O documento discute o sistema financeiro, poupança, investimento e suas relações. Ele apresenta questões sobre a função do sistema financeiro, mercados e intermediários financeiros, benefícios da diversificação de ativos, definições de poupança nacional, privada e pública e como elas se relacionam, o que é investimento e sua relação com a poupança nacional, e como déficits orçamentários afetam taxas de juros e crescimento econômico.
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Curso Superior de Tecnologia em Processos Gerenciais
Disciplina de Introdução à Economia
Respostas – Capítulo 26: Poupança, Investimento e Sistema Finan-
ceiro
Questões para revisão
1) Qual é a função do sistema financeiro? Cite e descreva dois mercados
que são parte do sistema financeiro de um país. Cite e descreva dois in-
termediários financeiros.
A função do sistema financeiro é possibilitar e promover o encontro da poupan-
ça de algumas pessoas com as necessidades de investimento de outras pes-
soas.
Ou seja, visa viabilizar a transferência de recursos de pessoas que não utiliza-
ram e pouparam estes recursos para pessoas que não tem estes recursos e os
necessitam para viabilizar investimentos.
O sistema financeiro é composto por mercados financeiros diretos e por mer-
cados de intermediários financeiros:
- Mercados financeiros são mercados compostos por instituições finan-
ceiras por meio das quais poupadores podem ofertar recursos (fundos)
diretamente para os tomadores de empréstimos.
- Intermediários financeiros são mercados compostos por instituições fi-
nanceiras por meio das quais poupadores podem ofertar recursos (fun-
dos) indiretamente para os tomadores de empréstimos.
Entre os tipos de intermediários financeiros temos os bancos e os fundos mú-
tuos:
- Bancos são instituições financeiras que recebem depósitos a vista e
oferecem facilidades de acesso, uso e liquidez para realizar pagamentos
e transações podendo ainda pagar juros pelo depósito realizado, e que
com os recurso de depósitos a vista estes bancos buscam realizar em-
préstimos para investidores e demais demandantes de fundos e cobra
uma taxa mais alta de juros para este fim. Os bancos lucram ao cobrar
taxas de juros mais altas para conceder empréstimos do que as taxas de
juros que paga pelos depósitos à vista, sendo que a diferença entre es-
tas duas taxas de juros é conhecida como Spread Bancário.
- Fundos mútuos são instituições que vendem cotas ao público aberto ou
seleto (órgão de classe, por exemplo) e usa os recursos angariados com
a venda de cotas para realizar a compra de uma carteira de títulos e a-
ções. Ou seja, os fundos usam seu recurso adquiridos com venda de co-
tas para financiar diretamente os demandantes de recursos em troca de
taxas de rendimentos diversas. A grande vantagem da existência dos
fundos é a maior possibilidade de diversificação das aplicações de re-
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cursos poupados, e o acesso a “boas decisões de investimento” por
meio da equipe que gerencia o fundo.
2) Por que é importante que as pessoas tenham ações e títulos para di-
versificar seus ativos? Que tipo de instituição financeira facilita a diversi-
ficação?
A compra de tipos diferentes de títulos e ações possibilita a diversificação e
redução do risco dos investimentos. Sabendo que são modalidades distintas de
financiamento, dado que títulos são certificador de dívida e ações são conces-
sões (venda) parciais de propriedade, temos que ao optar por uma maior plura-
lidade de alocação dos recursos entre ações e títulos permitirá que o poupador
não fique atrelado ou dependente de um único tipo de ativo, reduzindo assim o
prejuízo deste poupador se somente este tipo de ativo apresentar um período
de rendimento ruim (redução do risco).
Os intermediários financeiros que mais facilitam o acesso a esta diversificação
de ativos são os diversos fundos mútuos disponíveis no mercado.
3) O que é poupança nacional? O que é poupança privada? O que é pou-
pança pública? Como estas variáveis estão relacionadas? Explique com
base na equação de produto e renda nacionais.
