1) O estádio fálico refere-se ao desenvolvimento da sexualidade infantil, onde as crianças descobrem a masturbação e as diferenças sexuais.
2) Durante este estádio, as crianças desenvolvem atração pelo progenitor do sexo oposto e sentimentos de rivalidade pelo progenitor do mesmo sexo, conhecido como complexo de Édipo/Electra.
3) A superação deste complexo dá-se através da identificação da criança com o progenitor do mesmo sexo, internalizando seus comportamentos.
1. TEMA 6
CONCEÇÕES DE SER HUMANO
CAPÍTULO 2
FREUD E O INCONSCIENTE
O ESTÁDIO FÁLICO DO DESENVOLVIMENTO
PSICOLOGIA B
2. ESTÁDIO FÁLICO
Fase do desenvolvimento afectivo em que se
vive a primeira experiência sentimental
significativa. O rapaz compete com o pai pelo
amor da mãe e a rapariga compete com a
mãe pelo amor do pai.
É de tal modo importante esta experiência que
o estádio fálico poderia denominar – se
estádio do complexo de Édipo/Electra.
3. ESTÁDIO FÁLICO
Durante o estádio fálico, os órgãos genitais
tornam-se o centro da actividade erótica da
criança através da auto-estimulação. É o
período em que muitas crianças começam a
masturbar-se, a aperceber-se das diferenças
anatómicas entre os sexos e de que a
sexualidade faz parte das relações entre as
pessoas.
4. ESTÁDIO FÁLICO
RELATIVA ULTRAPASSAGEM DA SEXUALIDADE AUTO –
ERÓTICA.
A partir de determinada altura, a criança
desenvolve uma forte atração sexual pelo
progenitor do sexo oposto e sentimentos
agressivos e de hostilidade em relação ao
progenitor do mesmo sexo. É, no plano da
fantasia e a nível inconsciente, a primeira
experiência de amor heterossexual.
5. ESTÁDIO FÁLICO
CONFLITO PSICOSSEXUAL DECISIVO
A criança pretende afastar o progenitor do
sexo oposto para ficar na posse exclusiva do
objecto do seu amor.
Denomina – se complexo de Édipo ( quer a
mãe só para si e anular o pai) no caso do
rapaz e de Electra ( quer o pai só para si e
anular a mãe) no caso da rapariga
6. ESTÁDIO FÁLICO
CONDIÇÃO DA SUPERAÇÃO DO COMPLEXO
O rapaz e a rapariga devem renunciar ao
desejo de posse exclusiva do objecto do seu
amor reconhecendo os direitos do outro
progenitor, mantendo contudo a ideia de
continuar a ser amado por quem ama.
7. ESTÁDIO FÁLICO
O MECANISMO PSICOLÓGICO QUE FACILITA A
SUPERAÇÃO DO COMPLEXO.
O recalcamento do desejo sexual incestuoso
deve – se em parte a um mecanismo de
defesa chamado identificação.
8. ESTÁDIO FÁLICO
O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NO RAPAZ
Derivando do medo da castração – o rapaz teme que
o pai o castigue eliminando os seus órgãos genitais
– a identificação é uma solução de compromisso.
O rapaz irá imitar e interiorizar as atitudes e comportamentos
do pai. (quanto mais se parecer com ele mais facilmente se
pode imaginar, inconscientemente, no lugar do pai). Mas só
este pode ter determinado tipo de relação com a mãe. Os
impulsos eróticos transformam – se em afecto e carinho.
Desenvolve – se o tabu do incesto.
9. O ESTÁDIO FÁLICO
O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO NA RAPARIGA
Tal como nos rapazes, a forma de resolver o
conflito emocional consiste na identificação
com o progenitor do mesmo sexo.
Procurando parecer-se cada vez mais com a
mãe, a rapariga possui, simbólica e
indiretamente, o pai.
10. ESTÁDIO FÁLICO
O QUE TORNA PROBLEMÁTICO O PROCESSO DE
IDENTIFICAÇÃO NA RAPARIGA.
DUAS RAZÕES
1. Segundo Freud, a sociedade em geral reprime com menos
severidade (do que no caso dos rapazes) a persistência dos
sentimentos de posse em relação ao pai.
2. Desapontada por verificar não possuir o mesmo órgão
sexual que os rapazes, a rapariga sente-se “castrada” e
responsabiliza a mãe por essa «falha». (Inveja do pénis)
11. ESTÁDIO FÁLICO
EFEITOS DE FIXAÇÃO NESTE ESTÁDIO NO CASO DO
RAPAZ
1.Na idade adulta procurará mostrar que não foi
castrado através de vários meios:
a) Conquista de muitas mulheres
b)Ter muitos filhos
c) Sucesso profissional
2. Sentimento inconsciente de culpa por ter tido
inclinações incestuosas; querer mulher igual à mãe
12. ESTÁDIO FÁLICO
EFEITOS DE FIXAÇÃO NESTE ESTÁDIO NO CASO DA
RAPARIGA.
1. Estilo sedutor e ao mesmo tempo inibido.
Este tipo de comportamento tem como modelo a atração
original pelo pai (houve atração e repressão ou
recalcamento do desejo).
2. Obsessão com ter filhos do sexo masculino, sinal de que a
«inveja do pénis» foi mal resolvida.
3. Desprezo pela sua feminilidade e querer um homem igual
ao pai.