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Atividade Prática: EM QUE CONDIÇÕES ÓTIMAS ATUAM AS LEVEDURAS

                                              NA PRODUÇÃO DE PÃO

                                                                                                       Data: 30/04/2012

                                                                                                       Turma: 12º A

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                                                                                                       Ana Maria Alves nº 3
                                                                                                       Teresa Mafalda Pereira nº23


Saccharomyces Cerevisiae.               Massa de pão.




               Conceitos chave ou pressupostos
                     Fermentação                        Saccharomyces cerevisiae                            Amilase

                     Metabolismo                                   Glúten                                  Proteínas

                     Catabolismo                                   Amido                                 Temperatura


               Objetivo

              Observar a influência da temperatura na actividade das leveduras na produção de pão.


           Introdução Teórica
           Produção de Alimentos
           A produção ou transformação de alimentos resultam de processos fermentativo, que estão dependentes do metabolismo de
           microorganismos envolvidos nestes processos.
           O metabolismo é o conjunto de todos os processos químicos realizados por um organismo, sendo que existem dois tipos de
           processos metabólicos:

           -Anabolismo: Conjunto de reacções que necessitam de energia para sintetizarem moléculas mais complexas a partir de
           moléculas mais simples.
           -Catabolismo: Conjunto de reacções que conduzem à degradação de moléculas complexas, formando-se moléculas mais
           simples e libertando-se energia.

           As reacções metabólicas envolvem a quebra e a formação de ligações químicas, porém é necessário fornecer a energia
           necessária para que a reacção se inicie (energia de activação). Porém uma reacção necessita de muita energia , sendo que pode
           durar anos até ocorrer completamente. Assim, as células recorrem a catalisadores, isto é, moléculas capazes de acelerar uma
           reacção química sem que nela sejam consumidos.Os catalisadores das células são as enzimas que actuam como
           biocatalizadores , uma vez que são proteínas especiais capazes de acelerar reacções químicas.
A fermentação é um processo metabólico anaeróbio, realizado por certas espécies de bactérias e leveduras , durante a qual
moléculas orgânicas são utilizadas na produção de ATP. Existem duas etapas de fermentação:
                                                                                                         +
-Glicólise: A glicose é oxidada e formam-se duas moléculas de ácido pirúvico. O agente oxidante é o NAD que é transformado
em NADH. O saldo energético é de duas moléculas de ATP.
-Redução do ácido pirúvico : O ácido pirúvico , ou moléculas orgânicas que se formam a partir dele , são aceptoras dos electrões
                                          +        +
do NADH, o que permite regenerar o NAD . O NAD pode assim , voltar a ser utilizado na oxidação da glicose com formação de 2
ATP. Os produtos finais da fermentação dependem da molécula orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico.

Existem vários tipos de fermentação , que dependem da molécula orgânica que é aceptora do hidrogénio na fase de redução do
ácido pirúvico. Os microrganismos que as realizam podem estar presentes em quantidade suficiente na matéria-prima ou
podem ser adicionados como culturas puras ou culturas mistas e são influenciados pelas condições ambientais, como a
temperatura , pH e composição atmosférica.

     Fermentação Alcoólica
A fermentação alcoólica caracteriza-se pela produção de grandes quantidades de etanol e dióxido de carbono. Este processo é
realizado por várias espécies de leveduras quando colocadas em condições de anaerobiose. Algumas bactérias são ,também ,
capazes de realizar esta via fermentiva. Porém na indústria alimentar utiliza-se, sobretudo, a levedura Saccharomyces
cerevisiae.
Neste tipo de fermentação o ácido pirúvico é convertido em etanol e dióxido de carbono em duas etapas:
1º- O ácido pirúvico é descarboxilado e forma-se o acetaldeído;
2º- O acetaldeído é reduzido pelo NADH a etanol
Este tipo de fermentação é responsável pela produção do pão.

    Produção do Pão
O pão é constituído pelo miolo que é uma espuma, isto é , uma dispersão de gás numa fase sólida e pela côdea, mais escura e
estaladiça. Os ingredientes fundamentais do pão são a farinha de trigo , a água , o sal e a levedura de padeiro.