A poupança nacional é o que sobra da renda total após esta ser utilizada com
despesas de consumo e com gastos do governo. Formalizando a expressão:
S = Y – C – G
A poupança privada é o que sobra de renda para as famílias após as despesas
com o consumo e o pagamento de impostos. Podemos formalizar a expressão
como:
Sprivada = Y – C – T
A poupança pública é o que sobra de renda gerada pela receita tributária após
ser utilizda com gastos do governo. Podemos formalizar a expressão como:
Spública=T – G
Considerando uma economia fechada como ocorreu no capitulo, temos que
todos os recurso gerados (produção) serão utilizados (consumidos) assim:
Produção = Renda
Y = C + I + G
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Ao isolarmos o Investimento na equação verificaremos que este tem que ser
igual à poupança nacional:
Y – C – G = I
S = I
Tomando apenas a poupança nacional e manipulando a equação com a inclu-
são dos impostos podemos identificar que a poupança nacional é a soma das
poupanças privada e pública:
S = Y – C – G
S = Y – C – G + T – T
S = Y – C – T + T – G
S = (Y – C – T) + (T – G)
S = Sprivada + Spública
4) O que é investimento? Como ele se relaciona com a poupança nacio-
nal?
Em economia o termo Investimento se refere ao montante de recurso utilizado
na compra ou gasto com capital físico.
Apenas por meio dos recursos disponíveis que são poupados pelo setor priva-
do e público; ou seja, poupança nacional, é que teremos recursos para realizar
investimentos.
5) Descreva uma alteração do código tributário capaz de aumentar a pou-
pança privada. Se essa medida fosse implementada, como ela poderia
afetar o mercado de fundos de empréstimos (mercado de poupança e in-
vestimento)?
Uma alteração no código tributário que reduza as taxas e tarifas de impostos
pagas por pessoas que compram títulos da dívida pública (títulos do governo).
Com o “custo” mais reduzido (menores tarifas) para compra de títulos (direcio-
nar mais recurso para poupança) teremos uma maior oferta de fundos para
empréstimos ao mesmo nível de taxa de juros (desloca-se a curva de oferta de
fundos ou poupança nacional para a direita).
Com isso, teríamos um excesso de oferta de fundos que fará com que as taxas
de juros caiam. E com a redução da taxa de juros teremos um aumento da
quantidade demandada de fundos (aumento do volume de investimento) ao
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longo da curva de investimento (ou curva de demanda por fundos) e uma redu-
ção da oferta de fundos (redução do volume de poupança) ao longo da curva
de poupança (ou curva de oferta de fundos), até alcançarmos um novo ponto
de equilíbrio (E2) onde a taxa de juros é menor que a inicial e a quantidade co-
mercializada de fundos é maior que a inicial.
Podemos observar a versão gráfica da descrição acima na figura que segue:
6) O que é um déficit orçamentário do governo? Como ele afeta as taxas
de juros, o investimento e o crescimento econômico?
Um déficit orçamentário do governo ocorre quando os gastos do governo exce-
dem suas receitas tributárias. Com base na equação de poupança pública, Spú-
blica=T – G, temos que isso só ocorrerá quando G > T e então teremos Spública <
0 (poupança pública negativa).
Sabendo que S = Sprivada + Spública e que a poupança pública passaria a ser
negativa (Spública < 0 ), assim podemos concluir que o aumento do déficit terá o
efeito de reduzir a poupança nacional. Ou seja, diminuir a oferta de fundos para
qualquer nível de taxa de juros, o que provocará um deslocamento da curva de
oferta de fundos para a esquerda (menor nível de poupança nacional).
Este evento resultara em uma escassez da oferta de fundos o que permitirá o
aumento da taxa de juros resultando em um aumento da quantidade ofertada
de fundos (aumento do volume de poupança) ao longo da curva de poupança
(ou curva de oferta por fundos) e uma redução da demanda de fundos (redução
do volume de investimento) ao longo da curva de investimento (ou curva de
demanda de fundos), até alcançarmos um novo ponto de equilíbrio (E2) onde a
taxa de juros é maior que a inicial e a quantidade comercializada de fundos é
menor que a inicial.
