28 desemprego

Desemprego
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N. Gregory Mankiw
Economia
Introdução à
Tradução da 6a. edição norte-americana
28

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Depois de ler este capítulo,
responda às seguintes questões:
• Como se mede o desemprego?
• O que é a "taxa natural de desemprego"?
• Por que sempre há algumas pessoas
desempregadas?
• Como o desemprego é afetado pelos sindicatos
e pelas leis de salário mínimo?
• Qual é a teoria dos salários de eficiência e como
ela ajuda a explicar o desemprego?

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Estatísticas de força de trabalho
 Nos Estados Unidos, a medição do desemprego
é tarefa do Bureau of Labor Statistics (BLS) que
faz parte do Departamento do Trabalho.
 O BLS pesquisa regularmente de 60 mil
famílias.
 Considera-se a “população adulta” (pessoas
com16 anos ou mais).

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3
O BLS divide a população em três grupos:
 Empregados: assalariados, autônomos,
e trabalhadores não remunerados em um negócio
de família.
 Desempregados: indivíduos que não trabalham e
que têm procurado trabalho durante as quatro
semanas anteriores.
 Fora da força de trabalho: esse grupo inclui
aqueles que não se encaixam nos grupos
anteriores.
A força de trabalho é o total de trabalhadores,
incluindo o empregado e o desempregado.

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4
Taxa de participação
na força de trabalho
Força de trabalho
População adulta
= 100 x
Taxa de participação na Força de Trabalho:
% da população adulta que está na força de trabalho
Taxa de desempregado (“taxa d”):
% da força de trabalho que está desempregada
Taxa d
Número de
desempregados
Força de trabalho
= 100 x

A P R E N D I Z A G E M AT I VA 1
Calcule estatísticas da força de
trabalho
Com base nos dados apresentados, calcule força de
trabalho, taxa d, população adulta e taxa de
participação na força de trabalho:
População adulta dos Estados
Unidospor grupo, julho 2012
Número de empregados 142,2 milhões
Número de
desempregados
12,8 milhões
For a da força de trabalho 88,3 milhões

A P R E N D I Z A G E M AT I V A 1
Respostas
Força de trabalho = empregado + desempregado
= 142,2 + 12,8
= 155,0 milhões
Taxa d = 100 x (desempregado)/(força de
trabalho)
= 100 x 12,8/155,0
= 8,3%

Respostas
População = força de trabalho + fora da força de
trabalho
= 155,0 + 88,3
= 243,3
Taxa de participação na força de trabalho = 100 x
(força de trabalho)/(população)
= 100 x 155,0/243,3
= 63,7%

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8
Estatísticas de força de trabalho para diferentes
grupos
 O BLS publica essas estatísticas para grupos
demográficos dentro da população.
 Esses dados revelam experiências muito
diferentes no mercado de trabalho para os
diferentes grupos.

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Estatísticas de força de trabalho para brancos e
negros,
julho de 2012
Adultos (com 20 anos ou mais velhos)
Taxa d
Brancos, homens 6,9% 73,4%
Brancos, mulheres 6,8 58,6
Negros, homens 14,8 67,8
Negros, mulheres 11,5 62,0

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10
Estatísticas de Força de Trabalho
para Brancos e Negros,
Julho de 2012
Adolecentes (16–19 anos de idade)
Taxa u
da Força de
Trabalho
Branco 21.5% 37,4%
Negros 36.6% 29.2%

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11
Estatísticas de força de trabalho para outros
grupos,
julho de 2012
Todas as idades
Taxa d
Taxa de
participação na
força de trabalho
Asiáticos 6,2% 65,1%
Hispânicos 10,3 66,6

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Estatísticas da força de trabalho por nível de
escolaridade, julho de 2012
Adultos (com 25 anos ou mais velhos)
Taxa d
Ensino fundamental 12,7% 46,3%
Ensino médio
completo
8,7 59,7
Nível superior ou
técnico incompleto
7,1 68,3
Nível superior
completo
4,1 75,8