A farinha de trigo é constituída por vários compostos , porém os mais relevantes são : o amido e as proteínas.

 O amido ( 70% da farinha) é constituído por cadeias de glucose. As cadeias podem ser ramificadas – amilopectina- ou então
lineares- amilose. Estas formam uma estrutura semi-cristalina resistente denominada de grânulo , que pode ter várias
dimensões. Porém , existem na farinha enzimas – amilases- que aceleram a quebra de ligações entre os açúcares que
constituem as cadeias do amido, produzindo açúcares livres.

As proteínas do trigo diferem das dos outros cereais uma vez que a fracção não solúvel, composta por gliadinas e gluteninas,
forma uma rede. Este processo ocorre quando se adiciona água à farinha e se amassa .

Durante o processo de amassar , as proteínas que se encontravam originalmente enroladas desenrolam-se , pois a energia
mecânica introduzida no processo de amassar provoca a quebra de algumas ligações químicas. Deste modo , as cadeias
desenroladas estabelecem novas ligações , formando uma espécie de rede plástica , elástica e muito coesa denominada glúten.




                                                     Formação de glúten 1


A água é necessária , pois é nesta que os compostos solúveis se vão dissolver. Porém, a água liga-se também aos outros
componentes, nomeadamente, às proteínas que vão constituir o glúten e ao amido, hidratando-os. Além do mais, é necessária
em todas as reacções enzimáticas .

O sal é solúvel em água , dissociando-se em iões sódio e cloreto . Estes apuram o sabor do pão , mas também reforçam as
ligações entre as cadeias do glúten , tornando-o mais coeso.

A levedura Saccharomyces cerevisiae é o microrganismo envolvido na produção do pão. As células desta levedura consomem os
açúcares livres provenientes do amido e vão produzir álcool etílico e o dióxido de carbono ( e outros compostos) , sendo que
estes conferem sabor e aroma ao pão. Esta levedura , em ambientes anaeróbios , irá realizar a fermentação alcoólica . O gás
produzido vai-se acumular dentro da massa , sendo aprisionado pelo glúten ( que deverá ter a força adequada para reter o gás).
A acumulação do gás leva à expansão da massa , devido à sua elasticidade. A massa vai crescer , podendo ficar com mais do
dobro do seu tamanho.
Transformação da massa durante a fermentação:




      Protocolo Experimental
        Material
    Fotomicrografias da fermentação 2
        - Três gobelés de 50 cm3.                                 – Marcador para vidro.
        - Quatro gobelés de 250 cm3.                              – 200 g de farinha.
    A temperatura está relacionada com uma boa actividade da levedura de fermento de padeiroronda os 37ºC. A
        - Folha de alumínio.                                      – 9 g , cuja a temperatura óptima (levedura).
    temperaturas baixas, a actividade da levedura é quase nula. Deste modo , muitas vezes congela-se a massa panar , para que esta
        - Estufa regulada para 30 graus Celsius.                  – Água (aproximadamente 40 cm3).
    possa ser utilizada mais tarde Porém , a temperaturas superiores a 65ºC a levedura morre.
        - Papel de limpeza.


