O documento discute a motivação intrínseca, que é escolher uma atividade por prazer e satisfação pessoal em realizá-la, sem necessidade de recompensas externas. A motivação intrínseca está ligada à libertação de dopamina no cérebro e traz benefícios como persistência, aprendizagem e criatividade. Sua origem está nas necessidades psicológicas humanas básicas de competência, autonomia e conexão.
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Motivação intrínseca
1. Motivação
Intrínseca: o que nos
motiva a fazer algo
quando não temos
de fazer nada!
Luís Gonçalves
Psicoterapeuta e formador na Oficina de Psicologia
2. 1. O que é a MI?
“Motivação intrínseca é escolher uma
atividade sem termos uma razão em
especial à exceção da própria satisfação
em realizá-la - é o que nos motiva a fazer
algo quando não temos de fazer nada.”
(Raffini, 1993)
3. 1. O que é a MI?
• Tendência em se procurar e vencer
desafios à medida que perseguimos
interesses pessoais e desenvolvemos
capacidades e conhecimentos.
• Não são necessárias recompensas para
prosseguirmos a atividade, já que esta é
recompensadora por si mesma!
4. 1. O que é a MI?
• Se ela existe não haverá tanta
necessidade de elogios e recompensas
para que, no futuro, se realize a mesma
atividade.
• O prazer ligado à realização de uma
tarefa conduzirá a níveis elevados e
constantes de desempenho, não sendo
vista como uma obrigação ou
responsabilidade.
5. 2. MI no cérebro
Atividade
prazerosa
Emoção
Agente Bioquímico Estrutura cerebral
Bem estar, prazer e
Libertação de Dopamina estimula
afeto através da
dopamina o hipotálamo
amígdala
6. 2. MI no cérebro: PET scan
Depressão Recuperado
7. 3. Benefícios da MI
Persistência
Aprendizagem Criatividade
Bem estar
8. 4. A origem da MI: Necessidades Psicológicas
• No essencial, viver é preencher
necessidades, momento a momento e
no aqui e agora.
• Parece que a MI faz parte de nós desde
o início da vida, mesmo sem darmos
por isso!
• Importa então saber que necessidades
temos já que estão na origem do
processo motivacional, mobilizando
para a ação.
9. 4. A origem da MI: Necessidades Psicológicas
Certeza / Incerteza /
Conforto Variedade
Evitar a dor e obter Novidade, desafio e
prazer, levando à imprevisibilidade
segurança,
estabilidade e à
sobrevivência
Significância Conexão e Amor
Ser importante, Ligação afetiva ao
reconhecido e único próprio e a outros
significativos
Crescimento Contribuição
Mudar, aprender e Ajudar, contribuir e
evoluir partilhar a vida de
outros significativos
10. 5. MI em Contexto Clínico
• Muitos clientes surgem no início do
processo com dificuldades ligadas a
aspetos extrínsecos.
• Estes fatores vão induzir stress na
estrutura emocional do cliente,
podendo originar sofrimento
psicológico.
• Como primeiro objetivo terapêutico,
surge o foco nos aspetos que a pessoa
quer mudar e melhorar em si.
11. 5. MI em Contexto Clínico
• O cliente apercebe-se das suas
necessidades e desenvolve formas
adequadas de lhes responder.
• O foco no mundo exterior visível no
início do processo psicoterapêutico
passa a ser interno e mais controlável.
• Assim, comportamento, cognição e
emoção tornam-se mais flexíveis.
12. 5. MI em Contexto Clínico
• Esta mudança tem a MI como pano de
fundo…
• O que acontece é que o exterior se
mantém semelhante mas o impacto do
mesmo no cliente muda radicalmente.
• Este ao aperceber-se do que precisa (e
do que não precisa!), passa a orientar
os seus recursos nessa direção.
• Passa a encontrar também prazer onde
antes apenas via desconforto.
13. 5. MI em Contexto Clínico
• A dependência inicial dos fatores
externos dá lugar à satisfação pessoal
que vem dos esforços e sucessos do
próprio.
• A extrínseca passa a ser uma motivação
extra e não a fonte principal do
comportamento.
• Por último, sobem o auto-reforço e as
expectativas de auto-eficácia,
instalando-se a satisfação pessoal.
14. Concluindo…
"A única maneira de fazer um trabalho
extraordinário é de amares aquilo que fazes.
Se ainda não o encontraste, continua a
procurar. Não te acomodes. Tal como com os
assuntos do coração, tu saberás quando é que
o encontraste."
Steve Jobs
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15. Bibliografia
• Bandura, A. (1986). Social Foundations
of Thought and Action. Englewood
Cliffs, NJ: Prentice-Hall.
• Bandura, A. (1993). Perceived self-
efficacy in cognitive development and
functioning. Educational Psychologist,
28, 117-148.
• Reeve, J. (2009). Understanding
motivation and emotion (5th ed.).
Hoboken, NJ: Wiley.
• Robbins, A. (1992). Awaken the Giant
Within. New York: Simon & Schuster.