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História da Cultura e das Artes
_________________________________________________________________________________________
Módulo 5 – A Cultura do Palácio
1. Localiza no tempo e no espaço o movimento renascentista.
- Localização no tempo: Século XV – Quattrocento; Século XVI - Cinquecento
- Localização no espaço: Berço - Itália ; difusão – Flandres, Inglaterra, França, Espanha, Portugal
2. Justifica a importância dos Descobrimentos Europeus.
Os Descobrimentos permitiram:
- Comércio à escala mundial
- Intercâmbios culturais entre continentes
- Maior conhecimento do Globo terrestre
- Experiencialismo (o valor da observação e da experiência, em detrimento do saber livresco)
- Novos conceitos sobre o Homem (valorização nas capacidades humanas)
3. Qual a importância da obra De Revolutionibus Orbium Coelestium?
Pela primeira vez, é exposta de forma matemática e científica, a teoria heliocêntrica, comprovando-se com
rigorosas demonstrações matemáticas.
4. Como Copérnico atingiu as conclusões que expõe na obra?
Copérnico fez medições, utilizando o quadrante (mede o arco diurno percorrido pelo Sol), a esfera armilar (para
determinar a posição dos astros) e um torqueton (medir a posição dos astros no céu). A partir das observações, fez
complicadas demonstrações matemáticas.
5. Porque razão essa obra foi tão polémica no seu tempo?
As conclusões de Copérnico eram contrárias aos ensinamentos dos sentidos e às teorias dos Antigos e negavam
afirmações da Bíblia, pondo em causa alguns dogmas da Igreja. A obra permaneceu no Index até 1835.
6. Descreve as condições favoráveis existentes em Itália para o aparecimento do Renascimento.
- existência de inúmeros vestígios da cultura clássica, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as
bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais italianos estudavam,
e muitas vezes, reeditavam.
- a divisão da Peninsula Itálica em várias repúblicas oligárquicas ou reinos favoreceu a rivalidade económica mas
também cultural.
- Muitas cidades italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio e financeiros. Graças a essa
prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural,
apoiando escritores e artistas.
7. Que características definem a personalidade e a atuação política de Lourenço de Médicis?
Lourenço era eloquente, curioso e vivo, tinha uma inteligência acima da média e uma grande sensibilidade
artística, era culto, eclético, sensível e sofisticado
8. Quais os contributos de Lourenço para a vida da sua cidade, Florença?
Lourenço governou com grande sabedoria e tato político, tendo trazido bem-estar e fama a Florença. Instituiu um
poder absoluto mas teve o apoio dos mais pobres. Amante das artes e das letras, desenvolveu uma política cultural
notável, criando em Florença um ambiente de permanente animação cultural. Atraiu e apoiou poetas, pensadores e
artistas, criou escolas e bibliotecas, colecionou livros e obras de arte, renovou arquitetonicamente a cidade e
promoveu inúmeras festas públicas e privadas.
9. De que modo a sua personalidade e a sua atuação política refletem o seu tempo?
Lourenço é um homem do seu tempo devido à enorme curiosidade e vontade de saber que sempre demonstrou e
ao valor dado à criatividade dos artistas que apoiou.
10. Explica as características do Renascimento.
- antropocentrismo: Atitude filosófica que coloca o Homem no centro do Universo.
- mecenato: é a acção de protegera cultura, por parte de um particular,isto é, de um mecenas.
- Humanismo: Movimento cultural renascentista – filosófico, literário e artístico – que se interessa pelo Homem, as
suas características e potencialidades. Apoiou-se na cultura clássica (grega e romana) que redescobriu e reinventou.
- Individualismo: Corrente doutrinal e prática que defende, para cada homem, a concretização das potencialidades e
características próprias e sobrevaloriza o papel do indivíduo na evolução das sociedades e da História. Exemplo: os
artistas assumem-se como intelectuais, que pelo seu talento técnico, pelo raciocínio e compreensão das coisas,
mostram génio, recebendo reconhecimento público, garantindo a sua ascensão social, pelo que são chamados às
cortes dos senhores e assinam as suas obras.
- Classicismo: Tendência literária e artística baseada na imitação dos clássicos: gregos e romanos.
- Defesa do Homem Ideal: Homem completo e perfeito, cultiva a formaçãofísica, intelectual e cívica, ou seja uma
formação integral (mente sã,em corpo são).
- naturalismo: Doutrina eatitude filosófica e estética quevaloriza a observação eimitação da Natureza.
- experiencialismo: espírito de curiosidade e de observação da Natureza para a construção do conhecimento,
recusando aceitar a autoridade dos livros, valorizando a experiência de quem vê. O experiencialismo para qual os
portugueses com as suas descobertas e estudos tanto contribuíram, consiste num saber da experiência feito de
resultados de observações empírica.
- racionalismo: Atitude filosófica em que os conhecimentos antigos ou resultantes da observação da Natureza só
seriam válidos se fossem confirmados / interpretado pela Razão.
- espírito crítico: : Atitude de umapessoa que não aceita ideias, factos, conceitos, teorias, sem reflectir sobre os seus
fundamentos e sobre o seu valor.