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13
Taxas de participação na força de trabalho por
sexo, 1950-2009
Homen
s
Mulhere
s
20
30
40
50
60
70
80
90
1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
porcentagem
homens
mulheres

Limitações da taxa d
Em cada um dos seguintes casos, o que acontece
com a taxa d? A taxa d dá uma impressão exata do
que está acontecendo no mercado de trabalho?
A. Sue perdeu o emprego e começa a procurar um novo.
B. Jon é metalúrgico e está desempregado desde que a fábrica onde
trabalhava fechou no ano passado. Jon está desanimado e desiste
de procurar trabalho.
C. Sam, o único trabalhador de uma família de cinco pessoas, acabou
de perder o emprego de cientista da pesquisa, cujo salário era de
$ 80.000. Imediatamente, ele aceita um emprego de meio período
no McDonald’s, até que possa encontrar outro emprego em sua
área.

Respostas
A. Sue perdeu o emprego e começa a procurar um
novo.
A taxa d aumenta.
Quando a taxa d aumenta, isso significa que o
mercado de trabalho está piorando.

Respostas
B. Jon está desempregado desde o ano
passado, anda desanimado e desiste de
procurar trabalho.
Trabalhadores desestimulados
 querem trabalhar, mas desistem de procurar emprego;
 são classificadas como “fora da força de trabalho" em
vez de "desempregados“.
A taxa d cai porque Jon não é mais considerado
desempregado.
Quando a taxa d cai, há a impressão de que o mercado de
trabalho está melhorando, mas não está.

Respostas
C. Sam perdeu seu emprego de $ 80,000 e aceita
um emprego de meio período no McDonald’s até
encontrar um melhor.
A taxa d fica inalterada porque uma pessoa que
trabalha tempo integral ou meio período é
considerada "empregada".
As coisas estão piores, mas a taxa d não mostra isso.

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O que realmente mede a taxa d?
 A taxa d não é um indicador perfeito do desemprego
ou da saúde do mercado de trabalho:
 Exclui trabalhadores desalentados.
 Não faz distinção entre trabalho de tempo integral e
aquele de meio período, nem diferencia pessoas
que trabalham meio período porque os empregos
de tempo integral não estão disponíveis.
 Algumas pessoas não reportam sua situação
profissional na pesquisa do BLS.
 Apesar desses problemas, a taxa d ainda é uma
medida muito útil do mercado de trabalho e da
economia.

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A duração do desemprego
Em geral, os períodos de desemprego são de curto prazo:
 Normalmente, um terço dos desempregados
permanece desempregados por cinco semanas, e
dois terços ficam desempregados por menos de 14
semanas.
 Apenas 20% estão desempregados há mais de seis meses.
No entanto, o desemprego mais observado é de longo prazo.
 O pequeno grupo de desempregados de longo prazo tem
muito pouco volume de negócios. Por isso, é responsável
por maior parte do desemprego observado ao longo do
tempo.
Com base nesses dados, os formuladores de políticas
conseguem projetar melhores políticas para ajudar os
desempregados.

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20
Desemprego cíclico versus taxa natural
Haverá sempre algum desemprego, embora a
taxa d varie de ano para ano.
Taxa natural de desemprego
 A taxa normal de desemprego em torno da qual
a taxa de desemprego real flutua.
Desemprego cíclico
 Refere-se ao desvio do desemprego de sua
taxa natural.
 Está associado aos ciclos de negócios,
que estudaremos nos próximos capítulos.

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1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Desemprego nos Estados Unidos, 1960-2012
Taxa natural de
desemprego
Taxa de
desemprego
Porcentagem
da
força
de
trabalho

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Taxa natural: uma visão geral
Mesmo quando a economia está indo bem, há sempre
algum desemprego, incluindo:
Desemprego friccional
 O desemprego que surge porque leva algum tempo
para que os trabalhadores encontrem empregos que
melhor se adaptem às suas preferências e
habilidades.
 É de curto prazo para a maioria dos trabalhadores.
Desemprego estrutural
 Ocorre quando o número de empregos disponíveis é
insuficiente para empregar todas as pessoas que
desejam trabalhar.
 É geralmente de longo prazo.