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Podemos observar a versão gráfica da descrição acima na figura que segue:
Problemas e Aplicações
1) Para cada um dos pares a seguir, qual título deve pagar taxas de juros
mais altas? Explique.
a. Um título do governo norte-americano ou um título de um país do leste
europeu.
Neste caso provavelmente o título do governo de um dos países do leste eur-
peu pagará taxas de juros mais altas, pois o risco presente deste título é prova-
velmente maior do que aquele presente nos títulos oferecidos pelo governo
norte-americano. Esta diferença de risco se deve a fatores como o tamanho da
economia, estabilidade política, nível da divida pública frente às suas formas de
financiamento, e o histórico recente da “inadimplência do país”.
b. Um título que reembolsa o principal em 3 anos ou um título que reem-
bolsa o principal em 10 anos.
Neste caso o título que reembolsa o capital em 10 anos pagará taxas de juros
mais altas, pois o nível de incerteza a cerca do ambiente econômico é maior
para o prazo de 10 anos do que para o prazo de 3 anos.
c. Um título da Coca-Cola ou um título de uma empresa de software que
funciona em uma garagem.
Neste caso o título fornecido pela em presa de software pagará taxas de juros
mais altas, pois o risco presente deste título é provavelmente maior do que a-
quele presente nos títulos oferecidos pela Coca-cola.
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Esta diferença de risco se deve a fatores como o tamanho da empresa, estabi-
lidade econômica, nível de financiamento com recursos de terceiros frente às
seus meios atuais de financiamento, e o histórico recente da “inadimplência”.
d. Um título emitido pelo governo federal ou um título emitido pelo estado
de Nova York.
Neste caso provavelmente os títulos federais pagarão um taxa de juros mais
alta, pois como explicado no capitulo 26 os título estaduais e municipais tem
um vantagem tributária em relação aos títulos federais.
Ou seja, o volume de impostos e taxas pagos para adquirir um título federal
são maiores do que os pagos para adquirir um título estadual ou municipal, o
que fará com que como forma de compensação os títulos federais paguem ju-
ros mais altos.
2) Theodore Roosevelt disse certa vez que “não há diferença moral entre
jogar cartas, na loteria ou nos cavalos e especular no mercado de ações”.
Na sua opinião, qual objetivo social é atendido pela existência do merca-
do de ações?
O objetivo social que o mercado de ações tem é possibilitar e facilitar o financi-
amento de atividades de investimento por meio da venda de parte da proprie-
dade deste empreendimento para ofertantes de fundos de empréstimos (pou-
padores).
3) Quando o governo russo tornou-se inadimplente em sua dívida com
estrangeiros, em 1998, as taxas de juros dos títulos emitidos por muitos
outros países em desenvolvimento aumentaram. Em sua opinião, por que
isso aconteceu?
Isso ocorreu porque no momento que o governo russo, uma das maiores eco-
nomias em desenvolvimento da atualidade, se tornou inadimplente, os investi-
dores de todo o mundo passaram a ter expectativas de que o mesmo poderia
ocorrer com outros países em desenvolvimento (expectativas que se concreti-
zaram. Como exemplo temos a moratória declarada pela Argentina logo em
seguida).
Assim, o que ocorreu foi que os investidores passaram a avaliar que os títulos
emitidos por estes países apresentavam um maior nível de risco do que antes,
e passaram a “exigir” taxas de juros mais altas para cada quantidade de títulos
a ser comprada.
4) Muitos trabalhadores têm grandes quantidades de ações emitidas pelas
empresas em que trabalham. Em sua opinião, por que as empresas enco-
rajam este comportamento? Por que uma pessoa poderia não querer ter
ações da empresa em que trabalha?
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Como as ações representam a venda de uma parte da propriedade da empresa
faz sentido a empresa encorajar a compra destas ações pelo seu funcionários
dado que estes indivíduos estão envolvidos com a operação e produção que
define se a empresa terá sucesso no futuro.