11. Descreve os reflexos das características do Renascimento sobre a arte:
- abandono das práticas góticas
- Libertação dos artistas das corporações, reconhecimento do valor da sua autoria e elevação do seu estatuto social;
o artista deixa de ser um “artesão” , passando a ser um homem de saber universal que pode individualizar a sua
obra, assinando-a e distinguido o seu papel como autor, no processo criativo
- Giorgio Vasari aparece como o 1º historiador da arte
- rigor conceptual e técnico na descoberta e criação de novas regras, cânones e temas para suplantar a própria
natureza
- arte racional e científica, imitação intelectualizada e tecnicista da natureza
- arte feita à medida do homem (“homem como a medida de todas as coisas”)
12. Descreve os palácios como construções que servem para exaltar o Homem.
Nas cidades, o palácio era a habitação típica das elites (nobres, eclesiásticos e burgueses). De planta quadrangular,
com 3 a 4 pisos, ocupava normalmente um quarteirão. Feitos de pedra, tinham um aspeto fechado, compacto e
maciço. As janelas estavam alinhadas e rodeadas por colunas ou por pilastras, cujos capitéis apresentam as ordens
arquitetónicas sobrepostas. A decoração exterior era sóbria. O interior estava organizado em torno de um pátio
central aberto (o cortile) e ladeado por 4 arcadas (loggia), de arcos redondos à maneira romana, decoradas com
mármores, medalhões de cerâmica esmaltada e peças de estatuária. O pátio era o centro orgânico do palácio: as
divisões desenvolvem-se a partir dele, assim como os eixos de circulação interna. Os pisos estavam organizados
segundo critérios funcionais: o rés do chão estava reservado à área de , no 1º andar estavam as dependências nobres
e sociais e no 2º andar estavam as zonas privadas. A decoração interior dos palácios era delicada e luxuosa, onde
desde o revestimento das paredes, tectos e chãos, ao mobiliário e outras peças de equipamento como tapeçarias,
esculturas, cerâmicas, etc., tudo era tratado com requinte e arte. Os palácios eram o símbolo da forma de vida dos
seus proprietários e tornaram-se autênticos centros culturais e artísticos, pequenas cortes onde os prazeres da vida,
do corpo e do espírito eram celebrados. Os palácios ativos centros culturais e artísticos pois lá eram organizados
banquetes, bailes e saraus. Em muitos deles havia ainda bibliotecas e museus privados. Eram também locais de
trabalho de pintores e escultores.
13. Identifica o Humanismo como a expressão literária dos novos valores intelectuais do renascimento.
Interessados por tudo aquilo que dizia respeito ao estudo das línguas e dos homens, os humanistas:
- realizaram pesquisa em bibliotecas e nos scriptoria dos mosteiros dos manuscritos antigos
- aprenderam grego e do latim
- escreveram obras literárias nas línguas nacionais ou obras de crítica social.
14. Justifica a importância da imprensa para o movimento humanista.
As inovações na imprensa realizadas por Gutenberg permitiram fazer livros em maior quantidade, logo estes livros
impressos ficavam mais baratos que os seus antecessores todos executados à mão, contribuindo assim para o acesso
à cultura de um número maior de pessoas. Por conseguinte, conduziu a grandes progressos na vida cultural:,
permitindo a mais rápida divulgação das ideias e dos saberes, generalizando as correntes culturais (filosóficas,
literárias ou científicas), facilitando o estudo e o ensino e alargando os horizontes mentais e geográficos dos homens.
15. Descreve as consequências das Reformas Protestante e Católica.
Como reação à venda de indulgências por parte do Papa para a construção da Basílica de S. Pedro, Martinho Lutero
afixa as “95 teses contra as indulgências”, defendendo que o perdão dos pecados se obtém apenas pelo verdadeiro
arrependimento. Outras vozes discordantes aparecem, como as de Calvino e de Henrique VIII. Este movimento é
conhecido pelo nome de Reforma Protestante, que levou ao aprecimetno de três novas religiões cristãs: o
luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo. Como reação, a Igreja Católica procede à sua reorganização interna,
reafirmando os dogmas católicos e disciplinando a ação dos padres (Reforma Católica). Criou também instrumentos
de combate à expansão do protestantismo, como a Inquisição, o Índex e a Companhia de Jesus (Contra-Reforma).
Como consequência destes movimentos religiosos, surgiram conflitos entre as igrejas que levaram a perseguições,
execuções, massacres. Relativamente aos aspectos culturais, condicionou a produção literária e científica, assim
como a sua difusão e evolução, com medo de represálias por parte das igrejas.
16. Menciona a herança do período clássico presente na arquitetura renascentista.
Os artistas renascentista propunham-se igualar os feitos intelectuais e artísticos dos Antigos. No entanto,
encontraram na arte clássica as bases sólidas para alcançarem o “mundo real”, concreto e palpável. A redescoberta
do do tratado de Architectura de Vitrúvio (na biblioteca de Sant-Gall) passa a ser a única referência teórica ,
fornecendo matéria substantiva e fundamental para a formulação do Classicismo na arquitectura renascentista. A
obra de Vitrúvio tornou-se na “bíblia” dos arquitectos humanistas, que passaram a aplicar os princípios onde
assentaram as bases do programa arquitectónico renascentista : firmitas (solidez/resistência); utilitas
(utilidade/funcionalidade); venustas (beleza/ euritmia); decorum (dignidade/decoro). Ao mesmo tempo que
empreenderam uma arquitetura monumental, subordinaram-na ao princípio de que “o homem é a medida de todas as
coisas”.
17. Apresenta o contributo de Brunelleschi.
Arquiteto e escultor italiano, estudou na sua juventude os monumentos clássicos de Roma. Foi o construtor da
cúpula da Catedral de Florença, a sacristia de San Lorenzo (capela funerária dos Médicis), a Capela dos Pazzi e a
Igreja do Santo Espírito (reconstrução).
A cúpula da Catedral de Santa Maria das Flores (inspirando-se no Pateão de Roma) é a primeira grande obra do
Renascimento arquitectónico. Levanta-se sobre um tambor octogonal e é de elegantes proporções. A cúpula exterior
é pontiaguda, o que permite ganhar altura e resistir às forças laterais. Os óculos e a lanterna no topo permitiam a
iluminação do cruzeiro. A decoração do interior da cúpula criava uma ilusão de óptica no sentido da verticalidade,
de ascensão aos céus. A partir desta obra, a cúpula, esquecida durante o Gótico, reaparece na arquitetura europeia.
