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Radioatividade, câncer e
medicina nuclear
Prof. Eduardo
• Radiação: energia que se propaga de um ponto a outro no espaço ou
por um meio material.
• Pode ocorrer na forma de ondas eletromagnéticas ou partículas
• Pode ser produzida por:
• a) movimentação de elétrons nas órbitas (produção de fótons,
radiação eletromagnética).
• b) Decaimento atômico (geração de partículas subatômicas e energia
na forma de ondas)
• c) Fissão e fusão nuclear (geração de partículas subatômicas e
energia na forma de ondas).
• Radiação na forma de ondas eletromagnéticas: radiação UV, raio-X
e raio gama
• Radiação na forma de partículas: radiação alfa (+) e beta (+ ou -)
• Radiação alfa (+) produzida pela liberação de núcleos de hélio (dois
prótons e dois nêutrons) derivados de urânio, tório e polônio. È
bloqueada por uma folha da papel.
• Radiação beta (- ou +) produzida pela desintegração de nêutrons que
gera um próton, um elétron e um neutrino. Penetra na pele humana.
Pode ser bloqueada por metais. Eventualmente produz pósitrons
• Radiação gama é liberada de núcleos muito energéticos. Não tem
massa ou carga. Penetra em tecidos vivos. É bloqueada por concreto
ou chumbo
• Radiações:
• Raios -X também podem ser produzidos um Tubo de Coolidge.
• Cátodo aquecido por uma corrente elétrica emite grande quantidade
de elétrons que são atraídos fortemente pelo ânodo.
•
• Ao se chocar com o ânodo, transferem energia para os elétrons dos
ânodos.
• Os elétrons com energia são acelerados e então emitem ondas
eletromagnéticas que são os raios X.
• Tipos de Radiação e os efeitos nos Seres Humanos:
• Radiações não ionizantes: não são capazes de ejetar elétrons da
camada eletrônica. Em geral não causam danos (rádio, microondas,
luz). Exceto no caso de alguns tipos de radiação ultravioleta (UV).
• UV interage diretamente e acumulativamente com o DNA, podendo
provocar sérias alterações (indução do câncer de pele ou melanoma).
• Radiações ionizantes: são aquelas capazes de ejetar os elétrons dos
orbitais dos átomos. São raios-X, e as radiações, alfa, beta e gama.
• Provocam sérios danos nas células:
• - impedimento da divisão celular.
- Alterações no ciclo celular.
- modificações nos genes das células reprodutoras e somáticas.
- destruição total da célula.
• Mutação: qualquer alteração permanente na estrutura do DNA.
• Pode ocorrer em células germinativas ou células somáticas.
• Mutações podem levar a formação de células tumorais (câncer)
• Mutações se propagam na duplicação do material genético.
• Para conter isso o DNA apresenta enzimas de reparo para evitar que
a mutação se espalhe:
• Se a reparação não funcionar, entram em ação os Genes Supressores
de Tumores como o p53, que bloqueiam a divisão celular nesse caso.
• Para que o câncer ocorra os genes supressores estão desativados por
mutações. (predisposição ao câncer)
• Para ocorrência do câncer é necessário a combinação de mutação no
DNA, falha nas enzimas de reparo, mutações nos genes supressores e
mutações nos proto-oncogenes
• Proto-oncogenes controlam o ciclo celular e ao sofrerem mutação
transformam-se em oncogenes, que descontrola o ciclo .
• Essas células se multiplicam aceleradamente e não realizam apoptose
(morte celular programada)
• Gene RAS: O gene RAS normal codifica as proteínas que se servem
para ativar ou inibir a proliferação celular.
• Sem ele o ciclo se descontrola e a proliferação celular é excessiva.
• Gene HER2: é um proto-oncogene responsável por codificar
receptores de fatores de crescimento celular.
• Gene BCL2: responsável por regular a apoptose. Origina o linfoma de
células B folicular em 80% dos pacientes.
• Gene MYC: atua na expressão da telomerase, proteína que atua na
regeneração dos telômeros.
• Sem os telômeros, a célula envelhece e é eliminada.
• O telômero é um segmento de DNA presente nas extremidades de
todos os cromossomos humanos.