Assim se nem mesmo os próprios funcionários da empresa não tiverem inte-
resse de adquirir as ações da empresa em detrimento de outras alternativas de
ativos, podemos avaliar que provavelmente a empresa não apresentará rendi-
mentos relativos futuros atrativos.
5) Explique a diferença entre poupança e investimento tal como definida
por um macroeconomista. Quais das situações a seguir representa inves-
timento? E qual representa poupança? Explique.
A Poupança é o excedente de recursos não foram utilizados ou gastos com
consumo dos indivíduos e despesas do governo, dentro de uma dada econo-
mia.
O Investimento é o montante de recursos utilizados na compra de bens de ca-
pital físico, dentro de uma dada economia.
Assim, enquanto o poupança é o excesso de recursos que não foram usados,
temo que o investimento vai ser o uso destes recursos excedentes na forma de
compra de bens de capital.
a. Sua família faz uma hipoteca e compra uma casa nova.
Realizar uma hipoteca ou emprestar dinheiro (recursos) para a compra de uma
casa significa obter um tipo de bem de capital, assim constituiria investimento.
b. Você usa R$ 200,00 de seu salário para comprar ações da AT&T.
A utilização de recursos excedentes que não foram utilizados com consumo ou
pagamento de impostos para a compra de ações é realizar poupança privada.
É poupança, pois representa excesso de recurso que não foram utilizados em
consumo ou gastos do governo, e que serão ofertados no mercado de fundos
de empréstimos para serem demandados por investidores. Neste caso, tere-
mos a oferta destes recurso excedentes (poupança) pela compra de ações.
c. Seu colega ganha R$ 100,00 e os deposita no banco, em sua própria
conta.
Como estes recursos não estão sendo utilizados imediatamente e estão sendo
colocados à disposição do sistema financeiro para ser emprestado por ele para
outros individuos, temo que constituem poupança no curto tempo em que fica-
rem depositados e não forem utilizados.
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d. Você toma R$ 1000,00 emprestados do banco para comprar um carro
que utilizará em seu negócio de entregar pizzas em domicílio.
Pegar dinheiro emprestado para realizar compra de um bem de capital físico
(compra de bem que você utilizará para a produção de outros bens)
6) Suponha que o PIB seja de R$ 8 trilhões, os impostos sejam de R$ 1,5
trilhões, a poupança privada seja de R$ 0,5 trilhões e a poupança pública
seja de R$ 0,2 trilhões. Admitindo a hipótese de que se trata de uma eco-
nomia fechada, calcule o consumo, os gastos do governo, a poupança
nacional e o investimento.
7) Os economistas da Funlândia, uma economia fechada, obtiveram as
seguintes informações sobre a economia em um ano específico:
Y=R$ 10.000,00; C=R$ 6.000,00; T=R$ 1.500,00; G=R$ 1.700,00
Os economistas também estimam que a função de investimento é:
I=3.300-100.r
onde “r” é a taxa de juros real do país, expressa em porcentagem. Calcule
a poupança privada, a poupança pública a poupança nacional, o investi-
mento e a taxa de juros real de equilíbrio.
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8) Suponha que a Intel esteja pensando em construir uma nova fábrica de
Chips.
a. Supondo que a Intel precise tomar dinheiro emprestado no mercado de
títulos, por que um aumento na taxa de juros afetaria a decisão da empre-
sa de construir ou não a fábrica?
Este aumento da taxa de juros aumentaria o custo financeiro para efetivar o
investimento, fazendo com que para que seja interessante realizar o investi-
mento este tenha que ter um retorno mais alto do que esta nova taxa mais alta
de juros. Ou seja, pode ser que a nova taxa de juros seja mais alta que a taxa
de retorno esperado do investimento, fazendo com que este não seja mais inte-
ressante.
b. Se a Intel tiver recursos próprios em quantidade suficiente para cons-
truir a nova fábrica sem fazer empréstimos, um aumento da taxa de juros
ainda afetaria sua decisão de construir a fábrica? Explique.
