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Curso: Psicopedagogia Clínica




                       Recursos Tecnológicos e Formação




                                          Docente: Prof. Doutora Diana Vallescar

                                          Discentes: Ana Sofia Bessa, 20062285

                                                     Joana Soares, 20061997
Universidade Lusófona do Porto
                   Intervenção Psicopedagógica na População Idosa




     Este capítulo introduz diferentes conceitos de prestação de cuidados, debatendo o
sentido e as implicações de cuidar de pessoas idosas.
     Vamos explorar as tensões causadas pelo facto de os “promotores de saúde”
serem eles próprios muitas vezes, também, os “prestadores de cuidados”.




                                      Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                      Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

O Conceito de Cuidar
     Prestar cuidados é visto na maioria das sociedades como uma das funções básicas
da vida em família.
     Cuidados pode ser visto como a arte de tomar conta.


O que é a Prestação de Cuidados?
Segundo o Concise Oxford Dictionary é:

    Responsabilidade/Tomar conta de alguém;
    Satisfazer/Responder as necessidades de alguém;
    Sentir preocupação, interesse, consideração, afecto pela pessoa de quem se
       cuida.

Parker, 1981, descreveu duas maneiras de cuidar:

    Primeira – A preocupação com as outras pessoas, ou seja, pode expressar a sua
       preocupação sob a forma de preces, pode sentir-se ansioso ou agradado
       relativamente a alguém, etc...
    Segunda – Prende-se com o trabalho de olhar por aqueles que, temporariamente
       ou permanentemente, não o podem fazer por si próprios.


                      Walker (1982) debate três níveis de cuidados




                           Quase
                                                      Formal
                           Formal




                                Cuidados
                                         Informal
                                            ou
                                         Familiar




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Quem são os Prestadores de Cuidados?
        Twigg e Atkin, 1994, dizem que as agências de serviços vêem os prestadores de
cuidados através de quatro modelos.

Os quatro modelos:
    Como recurso; quando o único objectivo da intervenção é manter o prestador de
         cuidados no seu papel;
    Como colaboradores; mantendo o prestador de cuidados motivado mas com
         alguma atenção às suas necessidades;
    Como co-utentes; quando é dificil determinar quem é o utilizador do serviço;
        Twigg e Atkin, 1994, também afirmam que o objectivo final das agências de
         serviços pode ser a substituição do prestador de cuidados, seja por interesse
         próprio, seja zelando pelo interesse da pessoa.


Prestadores de Cuidados Familiares ou Leigos (Informais)
        Existem vários tipos de prestadores de cuidados, isto varia consoante os cenários.
Falamos muitas vezes de cuidados leigos, cuidados informais ou familiares, o que
significa que os cuidados não são prestados por uma entidade voluntária ou estatuária.
        Historicamente, a prestação de cuidados era executada por mulheres em casa mas
de acordo com Arber, 1990, com o crescimento do emprego entre as mulheres, esta
bolsa potencial de prestadoras de cuidados foi reduzida.
        A idade mais comum para se tornar prestador de cuidados situa-se entre os 45-64
anos.
A General Household Survey on Informal Carers, 1985, concluiu que as pessoas idosas
são mais susceptíveis de receberem cuidados práticos do que cuidados pessoais.
        À medida que a população vai vivendo mais tempo, também o número de
prestadores de cuidados vai aumentar, assim como a sua idade.
Tudo isto tem sérias implicações no planeamento dos cuidados sociais e de saúde tanto
actualmente como no futuro.
        Segundo Grant e Nolan, 1993, existem cada vez mais provas de que muitos dos
prestadores retiram alguma satisfação desta actividade. Eles estão felizes no seu papel.




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     Por outro lado, Arber e Gilbert, 1989, concluiram que as pessoas têm poucas
opções a não ser cuidar das outras.
     Bulmer, 1987, disse que o significado de cuidar é quase intuitivamente óbvio,
referindo-se à prestação de ajuda, apoio e protecção para os membros vulneráveis e
dependentes da sociedade.


Cuidados Legalmente Instituidos
     O objectivo dos cuidados na comunidade foi ajudar as pesoas a viverem na
comunidade e a serem cuidadas nas suas próprias casas e em pequenas instituições.
     Nolan et Al, 1996, destacam que apesar de o Carers’s Act ser “um passo na
direcção certa ”, existem limitações. Existem providências na lei para a avaliação do
prestador do prestador de cuidados mas somente se as necessidades da pessoa a ser
cuidada estiverem em causa. Isto é, o prestador de cuidados não tem direito a uma
avaliação independente.
     Sendo assim, tal lei apenas se aplica a prestadores de cuidados que proporcionam
ou tencionam proporcionar uma quantidade “substancial” de cuidados numa base
“regular”.

As pistas que estão no guia prático que acompanham esta lei, SSI 1993, são:

    Que tipo de tarefas faz ou irá levar a cabo o prestador de cuidados?
    Quanto tempo despende ou vai despender o prestador de cuidados na assistência
       ao utente (doente)?
    Qual o grau de supervisão requerido pelo utente para levar a sua vida?
    Trata-se, ou tratar-se-á, de um compromisso contínuo para o prestador de
       cuidados?

     As capacidades de comunicação como a escuta activa, a importância de não
julgar, boas técnicas de questionamento, recorrer a perguntas abertas e fechadas e a
empatias são essencias quando se avalia um prestador de cuidados.
     Lazarus, 1966, formula o modelo transaccional de stresse e estas ferramentas
baseiam-se naquele modelo. Os promotores de saúde podem usar o CASI e o CAMI
como parte do seu procedimento de avaliação, a fim de planear as necessidades sociais e
de saúde dos prestadores de cuidados. (Nolan et Al, 1996a).




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O que fazem os Prestadores de Cuidados?
      Jones e Vetter, 1984, realizaram uma pesquisa em que concluiram que 11% dos
prestadores de cuidados tinham desistido dos seus empregos para cuidar de alguém,
16% disseram que o contacto com amigos sofreu uma redução e outros 11% sentiram
que a prestação de cuidados lhes haviam reduzido os contactos familiares.
      Parker e Lawton, 1994, descreveram a tipologia das actividades de prestação de
cuidados:
    Cuidados pessoais e físicos;
    Cuidados pessoias e não físicos;
    Cuidados físicos e não pessoais;
    Outra ajuda prática (preparação de refeições, ir às compras, tarefas domésticas,
       reparações domésticas, qualquer espécie de trabalho com documentos e papeis,
       fazer companhia, levar a passear, dar medicamentos ou estar atento);
    Apenas ajuda prática;
    Outra ajuda (qualquer espécie de trabalho com documentos e papéis, fazer
       companhia, levar a passear, dar medicamentos ou estar atento).


Prestadores de Cuidados e Promotores de Saúde Profissionais
      O pessoal dos serviços sociais e de saúde é muito impolrtante na cruzada da
promoção da saúde, eles podem analisar, planear, implementar e avaliar os cuidados
com e para as pessoas idosas.
      Os idosos não podem ser saudáveis numa sociedade que não os encoraja a
sentirem-se iguais.