• protegem o material genético durante a divisão celular e servem como
um “relógio mitótico”, induzindo a senescência (envelhecimento ).
• O encurtamento telomérico (envelhecimento celular) é evitado na
• presença da enzima telomerase, que regenera os telômeros.
• Em células somáticas não há atividade da telomerase.
• As células germinativas e pluripotentes contêm telomerase, mas só as
germinativas têm níveis suficientes para estabilizar o telômero
• Em células cancerosas ocorre a ativação da telomerase, que inativa
o relógio telomérico.
• Isso leva a “imortalidade” das células tumorais.
• Tipos de Tumores ou Neoplasias
• Neoplasias (tumores em geral ): “crescimento novo”:
• Tumor neoplásico: crescimento de um tecido anormal que excede em
crescimento os normais e que não está coordenado com ele.
• Persiste em crescer mesmo após o fim do estímulo que o originou.
• Câncer: termo usado para definir todos os tumores malignos.
• Tumores benignos: Recebem o sufixo oma + o nome da cel. ou
tecido de origem. (ex. osteócito, osteoma; condrócito, condroma)
• Se caracterizam por:
• Apresentam células semelhantes às células normais.
• São de crescimento lento (se comparados as malignos).
• São pouco invasivos, afetam pouco o tecido adjacente.
• Não sofrem metástases, ou seja não se separam do sítio de origem.
• Tumores malignos (câncer):
• São de crescimento rápido e as vezes de modo errático (ficam longos
período crescendo lentamente e de repente aceleram o crescimento)
• São muito invasivos, provocam destruição de tecido circundante.
•
• Todos os tumores malignos (câncer) podem se disseminar do seu
ponto de origem (metástase), sendo esse o critério para classificação.
• Nomenclatura: recebem as seguintes terminações:
• Carcinoma (originado de tecidos epiteliais) . Ex. adenocarcinoma
• Sarcoma (originado de tecidos conjuntivos e musculares). Ex.
osteosarcoma
• Linfomas e leucemias (ocorrem no tecido hematopoiético (medula
óssea).
• A disseminação dos tumores malignos podem ocorre por três vias:
• Implantação nas cavidades corporais (peritônio, pleura pericárdio).
•
• Disseminação linfática: através de vasos linfáticos ou de linfonodos
• Disseminação Hematogênica: via venosa e arterial .
• Aplicações da Radiação no Diagnóstico e
Tratamento do Câncer
• Radioterapia: método de destruir células tumorais empregando feixe
de radiações ionizantes.
• Uma dose calculada de radiação é aplicada ao tecido que está o tumor,
erradicando as células tumorais e evitando ao máximo dano às células
vizinhas.
• Geralmente raios-X ou gama, derivados de cobalto, césio e irídio.
• Efeitos colaterais: Ocorrem somente próximos á érea irradiada. È
bem tolerado, mas potencializado pela quimioterapia.
• Os efeitos imediatos aparecem em células com maior capacidade
proliferativa, como gônadas, epiderme, e medula óssea.
• Exemplos: anovulação, azoospermia, leucopenia e plaquetopenia,
nauseas, queda de cabelo. Podem ser revertidos.
• Medicina nuclear: permite observar o estado dos tecidos através da
marcação de moléculas com isótopos radioativos.
• isótopos denunciam sua localização por emitirem radiação nuclear.
• Exemplo: diagnóstico e terapia do carcinoma de tireóide:
• Uso do Iodo-131 para formar imagens funcionais da tireóide.
• O I-131 pode usado como terapia: Em altas concentrações, a emissão
de partículas beta destrói as células do tumor.
• Tomografia por emissão de pósitrons (PET-scam): exame de
imagens que utiliza isótopos radioativos emissores de pósitrons
• Permite localizar tumores em locais específicos:
• Glicose ligada a um isótopo radioativo (fluor-18, carbono-11,
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• Como células tumorais, mais ativas metabolicamente, aparecerão em
vermelho na imagem criada pelo computador.