Como este recurso pode ser tanto poupado (colocado à disposição do sistema
financeiro – Oferta de fundos) quanto investido, a alteração de taxa de juros
poderá afetar a decisão de investir ou não este recurso.
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Se a taxa de juros (após o aumento) for inferior à taxa de retorno esperado do
investimento a ser realizado, a Intel optará por investir na construção da nova
fábrica.
Entretanto, se a taxa de juros (após o aumento) for superior à taxa de retorno
esperado do investimento a ser realizado, a Intel optará por não investir na
construção da nova fábrica e poupar este dinheiro colocando-o à disposição do
mercado financeiro como oferta de fundos.
9) Suponha que no ano que vem o governo tome R$ 20 bilhões a mais em
empréstimos do que neste ano.
a. Use um diagrama de oferta e demanda para analisar essa política. A
taxa de juros aumenta ou diminui?
Observe que como a poupança nacional é a soma da poupança privada e da
poupança pública, se a poupança pública se torna mais negativa (o governo
pega mais recursos emprestados) teremos uma redução da poupança nacional
(ou oferta de fundos de empréstimo) para o mesmo nível de taxa de juros, o
que provoca o deslocamento da curva de poupança (ou oferta de fundos de
empréstimos) para a esquerda no montante de R$ 20 bilhões.
Com este deslocamento da curva de poupança (ou oferta de fundos de em-
préstimos) teremos no mesmo nível de taxa de juros um excesso de demanda
por fundos, o que fará com que a taxa de juros cobrada passe a aumentar.
Com o aumento da taxa de juros teremos um aumento da oferta de recursos
poupados (ou aumento da oferta de fundos de empréstimos) ao longo da curva
de poupança (S2) e uma redução da quantidade de recurso demandados para
investimento (ou redução da demanda por fundos de empréstimos) ao longo da
curva de investimento (I1), até que seja atingido o novo ponto de equilíbrio no
mercado de fundos para empréstimos.
Podemos observar no gráfico abaixo os efeitos descritos sobre o mercado de
fundos de empréstimos:
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Ao final teremos uma taxa de juros mais alta que a inicial (i2) e uma quantidade
menor de fundos sendo comercializada (Q2).
Observar que a diferença ente “Q1” e “Q1´” (deslocamento para a esquerda) é
igual ao valor da redução na poupança pública, ou seja, R$ 20 bilhões.
b. O que aconteceu com o investimento? E com a poupança privada? E
com a poupança pública? E com a poupança nacional? Compare a di-
mensão das alterações com os R$ 20 bilhões de empréstimos adicionais
do governo.
Como o nível de investimento e poupança são iguais no ponto de equilíbrio
temos que a como mostra o gráfico exposto na parte “a” teremos uma redução
do nível de investimento e da poupança nacional de “Q1” para “Q2”.
A poupança pública é reduzida no montante de R$ 20 bilhões que é represen-
tado pelo deslocamento da curva de poupança nacional no gráfico da parte “a”,
ou seja, é a diferença ente “Q1” e “Q1´”.
Temos que a poupança privada tem um aumento no montante da diferença
entre “Q2” e “Q1´” devido ao aumento da taxa de juros, que passa de i1 para i2,
como pode ser observado no gráfico da parte “a”.
c. Como a elasticidade da oferta de fundos de empréstimos (poupança)
afeta a dimensão dessas alterações?
A mudança da elasticidade da oferta de fundos, ou curva que define a poupan-
ça nacional, apenas afetará a taxa de juros e quantidade comercializada de
fundos no ponto de equilíbrio final.
Em uma situação com uma curva de oferta de fundos é mais inelástica, ou se-
ja, mais inclinada, teremos que o resultado final será de uma taxa de juros tão
mais alta quanto mais inclinada (ou inelástica) for a curva e uma redução da
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quantidade comercializada de fundos tão maior quanto mais inelástica forma a
curva.Podemos observar esta conclusão ao comparar a situação exposta na
parte “a”deste exercício com uma situação em que temos uma curva de pou-
pança mais inelástica (mais inclinada), como segue:
Situação como exposta em “a”: Situação com Curva “S” mais inelástica:
Como podemos ver, se a curva de oferta de fundos (poupança nacional) fosse
mais inelástica teríamos tido um aumento maior na taxa de juros e uma redu-
ção maior na quantidade comercializada de fundos do que na situação “a”; com
isso temos ainda que teríamos tido uma redução maior nos níveis de poupança
e investimento de equilíbrio.
