SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 18
Qual é a função dos
historiadores?
André Augusto da Fonseca
andreaugfonseca@gmail.com
andreaugfonseca.blogspot.com
Comecemos com a função da própria
consciência histórica
 A História estuda... a história!
 Processo histórico e historiografia
 Todos os povos fazem história e tem algum tipo de consciência histórica.
 Mas nem todos produziram historiografia.
 Aqui estudam-se os processos históricos e reflete-se sobre as condições
de produção e comunicação do conhecimento histórico.
5/8/2016 2
Comecemos com a função da própria
consciência histórica (Jörn Rüsen)
A consciência histórica é um fenômeno do mundo vital – é uma
forma da consciência humana relacionada imediatamente com
a vida humana prática (Rüsen, p. 56-57).
Consciência histórica é a “suma das operações mentais com as
quais os homens interpretam sua experiência da evolução
temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que
possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo”
(p. 57).
5/8/2016 3
Comecemos com a função da própria
consciência histórica (Jörn Rüsen)
A cada momento o homem, com os objetivos que
busca na ação, “se transpõe sempre para além do que
ele e seu mundo são a cada momento”.
Esse “superávit intencional do agir humano para além
de suas circunstâncias e condições foi denominado
espírito”.
5/8/2016 4
Comecemos com a função da própria
consciência histórica (Jörn Rüsen)
Essa é a carência estrutural do homem: a satisfação de
determinadas carências é também a produção de novas
carências.
E isso ocorre também nas relações que todos nós
estruturamos com o TEMPO, principalmente quando
temos que lidar com as transformações temporais (p.
58).
5/8/2016 5
Comecemos com a função da própria
consciência histórica (Jörn Rüsen)
Todas as pessoas procuram interpretar as experiências
de “mudança de si e de seu mundo ao longo do tempo,
a fim de poder agir nesse decurso temporal” e realizar
suas intenções.
O homem projeta suas intenções e seus ideais no
tempo: imagina uma “era dourada”; sabe que tem de
morrer e sonha com sua imortalidade.
5/8/2016 6
Por que escolhemos esta carreira?
 É uma profissão intelectual. Não serve para quem tem
preguiça intelectual, para quem não gosta de ler, de
pensar.
 A História é uma disciplina que, por estudar os homens
em sociedade ao longo do tempo (Bloch), é construída
sobre a empatia humana.
5/8/2016 7
Por que escolhemos esta carreira?
 “[...] o bom historiador se parece com o ogro da lenda.
Onde fareja carne humana, sabe que ali está sua caça”
(BLOCH, 2001, p. 54).
Bloch, Ginzburg, Gorender, G. Levi, o que eles tem em
comum?
5/8/2016 8
Por que escolhemos esta carreira?
 Nós nos emocionamos com as aventuras, lutas,
desventuras, sonhos, projetos de pessoas de carne e
osso que viveram antes de nós.
 Encantamo-nos com o raciocínio e a perspicácia de
outros historiadores(as) que utilizam os vestígios
deixados pelas pessoas do passado como pistas para
reconstruir uma realidade desaparecida, mas que
interessa aos homens e mulheres de hoje. 5/8/2016 9
Como esta formação te transforma?
5/8/2016 10
Como esta formação te transforma?
O bom historiador está lastreado para evitar conclusões
apressadas e generalizações equivocadas.
Por isso, geralmente, é ele que objeta, educadamente,
contra afirmações preconceituosas e contra
falsificações históricas.
5/8/2016 11
Como esta formação te transforma?
 Homens e mulheres com uma boa formação histórica rejeitam afirmações
absurdas, mesmo que tenham se tornado senso comum, como a ideia de que
“somente nos últimos anos algumas pessoa malvadas começaram a dividir o
Brasil entre ricos e pobres, brancos e negros etc.
 Quem estuda um pouco de História sabe que o nosso país SEMPRE foi dividido
em grupos extremamente desiguais. Uma suposta “harmonia social” no passado
nunca existiu. Basta lembrar o que foi a Cabanagem, ou refletir sobre o que foi o
tráfico negreiro e como o Brasil veio a ser o último país soberano a abolir a
escravidão. As divisões sociais são gritantes há séculos. A diferença está no grau
e na frequência com que a desigualdade é contestada.
5/8/2016 12
Como esta formação te transforma?
Bons historiadores (homens e mulheres) não ficam limitados ao
seu “campinho”. Valorizam e exercitam a erudição e a abertura
intelectual. Os melhores historiadores marxistas leem e
dialogam com as demais correntes teórico-metodológicas.
Todo pesquisador sério de qualquer tradição científica
reconhece a importância dos trabalhos das demais linhas.
5/8/2016 13
Como esta formação te transforma?
Historiadores(as) geralmente são aqueles que pigarreiam
quando, em uma roda de conversa, em um grupo nas redes
sociais, alguém começa a dizer barbaridades ou propagar
boatos inverossímeis, e pondera que não faz qualquer sentido
dizer que as guerras civis e a fome na África acontece pela
“maldição de Cam”.
Em pleno século XXI, ainda queimam-se livros e mulheres
acusadas de feitiçaria.
5/8/2016 14
Como esta formação te transforma?
Em pleno 2016, pagamos as consequências pelo amplo
desconhecimento da história do mundo e do nosso país. Sobre
o antigo regime, sobre o império, sobre a ditadura, sobre a
história de Roraima.
5/8/2016 15
E o ensino de História?
“Subdesenvolvimento não se improvisa. É uma obra de séculos”
(Nelson Rodrigues).
Precarização da formação, da profissão e das condições de
trabalho: soluções emergenciais que duram 60 anos?
Um projeto educacional que fracassou ou o projeto é mesmo o
próprio fracasso?
Quem repensa currículo, metodologia e avaliação?
5/8/2016 16
E o ensino de História?
Por que abandonamos a gestão democrática?
Militarizar escolas: professores deveriam patrulhar as ruas e
fazer investigações policiais?
Todos “defendem mais educação, saúde e segurança”. Discurso
vazio. Defender educação é escolher lado. Há movimentos de
professores, de pais, de estudantes. Há propostas contra e a
favor da escola pública.
5/8/2016 17
Referências
BLOCH, Marc. Apologia da história ou O ofício do historiador.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.
HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998.
RÜSEN, Jörn. Razão Histórica: teoria da História – fundamentos
da ciência histórica. Brasília: UNB, 2001.
5/8/2016 18