Através da introdução de novas técnicas construtivas, o artista conseguiu dispensar alguns elementos de reforço,
fazendo toda a estrutura mais leve. A utilização de dois grandes cascos unidos entre si foi a chave para o sucesso
desta obra. Mas mais do que o prodígio técnico alcançado, a obra, com a sua simples estrutura octogonal com o
nervurado de sustentação, encerrou o programa formal e conceptual da época medieval. O arquitecto conseguiu,
aqui, a obra-prima do Quattrocento e o símbolo de um cidade e de uma época, com a maior cúpula construída até
então.
Brunelleschi foi o introdutor da perspectiva espacial (o ponto de fuga, as diferentes linhas convergem para um ponto
único), demonstrando preocupação pelo equilíbrio geométrico e uma rigorosa simetria na distribuição dos volumes
(Deus manifesta-se, agora, nas matemáticas e na geometria). O belo atinge-se através da geometria dos espaços
traçados cuja perfeição é uma questão de harmonia e proporção entre os pontos que compõem o todo. o quadrado e o
circulo são as figuras geométricas perfeitas (reflectem a superior perfeição de Deus)
A Capela dos Pazzi foi estruturada segundo formas geométricas puras (quadrados e círculos) e a cúpula foi feita
sobre pendentes.A tradicional planta de cruz latina dá lugar à planta central (coberta por cúpulas semiesféricas). Não
há frescos/retábulos/imagens de santos nas paredes e as janelas deixam entrar luz branca natural do dia. São
utilizados elementos de estruturas clássicas: frontão, embasamento, colunas, ordens arquitectónicas, arcos de volta
inteira, os entablamentos.
Com Brunelleschi o desenho – a “mãe de todas as artes” – passou a constituir um dos momentos fundamentais do
processo criativo, facultando ao arquitecto o ensaio das melhores soluções para os melhores resultados.
18. Apresenta o contributo de Alberti
No Restauro da Igreja de Santa Maria Novella, Leon Battista Alberti usou traçados geométricos rigorosos. As
volutas foram utilizadas como forma de disfarçar a verticalidade gótica da fachada da igreja primitiva. Utilizou
elementos arquitetónicos clássicos, como o fraontaõ triangular, o arco de volta perfeitas e as pilastras. Na Igreja de
Santo André, em Mântua, aplicou uma planta de igreja-salão, com capelas laterais. A fachada tem um frontão,
inspirado-se nos arcos de triunfo (entrada nas igrejas como uma entrada triunfal). Foi o introdutor da ordem colossal
(a altura das colunas ou pilastras atinge um ou mais andares).
19. Apresenta o contributo de Bramante.
Arquitecto e pintor italiano, foi considerado uma grande figura da arquitectura no Renascimento. Em 1500
transferiu-se de Milão para Roma. Em 1503 projetou a Igreja de S. Pedro in Montorio e a Basílica de S. Pedro do
Vaticano. O projecto original foi modificado por Miguel Ângelo e Rafael.
O Tempieto de S. Pedro é um edifício harmonioso, com planta centrada, semelhante ao templo romano dedicado a
Vesta. Através da substituição da temática pagã por elementos religiosos católicos, o artista conseguiu conciliar as
proporções, a planta, a forma com os princípios cristãos. Foram utilizados como elemetnos arquitetónico as colunas
dórico-toscanas, o pórtico contínuo de 3 degraus, a balaustrada, um corpo central cilíndrico com nichos encravados e
uma cúpula semiesférica.
No projeto para aBasílica de S. Pedro, criou uma igreja de uma só nave, de planta centrada, larga, coberta com uma
cúpula, que através da iluminação criava uma visão do espaço absoluto.
20. Presenta as características da arquitetura renascentista.
- a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas:
- ideal de simetria absoluta
- ponto de fuga
- - horizontalidade
- inspirou-se nas obras greco-romanas – classismo:
- Abóbadas de berço
- cúpulas
- frontões nas portas e nas janelas
- arcos de volta perfeita
- Pilastras e colunas encimadas por capitéis clássicos (dóricos, jónicos ou coríntios);
- planta:
- evoluiu de planta basilical em cruz latina para plantas quadradas ou de cruz centrada
- no corpo principal a nave central alonga-se
21. Descreve o novo urbanismo:
No Renascimento passou a haver uma preocupação com a organização das cidades. Os projectos surgidos organizam
as cidades segundo uma malha regular. A Praça Ducal de Vigevano (espaço retangular, rodeado por uma arcada),
concebida por Leonardo da Vinci, foi concebida para ser o local nobre da cidade, à volta da qual se organizam os
restantes edifícios. No projecto de Piero della Francesca, as casas aparecem proporcionadas ao espaço, as igrejas são
circulares e organizadas numa perspectiva linear. A cidade está organizada dentro de um círculo e de uma estrela.
22. Apresenta as principais alterações verificadas na escultura renascentista.
A escultura renascentista foi fruto de uma longa evolução, gerada na arte gótica e aperfeiçoada pelos contactos que
os artistas italianos foram mantendo com a arte clássica.
- interessaram-se principalmente pelo Homem, "medida de todas as coisas" e, por isso, representaram-no com
fidelidade visual nos aspectos físicos e anatómicos (proporções, músculos, etc.) e nas suas capacidades
expressivas (gestos, sentimentos, movimentos, etc.).
