O documento descreve os principais conceitos da radioterapia antineoplásica, incluindo: 1) o que é radioterapia e como funciona utilizando radiação ionizante para tratar o câncer; 2) os diferentes tipos de tratamento de radioterapia como teleterapia e braquiterapia; 3) o planejamento do tratamento envolvendo a simulação, delineamento dos alvos e cálculo de dose.
5. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
•
O que é ionizar?
• Nenhum homem gosta de ir a uma festa que só tenha
homens. O mesmo vale para uma mulher numa festa repleta
de mulheres. A situação agradável para ambas as partes é,
então, um equilíbrio entre o número de pessoas do sexo
feminino e do sexo masculino.
• Numa dessas festas na qual haja um equilíbrio entre homens
e mulheres, pode de repente vir uma dessas mães e levar
uma menina embora. Pronto, acabou a harmonia!
Desintegrou o grupo!
6. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
•
O que é ionizar?
• Num átomo, o equilíbrio se dá pela igualdade de prótons
(positivos) e elétrons (negativos), que torna o átomo neutro
como um todo.
• Uma radiação ionizante, por sua vez, pode desfazer o
equilíbrio de um átomo, arrancando um ou mais de seus
elétrons (desintegrando o átomo) e o deixando positivo. Esse
átomo positivo é um íon, daí a palavra ionizante, que é a
capacidade de ionizar, de formar íons.
7. Radiação Ionizante
Íon Θ
Íon ⊕
•Num átomo, o equilíbrio se dá pela igualdade de prótons (positivos) e
elétrons (negativos), que torna o átomo neutro como um todo.
8. Ionização
• Processo pelo qual um átomo neutro
adquire uma carga elétrica:
Fóton
Ionização Elétron Livre
10. Radiação Eletromagnética
• Onda Eletromagnética que transporta energia e
se propaga pelo espaço ou através de um meio
material:
Comprimento de onda (λ)
λ
hc
E =
11. Radiação Eletromagnética
λ
Radiação de Baixa Energia
(Exemplo: Ondas de Rádio e TV)
λ
Radiação de Alta Energia
(Exemplo : Raios X)
pouca interação com a matéria
grande interação com a matéria
12. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• Conceito:
É a modalidade terapêutica que utiliza as radiações
ionizantes para o tratamento do câncer, tem por objetivo
atingir as células malignas, impedindo sua multiplicação
por mitose e/ou determinando a morte celular
(BRASIL,2002).
13. O que é Radioterapia?
• É o emprego das radiações ionizantes
com o objetivo de destruir ou inibir o
crescimento de células doentes do
organismo (especialmente o câncer);
• Especialidade médica que utiliza a
radiação com fins terapeuticos.
17. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Os tipos de tratamentos radioterápicos utilizados no controle
de câncer são (RODRIGUES, 2007):
• TELETERAPIA
Consite na terapia à distância, ou seja, a fonte emissora de
radiação fica a mais ou menos 1 metro do paciente. Nesta
categoria, enquadram-se os feixes de raios X, de raios gama,
elétrons de alta energia e nêutrons.
• BRAQUITERAPIA
É a terapia de curta distância onde, uma fonte encapsulada
ou um grupo destas fontes são tutilizadas para liberação de
radiação Beta ou Gama a uma distância de poucos
centímetros da massa tumoral.
18. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• BRAQUITERAPIA
– Superficial: A fonte radioativa é colocada sobre a
superfície do tumor ou sobre a pele.
– Intracavitária: A fonte radioativa é introduzida em
cavidades do organismo (traquéia, esôfago, vagina, reto,
uretra, etc) adjacentes aos tumores.
– Intraluminal: A fonte de radiação é introduzida
rapidamente dentro do lúmen ou da luz de certas
cavidades do corpo, por exemplo, a árvore brônquica, no
tratametno do câncer de pulmão.
– Intersticial: a fonte radioativa é inserida na forma de
implantes temporários ou permanentes, através de
agulhas ou tubos de material plástico que passam através
do tumor. Ex: Tratamento de câncer de próstata com
sementes de iodo.
19. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• Radiobiologia Celular (BARBIERI & NOVAES, 2005):
– Todas as células podem ser alteradas pela radiação em
vários sentidos e em vários graus.
– Os tecidos cuja atividade funcional não requerem renovação
celular como, por exemplo, os tecidos muscular e nervoso,
são mais resistentes à radiação.
– A tolerância do organismo à radiação varia de acordo com os
seguintes parâmetros de natureza física: dose, duração do
tratamento (tempo), volume tecidual e qualidade da radiação.
– Segundo esse parâmetros, define-se qual a sensibilidade e
curabilidade de um tumor pela radioterapia.
20. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• Radiossensibilidade (OTTO, 2002):
– Significa a sensibilidade das células normais ou tumorais
à radiação.
– A radiossensibilidade de uma célula está relacionada com
o momento da vida celular em que ela se encontra.
– A célula “em repouso” (fase G0) é muito mais resistente
do que quando se encontra na fase M.
– Quanto mais indiferenciado for um tumor e mais
proliferativo um tecido normal, maior será a sua
radiossensibilidade.
21. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• Radiocurabilidade (BRASIL, 2002):
– Significa que as relações de sensibilidade à radiação da
células tumorais e normais são tais que a dose curativa da
radiação pode aplicar-se regularmente, sem lesão
excessiva para os tecidos normais adjacentes ao tumor.
– A escolha ou determinação da dose de tratamento
depende da comparação entre a possibilidade de cura
clínica e a possibilidade tecidual de regeneração e
renovação. Depende, também, da finalidade do
tratamento.
22. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
• Efeitos Radiobiológicos e Fracionamento (OTTO, 2002):
– A irradiação de doses elevadas produz maiores lesões
quando aplicadas de uma única vez, do que que a mesma
dose aplicada de dorma fracionada.
– O fracionamento da dose deminui a incidência de efeitos
colaterais graves.
– O período do tratamento pode variar de horas a meses.
– O esquema de aplicação dependerá da dose total
calculada e da avaliação do radioterapeuta.
23. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Avanço nas técnicas de Tratamento em Radioterapia:
• Sistemas robotizados de braquiterapia, as fontes radioativas
seladas inseridas em aplicadores especiais, são empregados
no paciente através de um sitema que carrega previamente o
material radioativo e o aplica posteriormente por controle
remoto, via computador, com taxas de dose variadas (alta
taxa de dose e baixa taxa de dose).
• O avanço da informática e o estudo das imagens ocorrido na
década de 1980 permitiram que os tratamentos com
radiações ionizantes, tanto na radioterapia externa como na
braquiterapia, ganhassem em precisão e exatidão.
• Hoje, apartir dos dados obtidos por tomografia
computadorizada (TC) ou ressonância nuclear magnética
(RNM) pode-se identificar o tumor (volume-alvo) com mais
precisão e tratar com maior exatidão, diminuindo a toxicidade
sobre o tecido adjacente.
24. Planejamento Radioterápico
• Papel fundamental tanto na Teleterapia como
na Braquiterapia
• Etapas do Planejamento (Teleterapia)
– Simulação
• Tomografia ou Rx Convencional
– Delineamento dos Alvos (CT)
– Cálculo de Dose
– Verificação do Tratamento
26. • Os volumes de interesse no planejamento do
tratamento:
– GTV (“Gross tumor volume”), definido como toda
doença macroscópica detectável, incluindo linfonodos
regionais aumentados;
– CTV (“clinical target volume”) que consiste do GTV
mais regiões consideradas de alto risco para doença
microscópica;
– PTV (“planning target volume”), que fornece margem ao
CTV prevendo variações no setup diário e movimentos
anatômicos durante o tratamento, como a respiração.
66. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Finalidades da radioterapia (NOVAES, 2005)
• Curativa: Quando é utilizada como tratamento principal, tem
por objetivo obter a cura da neoplasia, utilizada em certos
cânceres na fase inicial, por exemplo, pele, próstata, laringe e
outros.
