O documento discute procedimentos odontológicos relacionados à exodontia. Ele fornece informações sobre controle da dor, indicações e contraindicações para exodontia, avaliação pré-operatória do paciente, princípios mecânicos, etapas da exodontia, técnicas específicas para cada dente e cuidados trans e pós-operatórios.
2. Controle da dor
Eliminar todas as sensações da polpa e do Periodonto
de sustentação e proteção.
Porém o paciente deverá saber distinguir uma dor
aguda de uma pressão intensa.
A quantidade de anestésico deverá ser a mínima
possível para se conseguir o efeito anestésico desejado.
3. Indicações
Cáries extensas.
Doença periodontal avançada.
Razões Ortodônticas.
Elementos sem antagonistas.
Fraturas não tratáveis.
Indicações protéticas.
Dentes inclusos/impactados.
Dentes supranumerários.
4. Contra-indicações
Contra-indicações sistêmicas
Patologias cardíacas e P.A. alterada;
Diabéticos não compensados;
Deficiência de Fatores de coagulação;
Infecções sistêmicas;
Gestantes (Principalmente 1º e 3º Trimestre);
Lactante;
Período menstrual (Risco de anemia);
13. ASA II
Adulto com PA entre 140 a 160/90 mmHg
Diabético controlado
Portador de desordens convulsivas controlado
Asmático controlado
14. ASA III
Angina estável
História de AVC ou infarto agudo do miocardio há
mais de 6 meses
Insuficiência cardíaca congestiva
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Adulto com PA entre 160 a 199/ 95 a 114 mmHg
Diabético não controlado
Portador de desordens convulsivas, não controlado
15. ASA IV
Paciente com angina de peito instável
Paciente com história de AVC ou IAM há menos de 6
meses
Paciente com severa insuficiência cardíaca congestiva
Adulto com PA acima de 200/115 mmHg
16. ASA V
Paciente terminal
Doença renal em estágio final
Câncer terminal
Doenças infecciosas em estágio final
19. Endocardite Infecciosa
“Doença rara e potencialmente fatal onde o endocárdio
ou válvula cardíaca protética é colonizada por
estreptococos, estafilococos e cândida.”
21. Avaliação clínica
Acesso ao dente;
Abertura bucal.
Posicionamento do dente no arco.
Condições periodontais;
Presença de cálculo
Mobilidade.
Condições da coroa clínica;
Risco de fraturas.
Dentes adjacentes;
Risco de fraturas por restaurações e/ou cáries extensas.
Terra, G.
22. Avaliação radiográfica
Podem ser utilizados Rx Panorâmicos ou Periapicais.
Avaliar a proximidade com estruturas nobres.
Avaliar a condição óssea adjacente.
Avaliar a configuração das raízes:
Presença de hipercementose, anquilose e dilaceração
radicular
Terra, G.
23. Avaliação radiográfica
Configuração das raízes
Número de raízes do dente a ser extraído;
Atentar para anormalidade do número de raízes.
Curvatura radicular;
Cárie radicular;
Reabsorção radicular;
Tratamento endodôntico antigo;
A estrutura pode se tornar mais friável.
24. Ergonomia
Posição da cadeira
A posição correta permite ao cirurgião uma correta
estabilidade e controle dos instrumentos.
Melhor controle da força;
Evita acidentes e complicações.
Menor fadiga;
25. Posição da cadeira
Exodontia de dentes maxilares.
Plano oclusal em 45° a 60° em relação ao solo;
A boca do paciente deverá estar na altura no cotovelo do
cirurgião.
O cotovelo do cirurgião deverá estar junto ao corpo.
26. Posição da cadeira
Exodontia de dentes mandibulares.
Plano oclusal em 120° em relação ao solo;
A boca do paciente deverá estar na altura no cotovelo do
cirurgião.
O cotovelo do cirurgião deverá estar junto ao corpo.
27. Princípios mecânicos
Alavanca: Pequena força transforma-se em grande
movimento. Realizado com o uso de elevadores.
Cunha: Ponta ativa do instrumento toma o lugar do
dente, fazendo o movimento de cunha. Realizado com
o uso de fórceps e elevadores.
Roda e eixo: Elevadores apoiando em osso sadio e
dente a ser removido. Fazer movimento de rotação.
Terra, G.
31. Etapas gerais da exodontia simples
Para um dente ser removido do alvéolo, é necessário
expandir as corticais ósseas e romper as fibras
ligamentares.
Existem algumas etapas gerais neste tipo de
procedimento.
32. Sindesmotomia
Diérese;
Liberar o tecido gengival aderido ao dente;
Realizado com o auxílio de descoladores;
Descolador de Molt, Sindesmótomo e espátula 7.
38. PRINCÍPIO DO USO DE
ELEVADORES
• A lâmina voltada para o dente a ser
extraído
• Força aplicada preferencialmente na
distal e na mesial (evitar vestibular e
palatina ou lingual) de forma
controlada
• Inserir o elevador no espaço do
ligamento periodontal
• Evitar usar o dente vizinho como apoio
39. Adaptação do fórceps
A ponta ativa do fórceps tem o formato do colo do dente.
Deve ser apreendido com firmeza.
A ponta ativa do fórceps deve ser mantida paralela ao longo
eixo do dente.
A ponta ativa do fórceps deve ser posicionada o mais apical
possível.