Tensões entre a Promoção da Saúde e a Prestação de
Cuidados
      Muitos promotores de saúde são, também, prestadores de cuidados e podem achar
difícil equilibrar os papéis de prestador e de promotor.
      De acordo com Sullivan e Pickering, 1997, existem poucas provas de que as
perspectivas dos prestadores de cuidados informais estejam a ser tidas em conta e, pior
ainda, consideradas “válidas”.




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     Os prestadores de cuidados informais parecem valorizar a oportunidade de falar
com outra pessoa e de discutirem os seus problemas e ansiedades.
     O papel do pessoal dos cuidados sociais ou de saúde é avaliar e controlar os
cuidados prestados às pessoas idosas por outros.
Twigg, 2000, sugere que a maior parte dos idosos preferia receber ajuda nos cuidados
pessoais por parte de prestadores de cuidados do que por parte de enfermeiros.
     Existem também os visitadores de saúde, estes podem ser um recurso importante
caso dêem valor à promoção da saúde para prestadores de cuidados e pessoas idosas.
A Carers National Associantion (CNA) afirma que os prestadores informais querem
sentir-se valorizados, ver a sua situação compreendida pelos outros e ter alguém com
quem falar.
     Muito pouco é dito sobre o papel dos visitadores junto dos prestadores de
cuidados, a não ser o reconhecimento do seu papel como defensores do doente/prestador
de cuidados, no âmbito do NHS and Community Care Act, 1990.


Assistentes Sociais
     De acordo com Hughes, 1995, o sistema de mercado e os procedimentos dos
gestores de cuidados “tendem a adoptar um modelo administrativo dos cuidados na
comunidade”.
     É importante que o prestador de cuidados participe no planeamento dos cuidados
junto dos asistentes sociais, sejam eles encarregues de casos/coordenadores ou gestores
de cuidados, a fim de poderem promover uma abordagem que facilite o empowermente
do prestador de cuidados.


Equipa de Cuidados de Saúde Primários
     A equipa de cuidados de saúde primários (ECSP) parece ter um papel vital nos
cuidados da pessoa idosa e do prestador de cuidados relativos aos prestadores.
     Em 1993, a Carers National Association levou a efeito um projecto em Londres,
no sentido de:
          Identificar prestadores de cuidados;
          Proporcionar informação aos prestadores de cuidados;
          Desenvolver formas de apoiar os prestadores de cuidados;



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            O projecto identificou os seguintes modelos de boa prática;
            Treino para conter com os prestadores de cuidados pessoal profissional;
            Inquéritos sobre a prática numa amostra de prestadores de cuidados;
            Identificação de prestadores de cuidados em cada prática, compilação de
               listas e elaboração de registos;
            Montagem de pacotes de informação e de materiais para os prestadores de
               cuidados;
            Encontros de ligação com serviços sociais e organizações de voluntários;
            Treino para prestadores de cuidados.
Muitos prestadores de cuidados, no entanto, não sabem que podem pedir uma avaliação
da pessoa de quem estão a cuidar e que esta avaliação tem de levar em conta as
necessidades do prestador de cuidados e ainda que eles têm o direito de pedir ajuda.


Promoção da Saúde dos prestadores de Cuidados Informais
        Arbor e Ginn, 1990, mostram que quase metade das pessoas idosas são assistidas
por prestadores de cuidados informais que são eles próprios, idosos e, muitas vezes,
com saúde debilitada.
        A situação para os prestadores pode ser bastante fácil de lidar num dia e, no dia
seguinte, causar ressentimento, frustração e exaustão. É muito importante lembrar que o
abuso de pessoas idosas não é somente levado a cabo por prestadores de cuidados
informais mas igualmente por todos os profissionais como o pessoal dos cuidados
sociais e de saúde na comunidades, nos hospitais e nos lares residenciais. (Pritchard,
1996)

Ajuda para Cuidadores Familiares Informais:

    A Age Concern e o CNA podem dar conselhos e apoio;
    Outras organizações de voluntários locais e nacionais como a Help the Aged;
    Grupos locais de prestadores de cuidados podem dar informações e apoio nos
         cuidados de saúde físicos, emocionais e mentais;
    Há também a linha de atendimento telefónico Elder Abse Responde;
    Departamentos dos serviços sociais e de saúde;




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    Os serviços socias podem ajudar, destacando um assistente social
       expremimentado para uma visita;
    Pode ser pedida a visita de um visitador de saúde que tenha esperiência com
       abuso.
Os promotores de saúde devem lembrar-se dos direitos dos prestadores de cuidados e
não fazê-los sentirem-se culpados, caso decidam que não podem mais cuidar.
Estes podem, também, ajudar ao apoiar e ao adoptar uma abordagem holística face aos
cuidados, a fim de que tanto o prestador como aquele que é tratado atinjam o seu
potêncial.



Conceitos Holísticos de Saúde para o Prestador de Cuidados
      Saúde Física:
             - A saúde física do prestador de cuidados é muito importante, este poderá
ter de lidar com um vasto leque de problemas práticos.
Devem ser encorajados check-ups frequentes e controlos e despistagens (para prevenir
doenças e promover a boa forma) com o médico assistente.

      Saúde Mental:
             - Ewles e Simnett, 1999, sugerem que esta é a capacidade de pensar clara e
coerentemente. O promotor de saúde pode trabalhar com o prestador de cuidados, a fim
de ajudar a criar um sentido para as suas vidas.
Frequentemente, os prestadores sentem que já não conseguem lidar com as situações;
pode ser dada ajuda prática, nomeadamente os cuidados respectivos ou ajuda em casa
para aqueles que estão a ser cuidados.
Encontrar-se com outros prestadores de cuidados na mesma situação muitas vezes
ajuda, pelo que ser apresentado a indivíduos ou grupos pode ser benéfico. Encoraje o
prestador de cuidados a olhar por si próprio, pela sua aparência, ajudando-o a sentir-se
bem e a parecer bem.

      Saúde Emocional:
                 - Ajudar o prestador de cuidados a reconhecer e a trabalhar as emoções
e sentimentos como o amor, o ressentimento, a culpa e a ansiedade. O prestador pode




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ser apoiado na expressão das emoções acerca de si e daquele de quem cuida de forma
apropriada.

      Saúde Social:
              - Os prestadores de cuidados podem vir a ficar isolados, sem o apoio de
uma família. Encoraje o prestador a fazer novos amigos ou a procurar velhas amizades.
Ter amigos para falar, começar novos hobbies e actividades vai ajudar ao bem-estar
social e mental do prestador de cuidados.

      Saúde Espíritual:
                - Isto pode significar apoiar o prestador de cuidados para pôr em prática
as suas crenças religiosas ou ajudá-lo a alcançar a paz de espírito.

      Saúde da Sociedade:
                 - Como promotores de saúde podemos influenciar a forma como a
sociedade percebe e trata os prestadores de cuidados e os idosos.
Por exemplo, é necessário dar o apoio financeiro e prático adequados ao prestador, a fim
de este poder manter e promover a sua sáude.