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Fichamento (4) memória e patrimônio texto pierre nora
Fichamento (4) memória e patrimônio   texto pierre noraFichamento (4) memória e patrimônio   texto pierre nora
Fichamento (4) memória e patrimônio texto pierre noraRita Gonçalves
 
Eixos temáticos de História
Eixos temáticos de HistóriaEixos temáticos de História
Eixos temáticos de HistóriaEdenilson Morais
 
Pcn história e sociologia
Pcn   história e sociologiaPcn   história e sociologia
Pcn história e sociologiapibidsociais
 
História local: Entre o ensino e a pesquisa
História local: Entre o ensino e a pesquisaHistória local: Entre o ensino e a pesquisa
História local: Entre o ensino e a pesquisaPaulo Alexandre
 
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.lucavao2010
 
Projeto história e memória
Projeto história e memóriaProjeto história e memória
Projeto história e memóriausuariobairro2012
 
A importância de se estudar
A importância de se estudarA importância de se estudar
A importância de se estudarÍris Ferreira
 
História e memória marize cunha
História e memória marize cunhaHistória e memória marize cunha
História e memória marize cunhaMarize da Cunha
 
Importância da história
Importância da históriaImportância da história
Importância da históriaLucilia Fonseca
 
História, memória, patrimônio e identidade
História, memória, patrimônio e identidadeHistória, memória, patrimônio e identidade
História, memória, patrimônio e identidadeViegas Fernandes da Costa
 
Superando o ensino tradicional de história
Superando o ensino tradicional de históriaSuperando o ensino tradicional de história
Superando o ensino tradicional de históriaMaiko10
 
