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QUEIXA DE MEMÓRIA

    EVOLUÇÃO E
  INTERVENÇOES

   Dra. Vanessa Morais
IMPORTÂNCIA – Queixa de
         memória
Motivo de consulta geriátrica.

Alta prevalência
65 anos= 25 – 33%
> 75 anos = 37 – 56%
IMPORTÂNCIA – Queixa de
         memória
Associado ao elevado número de patologias
 clínicas
Quadros depressivos, ansiosos
Comprometimento cognitivo leve
Demência em fase inicial
Como avaliar paciente com queixa
         de memória?

1. Identificar deterioração em 2 ou mais
áreas da cognição com interferência
em AIVDs. (linguagem, viso-espacial,
    praxia, executiva e memória)
Como avaliar paciente com queixa
         de memória?
2. Diagnóstico diferencial entre demência
  e não-demência (CCL, depressão e
delirium)

3. Diagnóstico diferencial entre as
possíveis causas de demência.
Na prática clínica:
Avaliação cognitiva: MEEM/ bateria breve/ teste
  do relógio e fluência verbal
Avaliação Funcional: AIVD / ABVD
Sintomas depressivos: GDS / DSM IV
Uso de medicações: anticolinérgicos/ BZD
Presença de comorbidades (IC/DPOC)
Delirium??? Deficit agudo, curso flutuante.
Possíveis etiologias da QSM:
1.   Normalidade
2.   Demência inicial
3.   Comprometimento cognitivo leve
4.   Depressão
5.   Efeitos de condições clínica diversas sobre o
     funcionamento cerebral
6.   Medicações (Delirium)
7.   Doenças metabólicas, como hipotireoidismo
Comprometimento cognitivo leve
1.    Queixa de falta de memória, preferencialmente
      confirmada por um informante
2.    Alteração objetiva da memória (abaixo de 1,5
      DP em relação a indivíduos da mesma
      idade)
3.    Função cognitiva geral normal (MMSE > 24)
4.    Atividades da vida diária intactas
5.    Ausência de demência
Classificaçao do CCL
Quanto às características cognitivas:

1.   Amnéstico
2.   Amnéstico de múltiplos domínios
3.   Não Amnéstico de único domínio
4.   Não Amnéstico de múltiplos domínios
Subtipos de CCL e etiologia
        presumida
Taxa de conversão do CCL
Depressão
Segundo o DSM-IV,

  · Estado deprimido;
  · Anedônia;
  · Sensação de inutilidade ou culpa excessiva;
  · Dificuldade de concentração;
  · Fadiga ou perda de energia;
  · Distúrbios do sono;
  · Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor;
  · Perda ou ganho significativo de peso
  · Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou
mais semanas, incluindo estado deprimido ou
anedônia;

2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado
deprimido, durante dois anos, no mínimo;

3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por
duas semanas ou mais, incluindo estado
deprimido ou anedônia.
Quando suspeitar de depressão?
 Instalação mais ou menos rápida
 Paciente poliqueixoso
 Supervalorização das dificuldades
 Respostas do tipo “não sei” são
  freqüentes
 Humor deprimido
 GDS > 7 pontos
O que é demência, segundo o DSM IV:
 1. Perdas cognitivas múltiplas que incluem
 perdas de memória e de mais pelo um dos
 seguintes: afasia, apraxia, agnosia, ou um
 distúrbio nas habilidades executivas
 2. Deficiência cognitiva é suficiente para
 dificultar funcionamento social e
 ocupacional
 3. Excluir delirium
Evolução da Doença de Alzheimer
Vantagens do diagnóstico precoce
 Segurança (dirigir, na cozinha, etc)
 Redução de estresse da família
 Educação da família e cuidadores
 Planejamento, inclusive testamento
 Terapia farmacológica mais eficaz,
possível mudança do curso da doença
 Redução de custos (família e sociedade)
Evolução do envelhecimento
 normal X Dç de Alzheimer
Acompanhamento / Intervenções
 Avaliação cognitiva e funcional periódica
  (6 meses – 1 ano)
 Exercícios Físicos (moderada intensidade
  – 150 min/sem  melhora em testes
  cognitivos)
 Controlar comorbidades físicas
 Tratamento de quadros depressivos e
  ansiosos
 Suplementação vitamínica, ginko biloba,
  AAS  sem comprovação científica
Acompanhamento / Intervenções
   Treino cognitivo especializado (18 sessões
    em 35 meses  melhora funcional em AIVD)
   Uso de anti-colinesterásicos em CCL  sem
    evidência de menor conversão para DA
   Vitaminas: Tendência a melhorar cognição
    em indivíduos muito idosos com alto risco
    nutricional.
Conclusões
   O Déficit cognitivo leve pode ser uma fase
    transicional para demência, portanto é
    importante sabermos identificá-la.
   Avaliação metódica de queixas subjetivas
    de memória pode levar a um diagnóstico
    de Défícit cognitivo leve ou de Demência
    inicial.
Conclusões
Também é importante saber avaliar o
estado funcional e aprender a detectar
perdas sutis nas funções mais sofisticads
das AIVDs.