Prevenção do Stresse
                   Necessidades dos Prestadores de Cuidados Familiares



                                     Cuidados Físicos

                                  Cuidados da Sociedade

                   Cuidados Práticos                   Cuidados Mentais


                                   Cuidados Espirituais


                      Cuidados Sociais           Cuidados Emocionais



                                  Abordagem Holística




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      Nolan e Grant, 1992, sugerem que as interpretações subjectivas constituem-se
como melhores indicadores de stresse do que os factores objectivos.
Um promotor de saúde experimentado pode, por vezes, saber instintivamente que algo
não está completamente bem na situação como, por exemplo, os prestadores sentem
muitas vezes que têm de lidar com a situação e têm medo de admitir que se sentem
stressados e no “limite das suas forças”.


Finanças e prestadores de Cuidados
      A falta de financiamento vai, obviamente, afectar a saúde do prestador de
cuidados. Os prestadores que vêm de fora podem ter que despender muito tempo e
dinheiro para ir de suas casas até à da pessoa de quem estão a cuidar.
      O apoio financeiro que os prestadores de cuidados recebem é mínimo, de 6.8
milhões de prestadores de cuidados, menos de 300 mil recebem o subsídio de cuidados
a inválidos.


Promoção da Saúde de Prestadores de Cuidados Negros e
Minorias Étnicas
Estes grupos por vezes sofrem como prestadores de cuidados devido a factores como:

    Não entenderem claramente a língua;
    Não são capazes de procurar ajuda das agências;
    Não têm consciência dos seus direitos;
    Tornam-se solidários e isolados.
      Atkin e Rollings, 1992, e King’s Fund Carers, 1998, consideram que os
prestadores oriundos de minorias étnicas podem enfrentar barreiras de comunicação,
isolamento e racismo.
      Os promotores de saúde podem criar cuidados sociais e de saúde que sejam
sensíveis às necessidades de todos os grupos.
Estes podem ajudar ao ouvirem prestadores de cuidados negros e de outras minorias
étnicas, descobrindo se eles são capazes de lidar com esse papel e se os serviços que
providenciam respondem às diferenças culturais e sociais.




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Avaliação das Necessidades Sociais e de Saúde do Prestador
de Cuidados
       Menthorpe e Twigg, 1995, falam no conceito de uma avaliação orientada para as
necessidades ser problemática.
Existem duas características partículares em que os prestadores de cuidados se vêem
envolvidos:
  I.    A injunção de apoiar os prestadores de cuidados é nova para as agências de
        serviço social e as definições das necessidades são vaga e por vezes
        idiossincráticas. A ideia de providência orientada pelas necessidades leventa
        problemas a um nível conceptual.
        Twigg e Atkin, 1994, relataram que os prestadores de serviços se baseavam mais
        na sua opinião relativamente aos prestadores de cuidados familiares do que em
        relação a grupos de utentes mais tradicionais.
 II.    Os prestadores de cuidados não são utentes nem doentes, existem marginalmente
        à prestação de serviços. Uma grande maioria é ignorada, abusada ou
        desconhecida. Eles estão dentro dos serviços sociais e de saúde mas à margem
        das organizações.
Os promotores de saúde e os seus colegas devem ser bem claros acerca do significado
de “necessidade” relativamente aos prestadores.
O prestador de cuidados deve querer e ser capaz de levar a cabo o seu papel, apesar de
lhe poder ser permitido dizer “não” quando não consiga lidar com a situação ou quando
não aguente mais, sem se sentir culpado.
       Bradshaw disse que “as necessidades normativas” são necessidades objectivas,
como estão definidas pelas várias profissões, isto é, reflectem a avaliação dos
profissionais sobre aquilo que é necessário.
As “necessidades sentidas” são aquilo que as pessoas realmente querem e quando o
utente ou prestador de cuidados expressa as suas necessidades por palavras ou acções.
As “necessidades expressas” tornam-se uma prioridade.
As “necessidades comparadas” são aquelas em que o prestador de cuidados ou o utente
comparam.




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Estudo de Caso 3.1:
      A senhora Clarke tem 59 anos e vive a alguns quilómetros do seu pai de 77 anos,
que mora sozinho.
      Ele não tem apoio dos departamentos sociais ou de saúde e ela, apesar de doente,
visita-o sempre que pode.
      O médico assistente quer coloca-lo num lar mas tanto a senhora Clarke como o
seu pai não concordam com a ideia. Querem que ele fique em casa com apoio de 24h
sobre 24h.
      Neste caso as “necessidades normativas” apontam para a opinião do médico
assistente no sentido do Sr.º Clarke precisar de cuidados constantes num lar residencial,
enquanto que as “necessidades comparadas” são referidas quando a Sr.ª Clarke compara
o apoio que a vizinha do pai está a receber.

      Ellis, 1991, e Nolan et Al, 1994, concluíram que poucos médicos possuem uma
matriz conceptual explícita para avaliar as necessidades dos prestadores de cuidados.
      O Welsh Office, 1991, sugeriu que as matrizes conceptuais são mais úteis se
oferecerem orientação, em vez de prescrição.


  Matriz Conceptual para Avaliar as Necessidades dos Prestadores de Cuidados




          Necessidades dos Prestadores
          dos que são cuidados do
          Avaliador                                                   Acordo
                                                                 Resultados Claros

          Uma Abordagem Flexível



          Uma Abordagem Criativa




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A Avaliação precisa de ser:
    Flexível, para poder ser adaptada a uma variedade de circunstâncias;
    Apropriada à audiência a que supostamente se dirige;
    Capaz de equilibrar e incorporar os pontos de vista de um conjunto de grupos,
       como prestadores de cuidados, utilizadores e agências;
    Capaz de criar um mecanismo para fazer conciliar os diferentes pontos de vista
       e, ao mesmo tempo, reconhecer também a diversidade e variação dentro das
       ciscunstâncias individuais

     A matriz de trabalho precisa de oferecer uma abordagem holística.
Nolan et Al, 1994, 1996b, a partir do losango terapêutico, sugerem que o que se segue
deve ser incluído como uma ampla base para uma análise compreensiva:

    As necessidades percepcionadas, expectativas e conhecimento existente dos
       prestadores de cuidados;
    Pormenores da situação de prestação de cuidados;
    Crenças e expectativas acerca dos cuidados , da família, da cultura, do grupo
       étnico;
    As relações entre o prestador de cuidados e a pessoa cuidada;
    Transição para os cuidados/impacto precoce;
    Factores de stresse;
    O conhecimento especializado do prestador de cuidados;
    A satisfação dos cuidados;
    Desistir dos cuidados/olhar para o futuro;
    Quaisquer outros factores.


