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A guerra
COLONIAL
Em Angola, depois de
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 Para Salazar e para a Ditadura
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• 17 de Dezembro de 1961
A União Indiana ataca e
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• Tinham durante alguns anos
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• O Exército Português
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A luta radicaliza-se.
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A solução para a guerra é política, não é possível
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A 24 de Setembro de 1973
Nas regiões libertadas,
reunida a Assembleia
Popular, é proclamada
unilateralmente a
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Guiné-Bissau.
• A 22 de Fevereiro 1974
Faz-se a publicação do livro
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Spínola, em que este
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política e não militar.
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A Guerra Colonial de Angola, Guiné e Moçambique

  • 2. Em Angola, depois de várias acções repressivas e violentas da PIDE sobre grupos de trabalhadores africanos, que pediam melhores condições de trabalho, o MPLA ataca a prisão de Luanda. No norte do território a UPA desencadeia vários ataques sobre a população branca e trabalhadores de fazendas. Estas acções guerrilheiras dão o início da Guerra Colonial que irá durar 13 anos. 4 de Fevereiro e 13 de Março de 1961
  • 4.  Para Salazar e para a Ditadura do Estado Novo o império era o pilar fundamental.  Por isso, era preciso defendê- lo a todo o custo.  Defendê-lo das pressões e oposições internas e externas.  Salazar sabia que não havia ajudas externas, até mesmo as internas estavam rebeldes. “Estamos orgulhosamente sós”- dizia.  E após o golpe de estado de Abril decide assumir a pasta da Defesa e na frase que ficou célebre « Para Angola rapidamente e em força» dá início ao envio de tropas para as colónias.
  • 5. • 17 de Dezembro de 1961 A União Indiana ataca e anexa Goa, Damão e Diu, possessões portuguesas em território indiano. • Tinham durante alguns anos tentado negociar essa entrega de terras que entendiam pertencer à índia mas Salazar sempre se recusara. • Começava assim a queda do império colonial português. Nehru, primeiro ministro da Índia, na altura.
  • 6. • Em Abril de 1963 a luta armada estende-se à Guiné. A luta armada é conduzida pelo PAIGC, liderado por Amilcar Cabral
  • 7. A 25 de Setembro de 1964 É a vez do início da luta armada em Moçambique, com a Frelimo liderada por Eduardo Mondlane.
  • 8. Durante treze anos travou-se uma luta de guerrilha, desgastante, em três frentes ao mesmo tempo. O exército português procurava destruir as bases dos guerrilheiros e capturar os seus chefes.
  • 9.
  • 10.
  • 11.
  • 12.
  • 13. Nesta guerra perderam a vida mais de oito mil soldados portugueses, cerca de vinte e oito mil ficaram feridos ou mutilados. Do lado dos guerrilheiros nem se sabe ao certo os números de mortos, feridos ou mutilados.
  • 14.
  • 15.
  • 16.
  • 17. O apoio internacional à luta pela independência dos territórios africanos sob controlo português era cada vez mais forte. Até mesmo o papa Paulo VI o faz abertamente, visitando a Índia, a ONU e recebendo os chefes militares das guerrilhas de Angola, Guiné e Moçambique.
  • 18. O povo português à medida que os anos passavam estava cada vez mais descontente e cansado da guerra mas o Governo continuava a rejeitar o diálogo com os guerrilheiros. A guerra só veio a terminar com o 25 de Abril de 1974.
  • 19. • A 16 de Agosto de1971 Numa tentativa de aparentar uma certa abertura do regime, a Assembleia Nacional aprova uma resolução constitucional em que se preconiza "maior autonomia para as Províncias Ultramarinas". Entretanto Portugal continuava a ignorar as recomendações da ONU relativamente aos territórios africanos sob governo português, pois continuava a manter a guerra e não negociava com os contendores.
  • 20. A 16 de Dezembro de 1972 • O Exército Português desencadeia uma operação militar sobre a população indígena em Wiriyamu (Moçambique). Mais tarde a imprensa internacional irá denunciar esta acção e o caso tornar-se-á tristemente célebre sob a designação de Massacres de Wiriyamu. A luta radicaliza-se. A oposição radicaliza-se também. A solução para a guerra é política, não é possível vencê-la militarmente, já todos sabem isso. Mas a guerra toma um rumo desesperado.
  • 21. Aumentam-se os efectivos militares para fazer face às cada vez maiores exigências da guerra. Há muito que os oficiais de quadro não chegam. Recorrem aos milicianos, oficiais sem a formação da academia e logo sem segurem o quadro. Surge uma reacção de defesa de direitos dos militares de carreira, uma reacção corporativa. Mas se a revolta militar começou assim, rapidamente passou para a fase conspirativa e altamente politizada. Era preciso acabar com a guerra e negociar a paz e , para tal, o regime só deixava uma hipótese - tinha que ser derrubado.
  • 22. A 24 de Setembro de 1973 Nas regiões libertadas, reunida a Assembleia Popular, é proclamada unilateralmente a independência do Estado da Guiné-Bissau.
  • 23. • A 22 de Fevereiro 1974 Faz-se a publicação do livro Portugal e o Futuro do General António de Spínola, em que este defende que a solução para a guerra colonial deverá ser política e não militar. Tudo, de repente, se acelera.
  • 24. Esta guerra durou treze anos. Foi uma guerra de guerrilha. Não foi resolvida militarmente. Só terminou com acordos políticos e a concessão das principais prioridades dos beligerantes.