Introdução aos estudos históricos
Introdução aos estudos históricosIntrodução aos estudos históricos
Introdução aos estudos históricosProfessor Marcelo
 
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombosPovoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombosAlunos da UNEB
 

Mais procurados (20)

TRANSVERSALIDADE E A RENOVAÇÃO NO ENSINO DE HISTÓRIA
TRANSVERSALIDADE E A RENOVAÇÃO NO ENSINO DE HISTÓRIATRANSVERSALIDADE E A RENOVAÇÃO NO ENSINO DE HISTÓRIA
TRANSVERSALIDADE E A RENOVAÇÃO NO ENSINO DE HISTÓRIA
 
Pcn história
Pcn históriaPcn história
Pcn história
 
Fichamento (4) memória e patrimônio texto pierre nora
Fichamento (4) memória e patrimônio   texto pierre noraFichamento (4) memória e patrimônio   texto pierre nora
Fichamento (4) memória e patrimônio texto pierre nora
 
Eixos temáticos de História
Eixos temáticos de HistóriaEixos temáticos de História
Eixos temáticos de História
 
Pcn história e sociologia
Pcn   história e sociologiaPcn   história e sociologia
Pcn história e sociologia
 
Ensino aprendizagem de história
Ensino aprendizagem de históriaEnsino aprendizagem de história
Ensino aprendizagem de história
 
História local: Entre o ensino e a pesquisa
História local: Entre o ensino e a pesquisaHistória local: Entre o ensino e a pesquisa
História local: Entre o ensino e a pesquisa
 
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.
Ciências Humanas - O tempo e o espaço: conquistas e realizações.
 
Projeto história e memória
Projeto história e memóriaProjeto história e memória
Projeto história e memória
 
A importância de se estudar
A importância de se estudarA importância de se estudar
A importância de se estudar
 
História e memória marize cunha
História e memória marize cunhaHistória e memória marize cunha
História e memória marize cunha
 
Importância da história
Importância da históriaImportância da história
Importância da história
 
Documento e monumento
Documento e monumentoDocumento e monumento
Documento e monumento
 
O QUE É HISTÓRIA
O QUE É HISTÓRIAO QUE É HISTÓRIA
O QUE É HISTÓRIA
 
História, memória, patrimônio e identidade
História, memória, patrimônio e identidadeHistória, memória, patrimônio e identidade
História, memória, patrimônio e identidade
 
Superando o ensino tradicional de história
Superando o ensino tradicional de históriaSuperando o ensino tradicional de história
Superando o ensino tradicional de história
 
Introdução aos estudos históricos
Introdução aos estudos históricosIntrodução aos estudos históricos
Introdução aos estudos históricos
 
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombosPovoado cruz   contribuições aos estudos dos quilombos
Povoado cruz contribuições aos estudos dos quilombos
 
Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2
Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2
Educação Patrimonial_Aulas 1 e 2
 
Cultura e identidade brasileiras
Cultura e identidade brasileirasCultura e identidade brasileiras
Cultura e identidade brasileiras
 

Destaque

Destaque (8)

Salas ambiente
Salas ambienteSalas ambiente
Salas ambiente
 
Sobre o Ensino de Evolução Biológica
Sobre o Ensino de Evolução BiológicaSobre o Ensino de Evolução Biológica
Sobre o Ensino de Evolução Biológica
 
Leitura Literária
Leitura Literária Leitura Literária
Leitura Literária
 
Slide história da educação universal e brasileira - pdf
Slide   história da educação universal e brasileira  - pdfSlide   história da educação universal e brasileira  - pdf
Slide história da educação universal e brasileira - pdf
 
Marqês de Pombal e as reformas pombalinas
Marqês de Pombal e as reformas pombalinasMarqês de Pombal e as reformas pombalinas
Marqês de Pombal e as reformas pombalinas
 
Métodos de ensino
Métodos de ensinoMétodos de ensino
Métodos de ensino
 
Slide história da educação - pdf
Slide   história da educação - pdfSlide   história da educação - pdf
Slide história da educação - pdf
 