                      Losango Terapêutico (Nolan et Al, 1994)
                                    Prestador de Cuidados

                                                       Família



                   Avaliador                                Pessoa Cuidada



                                   Doença/Incapacidade



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                   Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

Estudo de caso 3.2:
     A senhora Jones tem 75 anos e toma conta do marido em casa. Ela sente-se
isolada mas diz que lida bem com tal situaçãom porém parece cansada e chorosa.
     O marido tem 77 anos e sofre de artrite, precisa de ajuda para quase todas as suas
actividades. Anda bem em casa mas no exterior tem algumas dificuldades.
     É necessário uma abordagem holística e uma matriz de avaliação para cuidar de
ambos.

Alguns serviços que podem ser necessários para este casal são:
Serviços de Saúde/Comunidade:
    Médicos;
    Enfermeiros Comunitários, visitadores de saúde, enfermeiro psiquiátricos;
    Quiropráticos;
    Fisioterapeutas;
    Pessoal Paramédico;
    Nutricionista.


Serviços Sociais, Segurança Social:
    Assistentes Sociais;
    Trabalhadores dos Serviços de Saúde, ajuda domiciliária;
    Entrega de refeições no domicílio;
    Cuidado de dia;
    Cuidado de substituição;
    Cuidado Residêncial;
    Segurança Social;
    Serviços de Voluntariado;
    Igreja/Clero.

     A informação deve constituir um processo bidireccional e não ser apenas o
promotor de saúde a pedir informação.
     Ao mobilizar recursos é important identificar os serviços que o utente e o
prestador de cuidados irão aceitar. Trabalhar em parceria com ambos significa dar-lhes
poder “empowerment” para tomarem decisões acerca da sua saúde, o que ajudará a ir ao
encontro das suas necessidades.


                                      Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                     Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

      Como promotores de saúde podemos verificar constantemente com os utentes e
prestadores de cuidados as suas preferências em mutação.


Serviços Sociais (ou Departamento de Trabalho Social)
      Os serviços sociais poderiam visitar o Sr.º e a Sr.ª Jones para observar as
circunstâncias em que vivem e decidir o tipo de ajuda que pode ser prestado.
A avaliação das necessidades de cuidados da comunidade e é levado a cabo para a
pessoa que precisa dos cuidados.
      O assistente social pode também efectuar uma avaliação do prestador de cuidados.
As necessidades do prestador de cuidados podem ser muito diferentes das necessidades
da pessoa cuidada.
      A autoridade local tem que levar a cabo esta avaliação e tem de a fazer antes de
tomar uma decisão sobre os serviços que podem ser disponibilizados para as pessoas
que estão a ser tratados.


Necessidades Domésticas
      Podem ser necessárias algumas modificações na casa, tais como apoios e
adaptações e, também, uma avaliação da segurança.
      Os serviços de dia e/ou de noite podem constituir outra opcção. Do ponto de vista
do prestador de cuidados, os cuidados residenciais podem ser uma opcção difícil de
tomar.
A CNA disponibiliza uma lista muito útil para encontrar um lar residêncial.
      O prestador de cuidados pode ter problemas em casa, se a pessoa de quem está a
cuidar for o arrendatário. O prestador pode, ou não, ter direito ao aluguer, dependendo
do tipo de contrato. Podem surgir problemas no caso de a pessoa que está a ser cuidada
for o senhorio da casa e se mudar para cuidados residênciais.
      A lei é alterada muito rapidamente e o promotor de saúde precisa de estar
actualizado.




                                       Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                    Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

Necessidades Financeiras
      Em casos como o da Sr.ª e do Sr.º Jones pode ser sugerido o subsídio para
cuidados a incapacitados.
Para o solicitar o prestador de cuidados precisa de estar a tomar conta de alguém por um
período mínimo de 35 horas semanais, ter entre 16 e 65 anos de idades e não ganhar
mais do que 75 euros por semana.
      A pessoa que está a ser cuidada tem que estar a receber o subsídio de tratamento.



Subsídio de Tratamento
      A maioria das pessoas com uma incapacidade física ou mental podem receber o
subsídio de tratamento se tiverem mais de 65 anos.
      Um pedido de subsídio de tratamento pode ser feito pelo prestador de cuidados,
em nome da pessoa cuidada.
O Serviço de Aconselhamento local pode ajudar a explicar os benefícios financeiros e,
mais importante, as alterações na lei.


Ajuda Física e Apoio Psicológico
      Pode ser necessário uma pessoa contratada para tomar conta do Sr. Jones para dar
descanso à sua esposa. A autoridade local tem competências para providenciar ou apoiar
grupos de apoio a prestadores de cuidados e dar informação como, por exemplo, a
organização voluntária Crossroads podia ser contactada.
      É importante para ambos que se consciencializem de que um prestador de
cuidados pode apenas fazer o que está ao seu alcance.
Eles podem, também, precisar de acompanhamento psicológico ou de conselhos de
educação para a saúde, por exemplo, sobre alimentação saudavel, continência, exercício
e relaxamento.

Reflectindo, podemos ver que as principais necessidades da Sr.ª Jones provavelmente
incluem:
    Avaliação para o Srº e a Sr.º Jones, nas ciscunstâncias da sua relação;
    Planeamento dos cuidados que seja flexível, criativo e holístico;
    Consulta acerca da escolha do tipo de cuidados, o avaliador e o prestador de
       cuidados são considerados como parceiros iguais;


                                         Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                       Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

     Comunicação, um processo tri-direccional entre o prestador de cuidados, a
           pessoa cuidada e o avaliador;
     Informação adequada, por exemplo, sobre organizações locais ou nacionais de
           prestadores de cuidados;
     Aconselhamento, por exemplo, acerca de cuidados de substituição, benefícios
           financeiros e questões legais;
     Apoio tanto a nível físico como emocional, o avaliador deve estar consciente de
           que o prestador de cuidados pode achar que não deve pedir desculpa.


Dilemas Étnicos
      O estudo de caso identfica toda a ajuda que pode ser necessária mas estamos a
provocar muita angústia ao elevar as expectativas dos prestadores de cuidados e das
pessoas cuidadas.


Organizações de Voluntariado
      Eles também apoiam organizações tais como os serviços sociais e de saúde. Em
algumas áreas são as organizações voluntárias que dão todo o tipo de apoio à pessoa
cuidada e ao prestador de cuidados. Isto é financiado pelo departamento de serviços
sociais.

      Crossroads: Tem um sistema que dá pelo nome de “cuidar dos cuidadores”.
      É a maior organização voluntária nacional que disponibiliza serviços específicos
de repouso para os prestadores de cuidados.
      O sistema é gratuíto mas não está disponível a todas as pessoas uma vez que os
seus serviços são muito requisitados.


      Carers National Association (CNA): Eles fizeram uma operação de
consciencialização para as necessidades dos prestadores de cuidados, assegurando-se de
que são tomadas medidas para os apoiar.
      A CNA tem, também, uma linha telefónica, os prestadores de cuidados podem
falar com peritos através desta linha.




                                            Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                   Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

     A Age Concern e a Stroke Association: Grupos voluntários que dão apoio aos
prestadores de cuidados disponibilizando um serviço de visitas e dando
aconselhamento, informação, bibliografia e apoio emocional.