• Prevenção:
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Radiações e a células

  • 1. Radioatividade, câncer e medicina nuclear Prof. Eduardo
  • 2. • Radiação: energia que se propaga de um ponto a outro no espaço ou por um meio material. • Pode ocorrer na forma de ondas eletromagnéticas ou partículas • Pode ser produzida por: • a) movimentação de elétrons nas órbitas (produção de fótons, radiação eletromagnética).
  • 3. • b) Decaimento atômico (geração de partículas subatômicas e energia na forma de ondas)
  • 4. • c) Fissão e fusão nuclear (geração de partículas subatômicas e energia na forma de ondas).
  • 5. • Radiação na forma de ondas eletromagnéticas: radiação UV, raio-X e raio gama • Radiação na forma de partículas: radiação alfa (+) e beta (+ ou -)
  • 6. • Radiação alfa (+) produzida pela liberação de núcleos de hélio (dois prótons e dois nêutrons) derivados de urânio, tório e polônio. È bloqueada por uma folha da papel. • Radiação beta (- ou +) produzida pela desintegração de nêutrons que gera um próton, um elétron e um neutrino. Penetra na pele humana. Pode ser bloqueada por metais. Eventualmente produz pósitrons • Radiação gama é liberada de núcleos muito energéticos. Não tem massa ou carga. Penetra em tecidos vivos. É bloqueada por concreto ou chumbo
  • 8. • Raios -X também podem ser produzidos um Tubo de Coolidge. • Cátodo aquecido por uma corrente elétrica emite grande quantidade de elétrons que são atraídos fortemente pelo ânodo. • • Ao se chocar com o ânodo, transferem energia para os elétrons dos ânodos. • Os elétrons com energia são acelerados e então emitem ondas eletromagnéticas que são os raios X.
  • 9. • Tipos de Radiação e os efeitos nos Seres Humanos: • Radiações não ionizantes: não são capazes de ejetar elétrons da camada eletrônica. Em geral não causam danos (rádio, microondas, luz). Exceto no caso de alguns tipos de radiação ultravioleta (UV). • UV interage diretamente e acumulativamente com o DNA, podendo provocar sérias alterações (indução do câncer de pele ou melanoma).
  • 10. • Radiações ionizantes: são aquelas capazes de ejetar os elétrons dos orbitais dos átomos. São raios-X, e as radiações, alfa, beta e gama. • Provocam sérios danos nas células: • - impedimento da divisão celular. - Alterações no ciclo celular. - modificações nos genes das células reprodutoras e somáticas. - destruição total da célula.
  • 11.
  • 12. • Mutação: qualquer alteração permanente na estrutura do DNA. • Pode ocorrer em células germinativas ou células somáticas. • Mutações podem levar a formação de células tumorais (câncer)
  • 13.
  • 14.
  • 15. • Mutações se propagam na duplicação do material genético. • Para conter isso o DNA apresenta enzimas de reparo para evitar que a mutação se espalhe:
  • 16. • Se a reparação não funcionar, entram em ação os Genes Supressores de Tumores como o p53, que bloqueiam a divisão celular nesse caso. • Para que o câncer ocorra os genes supressores estão desativados por mutações. (predisposição ao câncer)
  • 17. • Para ocorrência do câncer é necessário a combinação de mutação no DNA, falha nas enzimas de reparo, mutações nos genes supressores e mutações nos proto-oncogenes • Proto-oncogenes controlam o ciclo celular e ao sofrerem mutação transformam-se em oncogenes, que descontrola o ciclo . • Essas células se multiplicam aceleradamente e não realizam apoptose (morte celular programada)
  • 18. • Gene RAS: O gene RAS normal codifica as proteínas que se servem para ativar ou inibir a proliferação celular. • Sem ele o ciclo se descontrola e a proliferação celular é excessiva. • Gene HER2: é um proto-oncogene responsável por codificar receptores de fatores de crescimento celular. • Gene BCL2: responsável por regular a apoptose. Origina o linfoma de células B folicular em 80% dos pacientes. • Gene MYC: atua na expressão da telomerase, proteína que atua na regeneração dos telômeros. • Sem os telômeros, a célula envelhece e é eliminada.
  • 19. • O telômero é um segmento de DNA presente nas extremidades de todos os cromossomos humanos. • protegem o material genético durante a divisão celular e servem como um “relógio mitótico”, induzindo a senescência (envelhecimento ).
