renal esquerda. Pós-operatório imediato na UTI no HIVS.Pós-operatório imediato na UTI no HIVS.
  • 88. EVOLUÇÃO... CONTROLE DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS DATAS IMAGEM LAUDO 01/11/12 USG renal com Rim transplantado sem alterações01/11/12 USG renal com doppler de enxerto renal Rim transplantado sem alterações ecodopplervelocimétricas 26/11/12 Cintilografia renal com DMSA Melhora funcional do rim esquerdo RD= 63% RE= 37%
  • 90. CONCLUSÃO A pressão arterial deve ser aferida de rotina em todas as crianças acima de 3 anos!!!!crianças acima de 3 anos!!!! ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
  • 91. CONCLUSÃO Em menores de 3 anos se: Prematuridade, MBP e internamento em UTIN Cardiopatia congênita; ITU recorrente, hematúria, proteinúria;ITU recorrente, hematúria, proteinúria; Doença renal ou mal formação urológica; HF de doença renal congênita; Neoplasias; Doenças sistêmicas. ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
  • 92. TÉCNICA DE AFERIÇÃO Método auscultatório (esfigmomanômetro de mercúrio ou aneróide) Método ocilométrico; Ambiente tranquilo;Ambiente tranquilo; Paciente calmo; Medir 2 x com intervalo de 2 minutos e fazer a média; Lançar os valores na tabela. ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
  • 93.
  • 94.
  • 95. CONCLUSÃO Após confirmada a HAS deve-se iniciar investigação para diferenciar entre HAS primária e secundária; Direcionar tratamento.Direcionar tratamento. ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras, Atheneu, 2010.
  • 96. BIBLIOGRAFIA UpToDate 2014- Evaluation of hypetension in children and adolescents; TOPOROVSKI, Julio et al- 2ª ed.; Nefrologia pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006 ANDRADE, Maria Cristina de; Nefrologia para pediatras. São Paulo, Atheneu, 2010. UpToDate 2014- Management of hypertension in infants;UpToDate 2014- Management of hypertension in infants; UpToDate 2014- Establishing the diagnosis of renovascular hypertension; UpToDate 2014- Classification and incidence of childhood vasculitis UpTo Date 2014- Treatment of Takayasu arteitis UptoDate 2014- Clinical features and diagnosis of Takayasu.