     British Association for Service to the Elderly (BASE): Existe para dar educação e
formação a todos os profissionais e a todos os prestadores de cuidados.
     Foram desenvolvidos workshops pela BASE e pela Mid Glamorgan Association
of Voluntary Organization for Older People and Older Family Carers.
Eles consideram que os aspectos mais importantes dos workshops são:
    Conhecer novas pessoas;
    Estar com pessoas do mesmo grupo etário;
    Partilhar problemas e interesses semelhantes;
    Partilhar experiências;
    Apoiar-se mutuamente;
    Eles descobriram que cada um pode dar uma contribuição valiosa
       individualmente e para a comunidade.
Os prestadores de cuidados decidiram quais as contribuições que queriam das outras
pessoas presentes no workshop.

Os prestadores de cuidados desejavam saber mais acerca das seguintes áreas e tópicos:
    Estílo de vida saudável;
    Alimentação saudável;
    Exercício;
    Relaxamento;
    Stresse e gestão do tempo, “ter mais tempo para mim”;
    Aconselhamento dos serviços de saúde e dos serviços sociais. Os prestadores de
       cuidados afirmaram que precisavam de informação e aconselhamento sobre
       várias questões.

Outras Agências úteis:
    O Citizens Advice Bureau;
    Unidades de Direitos Sociais;
    A Disablemente Association;
    Projectos de prestadores de cuidados.



                                      Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                     Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

Necessidades dos Prestadores Informais de Cuidados
     Foi delineado um plano que chama a atenção para áreas a que podemos atender
para ajudar os prestadores de cuidados, este plano é constituído por dez pontos:
         1. Um rendimento que cubra o curso dos cuidados;
         2. Serviços adaptados às circuntânscias individuais;
         3. Serviços que espelhem uma consciêncialização das diferentes origens
               raciais, culturais e religiosas;
         4. Oportunidades para fazer uma pausa;
         5. Ajuda prática que inclui ajuda domiciliária, adptações, etc.;
         6. Ter alguém com que conversar;
         7. Informação sobre benefícios e serviços;
         8. Oportunidades para explorar alternativas aos cuidados familiares;
         9. Serviços elaborados com base em consultas;
         10. Reconhecimento oficial da contribuição do prestador de cuidados e
               reconhecimento de que os prestadores de cuidados têm necessidades
               enquanto indivíduos de seu pleno direito.

     A saúde do prestador de cuidados é tão importante como a da pessoa que está a
ser cuidada.
A promoção da saúde pode incluir o seguinte:
    Técnicas de gestão de stresse tais como aprender a reconhecer sinais de stresse e
       a saber lidar com eles;
    Tratar fisicamente do prestador de cuidados como, por exemplo, massagens
       (capacidade para prevenir uma lesão na coluna);
    Ter uma dieta saudável para ganhar energia e evitar que o prestador de cuidados
       fique com excesso de peso;
    Evitar beber muito álcool, começar a fumar ou tomar calmantes quando o
       prestador de cuidados está enervado;
    Permitir que os prestadores de cuidados façam uma escolha informada acerca do
       seu estilo de vida, oferecendo-lhes alternativas como a contratação de um
       acompanhante para a pessoa que precisa de cuidados;
    Encorajar o prestador a fazer exercício, por exemplo, dar um passeio com
       amigos, aulas de ginástica, natação, entre outros.



                                          Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                   Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

    Aprender a ser assertivo é uma capacidade importante a ser ensinada ao
       prestador de cuidados. Os prestadores de cuidados sentem-se, muitas vezes,
       impotentes em relação às outras pessoas; eles perdem a auto-estima e sentem
       que não têm qualquer controlo sobre as suas vidas;
    Os promotores de saúde podem reconhecer a contribuição dos prestadores de
       cuidados e valorizar o seu papel;
    Problemas práticos tais como lidar com a incontinência, mobilidade, higiene,
       vestir, deitar e levantar da cama podem ser considerados, dando conhecimentos
       ao prestador de cuidados e ensinando-lhe as capacidades apropriadas.

     Como promotores de saúde temos que tentar assegurar a maior participação e
empowermente possíveis aos prestadores de cuidados informais.


Promoção de Saúde com Prestadores Formais de Cuidados
     Muitos trabalhadores dos cuidados de saúde e dos cuidados sociais são
prestadores de cuidados.
Esperamos que tenha incluído todas as dimensões da saúde, estas podem incluir:
    Olhar por si próprio, pensando na forma como se pode manter saudável;
    Visitar regularmente o seu MA ou enfermeiro para fazer um check-up, por
       exemplo, numa clínica para mulheres ou para homens.
    Não fumar;
    Comer de forma saudável. Ter uma alimentação variada, comer muita fruta e
       vegetais, beber muita água, etc...;
    Consumir bastante cálcio;
    Reduzir o álcool;
    Manter o peso a um nível sensato, com uma medida de cintura de menos de 80
       cm para as mulheres e abaixo dos 90 cm para os homens;
    Em caso de doença ou mau tempo, tenha uma boa reserva de comida na
       despensa;
    Como regularmente e aprecie as suas refeições;
    Seja activo para aumentar a flexibilidade, a força e a resistência;
    Pense nas suas necessidades emocionais;
    Deixe que os seus familiares e amigos o ajudem em casa e que os seus colegas o
       façam no trabalho;


                                       Porto, 2009
Universidade Lusófona do Porto
                     Intervenção Psicopedagógica na População Idosa

    Faça uma pausa, tire umas pequenas férias ou passe um dia ou um fim-de-
       semana a fazer o que gosta de fazer.
    No trabalho goze os seus intervalos para refeições longe do escritório, da ala
       hospitalar, etc...;
    Relaxe, dê a si mesmo algum espaço para pensar;
    Tente dormir o suficiente.


Conclusão
      Os promotores de saúde podem identificar todos os prestadores de cuidados da
sua área e trabalhar com eles, de modo a poderem avaliar de forma precisa as suas
necessidades e não se limitar a apreciá-los da boca para fora.
      Em qualquer situação de cuidados, devemos perguntar-nos “Estamos a atender às
necessidades dos prestadores de cuidados”.
      Os prestadores de cuidados sentem que cuidar faz parte do seu amor pelo seu ente
mais próximo e mais querido. Receber cuidados em casa é, certamente, a opcção mais
simpática e económica que os prestadores de cuidados e os promotores de saúde podem
considerar.
      Os promotores de saúde podem ajudar os prestadores de cuidados de váris formas,
ao serem proactivos e avaliarem as suas necessidades.


Resumo
      A maioria das pessoas idosas são tratadas por redes informais tais como a família,
amigos e vizinhos.
Foram explicados os conceitos de cuidar, tendo em vista cuidados leigos
(formais/informais), profissionais e voluntários.
      Foi enfatizada a importância de responder às desigualdades e de ter em
consideração os valores e crenças da pessoa que recebe os cuidados e do prestador.
      Em primeiro lugar desenvolver as suas capacidades de avaliação e comunicação,
assegurando-se de que as pessoas que recebem cuidados e os prestadores estão
envolvidos na construção dos seus próprios planos de cuidados e na elaboração das
políticas a seguir. Em segundo lugar, serem proactivos na sua abordagem aos cuidados e
à promoção de saúde para os prestadores.