- a escultura deixou de ser um mero elemento decorativo aliado à arquitectura e passou a ter valor e existência por si
só. A estatuária passou a ser de vulto redondo, isto é, podia ser vista de todos os ângulos e, por isso, surgiram novos
objectivos e tipologias para a mesma, que começou a ser utilizada como monumento individual, erguida à memória
de um homem ou de um feito, ou ainda com carácter simbólico ou alegórico. Assim, as esculturas,
independentemente do seu significado ou tema, estavam libertas dos espaços arquitectónicos e eram expostas
livremente em praças, jardins ou edifícios públicos e privados.
- Os escultores tornaram-se mais livres para criarem e conceberem as suas obras, (apesar de ainda existir um certo
condicionamento imposto pela encomenda) atribuindo-lhes um cunho pessoal e individual, que os distinguisse e os
fizesse sair do anonimato, contrariamente ao que acontecia com o artista medieval.
- A prática do relevo, aplicada à arquitectura, não desapareceu por completo, e ganhou maior verismo pela aplicação
da tridimensionalidade na composição.
- Renasceu a representação do nu, do retrato e das estátuas equestres (simbolizavam a importância e o poder).
- As figuras eram representadas com grande verismo, naturalismo e sensibilidade expressiva e os
corpos possuíam formas trabalhadas com enorme rigor anatómico, perspectiva natural, proporcionalidade e
profundidade, imitando o próprio ser humano. Tal como na arte clássica existiu também um toque de beleza
idealizada e a procura da perfeição.
- A grande inovação da época foi o facto dos artistas usarem homens e mulheres do Renascimento como modelos
vivos para a concepção das suas obras, mesmo nos temas mitológicos e bíblicos ou sagrados (a temática mais
praticada), aos quais iam buscar a expressividade emocional e os minuciosos gestos e atitudes, plenos de realismo e
humanidade. Esta inovação foi fruto de uma mentalidade mais racional e objectiva, fundamentalmente virada para a
realidade quotidiana.
23. Apresenta alguns escultores renascentistas.
- Lorenzo Ghiberti (1378-1455), artista de transição do Gótico para o Renascimento, conhecido principalmente
pelos seus relevos onde demonstrou preparação intelectual para entender a aplicação prática das ciências que
ajudavam à representação artificial da realidade: a geometria, a perspectiva e a anatomia.
- Donato Donatello (1386-1466), cujas obras possuíam grande sensibilidade expressiva e uma modelação anatómica
realista.
- Miguel Ângelo (1475-1564), o maior génio do Renascimento. Foi um homem multifacetado cujo grande talento se
revelou também na arquitectura, na pintura e na poesia. Considerou-se essencialmente escultor e foi capaz, como
nenhum outro, de esculpir e cinzelar as formas directamente do bloco de pedra, sem passar pela construção de
modelos. Na parte final da sua vida (já considerada maneirista) abandonou o realismo racional das suas obras e
começou a expressar-se numa técnica mais livre e rude, que se caracterizava pelo aspecto inacabado e pelas formas
indefinidas. Esta "perda do realismo" foi compensada pela maior carga emotiva das figuras.
objectivos e tipologias para a mesma, que começou a ser utilizada como monumento individual, erguida à memória
de um homem ou de um feito, ou ainda com carácter simbólico ou alegórico. Assim, as esculturas,
independentemente do seu significado ou tema, estavam libertas dos espaços arquitectónicos e eram expostas
livremente em praças, jardins ou edifícios públicos e privados.
- Os escultores tornaram-se mais livres para criarem e conceberem as suas obras, (apesar de ainda existir um certo
condicionamento imposto pela encomenda) atribuindo-lhes um cunho pessoal e individual, que os distinguisse e os
fizesse sair do anonimato, contrariamente ao que acontecia com o artista medieval.
- A prática do relevo, aplicada à arquitectura, não desapareceu por completo, e ganhou maior verismo pela aplicação
da tridimensionalidade na composição.
- Renasceu a representação do nu, do retrato e das estátuas equestres (simbolizavam a importância e o poder).
- As figuras eram representadas com grande verismo, naturalismo e sensibilidade expressiva e os
corpos possuíam formas trabalhadas com enorme rigor anatómico, perspectiva natural, proporcionalidade e
profundidade, imitando o próprio ser humano. Tal como na arte clássica existiu também um toque de beleza
idealizada e a procura da perfeição.
- A grande inovação da época foi o facto dos artistas usarem homens e mulheres do Renascimento como modelos
vivos para a concepção das suas obras, mesmo nos temas mitológicos e bíblicos ou sagrados (a temática mais
praticada), aos quais iam buscar a expressividade emocional e os minuciosos gestos e atitudes, plenos de realismo e
humanidade. Esta inovação foi fruto de uma mentalidade mais racional e objectiva, fundamentalmente virada para a
realidade quotidiana.
23. Apresenta alguns escultores renascentistas.
- Lorenzo Ghiberti (1378-1455), artista de transição do Gótico para o Renascimento, conhecido principalmente
pelos seus relevos onde demonstrou preparação intelectual para entender a aplicação prática das ciências que
ajudavam à representação artificial da realidade: a geometria, a perspectiva e a anatomia.
- Donato Donatello (1386-1466), cujas obras possuíam grande sensibilidade expressiva e uma modelação anatómica
realista.
- Miguel Ângelo (1475-1564), o maior génio do Renascimento. Foi um homem multifacetado cujo grande talento se
revelou também na arquitectura, na pintura e na poesia. Considerou-se essencialmente escultor e foi capaz, como
nenhum outro, de esculpir e cinzelar as formas directamente do bloco de pedra, sem passar pela construção de
modelos. Na parte final da sua vida (já considerada maneirista) abandonou o realismo racional das suas obras e
começou a expressar-se numa técnica mais livre e rude, que se caracterizava pelo aspecto inacabado e pelas formas
indefinidas. Esta "perda do realismo" foi compensada pela maior carga emotiva das figuras.