Em uma situação com uma curva de oferta de fundos é mais elástica, ou seja,
menos inclinada, teremos que o resultado final será de uma taxa de juros tão
mais baixa quanto menos inclinada (ou mais elástica) for a curva e uma redu-
ção da quantidade comercializada de fundos tão menor quanto mais elástica
for a curva. Podemos observar esta conclusão ao comparar a situação exposta
na parte “a” deste exercício com uma situação em que temos uma curva de
poupança mais elástica (menos inclinada), como segue:
Situação como exposta em “a”: Situação com Curva “S” mais elástica:
Como podemos ver, se a curva de oferta de fundos (poupança nacional) fosse
mais elástica teríamos tido um aumento menor na taxa de juros e uma redução
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menor na quantidade comercializada de fundos do que na situação “a”; com
isso, temos ainda que teríamos tido uma redução menor nos níveis de poupan-
ça e investimento de equilíbrio.
d. Como a elasticidade da demanda por fundos de empréstimos (investi-
mento) afeta a dimensão dessas alterações?
A mudança da elasticidade da demanda de fundos, ou curva que define o in-
vestimento nacional, apenas afetará a taxa de juros e quantidade comercializa-
da de fundos no ponto de equilíbrio final.
Em uma situação com uma curva de demanda por fundos é mais inelástica, ou
seja, mais inclinada, teremos que o resultado final será de uma taxa de juros
tão mais alta quanto mais inclinada (ou inelástica) for a curva e uma redução
da quantidade comercializada de fundos tão menor quanto mais inelástica for-
ma a curva. Podemos observar esta conclusão ao comparar a situação exposta
na parte “a” deste exercício com uma situação em que temos uma curva de
investimento mais inelástica (mais inclinada), como segue:
Situação como exposta em “a”: Situação com Curva “I” mais inelástica:
Como podemos ver, se a curva de demanda por fundos (investimento nacional)
fosse mais inelástica teríamos tido um aumento maior na taxa de juros e uma
redução menor na quantidade comercializada de fundos do que na situação
“a”; com isso temos ainda que teríamos tido uma redução menor nos níveis de
poupança e investimento de equilíbrio.
Em uma situação com uma curva de demanda por fundos mais elástica, ou
seja, menos inclinada, teremos que o resultado final será de uma taxa de juros
tão mais baixa quanto menos inclinada (ou mais elástica) for a curva e uma
redução da quantidade comercializada de fundos tão maior quanto mais elásti-
ca for a curva. Podemos observar esta conclusão ao comparar a situação ex-
posta na parte “a” deste exercício com uma situação em que temos uma curva
de investimento mais elástica (menos inclinada), como segue:
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Situação como exposta em “a”: Situação com Curva “I” mais elástica:
Como podemos ver, se a curva de oferta de fundos (poupança nacional) fosse
mais elástica teríamos tido um aumento menor na taxa de juros e uma redução
menor na quantidade comercializada de fundos do que na situação “a”; com
isso, temos ainda que teríamos tido uma redução menor nos níveis de poupan-
ça e investimento.
e. Suponha que as famílias acreditem que o aumento dos empréstimos do
governo hoje impliquem maiores impostos para pagar dívida pública no
futuro. O que essa crença traz para a poupança privada e para a oferta de
fundos de empréstimos de hoje? Ela aumenta ou diminui os efeitos que
você discutiu nas partes “a” e “b”?
Imaginando que em um futuro próximo eles terão que pagar impostos referen-
tes ao excesso de gastos atual do governo fará com que a poupança privada
de hoje tenda a aumentar compensando o aumento de gasto atual do governo,
resultando em uma alteração menor ou nula na poupança nacional total e na
oferta de fundos.