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Queixa de memória vrmedcare

  • 1. QUEIXA DE MEMÓRIA EVOLUÇÃO E INTERVENÇOES Dra. Vanessa Morais
  • 2. IMPORTÂNCIA – Queixa de memória Motivo de consulta geriátrica. Alta prevalência 65 anos= 25 – 33% > 75 anos = 37 – 56%
  • 3. IMPORTÂNCIA – Queixa de memória Associado ao elevado número de patologias clínicas Quadros depressivos, ansiosos Comprometimento cognitivo leve Demência em fase inicial
  • 4. Como avaliar paciente com queixa de memória? 1. Identificar deterioração em 2 ou mais áreas da cognição com interferência em AIVDs. (linguagem, viso-espacial, praxia, executiva e memória)
  • 5. Como avaliar paciente com queixa de memória? 2. Diagnóstico diferencial entre demência e não-demência (CCL, depressão e delirium) 3. Diagnóstico diferencial entre as possíveis causas de demência.
  • 6. Na prática clínica: Avaliação cognitiva: MEEM/ bateria breve/ teste do relógio e fluência verbal Avaliação Funcional: AIVD / ABVD Sintomas depressivos: GDS / DSM IV Uso de medicações: anticolinérgicos/ BZD Presença de comorbidades (IC/DPOC) Delirium??? Deficit agudo, curso flutuante.
  • 7. Possíveis etiologias da QSM: 1. Normalidade 2. Demência inicial 3. Comprometimento cognitivo leve 4. Depressão 5. Efeitos de condições clínica diversas sobre o funcionamento cerebral 6. Medicações (Delirium) 7. Doenças metabólicas, como hipotireoidismo
  • 8. Comprometimento cognitivo leve 1. Queixa de falta de memória, preferencialmente confirmada por um informante 2. Alteração objetiva da memória (abaixo de 1,5 DP em relação a indivíduos da mesma idade) 3. Função cognitiva geral normal (MMSE > 24) 4. Atividades da vida diária intactas 5. Ausência de demência
  • 9. Classificaçao do CCL Quanto às características cognitivas: 1. Amnéstico 2. Amnéstico de múltiplos domínios 3. Não Amnéstico de único domínio 4. Não Amnéstico de múltiplos domínios
  • 10. Subtipos de CCL e etiologia presumida
  • 12. Depressão Segundo o DSM-IV, · Estado deprimido; · Anedônia; · Sensação de inutilidade ou culpa excessiva; · Dificuldade de concentração; · Fadiga ou perda de energia; · Distúrbios do sono; · Problemas psicomotores: agitação ou retardo psicomotor; · Perda ou ganho significativo de peso · Idéias recorrentes de morte ou suicídio.
  • 13. 1) Depressão menor: 2 a 4 sintomas por duas ou mais semanas, incluindo estado deprimido ou anedônia; 2) Distimia: 3ou 4 sintomas, incluindo estado deprimido, durante dois anos, no mínimo; 3) Depressão maior: 5 ou mais sintomas por duas semanas ou mais, incluindo estado deprimido ou anedônia.
  • 14. Quando suspeitar de depressão?  Instalação mais ou menos rápida  Paciente poliqueixoso  Supervalorização das dificuldades  Respostas do tipo “não sei” são freqüentes  Humor deprimido  GDS > 7 pontos
  • 15. O que é demência, segundo o DSM IV: 1. Perdas cognitivas múltiplas que incluem perdas de memória e de mais pelo um dos seguintes: afasia, apraxia, agnosia, ou um distúrbio nas habilidades executivas 2. Deficiência cognitiva é suficiente para dificultar funcionamento social e ocupacional 3. Excluir delirium
  • 16. Evolução da Doença de Alzheimer
  • 17. Vantagens do diagnóstico precoce  Segurança (dirigir, na cozinha, etc)  Redução de estresse da família  Educação da família e cuidadores  Planejamento, inclusive testamento  Terapia farmacológica mais eficaz, possível mudança do curso da doença  Redução de custos (família e sociedade)
  • 18. Evolução do envelhecimento normal X Dç de Alzheimer
  • 19. Acompanhamento / Intervenções  Avaliação cognitiva e funcional periódica (6 meses – 1 ano)  Exercícios Físicos (moderada intensidade – 150 min/sem  melhora em testes cognitivos)  Controlar comorbidades físicas  Tratamento de quadros depressivos e ansiosos  Suplementação vitamínica, ginko biloba, AAS  sem comprovação científica
  • 20. Acompanhamento / Intervenções  Treino cognitivo especializado (18 sessões em 35 meses  melhora funcional em AIVD)  Uso de anti-colinesterásicos em CCL  sem evidência de menor conversão para DA  Vitaminas: Tendência a melhorar cognição em indivíduos muito idosos com alto risco nutricional.
  • 21. Conclusões  O Déficit cognitivo leve pode ser uma fase transicional para demência, portanto é importante sabermos identificá-la.  Avaliação metódica de queixas subjetivas de memória pode levar a um diagnóstico de Défícit cognitivo leve ou de Demência inicial.
  • 22. Conclusões Também é importante saber avaliar o estado funcional e aprender a detectar perdas sutis nas funções mais sofisticads das AIVDs.