                                       Porto, 2009

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Curso Psicopedagogia Clínica: Intervenção na População Idosa

  • 1. Curso: Psicopedagogia Clínica Recursos Tecnológicos e Formação Docente: Prof. Doutora Diana Vallescar Discentes: Ana Sofia Bessa, 20062285 Joana Soares, 20061997
  • 2. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Este capítulo introduz diferentes conceitos de prestação de cuidados, debatendo o sentido e as implicações de cuidar de pessoas idosas. Vamos explorar as tensões causadas pelo facto de os “promotores de saúde” serem eles próprios muitas vezes, também, os “prestadores de cuidados”. Porto, 2009
  • 3. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa O Conceito de Cuidar Prestar cuidados é visto na maioria das sociedades como uma das funções básicas da vida em família. Cuidados pode ser visto como a arte de tomar conta. O que é a Prestação de Cuidados? Segundo o Concise Oxford Dictionary é:  Responsabilidade/Tomar conta de alguém;  Satisfazer/Responder as necessidades de alguém;  Sentir preocupação, interesse, consideração, afecto pela pessoa de quem se cuida. Parker, 1981, descreveu duas maneiras de cuidar:  Primeira – A preocupação com as outras pessoas, ou seja, pode expressar a sua preocupação sob a forma de preces, pode sentir-se ansioso ou agradado relativamente a alguém, etc...  Segunda – Prende-se com o trabalho de olhar por aqueles que, temporariamente ou permanentemente, não o podem fazer por si próprios. Walker (1982) debate três níveis de cuidados Quase Formal Formal Cuidados Informal ou Familiar Porto, 2009
  • 4. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Quem são os Prestadores de Cuidados? Twigg e Atkin, 1994, dizem que as agências de serviços vêem os prestadores de cuidados através de quatro modelos. Os quatro modelos:  Como recurso; quando o único objectivo da intervenção é manter o prestador de cuidados no seu papel;  Como colaboradores; mantendo o prestador de cuidados motivado mas com alguma atenção às suas necessidades;  Como co-utentes; quando é dificil determinar quem é o utilizador do serviço;  Twigg e Atkin, 1994, também afirmam que o objectivo final das agências de serviços pode ser a substituição do prestador de cuidados, seja por interesse próprio, seja zelando pelo interesse da pessoa. Prestadores de Cuidados Familiares ou Leigos (Informais) Existem vários tipos de prestadores de cuidados, isto varia consoante os cenários. Falamos muitas vezes de cuidados leigos, cuidados informais ou familiares, o que significa que os cuidados não são prestados por uma entidade voluntária ou estatuária. Historicamente, a prestação de cuidados era executada por mulheres em casa mas de acordo com Arber, 1990, com o crescimento do emprego entre as mulheres, esta bolsa potencial de prestadoras de cuidados foi reduzida. A idade mais comum para se tornar prestador de cuidados situa-se entre os 45-64 anos. A General Household Survey on Informal Carers, 1985, concluiu que as pessoas idosas são mais susceptíveis de receberem cuidados práticos do que cuidados pessoais. À medida que a população vai vivendo mais tempo, também o número de prestadores de cuidados vai aumentar, assim como a sua idade. Tudo isto tem sérias implicações no planeamento dos cuidados sociais e de saúde tanto actualmente como no futuro. Segundo Grant e Nolan, 1993, existem cada vez mais provas de que muitos dos prestadores retiram alguma satisfação desta actividade. Eles estão felizes no seu papel. Porto, 2009
  • 5. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Por outro lado, Arber e Gilbert, 1989, concluiram que as pessoas têm poucas opções a não ser cuidar das outras. Bulmer, 1987, disse que o significado de cuidar é quase intuitivamente óbvio, referindo-se à prestação de ajuda, apoio e protecção para os membros vulneráveis e dependentes da sociedade. Cuidados Legalmente Instituidos O objectivo dos cuidados na comunidade foi ajudar as pesoas a viverem na comunidade e a serem cuidadas nas suas próprias casas e em pequenas instituições. Nolan et Al, 1996, destacam que apesar de o Carers’s Act ser “um passo na direcção certa ”, existem limitações. Existem providências na lei para a avaliação do prestador do prestador de cuidados mas somente se as necessidades da pessoa a ser cuidada estiverem em causa. Isto é, o prestador de cuidados não tem direito a uma avaliação independente. Sendo assim, tal lei apenas se aplica a prestadores de cuidados que proporcionam ou tencionam proporcionar uma quantidade “substancial” de cuidados numa base “regular”. As pistas que estão no guia prático que acompanham esta lei, SSI 1993, são:  Que tipo de tarefas faz ou irá levar a cabo o prestador de cuidados?  Quanto tempo despende ou vai despender o prestador de cuidados na assistência ao utente (doente)?  Qual o grau de supervisão requerido pelo utente para levar a sua vida?  Trata-se, ou tratar-se-á, de um compromisso contínuo para o prestador de cuidados? As capacidades de comunicação como a escuta activa, a importância de não julgar, boas técnicas de questionamento, recorrer a perguntas abertas e fechadas e a empatias são essencias quando se avalia um prestador de cuidados. Lazarus, 1966, formula o modelo transaccional de stresse e estas ferramentas baseiam-se naquele modelo. Os promotores de saúde podem usar o CASI e o CAMI como parte do seu procedimento de avaliação, a fim de planear as necessidades sociais e de saúde dos prestadores de cuidados. (Nolan et Al, 1996a). Porto, 2009
  • 6. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa O que fazem os Prestadores de Cuidados? Jones e Vetter, 1984, realizaram uma pesquisa em que concluiram que 11% dos prestadores de cuidados tinham desistido dos seus empregos para cuidar de alguém, 16% disseram que o contacto com amigos sofreu uma redução e outros 11% sentiram que a prestação de cuidados lhes haviam reduzido os contactos familiares. Parker e Lawton, 1994, descreveram a tipologia das actividades de prestação de cuidados:  Cuidados pessoais e físicos;  Cuidados pessoias e não físicos;  Cuidados físicos e não pessoais;  Outra ajuda prática (preparação de refeições, ir às compras, tarefas domésticas, reparações domésticas, qualquer espécie de trabalho com documentos e papeis, fazer companhia, levar a passear, dar medicamentos ou estar atento);  Apenas ajuda prática;  Outra ajuda (qualquer espécie de trabalho com documentos e papéis, fazer companhia, levar a passear, dar medicamentos ou estar atento). Prestadores de Cuidados e Promotores de Saúde Profissionais O pessoal dos serviços sociais e de saúde é muito impolrtante na cruzada da promoção da saúde, eles podem analisar, planear, implementar e avaliar os cuidados com e para as pessoas idosas. Os idosos não podem ser saudáveis numa sociedade que não os encoraja a sentirem-se iguais. Tensões entre a Promoção da Saúde e a Prestação de Cuidados Muitos promotores de saúde são, também, prestadores de cuidados e podem achar difícil equilibrar os papéis de prestador e de promotor. De acordo com Sullivan e Pickering, 1997, existem poucas provas de que as perspectivas dos prestadores de cuidados informais estejam a ser tidas em conta e, pior ainda, consideradas “válidas”. Porto, 2009
