Charles Cullen foi um enfermeiro serial killer que assassinou dezenas de pacientes ao longo de sua carreira. Sua infância foi marcada por perdas e tentativas de suicídio. Como enfermeiro, Cullen administrava doses letais de medicamentos a pacientes, matando pelo menos 29 pessoas. Após confessar os crimes, Cullen foi condenado à prisão perpétua.
3. DESTAQUE OS PONTOS QUE PODEM TER
DESENCADEADO A ESTRUTURA PERVERSA
DE CULLEN:
• Cullen nasceu em West Orange (New Jersey), sendo o caçula de oito filhos. Seu pai, um motorista de ônibus, tinha 58 anos
de idade na época do seu nascimento e morreu quando Cullen tinha sete meses de idade.
• Cullen descreveu sua infância como infeliz. Inicialmente tentou suicídio aos 9 anos por envenenamento com
químicos que ingeriu em uma loja. A primeira de muitas tentativas ao longo de sua vida. Mais tarde, trabalhando como
enfermeiro, Cullen afirmou ter fantasiado roubar drogas do hospital onde trabalhava e usá-las para acabar com sua vida.
• Em 6 de dezembro de 1977, a mãe de Cullen morreu em um acidente de automóvel em um carro que sua irmã estava
dirigindo. Em abril de 1978, devastado com esta perda, Cullen abandonou a escola e se alistou no Marinha, onde foi
designado para o serviço em um submarino, servindo a bordo do sub USS Woodrow Wilson.
• Cullen chegou ao posto de suboficial de terceira classe, como parte da equipe que operou o navio mísseis Poseidon. Neste
ponto, Cullen começou a mostrar sinais de instabilidade mental, tendo sido transferido para o navio de abastecimento USS
Canopus. Cullen tentou acabar com sua vida mais sete vezes ao longo dos anos seguintes, mas recebeu alta médica da
Marinha em 30 março de 1984.
• Naquele mesmo mês, Cullen se matriculou na escola Mountainside Hospital School of Nursing em Montclair, New Jersey,
onde era o único estudante do sexo masculino. Onde foi mais tarde eleito presidente da turma de Enfermagem. Ele se
formou em 1987 e começou a trabalhar na unidade de St. Barnabas Medical Center em Livingston, Nova Jersey.
4. HISTÓRIA VERÍDICA:
• Charles Cullen ficou conhecido por ser um dos serial killers
com mais vítimas na história de Nova Jersey e dos Estados
Unidos.
• Após uma infância e adolescência bastante sofrida – com
inúmeras tentativas de suicídio – Cullen abandonou os
estudos no ensino médio e se alistou na Marinha. Ao deixar
a companhia, fez um curso de enfermaria e começou a
trabalhar em um hospital de Nova Jersey.
• Lá, cometeu seu primeiro assassinato: um juiz internado na
sala de emergência. Cullen confessou ter administrado
uma dose letal de medicação por via intravenosa. Neste
hospital, ele afirma ter matado pelo menos 11 pessoas,
mas deixou o emprego quando os diretores passaram a
investigar as mortes.
• Depois disso, Charles trabalhou em outros hospitais – em
que matou muitos outros pacientes – até chegar no
Hospital Elston. Foi neste hospital que uma colega de
trabalho encontrou, acidentalmente, frascos de remédios
não utilizados no lixo.
• Em 2003, Charles Cullen confessou os assassinatos e,
desde então, cumpre prisão perpétua na Pensilvânia.
5. DEPRESSÃO X
STRESS
• Em março de 1993, Cullen invadiu a casa de uma colega de
trabalho, enquanto ela e seu filho dormiam, mas deixou o local
sem acordá-los.
• Cullen, em seguida, começou a perseguir a mulher que registrou
um boletim de ocorrência na polícia., recebendo a pena de
liberdade condicional de um ano.
• Dias depois, Cullen tentou suicídio novamente, permanecendo
dois meses fora do trabalho devido depressão, que tratou em
duas instituições psiquiátricas. Depois tentou suicídio outras duas
vezes no final de 1993, altura em que deixou seu emprego no
Warren Hospital.
• Fez sua primeira vítima quando trabalhava no
hospital St. Barnabas Medical Center, em 11 de junho
de 1988 administrando uma overdose letal de
medicação intravenosa no juiz John W. Yengo,
internado por reação fotoalérgica
• Admitiu ter matado vários outros pacientes neste
local, incluindo um paciente de AIDS que faleceu
após receber uma dose excessiva de insulina.
• Passou por um divórcio turbulento e litigioso .
• Há Uma Motivação ?
6. DESMENTIDO
• A neurose e o Negativo da Perversão
• Desmentido: é o mecanismo
correlato a um deslocamento
de valor: o sujeito transfere o
significado do pênis para uma
outra parte do corpo ou para
um objeto no qual investe.
7. PERVERSÃO COMO UMA
ESTRUTURA CLÍNICA:
• “ Numa primeira fase, após ter feito a
neurose o negativo da perversão,
Freud assinalou o caráter selvagem,
bárbaro, polimorfo Pulsional da
sexualidade perversa: Distinguiu em
seguida dois tipos de Perversão: As
perversões de objeto e as perversões
de objetivo”...