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PROCURA DE EMPREGO
 Os trabalhadores têm diferentes preferências e
habilidades, e os
trabalhos têm necessidades diferentes.
 A procura de emprego é o processo de ajustar
trabalhadores com trabalhos apropriados.
 Mudanças setoriais são as mudanças na composição
da demanda entre setores e regiões do país.
 Tais mudanças deslocam alguns trabalhadores,
que devem procurar novos empregos apropriados
para suas habilidades e preferências.
 O desemprego friccional é inevitável simplesmente
porque a economia está sempre mudando.

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Política pública e procura de emprego
 Agências governamentais de emprego
fornecem informações sobre vagas de emprego
para acelerar a correspondência entre
trabalhadores e empregadores.
 Programas públicos de treinamento
facilitam a transição dos trabalhadores de
setores em declínio para os que estão em
crescimento.

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Seguro-desemprego
 Seguro-desemprego:
um programa governamental que oferece aos trabalhadores uma
proteção parcial contra a perda do emprego.
 O seguro-desemprego aumenta o desemprego friccional.
Para ver por que isso acontece, lembre-se de um dos
Dez Princípios de Economia:
As pessoas reagem a incentivos.
Como os benefícios do seguro-desemprego cessam quando o
trabalhador arruma um novo emprego, os desempregados
dedicam menos esforços à procura de emprego e têm maior
probabilidade de recusar ofertas de emprego pouco atraentes.

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Seguro-desemprego
Benefícios:
 O seguro-desemprego reduz a incerteza sobre
os rendimentos.
 Os trabalhadores têm a oportunidade de
procurar empregos que melhor se adaptem às
suas preferências e habilidades, o que resultará
em maior produtividade.

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Desemprego estrutural
O desemprego
estrutural
ocorre quando não há
empregos suficientes
para todos.
S
T
D
O
SE
salário
real
S1
desemprego
Causado por um
salário
acima do nível de
equilíbrio.
Há algumas razões
para isso...

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28
1. Legislação do salário mínimo
 O salário mínimo pode exceder o salário de
equilíbrio para os trabalhadores menos
qualificados ou experientes, causando
desemprego estrutural.
 Mas esse grupo é uma pequena parte da força
de trabalho, de modo que o salário mínimo não
pode explicar maior desemprego.

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2. Sindicatos
 Sindicato: uma associação de trabalhadores
que negocia salários, benefícios e condições de
trabalho com os empregadores.
 Os sindicatos exercem seu poder de mercado
para negociar salários mais altos para os
trabalhadores.
 Os trabalhadores sindicalizados ganham cerca
de 20% mais do que os trabalhadores não
sindicalizados. Além disso, os sindicalizados
obtêm mais benefícios.

30
30
2. Sindicatos
 Quando os sindicatos aumentam o salário
acima do equilíbrio, quantidade de trabalho
demandado cai e resulta em desemprego.
 Os insiders – trabalhadores que permanecem
empregados – estão em melhor situação.
 Os outsiders – trabalhadores que perderam os
empregos – estão em pior situação.
 Algumas pessoas de fora vão para os mercados
de trabalho não sindicalizados, o que aumenta a
oferta de trabalho e reduz os salários nesses
mercados.

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2. Sindicatos
Os sindicatos benéficos ou prejudiciais à economia? Os
economistas divergem.
 Críticas:
Os sindicatos são apenas um tipo de cartel. Eles
aumentam os salários acima do equilíbrio, o que
provoca o desemprego e/ou deprime os salários no
mercado de trabalho não sindicalizado.
 Defensores:
Os sindicatos combatem o poder das grandes
empresas do mercado e tornam as empresas mais
sensíveis às preocupações dos trabalhadores.

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3. Salários de eficiência
 A teoria dos salários de eficiência:
As empresas pagam voluntariamente os
salários acima do equilíbrio para aumentar a
produtividade do trabalhador.
 Diferentes versões da teoria do salário de
eficiência sugerem diferentes razões pelas
quais as empresas pagam altos salários.