  • 7. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Os prestadores de cuidados informais parecem valorizar a oportunidade de falar com outra pessoa e de discutirem os seus problemas e ansiedades. O papel do pessoal dos cuidados sociais ou de saúde é avaliar e controlar os cuidados prestados às pessoas idosas por outros. Twigg, 2000, sugere que a maior parte dos idosos preferia receber ajuda nos cuidados pessoais por parte de prestadores de cuidados do que por parte de enfermeiros. Existem também os visitadores de saúde, estes podem ser um recurso importante caso dêem valor à promoção da saúde para prestadores de cuidados e pessoas idosas. A Carers National Associantion (CNA) afirma que os prestadores informais querem sentir-se valorizados, ver a sua situação compreendida pelos outros e ter alguém com quem falar. Muito pouco é dito sobre o papel dos visitadores junto dos prestadores de cuidados, a não ser o reconhecimento do seu papel como defensores do doente/prestador de cuidados, no âmbito do NHS and Community Care Act, 1990. Assistentes Sociais De acordo com Hughes, 1995, o sistema de mercado e os procedimentos dos gestores de cuidados “tendem a adoptar um modelo administrativo dos cuidados na comunidade”. É importante que o prestador de cuidados participe no planeamento dos cuidados junto dos asistentes sociais, sejam eles encarregues de casos/coordenadores ou gestores de cuidados, a fim de poderem promover uma abordagem que facilite o empowermente do prestador de cuidados. Equipa de Cuidados de Saúde Primários A equipa de cuidados de saúde primários (ECSP) parece ter um papel vital nos cuidados da pessoa idosa e do prestador de cuidados relativos aos prestadores. Em 1993, a Carers National Association levou a efeito um projecto em Londres, no sentido de:  Identificar prestadores de cuidados;  Proporcionar informação aos prestadores de cuidados;  Desenvolver formas de apoiar os prestadores de cuidados; Porto, 2009
  • 8. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa  O projecto identificou os seguintes modelos de boa prática;  Treino para conter com os prestadores de cuidados pessoal profissional;  Inquéritos sobre a prática numa amostra de prestadores de cuidados;  Identificação de prestadores de cuidados em cada prática, compilação de listas e elaboração de registos;  Montagem de pacotes de informação e de materiais para os prestadores de cuidados;  Encontros de ligação com serviços sociais e organizações de voluntários;  Treino para prestadores de cuidados. Muitos prestadores de cuidados, no entanto, não sabem que podem pedir uma avaliação da pessoa de quem estão a cuidar e que esta avaliação tem de levar em conta as necessidades do prestador de cuidados e ainda que eles têm o direito de pedir ajuda. Promoção da Saúde dos prestadores de Cuidados Informais Arbor e Ginn, 1990, mostram que quase metade das pessoas idosas são assistidas por prestadores de cuidados informais que são eles próprios, idosos e, muitas vezes, com saúde debilitada. A situação para os prestadores pode ser bastante fácil de lidar num dia e, no dia seguinte, causar ressentimento, frustração e exaustão. É muito importante lembrar que o abuso de pessoas idosas não é somente levado a cabo por prestadores de cuidados informais mas igualmente por todos os profissionais como o pessoal dos cuidados sociais e de saúde na comunidades, nos hospitais e nos lares residenciais. (Pritchard, 1996) Ajuda para Cuidadores Familiares Informais:  A Age Concern e o CNA podem dar conselhos e apoio;  Outras organizações de voluntários locais e nacionais como a Help the Aged;  Grupos locais de prestadores de cuidados podem dar informações e apoio nos cuidados de saúde físicos, emocionais e mentais;  Há também a linha de atendimento telefónico Elder Abse Responde;  Departamentos dos serviços sociais e de saúde; Porto, 2009
  • 9. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa  Os serviços socias podem ajudar, destacando um assistente social expremimentado para uma visita;  Pode ser pedida a visita de um visitador de saúde que tenha esperiência com abuso. Os promotores de saúde devem lembrar-se dos direitos dos prestadores de cuidados e não fazê-los sentirem-se culpados, caso decidam que não podem mais cuidar. Estes podem, também, ajudar ao apoiar e ao adoptar uma abordagem holística face aos cuidados, a fim de que tanto o prestador como aquele que é tratado atinjam o seu potêncial. Conceitos Holísticos de Saúde para o Prestador de Cuidados Saúde Física: - A saúde física do prestador de cuidados é muito importante, este poderá ter de lidar com um vasto leque de problemas práticos. Devem ser encorajados check-ups frequentes e controlos e despistagens (para prevenir doenças e promover a boa forma) com o médico assistente. Saúde Mental: - Ewles e Simnett, 1999, sugerem que esta é a capacidade de pensar clara e coerentemente. O promotor de saúde pode trabalhar com o prestador de cuidados, a fim de ajudar a criar um sentido para as suas vidas. Frequentemente, os prestadores sentem que já não conseguem lidar com as situações; pode ser dada ajuda prática, nomeadamente os cuidados respectivos ou ajuda em casa para aqueles que estão a ser cuidados. Encontrar-se com outros prestadores de cuidados na mesma situação muitas vezes ajuda, pelo que ser apresentado a indivíduos ou grupos pode ser benéfico. Encoraje o prestador de cuidados a olhar por si próprio, pela sua aparência, ajudando-o a sentir-se bem e a parecer bem. Saúde Emocional: - Ajudar o prestador de cuidados a reconhecer e a trabalhar as emoções e sentimentos como o amor, o ressentimento, a culpa e a ansiedade. O prestador pode Porto, 2009
  • 10. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa ser apoiado na expressão das emoções acerca de si e daquele de quem cuida de forma apropriada. Saúde Social: - Os prestadores de cuidados podem vir a ficar isolados, sem o apoio de uma família. Encoraje o prestador a fazer novos amigos ou a procurar velhas amizades. Ter amigos para falar, começar novos hobbies e actividades vai ajudar ao bem-estar social e mental do prestador de cuidados. Saúde Espíritual: - Isto pode significar apoiar o prestador de cuidados para pôr em prática as suas crenças religiosas ou ajudá-lo a alcançar a paz de espírito. Saúde da Sociedade: - Como promotores de saúde podemos influenciar a forma como a sociedade percebe e trata os prestadores de cuidados e os idosos. Por exemplo, é necessário dar o apoio financeiro e prático adequados ao prestador, a fim de este poder manter e promover a sua sáude. Prevenção do Stresse Necessidades dos Prestadores de Cuidados Familiares Cuidados Físicos Cuidados da Sociedade Cuidados Práticos Cuidados Mentais Cuidados Espirituais Cuidados Sociais Cuidados Emocionais Abordagem Holística Porto, 2009