        Métodos

         1. Identificar cada um dos gobelés de 250 cm3 com A, B, C e D.
         2. Pesar 50 g de farinha, adicione a levedura e cerca de 40 cm3 de água aos gobelés A, B e C.
         3. Proceder de igual modo para o gobelé D, mas sem adicionar a levedura.
         4. Amassar a massa de cada um dos gobelés.
         5. Com a folha de alumínio, cubra osInfluênciagobelés.
                                                    quatro da Temperatura 3
     DuranteCom um marcador para vidro, marcar avezes para dividir e redistribuir as bolhas de gás e as células da levedura
         6. a fermentação a massa é manipulada algumas altura da massa em cada gobelé.
    , de modo a ficarem uniformementeD na estufa.Por outro lado , impede-se que se B no frigorífico e o gobelé C de glúten
         7. Colocar os gobelés A e distribuídas a 30 graus Celsius, o gobelé criem tensões nalgumas cadeias à
    que rodeiam as bolhas gasosas, provocadas por grandes quantidades de gás acumulado.
    Quando temperatura o volume desejado , é metida no forno , a temperaturas entre os 200ºC e os 220ºC , e inicia-se a fase da
            a massa atinge ambiente.
         8. Assinalar a altura da massa em cada gobelé ao fim de 20, 40, 60 e 80 minutos e registar os
    cozedura.
            resultados.
    Nesta fase verifica-se um grande aumento de volume da massa , pois à medida que o calor vai sendo conduzido através da
    massa , a temperatura desta vai aumentando , assim como a actividade das leveduras , o que resulta num aumento da produção
    de dióxido de carbono e expansão das bolhas de gás.
      Registo dos Resultados
     Aos 60ºC ocorre a morte térmica das leveduras e a actividade enzimática entra em declínio . A esta temperatura , o amido
    começa a gelatinar e as proteínas a coagular. A água presente na rede glutínica é excluída e vai participar na gelatinização do
    amido. No pão, a gelatinização do amido não é completa, pois existe uma quantidade de água limitada. A temperatura e o
    tempo de cozedura são importantes. A gelatinização inicia-se por volta dos 65ºC. Com a desnaturação e coagulação do glúten , a
    cerca de 72ºC , a espuma solidifica , fixando a estrutura do miolo , que perde a capacidade de reter dióxido de carbono.




                                                      Gelatinização do amido 4

    Algumas alterações que ocorrem na massa panar à medida que a sua temperatura vai aumentando:
   Protocolo Experimental

     Material

        - Três gobelés de 50 cm3.                    – Marcador para vidro.
        - Quatro gobelés de 250 cm3.                 – 200 g de farinha.
        - Folha de alumínio.                         – 9 g de fermento de padeiro (levedura).
        - Estufa regulada para 30 graus Celsius.     – Água (aproximadamente 40 cm3).
        - Quatro varetas
        - Papel de limpeza.

     Métodos

        1. Identifique cada um dos gobelés de 250 cm3 com A, B, C e D.
    2. Pese 50 g de farinha, adicione a levedura e cerca de 40 cm3 de água aos gobelés A, B e C.
    3. Proceda de igual modo para o gobelé D, mas sem adicionar a levedura.
    4. Com uma vareta misture o conteúdo dos gobelés até este obter um aspecto de massa.
    5. Com a folha de alumínio, cubra os quatro gobelés.
    6. Com um marcador para vidro, marque a altura da massa em cada gobelé.
    7. Coloque os gobelés A e D na estufa a 30 graus Celsius, o gobelé B no frigorífico e o gobelé C à
       temperatura ambiente.
    8. Assinale a altura da massa em cada gobelé ao fim de 20, 40 e 60 minutos e registe os resultados.

    z
   Registo dos Resultados

    Gobelé            Ao fim de 20min       Ao fim de 40min    Ao fim de 60min
      A                    0.5 cm                1.5 cm             Cresceu
      B                     0 cm                   0 cm              Igual
      C                     0 cm                  0.5cm             Cresceu
      D                     0 cm                   0 cm              Igual




Observações: Pode ser observado um ligeiro crescimento no gobelé D e B, devido às
alterações físicas resultantes das alterações de temperatura (aumento da temperatura
causa a dilatação da massa , enquanto que baixas temperaturas causam a contracção
da massa).
   Discussão dos Resultados
     Questões orientadoras
1. Qual o produto desejado na fermentação do pão?
2. De que forma ocorre a fermentação na produção de pão?
3. Qual foi o gobelé com levedura que menos cresceu? E o que mais cresceu? Justifique. Que podemos
   concluir?
4. Por que razão o gobelé sem leveduras não apresenta crescimento da massa?
5. Por que razão os gobelés A e C apresentam bolhas de ar ? Porque é que o mesmo não se verifica nos
   gobelés B e D?


