1. O documento descreve a história de Portugal desde o reinado de D. Sebastião até a Restauração da independência em 1640. 2. Após a derrota em Alcácer-Quibir e a morte de D. Sebastião e D. Henrique, Filipe II da Espanha invadiu Portugal e foi aclamado rei em 1580. 3. Sob o domínio espanhol, cresceu o descontentamento em Portugal devido aos impostos e perdas territoriais, levando à Restauração da independência liderada por D. João IV
2. REINADO DE D. SEBASTIÃO: O
DESASTRE DE ALCÁCER QUIBIR
1580: OS PRETENDENTES AO TRONO
ACLAMAÇÃO DE FILIPE II NAS CORTES
DE TOMAR
O DOMÍNIO FILIPINO.
A RESTAURAÇÃO.
4. ATÉ D. SEBASTIÃO
FAZER 14 ANOS,
FUI EU, O SEU TIO-
AVÔ CARDEAL D.
HENRIQUE, QUE
GOVERNEI
PORTUGAL NUMA
REGÊNCIA
REGÊNCIA
Período em que um familiar do rei governa o pais por este estar
impossibilitado ou ser menor de idade (ter menos de 14 anos)
5. D. SEBASTIÃO
NÃO CASOU NEM
TEVE FILHOS
EDUCAÇÃO VIRADA
PARA A GUERRA
QUERIA CONQUISTAR FAMA
E GLÓRIA, DERROTANDO
OS MUÇULMANOS
6. 1578
D. SEBASTIÃO CHEGA
A O N OR TE D E Á FR IC A
PA R A C ON QU ISTA R A
C ID A D E MU Ç U LMA N A D E
A LC Á C ER QU IB IR
9. D. SEBASTIÃO TERÁ MORRIDO
NA BATALHA, COM 24 ANOS, SEM
SER CASADO NEM TER FILHOS.
SUCEDEU-LHE NO TRONO O
SEU TIO-AVÔ, O CARDEAL
D. HENRIQUE. MAS DOIS ANOS
DEPOIS, EM 1580, O CARDEAL
MORRE
12. 1- O cardeal D. Henrique
convocou Cortes em Almeirim
para resolver o problema da
sucessão.
2- E quem são
os candidatos?
13. 3- É o rei Filipe II de
Espanha, D. Catarina
duquesa de Bragança e
D. António Prior do Crato.
4 -Filipe II de
Espanha, vamos ter
um rei espanhol?
Nem pensar.
14. 5- Viva D. António
prior do Crato! 6- Viva o
nosso rei.
15. 7- O nosso rei será D.
António. Não
queremos um
espanhol cá, nem D.
Catarina.
16. 8- O nosso rei será Filipe II de Espanha.
Quem melhor que o rei espanhol para
podermos aceder a novos cargos, tanto
aqui em Portugal como, e sobretudo em
Espanha. E agora que a Espanha
conquistou novas colónias, nada melhor
que expandir os negócios.
17. 10- Nem pensar!
O nosso rei não
será espanhol. A
nossa candidata é
D. Catarina.
9- Viva Filipe II
de Espanha,
será o nosso
Rei, Filipe I de
Portugal.
18. 11- Nós apoiamos D.
Catarina. Será ela a nossa
rainha, não podemos cair
nas mãos dos espanhóis.
12- Não D. Catarina
não. Quem melhor para
defender os nossos
interesses do que Filipe
II de Espanha. Será ele
o nosso rei.
19. COMO OS MUÇULMANOS
NÃO DEVOLVERAM O
CORPO DE D.
SEBASTIÃO, CRIOU-SE A
IDEIA QUE O REI ESTAVA
VIVO E IRIA REGRESSAR
NUMA MANHÃ DE
NEVOEIRO PARA
GOVERNAR PORTUGAL
É O MITO DO
SEBASTIANISMO
21. D. FILIPE II
•REI DE ESPANHA
• APOIADO PELO CLERO E
ALTA NOBREZA
D. ANTÓNIO
(Prior do Crato)
• APOIADO PELO
POVO
D. CATARINA
(Duquesa de
Bragança)
• DESISTIU EM FAVOR
DE FILIPE II
22. FILIPE II E D . A N TÓN IO
(Prior do Crato) FORMARAM
EXÉR C ITOS E
D EFR ON TA R A M - SE N A
B ATA LH A D E A LC Â N TA R A
FILIPE II VENCE
A BATALHA
D. ANTÓNIO FOI
DERROTADO E
FOGE PARA O
ESTRANGEIRO
23. FILIPE II FOI ACLAMADO REI DE
PORTUGAL NAS CORTES DE TOMAR
(1580)
24. Filipe II invadiu Portugal com um poderoso exército.
Filipe II conquista Portugal ao vencer D. António, na
Batalha de Alcântara, a 25 de Agosto de 1580.