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)
Métodos de Ensino - Texto de Libâneo (1994)
 

Semelhante a Função dos historiadores

POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIA
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIAPOR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIA
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIASORAIAPERESDOSSANTOS3
 
Pos verdade como-compreender_um_tempo_em
Pos verdade como-compreender_um_tempo_emPos verdade como-compreender_um_tempo_em
Pos verdade como-compreender_um_tempo_emGeldes Castro
 
PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOS
PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOSPRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOS
PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOSJorge Marcos Oliveira
 
O olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroO olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroisameucci
 
2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...
2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...
2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...SandraBarbosa101
 
Para que estudar História
Para que estudar HistóriaPara que estudar História
Para que estudar HistóriaLiz Prates
 
O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.
O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.
O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.MNTB / Instituto Antropos
 
apostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdf
apostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdfapostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdf
apostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdfJosSilva345210
 

Semelhante a Função dos historiadores (20)

POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIA
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIAPOR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIA
POR QUE É IMPORTANTE ESTUDAR HISTÓRIA
 
Aula 01 hist 1
Aula 01 hist 1Aula 01 hist 1
Aula 01 hist 1
 
Pos verdade como-compreender_um_tempo_em
Pos verdade como-compreender_um_tempo_emPos verdade como-compreender_um_tempo_em
Pos verdade como-compreender_um_tempo_em
 
1.apresentação seu riba 15.
1.apresentação seu riba 15.1.apresentação seu riba 15.
1.apresentação seu riba 15.
 
1.apresentação seu riba 17
1.apresentação seu riba 171.apresentação seu riba 17
1.apresentação seu riba 17
 
1.apresentação seu riba 17
1.apresentação seu riba 171.apresentação seu riba 17
1.apresentação seu riba 17
 
PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOS
PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOSPRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOS
PRE SEED - 2014 - CONCEITOS BÁSICOS
 
O olhar sobre o outro
O olhar sobre o outroO olhar sobre o outro
O olhar sobre o outro
 
2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...
2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...
2019_Plano-de-aula-Projeto-História-do-meu-bairro-história-de-mim-Mayra-Matta...
 
Boletim abril (final)
Boletim   abril (final)Boletim   abril (final)
Boletim abril (final)
 
Boletim do pet abril
Boletim do pet abrilBoletim do pet abril
Boletim do pet abril
 
Para que estudar História
Para que estudar HistóriaPara que estudar História
Para que estudar História
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
A rebelião das massas
A rebelião das massasA rebelião das massas
A rebelião das massas
 
A rebelião das massas
A rebelião das massasA rebelião das massas
A rebelião das massas
 
Rebeliaodasmassas
RebeliaodasmassasRebeliaodasmassas
Rebeliaodasmassas
 
Milton santos
Milton santosMilton santos
Milton santos
 
História Versus Cidadania
História Versus CidadaniaHistória Versus Cidadania
História Versus Cidadania
 
O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.
O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.
O Perspectivismo Cultural e as Mitologias Antropogônicas.
 
apostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdf
apostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdfapostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdf
apostila__historia_7_ano_1_bimestre.pdf
 

Mais de André Augusto da Fonseca (18)

Debate corrupção
Debate   corrupçãoDebate   corrupção
Debate corrupção
 
Etnia
EtniaEtnia
Etnia
 
Um tutorial sobre como planejar suas aulas de História (Ens. Fundamental e Mé...
Um tutorial sobre como planejar suas aulas de História (Ens. Fundamental e Mé...Um tutorial sobre como planejar suas aulas de História (Ens. Fundamental e Mé...
Um tutorial sobre como planejar suas aulas de História (Ens. Fundamental e Mé...
 