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  • 1. História da Cultura e das Artes _________________________________________________________________________________________ Módulo 5 – A Cultura do Palácio 1. Localiza no tempo e no espaço o movimento renascentista. - Localização no tempo: Século XV – Quattrocento; Século XVI - Cinquecento - Localização no espaço: Berço - Itália ; difusão – Flandres, Inglaterra, França, Espanha, Portugal 2. Justifica a importância dos Descobrimentos Europeus. Os Descobrimentos permitiram: - Comércio à escala mundial - Intercâmbios culturais entre continentes - Maior conhecimento do Globo terrestre - Experiencialismo (o valor da observação e da experiência, em detrimento do saber livresco) - Novos conceitos sobre o Homem (valorização nas capacidades humanas) 3. Qual a importância da obra De Revolutionibus Orbium Coelestium? Pela primeira vez, é exposta de forma matemática e científica, a teoria heliocêntrica, comprovando-se com rigorosas demonstrações matemáticas. 4. Como Copérnico atingiu as conclusões que expõe na obra? Copérnico fez medições, utilizando o quadrante (mede o arco diurno percorrido pelo Sol), a esfera armilar (para determinar a posição dos astros) e um torqueton (medir a posição dos astros no céu). A partir das observações, fez complicadas demonstrações matemáticas. 5. Porque razão essa obra foi tão polémica no seu tempo? As conclusões de Copérnico eram contrárias aos ensinamentos dos sentidos e às teorias dos Antigos e negavam afirmações da Bíblia, pondo em causa alguns dogmas da Igreja. A obra permaneceu no Index até 1835. 6. Descreve as condições favoráveis existentes em Itália para o aparecimento do Renascimento. - existência de inúmeros vestígios da cultura clássica, que viriam a inspirar numerosos artistas. Por sua vez, as bibliotecas dos mosteiros guardavam cópias de muitas obras da antiguidade, que os intelectuais italianos estudavam, e muitas vezes, reeditavam. - a divisão da Peninsula Itálica em várias repúblicas oligárquicas ou reinos favoreceu a rivalidade económica mas também cultural. - Muitas cidades italianas tinham-se tornado activos e prósperos centros de comércio e financeiros. Graças a essa prosperidade, os grandes senhores nobres e eclesiásticos e os ricos burgueses praticavam o mecenato cultural, apoiando escritores e artistas. 7. Que características definem a personalidade e a atuação política de Lourenço de Médicis? Lourenço era eloquente, curioso e vivo, tinha uma inteligência acima da média e uma grande sensibilidade artística, era culto, eclético, sensível e sofisticado 8. Quais os contributos de Lourenço para a vida da sua cidade, Florença? Lourenço governou com grande sabedoria e tato político, tendo trazido bem-estar e fama a Florença. Instituiu um poder absoluto mas teve o apoio dos mais pobres. Amante das artes e das letras, desenvolveu uma política cultural notável, criando em Florença um ambiente de permanente animação cultural. Atraiu e apoiou poetas, pensadores e
  • 2. artistas, criou escolas e bibliotecas, colecionou livros e obras de arte, renovou arquitetonicamente a cidade e promoveu inúmeras festas públicas e privadas. 9. De que modo a sua personalidade e a sua atuação política refletem o seu tempo? Lourenço é um homem do seu tempo devido à enorme curiosidade e vontade de saber que sempre demonstrou e ao valor dado à criatividade dos artistas que apoiou. 10. Explica as características do Renascimento. - antropocentrismo: Atitude filosófica que coloca o Homem no centro do Universo. - mecenato: é a acção de protegera cultura, por parte de um particular,isto é, de um mecenas. - Humanismo: Movimento cultural renascentista – filosófico, literário e artístico – que se interessa pelo Homem, as suas características e potencialidades. Apoiou-se na cultura clássica (grega e romana) que redescobriu e reinventou. - Individualismo: Corrente doutrinal e prática que defende, para cada homem, a concretização das potencialidades e características próprias e sobrevaloriza o papel do indivíduo na evolução das sociedades e da História. Exemplo: os artistas assumem-se como intelectuais, que pelo seu talento técnico, pelo raciocínio e compreensão das coisas, mostram génio, recebendo reconhecimento público, garantindo a sua ascensão social, pelo que são chamados às cortes dos senhores e assinam as suas obras. - Classicismo: Tendência literária e artística baseada na imitação dos clássicos: gregos e romanos. - Defesa do Homem Ideal: Homem completo e perfeito, cultiva a formaçãofísica, intelectual e cívica, ou seja uma formação integral (mente sã,em corpo são). - naturalismo: Doutrina eatitude filosófica e estética quevaloriza a observação eimitação da Natureza. - experiencialismo: espírito de curiosidade e de observação da Natureza para a construção do conhecimento, recusando aceitar a autoridade dos livros, valorizando a experiência de quem vê. O experiencialismo para qual os portugueses com as suas descobertas e estudos tanto contribuíram, consiste num saber da experiência feito de resultados de observações empírica. - racionalismo: Atitude filosófica em que os conhecimentos antigos ou resultantes da observação da Natureza só seriam válidos se fossem confirmados / interpretado pela Razão. - espírito crítico: : Atitude de umapessoa que não aceita ideias, factos, conceitos, teorias, sem reflectir sobre os seus fundamentos e sobre o seu valor. 11. Descreve os reflexos das características do Renascimento sobre a arte: - abandono das práticas góticas - Libertação dos artistas das corporações, reconhecimento do valor da sua autoria e elevação do seu estatuto social; o artista deixa de ser um “artesão” , passando a ser um homem de saber universal que pode individualizar a sua obra, assinando-a e distinguido o seu papel como autor, no processo criativo - Giorgio Vasari aparece como o 1º historiador da arte - rigor conceptual e técnico na descoberta e criação de novas regras, cânones e temas para suplantar a própria natureza - arte racional e científica, imitação intelectualizada e tecnicista da natureza - arte feita à medida do homem (“homem como a medida de todas as coisas”) 12. Descreve os palácios como construções que servem para exaltar o Homem. Nas cidades, o palácio era a habitação típica das elites (nobres, eclesiásticos e burgueses). De planta quadrangular, com 3 a 4 pisos, ocupava normalmente um quarteirão. Feitos de pedra, tinham um aspeto fechado, compacto e
