3. O Autismo Infantil foi descrito inicialmente por Kanner
em 1943 quando ele identificou crianças apresentando
prejuízos nas áreas da comunicação, do
comportamento e da interação social.
Deixou claro que, embora a causa dessa condição não
fosse conhecida, acreditava que o ambiente
desfavorável seria o responsável. No mesmo trabalho,
entretanto, refere-se que, em alguns casos, o
transtorno era tão precoce que não haveria tempo para
a interferência do ambiente a respeito da criança, de
modo que poderia haver uma etiologia biológica.
O que é o autismo?
4.
5. ∗ Há mais de três décadas existem evidências sobre o forte
componente genético na maioria das doenças
psiquiátricas, entre elas esquizofrenia, distúrbio bipolar e
autismo.
∗ Nos últimos 15 anos, uma série de locos gênicos tem sido
associadas a essas e outras doenças mentais, utilizando
principalmente análise de ligação gênica.
∗ Entretanto, nenhuma dessas doenças segue um padrão
mendeliano de herança, sugerindo uma interação entre
múltiplos genes.
Histórico das pesquisas
6. ∗ Inúmeros trabalhos investigaram
pacientes e famílias com
metodologia genético-clínica,
citogenética e biologia molecular.
Os resultados destes trabalhos
apontam para um modelo multiloci
com interação epistática associado
à etiologia do autismo.
7. ∗ O fenótipo autista é amplamente variado:
∗ autistas clássicos, com ausência de comunicação
verbal e deficiência mental grave,
∗ autistas com sociabilidade comprometida, que
apresentam habilidades verbais e inteligência normal.
Introdução
As anormalidades no desenvolvimento geralmente são detectadas nos
primeiros três anos de vida, persistindo até a idade adulta.
8. ∗ A etiologia do autismo ainda é desconhecida.
∗ Centenas de estudos têm tentado desvendar os
fatores genéticos associados à doença. As causas
neurobiológicas, associadas ao autismo, tais como
convulsões; deficiência mental; diminuição de
neurônios e sinapses na amígdala, hipocampo e
cerebelo; tamanho aumentado do encéfalo e
concentração aumentada de serotonina circulante,
sugerem forte componente genético.
Introdução
9. ∗ Acredita-se que existam de 3 a mais de 10 genes
relacionados com a doença.
∗ Além disso, o espectro autista tem sido associado a
anormalidades de, praticamente, todos os
cromossomos
10. GENES CANDIDATOS
∗ De desenvolvimento – relacionado ao SNC
∗ De sistemas de regulação das funções neurais
∗ Localizados em pontos de quebras cromossômicas
∗ Identificados em pacientes com autismo
11. REGIÃO 7q22-q33
∗ Gene RELN – codifica proteína secretada na migração
neuronal – pode apresentar alterações que afetam o
desenvolvimento cortical e cerebelar -> uma das
causas mais importantes da patologia do autismo
∗ Mais 9 genes candidatos nessa região
12. CROMOSSOMO X
∗ Deleção da região Xq22-q23
∗ Alta frequência de deficiência mental
em indivíduos autistas
Região Xq13-q21 – genes da família
neuroliguinas – funcionamento das sinapses
Mutações nos genes NLGN3 e NLGN4 ->
Encontradas em membros afetados
13. Sistema Serotoninérgico
∗ Genes que codificam proteínas do SS são fortes
candidatos para o estudo do autismo
∗ Mau funcionamento:
∗ Depressão
∗ Epilepsia
∗ Comport. obssessivo-compuls.
∗ Distúrbios afetivos
14. REGIÃO 15q11-q13
∗ Gene receptor do ácido amino butíric0 – parece estar
associado à patogênese do autismo
∗ Gene UBE3A – expressão predominante no cérebro
humano
∗ Indivíduos com alterações nessa região nem sempre
são autistas – modificações não suficientes para
desenvolver o autismo -> epistasia entre múltiplos
genes e/ou sinergismo
15. SELEÇÃO DAS REGIÕES
∗ Identificação de fenótipos quantitativos múltiplos
∗ Cromossomos 7 e 13 – associação com o autismo:
∗ Estudo com 75 famílias e seus consanguíneos
divididos em grupos baseados na característica de
linguagem
∗ Em outras populações: região 2q
– dificuldade de linguagem
16. CONCLUSÃO
∗ Defeitos sociais e cognitivos – ampla variação
fenotípica do autismo
∗ DEFEITOS SOCIAIS:
∗ Perda da resposta emocional
∗ Perda de empatia
∗ Hipersensibilidade
∗ Entre outras
17. DISCUSSÃO
∗ Amplo espectro fenotípico – abre portas para a
identificação dos genes envolvidos na doença
∗ Testes diagnósticos não disponíveis
∗ Resultado de minucioso histórico evolutivo do
paciente
∗ Inquérito familiar – habilidades cognitivas e
comportamentais
18. GUPTA, Abha R and STATE, Matthew W. Autismo:
genética. Rev. Bras. Psiquiatr. [online]. 2006, vol.28,
suppl.1, pp. s29-s38.
http://www.revistaautismo.com.br/ acesso em 2 de a
abril de 2013.
Referências