• ( A Parte Obscura de Nós Mesmos-
Roudinesco. Elisabeth )
• Perversão, segundo Freud:
• designou como perversão uma
posição subjetiva direcionada ao
desmentido da castração.
• A perversão é então descrita como
uma defesa contra a psicose, a
fragmentação do eu. Mais comumente,
porém, é afirmada como o negativo da
neurose, ou seja, como aquilo que a
neurose suprime para se constituir
enquanto tal.
8. QUAL A ESTRUTURAÇÃO PSICOPÁTICA
QUE SE MANIFESTA EM CULLEN ?
• O perverso é aquele que quer oferecer
ao seu parceiro aquilo que ele acha
que lhe falta: o gozo. Na estrutura
perversa verifica-se que não há
simetria entre o sujeito perverso e
seus parceiros.
• Qual é o mecanismo de defesa da
perversão?
• Mecanismo de defesa específico da
perversão é a Freud coloca que muitos
denegação. indivíduos que faziam
análise com ele apresentavam fetiches
como algo que os traria apenas prazer,
algo até mesmo louvável.
9. A S 3
C A R AC T E R Í S T I C A S
P S I C O PÁT I C A S :
• Baseando-se nas explanações
Psicanalíticas, responda:
• Qual dessas características é
apresentada pelo enfermeiro
Charles Cullen?
• Actings- e o seu “Partenaire” e
o funcionamento como relação
psicopática para o fetiche.
• Discorra sobre o assunto:
1-Impulsividade
2-Repetitividade Compulsiva
3-E o Uso prevalente de
“actings” de natureza maligna.
(Zimerman. David; Manual de Técnicas
Psicanalíticas; pag.268. Ed.Artmed.2004)
10. • De 1915 em diante, com a metapsicologia e depois com a segunda tópica, Freud dá o
passo decisivo das perversões para a perversão como paradigma da organização do
ego, baseado no conceito de clivagem.
1. neurose: conflito interno, seguido de recalque;
2. psicose: reconstrução de uma realidade alucinatória;
3. perversão: denegação ou desmentido da castração, com fixação na
infantil.
11. P E R V E R S Ã O E M
P S I C A N Á L I S E :
• O objeto da sexualidade pode ser:
• □ humano (incesto, homossexualidade, pedofilia,
autoerotismo);
• □ não-humano (fetichismo, zoofilia, transvestismo).
• Com relação ao objetivo da sexualidade, há três tipos de
prazer:
• □ o visual (exibicionismo, voyeurismo);
• □ o de sofrer ou fazer sofrer (sadismo, masoquismo);
• □ a superestimação exclusiva de uma zona erógena, como a
boca (felação) ou o aparelho genital.
O termo perversões, no plural,
surgiu na psiquiatria e na sexologia,
designando uma série de práticas
sexuais consideradas desviantes com
relação à norma social ou moral, ora
num sentido pejorativo, ora
positivamente valorizadas.
A partir de 1850, os manuais de
psiquiatria elaboraram a primeira
lista oficial das perversões com os
seguintes itens: incesto,
homossexualidade, zoofilia,
pedofilia, pederastia, fetichismo,
sadomasoquismo, transvestimos,
narcisismo, auto-erotismo, coprofilia,
necrofilia, exibicionismo, voyeurismo,
mutilações sexuais.
12. • Referências Bibliográficas:
• Associação Americana de Psiquiatria (1995) Manual diagnóstico e estatístico
de transtornos mentais -DSM-IV,4ed. Porto Alegre, RS: Artes Médicas.
• Freud, S. (1897). Extratos de documentos dirigidos à Fliss. In Edição standard
brasileira das obras completas de Sigmund Freud Q. Salomão, trad.) (Vol. 1,
pp.243-378). Rio de Janeiro, RJ: Imago,1977
• _____. (1905). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In Edição standard
brasileira das obras completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad.) (Vol. 7,
pp.123-252). Rio de Janeiro, RJ: Imago,1972
• _____. (1920). A psicogênese de um caso de homossexualismo numa mulher. In
Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (J. Salomão,
trad.) (Vol. 18, pp.183-212). Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1976
• A organização genital infantil. In Edição standard brasileira das obras
completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad.) (Vol. 19, pp. 177-184). Rio de
Janeiro, RJ: Imago, 1972
• _____. (1924). A perda da realidade na neurose e na psicose. In Edição standard
brasileira das obras completas de Sigmund Freud (J. Salomão, trad.) (Vol. 19,
pp.227-234). Rio de Janeiro, RJ: Imago, 1976.
• Zimerman. David (2004). Manual de Técnica Psicanalitica. (pag.267,268). ~Porto
Alegre.
• _____. (1925). A negativa. In Edição standard brasileira das obras completas de
Sigmund Freud Q. Salomão, trad.) (Vol. 19, pp.123-252). Rio de Janeiro, RJ:
Imago, 1977