Ou seja, por fim os efeitos de aumento de taxa de juros e redução do volume
de fundos comercializado serão apaziguados.
10) “Alguns economistas se preocupam com o fato de que a população
mais idosa dos países industrializados comece a reduzir sua poupança
justamente quando o apetite dos países por investimento estiver cres-
cendo”(Economist, 6 maio 1995). Ilustre o efeito desses fenômenos no
mercado mundial de fundos de empréstimos.
No caso teríamos uma redução no nível mundial de poupança para qualquer
taxa de juros real (deslocamento para a esquerda e para baixo da curva de o-
ferta de fundos mundial) e um aumento no nível de investimento para qualquer
taxa de juros real (deslocamento para a direita e para cima da demanda por
fundos mundial). Como não sabemos a magnitude da redução da poupança e
do aumento do nível de investimento três situações poderão surgir, sendo que
cada uma será descrita e explicada por meio dos diagramas abaixo.
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Observação: Nos diagramas, as curvas de oferta de fundos e demanda por
fundos referentes à situação inicial serão apresentadas como curvas de linhas
pontilhadas, e as curvas referentes ao período após a alteração nas preferên-
cias dos idosos e investidores serão expressas por curvas de linhas continuas.
Situação 1: O deslocamento da oferta de fundos (poupança) para a esquerda e
da demanda por fundos (investimento) para a direita ocorrem na mesma mag-
nitude, fazendo com que o novo ponto de equilíbrio apresente um aumento in-
tenso da taxa de juros real e que a quantidade comercializada de fundos não
se altere.
Situação 2: O deslocamento da oferta de fundos (poupança) para a esquerda
se dá em uma magnitude maior do que o deslocamento da demanda por fun-
dos (investimento) para a esquerda, fazendo com que o novo ponto de equilí-
brio apresente um aumento da taxa de juros real e que a quantidade comercia-
lizada de fundos seja reduzida em relação ao equilíbrio inicial.
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Situação 3: O deslocamento da oferta de fundos (poupança) para a esquerda
se dá em uma magnitude menor do que o deslocamento da demanda por fun-
dos (investimento) para a esquerda, fazendo com que o novo ponto de equilí-
brio apresente um aumento da taxa de juros real e que a quantidade comercia-
lizada de fundos seja maior do que a apresentada no equilíbrio inicial.
Por fim, podemos concluir que a única certeza apresentada em qualquer uma
das situações acima é de que estes eventos (redução da poupança a qualquer
taxa de juros e aumento do investimento a qualquer taxa de juros) resultarão
em um aumento no nível de taxa de juros real.
.
11) Este capítulo explica que o investimento pode aumentar tanto por
meio da redução dos impostos sobre a poupança privada quanto por
meio da redução do déficit orçamentário do governo.
a. Por que é difícil implementar as duas políticas ao mesmo tempo?
Realizar as duas políticas ao mesmo tempo seria dificultoso, devido ao fato de
que, se por um lado a diminuição do volume de impostos aumentará a renda
disponível das pessoas e possibilitará um aumento da poupança privada; por
outro lado, esta redução de arrecadação de impostos diminuirá a renda dispo-
nível para o governo fazendo com que a poupança pública seja diminuída ou o
déficit público seja aumentado. Ou seja, são políticas que seguem sentidos
contrários.
Assim uma redução de impostos estaria ligada a uma tendência de aumento do
déficit público, e um aumento dos impostos estaria ligado a uma tendência de
redução do déficit público.
b. O que você precisaria saber sobre a poupança privada para avaliar qual
das duas políticas seria um meio mais eficaz para aumentar o investimen-
to?
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Para saber qual das políticas deve ser utilizada, devemos identificar qual a in-
clinação ou elasticidade entre a renda disponível e o volume de poupança pri-
vada, ou seja, é necessários saber a propensão dos individuos à poupar. Isto é
fundamental para identificarmos a dimensão do impacto da política sobre a
poupança nacional.