    1. O produto desejado é o CO2
    2. O amido da farinha é hidrolisado em açúcares simples que são posteriormente
       transformados em CO2 e etanol. O CO2 é o produto desejado, uma vez que faz crescer a
       massa, dando ao pão uma textura porosa. A fermentação inicia-se com a adição das
       leveduras (fermento de padeiro) e termina quando o calor do forno as mata. O calor provoca
       a expansão do gás, a evaporação do álcool e dá estrutura ao pão.
    3. O gobelé B foi aquele em que se observou um menor crescimento, enquanto que o gobelé A
       apresentou o crescimento mais elevado. Este facto deve-se à existência de temperaturas
       óptimas de actuação das enzimas existentes nas leveduras. Deste modo, podemos concluir
       que a temperatura ideal das enzimas da levedura Saccharomyces cerevisiae é de
       aproximadamente 37ºC.




                                        Influência da Temperatura 3

    4. As leveduras promovem o crescimento da massa, logo como este gobelé não as possuía, não
       foi possível observar um crescimento. Uma vez que não ocorre fermentação, não irá existir a
       libertação de CO2. Sem CO2 não existe a expansão da massa, porém as variações térmicas
       podem levar a um crescimento reduzido da massa, sendo que a massa regressa ao volume
       normal quando exposta à temperatura ambiente (inferior à temperatura da estufa)
    5. A e C apresentam bolhas de ar, que resultam da libertação de CO2 produzido durante a
       fermentação alcoólica por parte das leveduras. Aqueles que não apresentam bolhas de ar
       são o B e o D. No caso do B, como este foi exposto a temperaturas muito baixas, as enzimas
       das leveduras tornaram-se inactivas, não realizando fermentação, logo não existe a
       produção de CO2. No caso do gobelé D, como este não possuía leveduras , não ocorreu a
       fermentação que permitia a formação do gás.
   Conclusão
Com a realização desta actividade laboratorial podemos confirmar que as leveduras responsáveis
pela produção do pão possuem temperaturas óptimas que condicionam a sua actividade. Através do
gobelé A e do gobelé de controlo D foi possível concluir que a temperatura óptima ronda os 37ºC. O
gobelé B permitiu observar que as temperaturas baixas inibem o crescimento da massa. O gobelé C
verificou que à temperatura ambiente a actividade das leveduras é limitada , confirmando
novamente que a temperatura óptima aproxima-se dos 37ºC.




   Bibliografia
http://www.cienciaviva.pt/projectos/pollen/sessao6pao.pdf ( acedido a 24/ 04 / 2012)

Matias, Osório; Martins, Pedro; Biologia 12 Parte 2; Areal Editores 2011, 1º Edição

Silva Osório, Lígia; Preparar os Testes – Biologia – 12º ano; Areal Editores 2010

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Actividade Laboratorial - Produção de Pão