  • 3. maciço. As janelas estavam alinhadas e rodeadas por colunas ou por pilastras, cujos capitéis apresentam as ordens arquitetónicas sobrepostas. A decoração exterior era sóbria. O interior estava organizado em torno de um pátio central aberto (o cortile) e ladeado por 4 arcadas (loggia), de arcos redondos à maneira romana, decoradas com mármores, medalhões de cerâmica esmaltada e peças de estatuária. O pátio era o centro orgânico do palácio: as divisões desenvolvem-se a partir dele, assim como os eixos de circulação interna. Os pisos estavam organizados segundo critérios funcionais: o rés do chão estava reservado à área de , no 1º andar estavam as dependências nobres e sociais e no 2º andar estavam as zonas privadas. A decoração interior dos palácios era delicada e luxuosa, onde desde o revestimento das paredes, tectos e chãos, ao mobiliário e outras peças de equipamento como tapeçarias, esculturas, cerâmicas, etc., tudo era tratado com requinte e arte. Os palácios eram o símbolo da forma de vida dos seus proprietários e tornaram-se autênticos centros culturais e artísticos, pequenas cortes onde os prazeres da vida, do corpo e do espírito eram celebrados. Os palácios ativos centros culturais e artísticos pois lá eram organizados banquetes, bailes e saraus. Em muitos deles havia ainda bibliotecas e museus privados. Eram também locais de trabalho de pintores e escultores. 13. Identifica o Humanismo como a expressão literária dos novos valores intelectuais do renascimento. Interessados por tudo aquilo que dizia respeito ao estudo das línguas e dos homens, os humanistas: - realizaram pesquisa em bibliotecas e nos scriptoria dos mosteiros dos manuscritos antigos - aprenderam grego e do latim - escreveram obras literárias nas línguas nacionais ou obras de crítica social. 14. Justifica a importância da imprensa para o movimento humanista. As inovações na imprensa realizadas por Gutenberg permitiram fazer livros em maior quantidade, logo estes livros impressos ficavam mais baratos que os seus antecessores todos executados à mão, contribuindo assim para o acesso à cultura de um número maior de pessoas. Por conseguinte, conduziu a grandes progressos na vida cultural:, permitindo a mais rápida divulgação das ideias e dos saberes, generalizando as correntes culturais (filosóficas, literárias ou científicas), facilitando o estudo e o ensino e alargando os horizontes mentais e geográficos dos homens. 15. Descreve as consequências das Reformas Protestante e Católica. Como reação à venda de indulgências por parte do Papa para a construção da Basílica de S. Pedro, Martinho Lutero afixa as “95 teses contra as indulgências”, defendendo que o perdão dos pecados se obtém apenas pelo verdadeiro arrependimento. Outras vozes discordantes aparecem, como as de Calvino e de Henrique VIII. Este movimento é conhecido pelo nome de Reforma Protestante, que levou ao aprecimetno de três novas religiões cristãs: o luteranismo, o calvinismo e o anglicanismo. Como reação, a Igreja Católica procede à sua reorganização interna, reafirmando os dogmas católicos e disciplinando a ação dos padres (Reforma Católica). Criou também instrumentos de combate à expansão do protestantismo, como a Inquisição, o Índex e a Companhia de Jesus (Contra-Reforma). Como consequência destes movimentos religiosos, surgiram conflitos entre as igrejas que levaram a perseguições, execuções, massacres. Relativamente aos aspectos culturais, condicionou a produção literária e científica, assim como a sua difusão e evolução, com medo de represálias por parte das igrejas. 16. Menciona a herança do período clássico presente na arquitetura renascentista. Os artistas renascentista propunham-se igualar os feitos intelectuais e artísticos dos Antigos. No entanto, encontraram na arte clássica as bases sólidas para alcançarem o “mundo real”, concreto e palpável. A redescoberta do do tratado de Architectura de Vitrúvio (na biblioteca de Sant-Gall) passa a ser a única referência teórica , fornecendo matéria substantiva e fundamental para a formulação do Classicismo na arquitectura renascentista. A
  • 4. obra de Vitrúvio tornou-se na “bíblia” dos arquitectos humanistas, que passaram a aplicar os princípios onde assentaram as bases do programa arquitectónico renascentista : firmitas (solidez/resistência); utilitas (utilidade/funcionalidade); venustas (beleza/ euritmia); decorum (dignidade/decoro). Ao mesmo tempo que empreenderam uma arquitetura monumental, subordinaram-na ao princípio de que “o homem é a medida de todas as coisas”. 