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1. Saúde do trabalhador
Em países menos desenvolvidos, a má nutrição é um problema
comum. Com salários mais altos, os trabalhadores podem
alimentar-se melhor, o que os tornará mais saudáveis e produtivos.
2. Rotatividade de trabalhador
Contratar e treinar novos trabalhadores é dispendioso. Pagar
salários acima do nível de equilíbrio reduz a rotatividade.
Quatro razões pelas quais as empresas podem
pagar salários de eficiência:

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3. Qualidade do trabalhador
Quando uma empresa paga altos salários, atrai melhores candidatos,
aumentando, portanto, a qualidade de sua força de trabalho.
4. Esforço do trabalhador
Os trabalhadores podem trabalhar duro ou se esquivar. Se a
empresa constar algum trabalhador negligente em relação à tarefa
que executa, este poderá ser demitido. Ser demitido é um bom
impedimento?
Depende do quanto é difícil encontrar outro emprego.
Se o salário de mercado estiver acima do nível de equilíbrio, não
haverá empregos suficientes para todos, para que os trabalhadores
tenham mais incentivo para trabalhar e não se esquivar.
Quatro razões pelas quais as empresas podem
pagar salários de eficiência:

Aplicando os conceitos
Qual das seguintes soluções reduziria o
desemprego friccional?
A. O governo elimina o salário mínimo.
B. O governo aumenta os benefícios do seguro-desemprego.
C. Uma nova lei proíbe sindicatos.
D. Mais trabalhadores postam seus currículos no LinkedIn.com, e mais
empregadores usam essa rede para encontrar trabalhadores mais
capacitados.
E. Mudanças setoriais se tornam mais frequentes.

Respostas
A. O governo elimina o salário mínimo.
C. Uma nova lei proíbe sindicatos.
Essas soluções podem reduzir o
desemprego estrutural, mas
não o friccional.

Respostas
B. O governo aumenta os benefícios do seguro-
desemprego.
E. Mudanças setoriais se tornam mais frequentes.
Essas soluções podem aumentar
o desemprego friccional, mas não reduzi-lo.

Respostas
D. Mais trabalhadores postam seus currículos no
LinkedIn.com, e mais empregadores usam essa
rede para encontrar trabalhadores mais
capacitados.
Essa solução acelera o processo de
harmonização entre trabalhadores e
postos de trabalho e, por isso, reduz o
desemprego friccional.

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Taxa natural de desemprego: um
resumo
A taxa natural de desemprego consiste em
 desemprego friccional
 O trabalhador leva mais tempo para encontrar o emprego certo.
 Esse tipo de desemprego ocorre mesmo quando há empregos
suficientes para todos.
 desemprego estrutural
 Quando o salário é superior ao nível de equilíbrio, os empregos são
insuficientes.
 Fatores que causam o desemprego estrutural: salário mínimo,
sindicatos e salários de eficiência.
Nos próximos capítulos, abordaremos o desemprego cíclico, ou seja, as
flutuações de curto prazo da taxa de desemprego associadas a ciclos de
negócios.

R E S U M O
• A taxa de desemprego é o percentual dos que
gostariam de trabalhar, mas não têm emprego.
• O desemprego e a participação na força de
trabalho variam muito entre os grupos
demográficos.
• A taxa natural de desemprego é a taxa normal
de desemprego em torno da qual flutua a taxa
real. Desemprego cíclico é o desvio do
desemprego de sua taxa natural e está ligado
às flutuações econômicas de curto prazo.

R E S U M O
• A taxa natural inclui desemprego friccional e o
desemprego estrutural.
• Desemprego friccional ocorre quando os
trabalhadores levam mais tempo para encontrar o
emprego certo.
• O desemprego estrutural ocorre quando salários
acima do nível de equilíbrio resultam em um
excedente de mão de obra.
• Três motivos que impulsionam os salários acima do
nível de equilíbrio: a legislação do salário mínimo,
os sindicatos e os salários de eficiência.

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