  • 1. Atividade Prática: EM QUE CONDIÇÕES ÓTIMAS ATUAM AS LEVEDURAS NA PRODUÇÃO DE PÃO Data: 30/04/2012 Turma: 12º A Identificação do Grupo: Ana Catarina Martinho nº 2 Ana Maria Alves nº 3 Teresa Mafalda Pereira nº23 Saccharomyces Cerevisiae. Massa de pão.  Conceitos chave ou pressupostos Fermentação Saccharomyces cerevisiae Amilase Metabolismo Glúten Proteínas Catabolismo Amido Temperatura  Objetivo Observar a influência da temperatura na actividade das leveduras na produção de pão.  Introdução Teórica  Produção de Alimentos A produção ou transformação de alimentos resultam de processos fermentativo, que estão dependentes do metabolismo de microorganismos envolvidos nestes processos. O metabolismo é o conjunto de todos os processos químicos realizados por um organismo, sendo que existem dois tipos de processos metabólicos: -Anabolismo: Conjunto de reacções que necessitam de energia para sintetizarem moléculas mais complexas a partir de moléculas mais simples. -Catabolismo: Conjunto de reacções que conduzem à degradação de moléculas complexas, formando-se moléculas mais simples e libertando-se energia. As reacções metabólicas envolvem a quebra e a formação de ligações químicas, porém é necessário fornecer a energia necessária para que a reacção se inicie (energia de activação). Porém uma reacção necessita de muita energia , sendo que pode durar anos até ocorrer completamente. Assim, as células recorrem a catalisadores, isto é, moléculas capazes de acelerar uma reacção química sem que nela sejam consumidos.Os catalisadores das células são as enzimas que actuam como biocatalizadores , uma vez que são proteínas especiais capazes de acelerar reacções químicas.
  • 2. A fermentação é um processo metabólico anaeróbio, realizado por certas espécies de bactérias e leveduras , durante a qual moléculas orgânicas são utilizadas na produção de ATP. Existem duas etapas de fermentação: + -Glicólise: A glicose é oxidada e formam-se duas moléculas de ácido pirúvico. O agente oxidante é o NAD que é transformado em NADH. O saldo energético é de duas moléculas de ATP. -Redução do ácido pirúvico : O ácido pirúvico , ou moléculas orgânicas que se formam a partir dele , são aceptoras dos electrões + + do NADH, o que permite regenerar o NAD . O NAD pode assim , voltar a ser utilizado na oxidação da glicose com formação de 2 ATP. Os produtos finais da fermentação dependem da molécula orgânica que é produzida a partir do ácido pirúvico. Existem vários tipos de fermentação , que dependem da molécula orgânica que é aceptora do hidrogénio na fase de redução do ácido pirúvico. Os microrganismos que as realizam podem estar presentes em quantidade suficiente na matéria-prima ou podem ser adicionados como culturas puras ou culturas mistas e são influenciados pelas condições ambientais, como a temperatura , pH e composição atmosférica.  Fermentação Alcoólica A fermentação alcoólica caracteriza-se pela produção de grandes quantidades de etanol e dióxido de carbono. Este processo é realizado por várias espécies de leveduras quando colocadas em condições de anaerobiose. Algumas bactérias são ,também , capazes de realizar esta via fermentiva. Porém na indústria alimentar utiliza-se, sobretudo, a levedura Saccharomyces cerevisiae. Neste tipo de fermentação o ácido pirúvico é convertido em etanol e dióxido de carbono em duas etapas: 1º- O ácido pirúvico é descarboxilado e forma-se o acetaldeído; 2º- O acetaldeído é reduzido pelo NADH a etanol Este tipo de fermentação é responsável pela produção do pão.  Produção do Pão O pão é constituído pelo miolo que é uma espuma, isto é , uma dispersão de gás numa fase sólida e pela côdea, mais escura e estaladiça. Os ingredientes fundamentais do pão são a farinha de trigo , a água , o sal e a levedura de padeiro. A farinha de trigo é constituída por vários compostos , porém os mais relevantes são : o amido e as proteínas. O amido ( 70% da farinha) é constituído por cadeias de glucose. As cadeias podem ser ramificadas – amilopectina- ou então lineares- amilose. Estas formam uma estrutura semi-cristalina resistente denominada de grânulo , que pode ter várias dimensões. Porém , existem na farinha enzimas – amilases- que aceleram a quebra de ligações entre os açúcares que constituem as cadeias do amido, produzindo açúcares livres. As proteínas do trigo diferem das dos outros cereais uma vez que a fracção não solúvel, composta por gliadinas e