• Paliativa: Busca a remissão de sintomas secundários à
progressão do cêncer, quando este não é passível de cura,
com o objetivo de promover a melhora na qualidade de vida
do paciente.
– Ex: anti-hemorrágica; anti-álgica; diminuir compressão
(Síndrome de Compressão da Veia dava Superior,
Síndrome de Compressão Medular).
67. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Quando a cirurgia é o tratamento principal a radioterapia é
classificada como:
• Adjuvante: Realizada após a cirurgia, com o objetivo de se
prevenir recidiva local e na cadeia ganglionar relacionada. Ex:
Câncer de mama: radiação do plastrão, axila e fossa
supraclavicular.
• Neo-adjuvante: Utilizada antes do tratamento cirúrgico, com o
objetivo de diminuir o tamanho deo tumor e melhor as
condições de ressecção cirúrgica (tornar tumores irresecáveis
passíveis de ressecção, possibilitar a realização de cirurgias
menos mutilantes).
68. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Descrição do tratamento (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2002):
• Apenaz o médico radioterapeuta pode prescrever o
tratamento radioterápico.
• A prescrição da dose de radiação é feita pelo radioterapeuta.
• Os cálculos para administração de doses sobre tumor, com
menor dano aos tecidos adjecentes são realizados pelo
físico-médico.
69. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Sequencia do tratamento (BRASIL,2002; NOVAES,2005):
• Consulta de primeira vez com o radioterapeuta;
• Definição do tipo de tratamento;
• Definição do volume alvo;
• Escolha da energia ideal (elétrons ou fótons);
• Dose (única ou fracionada);
• Distribuição de campos (áreas) que serão irradiados;
• Conferência dos cálculos (físico e radioterapeuta);
• Acompanhamento médico e de enfermagem durante o
tratamento;
• Encaminhamento para a clínica de origem após o término do
tratamento proposto.
70. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Na teleterapia:
• Antes de iniciar o tratamento é feita a simulação utilizando
raios X e a fluoroscopio, produzido por um aparelho chamado
simulador (capaz de realizar todos os movimentos de um
aparelho de tratamento), para identificar o volume-alvo pelas
referências ósseas e fornecer ao radioterapeuta dados para
delineação dos campos de radiação.
• Campo de radiação é a delimitação do volume alvo (tumor)
através da demarcação da pele com uma tinta vermelha, a
tintura de castelano, para realizar o tratamento radioterápico.
71. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Na teleterapia:
• O paciente deve ser orientado sobre as condutas de
conservação da marcação durante o período de
tratamento.
• A imibilização do paciente na sala de tratamento pode
ser conseguida mediante o uso de acessórios como
espuma (coxins), plásico, máscaras ou outros mateiais
especiais inclusive os raios laser de vital importância
para posicionamento do paciente.
72. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Na teleterapia:
• Durante as aplicações o paciente permanecerá imóvel,
com a região a ser irradiada descoberta.
• O tempo de cada aplicação varia de 1 a 5 minutos.
• O paciente permanecerá sozinho na sala de tratemnto,
porém será observado pelo técnico de radioterapia
através de um circuito interno de TV na sala de controle.
73. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Programas de controle de garantia da qualidade e radioproteção
(BRASIL,2002):
• Testes periódicos nos sitemas de segurança;
• Condições gerais do aparelho;
• Avaliação da fontes;
• Controle dos pacientes.
74. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
RADIOTOXICIDADE
• Os efeitos tóxicos do tratamento radioterápico vão
depender da localização do tumor, da energia
utilizada, do volume de tecido irradiado, da dose
total e do estado geral do paciente.
• Algumas reações são comuns aos paciente e
independem do local de aplicação: a fadiga, as
reações de pele e inapetência, que costumam
aparecer após a 2ª semana de tratamento.
75. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Classificação quanto ao tempo de ocorrência das reações:
• Reações agudas: surgem durane ou até um mês após o
término do tratamento;
• Reações intermediárias: Surgem entre 1 a 3 meses após o
término do tratamento;
• Reações tardias: surgem de 3 a 6 meses ou até anos após
o fim do tratemento.
76. RADIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
Assistência de Enfermagem em Radioterapia
A Consulta de enfermagem em Radioterapia tem como
objetivos conhecer a história, o tratamento proposto,
identificar as necessidades dos pacientes, os
diagnósticos de enfermagem e elaborar plano de
cuidados.
77. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Para que o enfermeiro tenha segurança para desempenhar
estas atividades, necessita conhecer (BRASIL, 2002):
• Princípios de Radioterapia;
• Finalidades da Radioterapia;
• Se a Radioterapia vai ser administrada isolada ou combinada
com outras modalidades de tratamento (ex: Quimioterapia);
• Principais características dos efeitos colaterais mais frequentes
• Medidas necessárias para diminuir os efeitos mais frequentes.
78. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Durante a consulta de enfermagem devem ser fornecidas
orientações sobre (RODRIGUES, 2007);
• Os objetivos do tratamento;
• A marcação do campo que será irradiado no caso de
Teleterapia, e cuidados para mantê-la durante o tratamento;
• Como será realizado o tratamento (tipo, posicionamento,
preparo, duração);
• No caso de teleterapia é importante ressaltar que o cliente não
fica radioativo, nem sendo necessário isolamento;
• Prevenção da complicações e minimização dos efeitos colaterais
inevitáveis.
79. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
No caso de pacientes que serão submetidos à
Braquiterapia, de acordo com Otto (2002) ainda devem
ser fornecidas orientações sobre:
• Preparo do cliente antes da terapia;
• Procedimentos relacionados à terapia;
• Restrição de visita: proibir visitas de menores e de
gestantes ou mulheres que estejam planejando
engravidar;
• Necessidades de isolamento temporário;
• O cliente permanece num quarto monitorado por
circuito interno de TV;
80. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
• Serão prestados os cuidados essenciais de enfermagem, porém
o tempo de permanência junto ao cliente será o menor possível;
• Dependendo do procedimento a atividade física pode ficar
limitada, sendo recomendadas atividades de lazer como
televisão, leitura, palavra-cruzada, etc.
• Após a alta hospitalar deve ser observada a presença de efeitos
colaterais tardios:
– Implantes pélvicos: diarréia, disúria, infecção urinária, estenose
de vagina (neste último caso a paciente deve ser orientada a
fazer exercícios de dilatação vaginal três vezes por semana até
um ano apoós o tratamento radioterápico).
81. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
• Efeitos colaterais da Radioterapia;
• Diagnósticos de Enfermagem;
• Intervenção de Enfermagem na prevenção e manejo da
toxicidade secundária ao tratamento radioterápico.
Tendo como base as recomendações do Munistério da Saúde
(2002); Otto (2002); Rodrigues (2005); Nanda (2006).
82. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
MUCOSITE
• Diagnóstico de enfermagem:
– Mucosa oral prejudicada relacionada à irradiação de cabeça e
pescoço.
• Intervenção de enfermagem (recomendar aos Pacientes):
– Higiene bucal cuidadosa sempre que se alimentar;
– Gargarejos e bochechos de solução alcalina (solução de água
fervida + bicarbonato de sódio), à temperatura embiente;
– Evitar alimentos quentes, ácidos e sólidos;
– Retirar próteses dentárias móveis, se existentes;
– Utilizar borrifos de anestésido local na cavidade bucal e
orofaringe antes da refeição, em caso de dor à deglutição;
– Evitar tratamento dentário;
– Orientar ingesta hídrica.
83. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Diagnóstico de enfermagem:
– Náusea relacionada à exposição da mucosa gástrica no
campo de irradiação.
• Intervenção de enfermagem:
– Dieta branda, refeiçoes pequenas e frequentes, preferir
alimentos frios;
– Evitar condimentos e alimentos ácidos e gordurosos;
– Evitar ingerir líquidos durante as refeiçoes;
– Ingestão de líquidos gelados ou à temperatura ambiente;
– Orientar sobre o uso de antieméticos, se prescrito.
84. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
• Diagnóstico de enfermagem:
– Diarréia relacionada à exposição da mucosa
intestinal ao campo de irradiação;
• Intervenção de enfermagem:
– Orientar dieta branda e pobre em fibras e
gorduras;
– Orientar sobre reposição hidroeletrolítica oral
(soro caseiro, água de coco);
85. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Diagnóstico de enfermagem:
– Fadiga relacionada ao tratamento radioterápico;
– Intolerância à atividade relacionada a fraqueza
generalizada e/ou anemia secundária ao tratamento
radioterápico.
• Intervenção de enfermagem:
– Monitorar hemograma;
– Reposição nutricional;
– Extímulo ao repouso e relaxamento;
– Apoio emocional para reforçar a importância da
continuidade do tratamento; explicando-se também que a
fadiga é temporária.
86. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Diagnóstico de enfermagem:
– Risco de integridade da pele prejudicada relacionada ao
tratamento radioterápico.
• Intervenção de enfermagem:
– Manter a pele do campo de tratamento o mais
possivelmente seca e livre de irritações;
– Não usar loções, cremes, talcos, desodorantes ou álcool;
usar somente o que for recomendado pelo médico, ou
enfermeiro;
– Lavar a pele do campo de tratamento com água morna
apenaz, e secar sem esfregar; recomenda-se o uso de
sabonete neutro e sem perfume;
– Evirar vestir roupas justas (lycras, jens);
– Não usar esparadrapo ou adesivo sobre a pele.
87. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM RADIOTERAPIA
– Evitar extremos de calor e frio (bolsa de água quente ou gelo) sobre a
pele irradiada;
– Evitar o contato de tecidos sintéticos com a área tratada; o algodão é
menos irritante e mais confortável;
– Não esfregar, coçar, arranhar ou esfregar a pele irradiada;
– Nas áreas pilosas, não usar lâminas de barbear, nem navalha. Usar
barbeador elétrico durante o tratamento;
– Proteger a área do tratamento da exposição solar com uso de filtro solar
nº 30.
– Continuar a tomar precauções durante seis meses a um ano após o
tratamento, devido ao risco de que sejam causados danos severos à
pele, inclusive tumores malignos;
– Manter a pele do campo de tratamento hidratada, seguindo o protocolo
de prevenção de radioepitelite da instituição, com o uso de Aloe Vera ou
Ácidos Graxos Essenciais (AGE) no campo demarcado;
– Comparecer semanalmente à revião médica e de enfermagem;
– Estimular ingesta hídrica.
88. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Diagnóstico de enfermagem:
– Risco de nutrição desequilibrada menos do que as
necessidade corporais, relacionada a dificuldade para
ingerir alimento, secundária ao tto radioterápico.
• Intervenção de enfermagem:
– Recomendar aos pacientes o fracionamento da dieta e a
ingestão de refeições leves e a intervalos curtos e em
pequenas quantidade;
– A adequação da dieta deverá da preferência à qualidade
dos alimentos ingeridos e não à quantidade;
– O encaminhamento ao nutricionista nos casos mais
agudos ou graves.
89. ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM
RADIOTERAPIA
Diagnóstico de enfermagem:
– Risco para a imagem corporal prejudicada ralacionada ao
tratamento radioterápico; Risco para a integuidade da pele do
couro cabeludo prejudicada, relacionado ao tratamento
radioterápico.
• Intervenção de enfermagem:
– Evitar lavar e manipular excessivamente os cabelos durante a
terapia;
– Usar xampu suave e lavar os cabelos a cada 4 a 7 dias;
– Evitar escovar excessivamente;
– Evitar o uso de secadores elétricos, elásticos, pregadores,
presilhas e grampos;
– Evitar tintura ou descoloração dos cabelos;
– Proteger a cabeça;
– Proteger o couro cabeludo da exposição solar.