Nova história cultural
Nova história culturalNova história cultural
Nova história cultural
 
Fredrik Barth
Fredrik BarthFredrik Barth
Fredrik Barth
 
Karl polany
Karl polanyKarl polany
Karl polany
 
O estado moderno
O estado modernoO estado moderno
O estado moderno
 
Prosopografia
ProsopografiaProsopografia
Prosopografia
 
Estilos artísticos contextualizados
Estilos artísticos contextualizadosEstilos artísticos contextualizados
Estilos artísticos contextualizados
 
A acumulação primitiva de capital
A acumulação primitiva de capitalA acumulação primitiva de capital
A acumulação primitiva de capital
 
Nova história cultural
Nova história culturalNova história cultural
Nova história cultural
 
Lógica formal e lógica dialética
Lógica formal e lógica dialéticaLógica formal e lógica dialética
Lógica formal e lógica dialética
 
Como estudar um texto científico ou filosófico
Como estudar um texto científico ou filosóficoComo estudar um texto científico ou filosófico
Como estudar um texto científico ou filosófico
 
Vigotski
VigotskiVigotski
Vigotski
 
História de roraima 2
História de roraima 2História de roraima 2
História de roraima 2
 
Projeto de pesquisa história
Projeto de pesquisa históriaProjeto de pesquisa história
Projeto de pesquisa história
 
Projeto de pesquisa história
Projeto de pesquisa históriaProjeto de pesquisa história
Projeto de pesquisa história
 
Salas ambiente
Salas ambienteSalas ambiente
Salas ambiente
 

Último

Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxfabiolalopesmartins1
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresaulasgege
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniCassio Meira Jr.
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveaulasgege
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 

Último (20)

Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptxLírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
Lírica Camoniana- A mudança na lírica de Camões.pptx
 
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autoresSociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
Sociologia Contemporânea - Uma Abordagem dos principais autores
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e TaniModelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
Modelos de Desenvolvimento Motor - Gallahue, Newell e Tani
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chaveAula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
Aula - 2º Ano - Cultura e Sociedade - Conceitos-chave
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 