Em 1581(Abril), nas Cortes de Tomar, fez-
se aclamar rei de Portugal, com o título de
Filipe I de Portugal.
25. REINADO DE
D. SEBASTIÃO
D. SEBASTIÃO:
4 – 14 ANOS
REGÊNCIA DO
CARDEAL
D. HENRIQUE
BATALHA DE
ALCÁCER QUIBIR
PORTUGAL É
DERROTADO
D. SEBASTIÃO MORRE
NA BATALHA
NÃO DEIXA SUCESSOR
REINADO DO CARDEAL
D. HENRIQUE
D. HENRIQUE
MORRE EM 1580
26. PRETENDENTES
AO TRONO (1580)
D. FILIPE II
(Rei de Espanha)
BATALHA DE
ALCÂNTARA
D. CATARINA
VITÓRIA DE
FILIPE II
DESISTE EM
FAVOR DE
FILIPE II
FILIPE II É NOMEADO
REIS DE PORTUGAL
NAS CORTES DE TOMAR
(1580)
D. ANTÓNIO
(Prior do Crato)
28. A Crise do Império Português
• Motivos que levaram à crise :
– Dispersão dos territórios para tão pouca
população portuguesa disponível para os ocupar e
administrar (África, Ásia e América);
– Despesas muito elevadas:
• Compra de produtos;
• Compra de armamento;
• Construção de navios;
• Construção de fortalezas;
• Manutenção;
• Pagamento de funcionários e soldados.
29. • Motivos que levaram à crise (continuação):
– Distância e duração das viagens;
– Corrupção; Vida de luxo e de grandeza para uns e
miséria para outros;
– Recuperação das rotas do Levante pelos
Muçulmanos;
– Concorrência comercial /ataques de piratas e de
corsários (Holandeses, Ingleses e Franceses) que
roubavam as cargas valiosas;
– Navios muito velhos, sem reparações e
remodelações que afundavam com tempestades
mais fortes, até porque vinham demasiado
carregados.
30.
31. UNIÃO
IBÉRICA
(1580 – 1640)
PERÍODO EM QUE PORTUGAL
FOI GOVERNADO POR TRÊS
REIS ESPANHÓIS
1580 -
1598
FILIPE I
(II de Espanha)
1598 -
1621
FILIPE II
(III de Espanha)
1621 -
1640
FILIPE III
(IV de Espanha)
33. REINADO DE
FILIPE I
continuaram a serem nomeados portugueses
para governar as zonas do Império
Manteve-se o português
como língua oficial
Os lucros
do Império português
continuaram a ficar em
Portugal.
34. CORTES DE TOMAR
Prometeu a autonomia de Portugal, reconhecendo o país como
Estado soberano, com direitos próprios:
Manter a língua portuguesa .
Portugal podia continuar a cunhar e usar moeda própria
Manternos altos cargos da justiça, da Igreja, da administração
pública e do Império com funcionários portugueses
Governar o reino de forma independente– Monarquia Dualista
Respeitar as leis e os costumes de Portugal.
36. • De facto nem Filipe III
nem Filipe IV, se sentiam
ligados às promessas de
Filipe II nas Cortes de
Tomar.
• O império castelhano, em
guerra com nações
poderosas como a
França a Holanda e a
Inglaterra , atravessava
dificuldades.
• Era preciso reunir todos
os recursos para lhes
fazer frente.
FILIPE III
FILIPE IV
37. • Assim não tardou que Portugal fosse obrigado a combater
ao lado da Espanha e a participar nas suas despesas de
Guerra, através de novos impostos.
• E enquanto a nobreza portuguesa ia combater ao lado dos
espanhóis ,na administração e no governo os portugueses
iam sendo substituídos por eles.
• O descontentamento crescia.