17. Apresenta o contributo de Brunelleschi. Arquiteto e escultor italiano, estudou na sua juventude os monumentos clássicos de Roma. Foi o construtor da cúpula da Catedral de Florença, a sacristia de San Lorenzo (capela funerária dos Médicis), a Capela dos Pazzi e a Igreja do Santo Espírito (reconstrução). A cúpula da Catedral de Santa Maria das Flores (inspirando-se no Pateão de Roma) é a primeira grande obra do Renascimento arquitectónico. Levanta-se sobre um tambor octogonal e é de elegantes proporções. A cúpula exterior é pontiaguda, o que permite ganhar altura e resistir às forças laterais. Os óculos e a lanterna no topo permitiam a iluminação do cruzeiro. A decoração do interior da cúpula criava uma ilusão de óptica no sentido da verticalidade, de ascensão aos céus. A partir desta obra, a cúpula, esquecida durante o Gótico, reaparece na arquitetura europeia. Através da introdução de novas técnicas construtivas, o artista conseguiu dispensar alguns elementos de reforço, fazendo toda a estrutura mais leve. A utilização de dois grandes cascos unidos entre si foi a chave para o sucesso desta obra. Mas mais do que o prodígio técnico alcançado, a obra, com a sua simples estrutura octogonal com o nervurado de sustentação, encerrou o programa formal e conceptual da época medieval. O arquitecto conseguiu, aqui, a obra-prima do Quattrocento e o símbolo de um cidade e de uma época, com a maior cúpula construída até então. Brunelleschi foi o introdutor da perspectiva espacial (o ponto de fuga, as diferentes linhas convergem para um ponto único), demonstrando preocupação pelo equilíbrio geométrico e uma rigorosa simetria na distribuição dos volumes (Deus manifesta-se, agora, nas matemáticas e na geometria). O belo atinge-se através da geometria dos espaços traçados cuja perfeição é uma questão de harmonia e proporção entre os pontos que compõem o todo. o quadrado e o circulo são as figuras geométricas perfeitas (reflectem a superior perfeição de Deus) A Capela dos Pazzi foi estruturada segundo formas geométricas puras (quadrados e círculos) e a cúpula foi feita sobre pendentes.A tradicional planta de cruz latina dá lugar à planta central (coberta por cúpulas semiesféricas). Não há frescos/retábulos/imagens de santos nas paredes e as janelas deixam entrar luz branca natural do dia. São utilizados elementos de estruturas clássicas: frontão, embasamento, colunas, ordens arquitectónicas, arcos de volta inteira, os entablamentos. Com Brunelleschi o desenho – a “mãe de todas as artes” – passou a constituir um dos momentos fundamentais do processo criativo, facultando ao arquitecto o ensaio das melhores soluções para os melhores resultados. 18. Apresenta o contributo de Alberti No Restauro da Igreja de Santa Maria Novella, Leon Battista Alberti usou traçados geométricos rigorosos. As volutas foram utilizadas como forma de disfarçar a verticalidade gótica da fachada da igreja primitiva. Utilizou elementos arquitetónicos clássicos, como o fraontaõ triangular, o arco de volta perfeitas e as pilastras. Na Igreja de Santo André, em Mântua, aplicou uma planta de igreja-salão, com capelas laterais. A fachada tem um frontão, inspirado-se nos arcos de triunfo (entrada nas igrejas como uma entrada triunfal). Foi o introdutor da ordem colossal (a altura das colunas ou pilastras atinge um ou mais andares).
  • 5. 19. Apresenta o contributo de Bramante. Arquitecto e pintor italiano, foi considerado uma grande figura da arquitectura no Renascimento. Em 1500 transferiu-se de Milão para Roma. Em 1503 projetou a Igreja de S. Pedro in Montorio e a Basílica de S. Pedro do Vaticano. O projecto original foi modificado por Miguel Ângelo e Rafael. O Tempieto de S. Pedro é um edifício harmonioso, com planta centrada, semelhante ao templo romano dedicado a Vesta. Através da substituição da temática pagã por elementos religiosos católicos, o artista conseguiu conciliar as proporções, a planta, a forma com os princípios cristãos. Foram utilizados como elemetnos arquitetónico as colunas dórico-toscanas, o pórtico contínuo de 3 degraus, a balaustrada, um corpo central cilíndrico com nichos encravados e uma cúpula semiesférica. No projeto para aBasílica de S. Pedro, criou uma igreja de uma só nave, de planta centrada, larga, coberta com uma cúpula, que através da iluminação criava uma visão do espaço absoluto. 20. Presenta as características da arquitetura renascentista. - a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas: - ideal de simetria absoluta - ponto de fuga - - horizontalidade - inspirou-se nas obras greco-romanas – classismo: - Abóbadas de berço - cúpulas - frontões nas portas e nas janelas - arcos de volta perfeita - Pilastras e colunas encimadas por capitéis clássicos (dóricos, jónicos ou coríntios); - planta: - evoluiu de planta basilical em cruz latina para plantas quadradas ou de cruz centrada - no corpo principal a nave central alonga-se 21. Descreve o novo urbanismo: No Renascimento passou a haver uma preocupação com a organização das cidades. Os projectos surgidos organizam as cidades segundo uma malha regular. A Praça Ducal de Vigevano (espaço retangular, rodeado por uma arcada), concebida por Leonardo da Vinci, foi concebida para ser o local nobre da cidade, à volta da qual se organizam os restantes edifícios. No projecto de Piero della Francesca, as casas aparecem proporcionadas ao espaço, as igrejas são circulares e organizadas numa perspectiva linear. A cidade está organizada dentro de um círculo e de uma estrela. 22. Apresenta as principais alterações verificadas na escultura renascentista. A escultura renascentista foi fruto de uma longa evolução, gerada na arte gótica e aperfeiçoada pelos contactos que os artistas italianos foram mantendo com a arte clássica. - interessaram-se principalmente pelo Homem, "medida de todas as coisas" e, por isso, representaram-no com fidelidade visual nos aspectos físicos e anatómicos (proporções, músculos, etc.) e nas suas capacidades expressivas (gestos, sentimentos, movimentos, etc.). - a escultura deixou de ser um mero elemento decorativo aliado à arquitectura e passou a ter valor e existência por si só. A estatuária passou a ser de vulto redondo, isto é, podia ser vista de todos os ângulos e, por isso, surgiram novos
