1. Valores Humanos na Educação: Estabelecendo Vínculos “” A Finalidade da Educação é a formação do caráter,(...) o respeito às diferenças entre as crenças” Sathya Sai Baba “ Educar é extrair o melhor da criança em corpo, mente e espírito.” Mahatma Gandhi Programa de Educação em Valores Humanos Sathya Sai Baba
Vamos falar um pouquinho sobre um processo de educação de dentro para fora, porém de fora para dentro, quero dizer: vamos falar de um processo de educação onde o educador é ator principal para a formação de um educando íntegro, completo e pronto para a vida em sociedade ( educador – influencia ; educando: forma bases concretas para a vida). Extrair o melhor da criança: é sinal que a criança já tem algo dentro dela, que acredito ser genuíno e que precisa ser externalizado, então, cabe ao educador, ajudá-la nesse processo. Valores Humanos na educação nada mais é do estabelecer vínculos no processo ensino aprendizagem para formar um cidadão de caráter, um cidadão que respeite as diferenças e viva bem com elas. Estabelecer vínculos não significa que a escola deva substituir os pais, os verdadeiros educadores do aprendente, mas sim, assumir uma posição de olhar diferenciado para cada indivíduo. Vocês devem estar se perguntando: Como sobreviver em um mundo somente com valores humanos, será possível? Nós somos os responsáveis pela formação futura do nosso país, cabe a nós plantarmos a verdadeira semente do amanhã. E quanto será que isso facilitará o processo de ensino aprendizagem?
Quando falamos que educar é ser e não saber estamos falando de uma educação baseada em modelos. Como eu já disse anteriormente, todo ser tem algo que é genuíno dentro de si, e devemos acreditar que o que é genuíno é sempre bom para que consigamos colocar para fora, transformar pensamentos em ações nas nossas crianças. No segundo item, quando fala de fazer brotar sonhos, isso diz respeito a sonhar, a acreditar e a fazer os aprendentes acreditarem que o mundo pode ser melhor. Não adianta continuarmos formando pessoas passivas ao mundo que vivemos, precisamos formar agentes transformadores desta realidade dura. Na educação focada em Valores Humanos, o educador, precisa necessariamente servir de modelo para as crianças. Por isso é necessário acreditar nos valores humanos, acreditar que o mundo pode dar certo.Enquanto não houver convencimento de que somos, enquanto educadores, atores principais, a mudança não acontece, pois para que ela aconteça é necessário o estabelecimento de contato, de afeto, entre um e outro. As crianças precisam acreditar que elas são capazes de fazer esta transformação e para que isso aconteça, precisamos, enquanto educadores conduzir as dificuldade e limitações das crianças em vitória. Como fazer isso? Basta olhar para cada aluno como ser individual pertencente a um grupo; basta ter uma escuta apurada para saber o que as crianças estão querendo demonstrar e levar em consideração toda e qualquer colocação feita. Muitas vezes, a correria do ambiente escolar nos leva a esquecer que a razão de ser daquele lugar são os alunos. O Foco precisa necessariamente estar nos ALUNOS.
Quando falo que educar é despertar a consciência do eu, quero dizer que para educar com base em valores humanos é preciso se auto conhecer, é preciso saber até onde nós podemos chegar, até onde realmente acreditamos que é possível a construção de pessoas mais conscientes das verdades da vida. E para ensinar as verdades da vida é preciso acreditar, servir de modelo. É preciso também de conscientizar os educandos que para que os valores humanos aflorem. As pessoas precisam ser menos egoístas, menos egocêntricas e perceberem que ninguém está só, perceberem que a riqueza da vida está na inter relação humana. O despertar da consciência universal traz como conseqüência uma cuidado maior com o mundo. A partir do momento que se desperta que as coisas se interagem e que o mundo é constituído desta inter relação, a conscientização do todo aparece. Por isso é que os projeto interdisciplinares, os trabalhos em conjunto, ajudam a formação do ser em sua totalidade.
A minha questão é: Como ensinar aquilo que não sentimos, aquilo que não acreditamos? É por isso que nesse slide eu coloco a importância do educador, antes de entrar em sua ação se conscientizar de quais valores humanos precisam ser resgatados em nossas crianças. Muitos de vocês devem estar se questionando: esse papel não é da família? A minha resposta é que é, porém as famílias são geralmente disfuncionais, são famílias doentes e que criam crianças doentes e então cabe sim à escola resgatar os valores e externalizá-los,para que talvez, a criança seja o agente transformador do próprio lar.
A relação tripartite entre pais, escola e aprendentes deve ser estimulada em tempo integral através de atividades, contatos, e sinergia para que os pais percebam o trabalho que está sendo feito e procurem aflorar em si também as qualidades dos valores humanos. A educação foi transferida para a escola e para a televisão a educação de nossas crianças
Mas não é por isso que devemos substituir os papéis familiares na escola. Devemos simplesmente fazer aquilo que nos compete, aquilo que está sob a nossa condição de ensinantes.
Levantar juntamente com os participantes quais são os valores humanos latentes.
Para sermos agentes de transformação da sociedade, ou seja agentes transformadores para uma sociedade focada em valores humanos, a primeira coisa que devemos buscar é a verdade, ou seja, promover momentos para que o auto conhecimento aflore em cada uma de nossas crianças pois a verdade nada mais do que aquilo que realmente somos. A retidão diz respeito a promovermos momentos para aflorar em nossas crianças a pratica da verdade, isto é, sermos nós mesmos, não deixarmos nos contaminar pela sociedade capitalista. A Paz diz respeito a estar tranqüilo com aquilo que é, se aceitar e simplesmente descançar. O amor incondicional fala sobre respeitarmos e amarmos uns aos outros, respeitando as diferenças e diversidades. Promover momentos para que as crianças percebam que é na diferença que está a simplicidade da vida. Não violência fala sobre tentarmos ser puros de pensamento, ensinar nossas crianças a terem uma escuta aberta, sem julgamentos, simplesmente escutar, alimentar-se do conteúdo e transformá-lo para que o mesmo possa ser incorporado no dia a dia.
Escutar – só ouvimos aquilo que queremos ouvir e mais, interpretamos à nossa forma de pensar. Escutar exige treino para o não julgamento. Honestidade – não fantasiar aquilo que é real, porém mostrar possibilidades de acerto;