38. • Os inimigos de Espanha
atacavam e ocupavam
territórios portugueses, numa
altura em que se tornava
,praticamente impossível a
Portugal assegurar a sua
defesa.
• Envolvido nas Guerras de
Castela, durante as quais
sofre pesadas baixas, em
homens e navios, o exercito
e a marinha portugueses
desapareceram quase por
completo.
• Quem primeiro se aproveitou
da situação foram os
Holandeses, seguidos pelos
ingleses .
Os Holandeses e o
Brasil
39. • Entre 1599 e 1638
Portugal perde terras no
Brasil, o Ceilão na Ásia e
as feitorias de S. Jorge
da Mina e Arguim em
Africa.
• Os Ingleses ocupam
Ormuz e o Japão
expulsa-nos do seu país.
• De guerra em guerra,
Filipe IV acabava sempre
por condenar os mais
pobres ao pagamento de
novos impostos.
40. HOUVE UM GRANDE DESCONTENTAMENTO DO
POVO
VÁRIOS
MOTINS
(REVOLTAS
POPULARES)
REBENTARAM
POR TODO O
PAIS
41. 1637
DÁ-SE A REVOLTA DO MANUELINHO EM ÉVORA. A POPULAÇÃO DA CIDADE
DIZIA QUE ERA UM LOUCO, CHAMADO MANUELINHO, QUE ESCREVIA OS
PAPÉIS CONTRA OS ESPANHÓIS QUE ERAM ESPALHADOS PELA CIDADE
42. Filipe IV [1605 – 1665]
Durante a União Ibérica, Filipe II cumpriu as promessas
feitas nas Cortes de Tomar, o que não sucedeu com os seus
sucessores, Filipe III e Filipe IV.
A Espanha envolve-se em várias guerras, o que traz
grandes custos que irão refletir-se em aumento dos
impostos.
Espanha, que já considerava PORTUGAL uma província
espanhola exigia que o nosso país contribuisse para o
esforço de guerra, bem como para da sua defesa.
Guerra dos Trinta Anos (1618 – 1648)
EM RESUMO:
43. São lançados novos impostos. Os detentores de cargos devem pagar a meia anata, isto é,
metade do rendimento anual. É lançado o real de água, imposto sobre a carne e o vinho
vendidos .
Sucedem-se as revoltas populares. A mais grave foram as Alterações de Évora, em 1637,
também conhecida como Revolta do Manuelinho.
Vários soldados portugueses, incluindo o duque de Bragança, são recrutados para a guerra, o
que ainda mais revoltou os portugueses
D. Gaspar de Guzmán, 9º duque de Medina Sidónia, ao entrar no Algarve para
reprimir os levantamentos.
44. A
RESTAURAÇÃO
EM 1640, QUARENTA NOBRES PORTUGUESES, EM SEGREDO, ORGANIZARAM
UMA REVOLTA PARA DERRUBAR FILIPE III E VOLTAR A COLOCAR UM REI
PORTUGUÊS NO TRONO.
45. • A conspiração começou a organizar-se entre a
alta nobreza portuguesa. Depois de algumas
hesitações, D. João de Bragança, aceita
encabeçar a revolução.
• A data escolhida foi o 1º de Dezembro de 1640.
46. DUQUESA DE
MÂNTUA
A 1 de Dezembro de 1640, os 40 nobres revoltosos invadiram o
palácio da governadora espanhola, a duquesa de Mântua (que
governava Portugal em representação de Filipe III), e derrotaram as
tropas da duquesa. Desde o inicio que a população se manifestou a
apoiar o golpe
47.
48. D. JOÃO, DUQUE DE BRAGANÇA, É
NOMEADO REI DE PORTUGAL,
FICANDO COM O TÍTULO DE D.
JOÃO IV E DANDO INICIO À QUARTA
DINASTIA (DE BRAGANÇA)
CORTES
DE
LISBOA
(1641)
C O R T E S D E L I S B O A
D . J O Ã O I V
49. A R ESTA U R A Ç ÃO FOI UM DOS A CONTEC IMEN TOS MA IS
IMPOR TAN TES D A H ISTÓR IA D E POR TU GA L . A IN D A H OJE
ESTÁ PRESENTE EM…
PRAÇAS
PRAÇA DOS RESTAURADORES - LISBOA
MONUMENTOS
MONUMENTO À RESTAURAÇÃO
RUAS
50. O D I A 1 D E D E Z E M B R O D E 1 6 4 0 F I C O U C O M O U M D O S
M A I S I M P O R T A N T E S D A H I S T Ó R I A D E P O R T U G A L . P O R
I S S O 1 D E D E Z E M B R O É S E M P R E ( a n ã o s e r q u a n d o h á
m e d i d a s d e g o v e r n o a s u s p e n d e r t e m p o r a r i a m e n t e
e s s e f e r i a d o ) .