gluteninas, forma uma rede. Este processo ocorre quando se adiciona água à farinha e se amassa . Durante o processo de amassar , as proteínas que se encontravam originalmente enroladas desenrolam-se , pois a energia mecânica introduzida no processo de amassar provoca a quebra de algumas ligações químicas. Deste modo , as cadeias desenroladas estabelecem novas ligações , formando uma espécie de rede plástica , elástica e muito coesa denominada glúten. Formação de glúten 1 A água é necessária , pois é nesta que os compostos solúveis se vão dissolver. Porém, a água liga-se também aos outros componentes, nomeadamente, às proteínas que vão constituir o glúten e ao amido, hidratando-os. Além do mais, é necessária em todas as reacções enzimáticas . O sal é solúvel em água , dissociando-se em iões sódio e cloreto . Estes apuram o sabor do pão , mas também reforçam as ligações entre as cadeias do glúten , tornando-o mais coeso. A levedura Saccharomyces cerevisiae é o microrganismo envolvido na produção do pão. As células desta levedura consomem os açúcares livres provenientes do amido e vão produzir álcool etílico e o dióxido de carbono ( e outros compostos) , sendo que estes conferem sabor e aroma ao pão. Esta levedura , em ambientes anaeróbios , irá realizar a fermentação alcoólica . O gás produzido vai-se acumular dentro da massa , sendo aprisionado pelo glúten ( que deverá ter a força adequada para reter o gás). A acumulação do gás leva à expansão da massa , devido à sua elasticidade. A massa vai crescer , podendo ficar com mais do dobro do seu tamanho.
  • 3. Transformação da massa durante a fermentação:  Protocolo Experimental  Material Fotomicrografias da fermentação 2 - Três gobelés de 50 cm3. – Marcador para vidro. - Quatro gobelés de 250 cm3. – 200 g de farinha. A temperatura está relacionada com uma boa actividade da levedura de fermento de padeiroronda os 37ºC. A - Folha de alumínio. – 9 g , cuja a temperatura óptima (levedura). temperaturas baixas, a actividade da levedura é quase nula. Deste modo , muitas vezes congela-se a massa panar , para que esta - Estufa regulada para 30 graus Celsius. – Água (aproximadamente 40 cm3). possa ser utilizada mais tarde Porém , a temperaturas superiores a 65ºC a levedura morre. - Papel de limpeza.  Métodos 1. Identificar cada um dos gobelés de 250 cm3 com A, B, C e D. 2. Pesar 50 g de farinha, adicione a levedura e cerca de 40 cm3 de água aos gobelés A, B e C. 3. Proceder de igual modo para o gobelé D, mas sem adicionar a levedura. 4. Amassar a massa de cada um dos gobelés. 5. Com a folha de alumínio, cubra osInfluênciagobelés. quatro da Temperatura 3 DuranteCom um marcador para vidro, marcar avezes para dividir e redistribuir as bolhas de gás e as células da levedura 6. a fermentação a massa é manipulada algumas altura da massa em cada gobelé. , de modo a ficarem uniformementeD na estufa.Por outro lado , impede-se que se B no frigorífico e o gobelé C de glúten 7. Colocar os gobelés A e distribuídas a 30 graus Celsius, o gobelé criem tensões nalgumas cadeias à que rodeiam as bolhas gasosas, provocadas por grandes quantidades de gás acumulado. Quando temperatura o volume desejado , é metida no forno , a temperaturas entre os 200ºC e os 220ºC , e inicia-se a fase da a massa atinge ambiente. 8. Assinalar a altura da massa em cada gobelé ao fim de 20, 40, 60 e 80 minutos e registar os cozedura. resultados. Nesta fase verifica-se um grande aumento de volume da massa , pois à medida que o calor vai sendo conduzido através da massa , a temperatura desta vai aumentando , assim como a actividade das leveduras , o que resulta num aumento da produção de dióxido de carbono e expansão das bolhas de gás.  Registo dos Resultados Aos 60ºC ocorre a morte térmica das leveduras e a actividade enzimática entra em declínio . A esta temperatura , o amido começa a gelatinar e as proteínas a coagular. A água presente na rede glutínica é excluída e vai participar na gelatinização do amido. No pão, a gelatinização do amido não é completa, pois existe uma quantidade de água limitada. A temperatura e o tempo de cozedura são importantes. A gelatinização inicia-se por volta dos 65ºC. Com a desnaturação e coagulação do glúten , a cerca de 72ºC , a espuma solidifica , fixando a estrutura do miolo , que perde a capacidade de reter dióxido de carbono. Gelatinização do amido 4 Algumas alterações que ocorrem na massa panar à medida que a sua temperatura vai aumentando:
  • 4. Protocolo Experimental  Material - Três gobelés de 50 cm3. – Marcador para vidro. - Quatro gobelés de 250 cm3. – 200 g de farinha. - Folha de alumínio. – 9 g de fermento de padeiro (levedura). - Estufa regulada para 30 graus Celsius. – Água (aproximadamente 40 cm3). - Quatro varetas - Papel de limpeza.  Métodos 1. Identifique cada um dos gobelés de 250 cm3 com A, B, C e D. 2. Pese 50 g de farinha, adicione a levedura e cerca de 40 cm3 de água aos gobelés A, B e C. 3. Proceda de igual modo para o gobelé D, mas sem adicionar a levedura. 4. Com uma vareta misture o conteúdo dos gobelés até este obter um aspecto de massa. 5. Com a folha de alumínio, cubra os quatro gobelés. 6. Com um marcador para vidro, marque a altura da massa em cada gobelé. 7. Coloque os gobelés A e D na estufa a 30 graus Celsius, o gobelé B no frigorífico e o gobelé C à temperatura ambiente. 8. Assinale a altura da massa em cada gobelé ao fim de 20, 40 e 60 minutos e registe os resultados. z  Registo dos Resultados Gobelé Ao fim de 20min Ao fim de 40min Ao fim de 60min A 0.5 cm 1.5 cm Cresceu B 0 cm 0 cm Igual C 0 cm 0.5cm Cresceu D 0 cm 0 cm Igual Observações: Pode ser observado um ligeiro crescimento no gobelé D e B, devido às alterações físicas resultantes das alterações de temperatura (aumento da temperatura causa a dilatação da massa , enquanto que baixas temperaturas causam a contracção da massa).
  • 5. Discussão dos Resultados  Questões orientadoras 1. Qual o produto desejado na fermentação do pão? 2. De que forma ocorre a fermentação na produção de pão? 3. Qual foi o gobelé com levedura que menos cresceu? E o que mais cresceu? Justifique. Que podemos concluir? 4. Por que razão o gobelé sem leveduras não apresenta crescimento da massa? 5. Por que razão os gobelés A e C apresentam bolhas de ar ? Porque é que o mesmo não se verifica nos gobelés B e D? 1. O produto desejado é o CO2 2. O amido da farinha é hidrolisado em açúcares simples que são posteriormente transformados em CO2 e etanol. O CO2 é o produto desejado, uma vez que faz crescer a massa, dando ao pão uma textura porosa. A fermentação inicia-se com a adição das leveduras (fermento de padeiro) e termina quando o calor do forno as mata. O calor provoca a expansão do gás, a evaporação do álcool e dá estrutura ao pão. 3. O gobelé B foi aquele em que se observou um menor crescimento, enquanto que o gobelé A apresentou o crescimento mais elevado. Este facto deve-se à existência de temperaturas óptimas de actuação das enzimas existentes nas leveduras. Deste modo, podemos concluir que a temperatura ideal das enzimas da levedura Saccharomyces cerevisiae é de aproximadamente 37ºC. Influência da Temperatura 3 4. As leveduras promovem o crescimento da massa, logo como este gobelé não as possuía, não foi possível observar um crescimento. Uma vez que não ocorre fermentação, não irá existir a libertação de CO2. Sem CO2 não existe a expansão da massa, porém as variações térmicas podem levar a um crescimento reduzido da massa, sendo que a massa regressa ao volume normal quando exposta à temperatura ambiente (inferior à temperatura da estufa) 5. A e C apresentam bolhas de ar, que resultam da libertação de CO2 produzido durante a fermentação alcoólica por parte das leveduras. Aqueles que não apresentam bolhas de ar são o B e o D. No caso do B, como este foi exposto a temperaturas muito baixas, as enzimas das leveduras tornaram-se inactivas, não realizando fermentação, logo não existe a produção de CO2. No caso do gobelé D, como este não possuía leveduras , não ocorreu a fermentação que permitia a formação do gás.
  • 6. Conclusão Com a realização desta actividade laboratorial podemos confirmar que as leveduras responsáveis pela produção do pão possuem temperaturas óptimas que condicionam a sua actividade. Através do gobelé A e do gobelé de controlo D foi possível concluir que a temperatura óptima ronda os 37ºC. O gobelé B permitiu observar que as temperaturas baixas inibem o crescimento da massa. O gobelé C verificou que à temperatura ambiente a actividade das leveduras é limitada , confirmando novamente que a temperatura óptima aproxima-se dos 37ºC.  Bibliografia http://www.cienciaviva.pt/projectos/pollen/sessao6pao.pdf ( acedido a 24/ 04 / 2012) Matias, Osório; Martins, Pedro; Biologia 12 Parte 2; Areal Editores 2011, 1º Edição Silva Osório, Lígia; Preparar os Testes – Biologia – 12º ano; Areal Editores 2010