Função dos historiadores

  • 1. Qual é a função dos historiadores? André Augusto da Fonseca andreaugfonseca@gmail.com andreaugfonseca.blogspot.com
  • 2. Comecemos com a função da própria consciência histórica  A História estuda... a história!  Processo histórico e historiografia  Todos os povos fazem história e tem algum tipo de consciência histórica.  Mas nem todos produziram historiografia.  Aqui estudam-se os processos históricos e reflete-se sobre as condições de produção e comunicação do conhecimento histórico. 5/8/2016 2
  • 3. Comecemos com a função da própria consciência histórica (Jörn Rüsen) A consciência histórica é um fenômeno do mundo vital – é uma forma da consciência humana relacionada imediatamente com a vida humana prática (Rüsen, p. 56-57). Consciência histórica é a “suma das operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo” (p. 57). 5/8/2016 3
  • 4. Comecemos com a função da própria consciência histórica (Jörn Rüsen) A cada momento o homem, com os objetivos que busca na ação, “se transpõe sempre para além do que ele e seu mundo são a cada momento”. Esse “superávit intencional do agir humano para além de suas circunstâncias e condições foi denominado espírito”. 5/8/2016 4
  • 5. Comecemos com a função da própria consciência histórica (Jörn Rüsen) Essa é a carência estrutural do homem: a satisfação de determinadas carências é também a produção de novas carências. E isso ocorre também nas relações que todos nós estruturamos com o TEMPO, principalmente quando temos que lidar com as transformações temporais (p. 58). 5/8/2016 5
  • 6. Comecemos com a função da própria consciência histórica (Jörn Rüsen) Todas as pessoas procuram interpretar as experiências de “mudança de si e de seu mundo ao longo do tempo, a fim de poder agir nesse decurso temporal” e realizar suas intenções. O homem projeta suas intenções e seus ideais no tempo: imagina uma “era dourada”; sabe que tem de morrer e sonha com sua imortalidade. 5/8/2016 6
  • 7. Por que escolhemos esta carreira?  É uma profissão intelectual. Não serve para quem tem preguiça intelectual, para quem não gosta de ler, de pensar.  A História é uma disciplina que, por estudar os homens em sociedade ao longo do tempo (Bloch), é construída sobre a empatia humana. 5/8/2016 7
  • 8. Por que escolhemos esta carreira?  “[...] o bom historiador se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está sua caça” (BLOCH, 2001, p. 54). Bloch, Ginzburg, Gorender, G. Levi, o que eles tem em comum? 5/8/2016 8
  • 9. Por que escolhemos esta carreira?  Nós nos emocionamos com as aventuras, lutas, desventuras, sonhos, projetos de pessoas de carne e osso que viveram antes de nós.  Encantamo-nos com o raciocínio e a perspicácia de outros historiadores(as) que utilizam os vestígios deixados pelas pessoas do passado como pistas para reconstruir uma realidade desaparecida, mas que interessa aos homens e mulheres de hoje. 5/8/2016 9
  • 10. Como esta formação te transforma? 5/8/2016 10
  • 11. Como esta formação te transforma? O bom historiador está lastreado para evitar conclusões apressadas e generalizações equivocadas. Por isso, geralmente, é ele que objeta, educadamente, contra afirmações preconceituosas e contra falsificações históricas. 5/8/2016 11
  • 12. Como esta formação te transforma?  Homens e mulheres com uma boa formação histórica rejeitam afirmações absurdas, mesmo que tenham se tornado senso comum, como a ideia de que “somente nos últimos anos algumas pessoa malvadas começaram a dividir o Brasil entre ricos e pobres, brancos e negros etc.  Quem estuda um pouco de História sabe que o nosso país SEMPRE foi dividido em grupos extremamente desiguais. Uma suposta “harmonia social” no passado nunca existiu. Basta lembrar o que foi a Cabanagem, ou refletir sobre o que foi o tráfico negreiro e como o Brasil veio a ser o último país soberano a abolir a escravidão. As divisões sociais são gritantes há séculos. A diferença está no grau e na frequência com que a desigualdade é contestada. 5/8/2016 12
  • 13. Como esta formação te transforma? Bons historiadores (homens e mulheres) não ficam limitados ao seu “campinho”. Valorizam e exercitam a erudição e a abertura intelectual. Os melhores historiadores marxistas leem e dialogam com as demais correntes teórico-metodológicas. Todo pesquisador sério de qualquer tradição científica reconhece a importância dos trabalhos das demais linhas. 5/8/2016 13
  • 14. Como esta formação te transforma? Historiadores(as) geralmente são aqueles que pigarreiam quando, em uma roda de conversa, em um grupo nas redes sociais, alguém começa a dizer barbaridades ou propagar boatos inverossímeis, e pondera que não faz qualquer sentido dizer que as guerras civis e a fome na África acontece pela “maldição de Cam”. Em pleno século XXI, ainda queimam-se livros e mulheres acusadas de feitiçaria. 5/8/2016 14
  • 15. Como esta formação te transforma? Em pleno 2016, pagamos as consequências pelo amplo desconhecimento da história do mundo e do nosso país. Sobre o antigo regime, sobre o império, sobre a ditadura, sobre a história de Roraima. 5/8/2016 15
  • 16. E o ensino de História? “Subdesenvolvimento não se improvisa. É uma obra de séculos” (Nelson Rodrigues). Precarização da formação, da profissão e das condições de trabalho: soluções emergenciais que duram 60 anos? Um projeto educacional que fracassou ou o projeto é mesmo o próprio fracasso? Quem repensa currículo, metodologia e avaliação? 5/8/2016 16
  • 17. E o ensino de História? Por que abandonamos a gestão democrática? Militarizar escolas: professores deveriam patrulhar as ruas e fazer investigações policiais? Todos “defendem mais educação, saúde e segurança”. Discurso vazio. Defender educação é escolher lado. Há movimentos de professores, de pais, de estudantes. Há propostas contra e a favor da escola pública. 5/8/2016 17
  • 18. Referências BLOCH, Marc. Apologia da história ou O ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001. HOBSBAWM, Eric. Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. RÜSEN, Jörn. Razão Histórica: teoria da História – fundamentos da ciência histórica. Brasília: UNB, 2001. 5/8/2016 18