  • 20.
  • 21. • O encurtamento telomérico (envelhecimento celular) é evitado na • presença da enzima telomerase, que regenera os telômeros. • Em células somáticas não há atividade da telomerase. • As células germinativas e pluripotentes contêm telomerase, mas só as germinativas têm níveis suficientes para estabilizar o telômero
  • 22. • Em células cancerosas ocorre a ativação da telomerase, que inativa o relógio telomérico. • Isso leva a “imortalidade” das células tumorais.
  • 23. • Tipos de Tumores ou Neoplasias
  • 24. • Neoplasias (tumores em geral ): “crescimento novo”: • Tumor neoplásico: crescimento de um tecido anormal que excede em crescimento os normais e que não está coordenado com ele. • Persiste em crescer mesmo após o fim do estímulo que o originou. • Câncer: termo usado para definir todos os tumores malignos.
  • 25. • Tumores benignos: Recebem o sufixo oma + o nome da cel. ou tecido de origem. (ex. osteócito, osteoma; condrócito, condroma) • Se caracterizam por: • Apresentam células semelhantes às células normais. • São de crescimento lento (se comparados as malignos). • São pouco invasivos, afetam pouco o tecido adjacente. • Não sofrem metástases, ou seja não se separam do sítio de origem.
  • 26. • Tumores malignos (câncer): • São de crescimento rápido e as vezes de modo errático (ficam longos período crescendo lentamente e de repente aceleram o crescimento) • São muito invasivos, provocam destruição de tecido circundante. • • Todos os tumores malignos (câncer) podem se disseminar do seu ponto de origem (metástase), sendo esse o critério para classificação.
  • 27. • Nomenclatura: recebem as seguintes terminações: • Carcinoma (originado de tecidos epiteliais) . Ex. adenocarcinoma • Sarcoma (originado de tecidos conjuntivos e musculares). Ex. osteosarcoma • Linfomas e leucemias (ocorrem no tecido hematopoiético (medula óssea).
  • 28. • A disseminação dos tumores malignos podem ocorre por três vias: • Implantação nas cavidades corporais (peritônio, pleura pericárdio). • • Disseminação linfática: através de vasos linfáticos ou de linfonodos • Disseminação Hematogênica: via venosa e arterial .
  • 29. • Aplicações da Radiação no Diagnóstico e Tratamento do Câncer
  • 30. • Radioterapia: método de destruir células tumorais empregando feixe de radiações ionizantes. • Uma dose calculada de radiação é aplicada ao tecido que está o tumor, erradicando as células tumorais e evitando ao máximo dano às células vizinhas. • Geralmente raios-X ou gama, derivados de cobalto, césio e irídio.
  • 31. • Efeitos colaterais: Ocorrem somente próximos á érea irradiada. È bem tolerado, mas potencializado pela quimioterapia. • Os efeitos imediatos aparecem em células com maior capacidade proliferativa, como gônadas, epiderme, e medula óssea. • Exemplos: anovulação, azoospermia, leucopenia e plaquetopenia, nauseas, queda de cabelo. Podem ser revertidos.
  • 32. • Medicina nuclear: permite observar o estado dos tecidos através da marcação de moléculas com isótopos radioativos. • isótopos denunciam sua localização por emitirem radiação nuclear. • Exemplo: diagnóstico e terapia do carcinoma de tireóide: • Uso do Iodo-131 para formar imagens funcionais da tireóide. • O I-131 pode usado como terapia: Em altas concentrações, a emissão de partículas beta destrói as células do tumor.
  • 33. • Tomografia por emissão de pósitrons (PET-scam): exame de imagens que utiliza isótopos radioativos emissores de pósitrons • Permite localizar tumores em locais específicos: • Glicose ligada a um isótopo radioativo (fluor-18, carbono-11, nitrogênio-13, oxigênio-15) é introduzida no paciente. • Como células tumorais, mais ativas metabolicamente, aparecerão em vermelho na imagem criada pelo computador.
  • 34. • Prevenção: • Não se expor ao fatores mutagênicos. • Realizar exames preventivos. • Levar uma vida saudável.