40. Luxação com Fórceps
Pressão apical;
Rompe as fibras apicais do ligamento.
Expande a crista alveolar.
Desloca o ponto de fulcro mais apicalmente.
Maior eficácia na expansão alveolar e menor risco de fratura
radicular
43. Luxação com Fórceps
Pressão Vestíbulo-Lingual;
Deve ser realizada com movimentos de pressão firme,
controlada e de velocidade lenta.
A força maior deve ser realizada em sentido da cortical mais
delgada.
A cortical Vestibular é a mais delgada em toda a arcada
superior. Na arcada inferior é mais delgada na região dos
dentes anteriores e pré-molares.
44. Avulsão
O dente deve estar luxado nesta fase, com certa
mobilidade.
O dente não deve ser avulsionado até que o osso esteja
suficientemente expandido e as fibras ligamentares
rompidas.
A força de tração empregada deve ser mínima.
Direcionar o movimento no sentido da cortical lingual nos
molares inferiores e vestibular nos demais dentes.
45. ETAPAS DA EXODONTIA COM
ELEVADORES
• Anestesia
• Sindesmotomia
• Luxação do dente com elevadores
• Remoção do dente do alvéolo com elevadores
• Cuidados com o alvéolo
• Sutura
46. ETAPAS DA EXODONTIA COM
FÓRCEPS
• Anestesia
• Sindesmotomia
• Luxação do dente com elevadores
• Adaptação do fórceps ao dente
• Luxação do dente com fórceps
• Remoção do dente do alvéolo
• Cuidados com o alvéolo
• Sutura
48. Incisivos Maxilares
Fórceps nº 150.
Geralmente têm raízes cônicas.
Os laterais são mais delgados e possuem dilaceração apical.
Movimento de rotação não deve ser realizado,
principalmente no incisivo lateral.
A cortical mais delgada é a Vestibular.
49. Caninos Maxilares
Fórceps nº 150.
Geralmente têm raízes muito longas, o que dificulta
sua remoção.
Movimento de rotação não deve ser realizado.
A cortical mais delgada é a Vestibular.
50. Pré-molares Maxilares
Fórceps nº 150.
Bifurcação radicular no terço mais apical do 1º pré-
molar. Além disso os ápices são delgados e afilados.
Deve ser bem luxado e com muito cuidado para evitar a
fratura dos ápices radiculares.
Movimento de rotação não deve ser realizado.
A cortical mais delgada é a Vestibular.
51. Molares Maxilares
Fórceps 18R e 18L.
A raiz palatina é frequentemente divergente, o que
obriga o cirurgião a realizar pacientemente a luxação
destes elementos.
Movimento de rotação não deve ser realizado.
A cortical mais delgada é a Vestibular.
52. Anteriores Mandibulares
Fórceps nº 151.
Geralmente têm raízes achatadas.
Os laterais são mais delgados.
Movimento de rotação não deve ser realizado,
principalmente no incisivo lateral.
A cortical mais delgada é a Vestibular.
53. Pré-molares Mandibulares
Fórceps nº 151.
Raízes frequentemente cônicas.
São os mais simples de serem removidos.
Movimento de rotação pode ser realizado.
A cortical mais delgada é a Vestibular.
54. Molares Mandibulares
Fórceps nº 16 e 17.
O fórceps nº 16 é utilizado nos casos onde existe lesão
de furca periodontal.
Movimento de rotação não deve ser realizado.
A cortical mais delgada é a Lingual.
56. Odontosecção
Visa diminuir a resistência na remoção do dente.
Separar as raízes.
Evitar fratura radicular e das tábuas ósseas.
Realizar com alta rotação fresas diamantadas ou
laminadas.
67. Cuidados trans-operatórios
Curetagem só deve ser realizada se necessário.
Quando necessária, a curetagem deve ser realizada com as costas da
cureta.
O remanescente do ligamento periodontal ajuda na reparação tecidual.
Realizar a remoção de espículas ósseas.
Realizar a toalete da cavidade com irrigação de soro fisiológico estéril.
Manobra de Chompret: reposiciona as paredes alveolares.
Tamponamento com gaze.
68. Cuidados pós-operatórios
Guardar repouso por algumas horas, sem deitar-se.
Ao deitar-se, usar dois (2) travesseiros nos primeiros 3 dias.
Evitar fumar nos primeiros 5 dias.
Evitar pressão negativa.
Não fazer bochechos, não utilizar “canudinhos” e nem
beijar nas primeiras 12 horas.
69. Cuidados pós-operatórios
Evitar esforço e exercícios físicos nos primeiros sete dias.
Saliva sanguinolenta é normal principalmente após o
término da anestesia. Caso haja sangramento, colocar gaze
sobre o local operado e mordê-la durante 15 minutos.
Os pontos deverão ser removidos após 5 a 7 dias.
A escovação deverá ser feita normalmente, evitando a
região operada, que deverá ser higienizada com uma gaze,
algodão ou cotonete.
71. Cuidados pós-operatórios
APLICAÇÃO DE GELO
A. Lubrificar a pele na região operada com vaselina pastosa,
creme para mãos ou óleo de soja.
B. Colocar 2 ou 3 cubos de gelo dentro de um saco plástico.
C. Aplicar gelo na região durante 4 horas seguidas, com
intervalo de 2 minutos (que praticamente corresponderá à
troca de gelo).