  • 6. objectivos e tipologias para a mesma, que começou a ser utilizada como monumento individual, erguida à memória de um homem ou de um feito, ou ainda com carácter simbólico ou alegórico. Assim, as esculturas, independentemente do seu significado ou tema, estavam libertas dos espaços arquitectónicos e eram expostas livremente em praças, jardins ou edifícios públicos e privados. - Os escultores tornaram-se mais livres para criarem e conceberem as suas obras, (apesar de ainda existir um certo condicionamento imposto pela encomenda) atribuindo-lhes um cunho pessoal e individual, que os distinguisse e os fizesse sair do anonimato, contrariamente ao que acontecia com o artista medieval. - A prática do relevo, aplicada à arquitectura, não desapareceu por completo, e ganhou maior verismo pela aplicação da tridimensionalidade na composição. - Renasceu a representação do nu, do retrato e das estátuas equestres (simbolizavam a importância e o poder). - As figuras eram representadas com grande verismo, naturalismo e sensibilidade expressiva e os corpos possuíam formas trabalhadas com enorme rigor anatómico, perspectiva natural, proporcionalidade e profundidade, imitando o próprio ser humano. Tal como na arte clássica existiu também um toque de beleza idealizada e a procura da perfeição. - A grande inovação da época foi o facto dos artistas usarem homens e mulheres do Renascimento como modelos vivos para a concepção das suas obras, mesmo nos temas mitológicos e bíblicos ou sagrados (a temática mais praticada), aos quais iam buscar a expressividade emocional e os minuciosos gestos e atitudes, plenos de realismo e humanidade. Esta inovação foi fruto de uma mentalidade mais racional e objectiva, fundamentalmente virada para a realidade quotidiana. 23. Apresenta alguns escultores renascentistas. - Lorenzo Ghiberti (1378-1455), artista de transição do Gótico para o Renascimento, conhecido principalmente pelos seus relevos onde demonstrou preparação intelectual para entender a aplicação prática das ciências que ajudavam à representação artificial da realidade: a geometria, a perspectiva e a anatomia. - Donato Donatello (1386-1466), cujas obras possuíam grande sensibilidade expressiva e uma modelação anatómica realista. - Miguel Ângelo (1475-1564), o maior génio do Renascimento. Foi um homem multifacetado cujo grande talento se revelou também na arquitectura, na pintura e na poesia. Considerou-se essencialmente escultor e foi capaz, como nenhum outro, de esculpir e cinzelar as formas directamente do bloco de pedra, sem passar pela construção de modelos. Na parte final da sua vida (já considerada maneirista) abandonou o realismo racional das suas obras e começou a expressar-se numa técnica mais livre e rude, que se caracterizava pelo aspecto inacabado e pelas formas indefinidas. Esta "perda do realismo" foi compensada pela maior carga emotiva das figuras.
  • 7. objectivos e tipologias para a mesma, que começou a ser utilizada como monumento individual, erguida à memória de um homem ou de um feito, ou ainda com carácter simbólico ou alegórico. Assim, as esculturas, independentemente do seu significado ou tema, estavam libertas dos espaços arquitectónicos e eram expostas livremente em praças, jardins ou edifícios públicos e privados. - Os escultores tornaram-se mais livres para criarem e conceberem as suas obras, (apesar de ainda existir um certo condicionamento imposto pela encomenda) atribuindo-lhes um cunho pessoal e individual, que os distinguisse e os fizesse sair do anonimato, contrariamente ao que acontecia com o artista medieval. - A prática do relevo, aplicada à arquitectura, não desapareceu por completo, e ganhou maior verismo pela aplicação da tridimensionalidade na composição. - Renasceu a representação do nu, do retrato e das estátuas equestres (simbolizavam a importância e o poder). - As figuras eram representadas com grande verismo, naturalismo e sensibilidade expressiva e os corpos possuíam formas trabalhadas com enorme rigor anatómico, perspectiva natural, proporcionalidade e profundidade, imitando o próprio ser humano. Tal como na arte clássica existiu também um toque de beleza idealizada e a procura da perfeição. - A grande inovação da época foi o facto dos artistas usarem homens e mulheres do Renascimento como modelos vivos para a concepção das suas obras, mesmo nos temas mitológicos e bíblicos ou sagrados (a temática mais praticada), aos quais iam buscar a expressividade emocional e os minuciosos gestos e atitudes, plenos de realismo e humanidade. Esta inovação foi fruto de uma mentalidade mais racional e objectiva, fundamentalmente virada para a realidade quotidiana. 23. Apresenta alguns escultores renascentistas. - Lorenzo Ghiberti (1378-1455), artista de transição do Gótico para o Renascimento, conhecido principalmente pelos seus relevos onde demonstrou preparação intelectual para entender a aplicação prática das ciências que ajudavam à representação artificial da realidade: a geometria, a perspectiva e a anatomia. - Donato Donatello (1386-1466), cujas obras possuíam grande sensibilidade expressiva e uma modelação anatómica realista. - Miguel Ângelo (1475-1564), o maior génio do Renascimento. Foi um homem multifacetado cujo grande talento se revelou também na arquitectura, na pintura e na poesia. Considerou-se essencialmente escultor e foi capaz, como nenhum outro, de esculpir e cinzelar as formas directamente do bloco de pedra, sem passar pela construção de modelos. Na parte final da sua vida (já considerada maneirista) abandonou o realismo racional das suas obras e começou a expressar-se numa técnica mais livre e rude, que se caracterizava pelo aspecto inacabado e pelas formas indefinidas. Esta "perda do realismo" foi compensada pela maior carga emotiva das figuras.