FERIADO NACIONAL
51. Desenvolve-se uma intensa ação diplomática junto dos inimigos da Espanha -
França, Inglaterra e Países Baixos (Holanda e Bélgica).
A Santa Sé não reconhece logo a Restauração.
Reorganizou-se o exército,
produziram-se armas e
munições, restauraram-se
fortalezas mas, não
esqueçamos que para isso é
preciso dinheiro e que
Portugal não tinha, pois tinha
desaparecido tudo com o
domínio filipino.
As receitas do BRASIL SERÃO
ENTÃO MUITO PRECISAS, já que se
tinha perdido o ORIENTE.
52. • Os tempos que se
seguiram foram de grande
aflição.
• Para manter a
independência, Portugal
será obrigado a travar
uma longa guerra.
• Durante 28 anos
portugueses e Espanhóis
estarão em guerra.
• Este período a que se
chamou Guerra da
restauração, terminará
em 1668, ano em que
Espanha reconhece a
nossa independência .
53. - Montijo
(1644)
- Linhas de
Elvas (1659)
- Ameixial
(1663)
- Castelo
Rodrigo (1664)
- Montes
Claros (1665)
Guerras da Restauração
A paz só é assinada em 1668, já no
reinado de D. Pedro II
54. • Só os Holandeses que se
tinham estabelecido em
áreas portuguesas
permaneceram hostis.
• Com a Holanda não
houve paz mas guerra.
• Em África conquistam
Luanda e S. Tomé,
territórios que se
recuperam em 1648.
• O mesmo acontecerá no
Brasil expulsos em 1654.
Para este facto muito
contribuiu o apoio das
populações locais.
• Mas os territórios do
ORIENTE nunca mais se
recuperarão.
55. Batalha de Guararapes
(1648 [1º] – 1649 [2º]; Recife
Autor anónimo; c. 1758; Museu Histórico
Nacional; Rio de Janeiro;
In «Nova História Militar de Portugal»; Lisboa;
Círculo de Leitores; vol. 2; . p. 286
O Brasil encontrava-se parcialmente
ocupado pelos holandeses.
56. • D U R AN T E A
U N I Ã O
I B É R I C A
P O R T U G AL
P E R D E PAR T E
D O S E U
I M P É R I O
• O S L U C R O S
D A Á S I A
D I M I N U E M
• D . J O Ã O I V
AP O S TA N O
B R AS I L
PAR A
S U B S T I T U I R
A Á S I A
AUMENTO DO
NÚMERO DE
ENGENHOS
AUMENTO DA
EXPLORAÇÃO DE
MINAS DE OURO E
PRATA
57. A partir de meados do séc. XVI, as especiarias
descarregadas em Lisboa provenientes do Oriente caem a
um 1/3 do que eram.
Os portugueses concentraram-se então na colonização e
exploração das terras brasileiras. Açúcar, tabaco, pau-brasil
e escravos que vão de Luanda, constituem a partir de agora
a base da economia imperial.
58. ENGENHO
CANAVIAL
CASA
GRANDE
SENZALA
O ENGENHO
GRANDE QUINTA ONDE SE PRODUZIA AÇÚC
CANAVIAL
Plantação da cana-de-açúcar
ENGENHO
Máquina que tira o açúcar da
cana
CASA GRANDE
Casa do dono do Engenho,
onde vivia com a família
SENZALA
Casas dos trabalhadores do
Engenho (escravos)
59. O Brasil
• Engenhos -> Grandes Propriedades
–Engenho:
•Local onde se encontravam
os aparelhos
destinados ao
fabrico do Açúcar;
•Utilizavam
mão-de-obra
escrava.
60. O comércio açucareiro era muito lucrativo.
O trabalho era realizado por mão-de-obra escrava trazida do continente africano.
Rota
triangular