  • 11. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Nolan e Grant, 1992, sugerem que as interpretações subjectivas constituem-se como melhores indicadores de stresse do que os factores objectivos. Um promotor de saúde experimentado pode, por vezes, saber instintivamente que algo não está completamente bem na situação como, por exemplo, os prestadores sentem muitas vezes que têm de lidar com a situação e têm medo de admitir que se sentem stressados e no “limite das suas forças”. Finanças e prestadores de Cuidados A falta de financiamento vai, obviamente, afectar a saúde do prestador de cuidados. Os prestadores que vêm de fora podem ter que despender muito tempo e dinheiro para ir de suas casas até à da pessoa de quem estão a cuidar. O apoio financeiro que os prestadores de cuidados recebem é mínimo, de 6.8 milhões de prestadores de cuidados, menos de 300 mil recebem o subsídio de cuidados a inválidos. Promoção da Saúde de Prestadores de Cuidados Negros e Minorias Étnicas Estes grupos por vezes sofrem como prestadores de cuidados devido a factores como:  Não entenderem claramente a língua;  Não são capazes de procurar ajuda das agências;  Não têm consciência dos seus direitos;  Tornam-se solidários e isolados. Atkin e Rollings, 1992, e King’s Fund Carers, 1998, consideram que os prestadores oriundos de minorias étnicas podem enfrentar barreiras de comunicação, isolamento e racismo. Os promotores de saúde podem criar cuidados sociais e de saúde que sejam sensíveis às necessidades de todos os grupos. Estes podem ajudar ao ouvirem prestadores de cuidados negros e de outras minorias étnicas, descobrindo se eles são capazes de lidar com esse papel e se os serviços que providenciam respondem às diferenças culturais e sociais. Porto, 2009
  • 12. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Avaliação das Necessidades Sociais e de Saúde do Prestador de Cuidados Menthorpe e Twigg, 1995, falam no conceito de uma avaliação orientada para as necessidades ser problemática. Existem duas características partículares em que os prestadores de cuidados se vêem envolvidos: I. A injunção de apoiar os prestadores de cuidados é nova para as agências de serviço social e as definições das necessidades são vaga e por vezes idiossincráticas. A ideia de providência orientada pelas necessidades leventa problemas a um nível conceptual. Twigg e Atkin, 1994, relataram que os prestadores de serviços se baseavam mais na sua opinião relativamente aos prestadores de cuidados familiares do que em relação a grupos de utentes mais tradicionais. II. Os prestadores de cuidados não são utentes nem doentes, existem marginalmente à prestação de serviços. Uma grande maioria é ignorada, abusada ou desconhecida. Eles estão dentro dos serviços sociais e de saúde mas à margem das organizações. Os promotores de saúde e os seus colegas devem ser bem claros acerca do significado de “necessidade” relativamente aos prestadores. O prestador de cuidados deve querer e ser capaz de levar a cabo o seu papel, apesar de lhe poder ser permitido dizer “não” quando não consiga lidar com a situação ou quando não aguente mais, sem se sentir culpado. Bradshaw disse que “as necessidades normativas” são necessidades objectivas, como estão definidas pelas várias profissões, isto é, reflectem a avaliação dos profissionais sobre aquilo que é necessário. As “necessidades sentidas” são aquilo que as pessoas realmente querem e quando o utente ou prestador de cuidados expressa as suas necessidades por palavras ou acções. As “necessidades expressas” tornam-se uma prioridade. As “necessidades comparadas” são aquelas em que o prestador de cuidados ou o utente comparam. Porto, 2009
  • 13. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Estudo de Caso 3.1: A senhora Clarke tem 59 anos e vive a alguns quilómetros do seu pai de 77 anos, que mora sozinho. Ele não tem apoio dos departamentos sociais ou de saúde e ela, apesar de doente, visita-o sempre que pode. O médico assistente quer coloca-lo num lar mas tanto a senhora Clarke como o seu pai não concordam com a ideia. Querem que ele fique em casa com apoio de 24h sobre 24h. Neste caso as “necessidades normativas” apontam para a opinião do médico assistente no sentido do Sr.º Clarke precisar de cuidados constantes num lar residencial, enquanto que as “necessidades comparadas” são referidas quando a Sr.ª Clarke compara o apoio que a vizinha do pai está a receber. Ellis, 1991, e Nolan et Al, 1994, concluíram que poucos médicos possuem uma matriz conceptual explícita para avaliar as necessidades dos prestadores de cuidados. O Welsh Office, 1991, sugeriu que as matrizes conceptuais são mais úteis se oferecerem orientação, em vez de prescrição. Matriz Conceptual para Avaliar as Necessidades dos Prestadores de Cuidados Necessidades dos Prestadores dos que são cuidados do Avaliador Acordo Resultados Claros Uma Abordagem Flexível Uma Abordagem Criativa Porto, 2009
  • 14. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa A Avaliação precisa de ser:  Flexível, para poder ser adaptada a uma variedade de circunstâncias;  Apropriada à audiência a que supostamente se dirige;  Capaz de equilibrar e incorporar os pontos de vista de um conjunto de grupos, como prestadores de cuidados, utilizadores e agências;  Capaz de criar um mecanismo para fazer conciliar os diferentes pontos de vista e, ao mesmo tempo, reconhecer também a diversidade e variação dentro das ciscunstâncias individuais A matriz de trabalho precisa de oferecer uma abordagem holística. Nolan et Al, 1994, 1996b, a partir do losango terapêutico, sugerem que o que se segue deve ser incluído como uma ampla base para uma análise compreensiva:  As necessidades percepcionadas, expectativas e conhecimento existente dos prestadores de cuidados;  Pormenores da situação de prestação de cuidados;  Crenças e expectativas acerca dos cuidados , da família, da cultura, do grupo étnico;  As relações entre o prestador de cuidados e a pessoa cuidada;  Transição para os cuidados/impacto precoce;  Factores de stresse;  O conhecimento especializado do prestador de cuidados;  A satisfação dos cuidados;  Desistir dos cuidados/olhar para o futuro;  Quaisquer outros factores. Losango Terapêutico (Nolan et Al, 1994) Prestador de Cuidados Família Avaliador Pessoa Cuidada Doença/Incapacidade Porto, 2009
  • 15. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Estudo de caso 3.2: A senhora Jones tem 75 anos e toma conta do marido em casa. Ela sente-se isolada mas diz que lida bem com tal situaçãom porém parece cansada e chorosa. O marido tem 77 anos e sofre de artrite, precisa de ajuda para quase todas as suas actividades. Anda bem em casa mas no exterior tem algumas dificuldades. É necessário uma abordagem holística e uma matriz de avaliação para cuidar de ambos. Alguns serviços que podem ser necessários para este casal são: Serviços de Saúde/Comunidade:  Médicos;  Enfermeiros Comunitários, visitadores de saúde, enfermeiro psiquiátricos;  Quiropráticos;  Fisioterapeutas;  Pessoal Paramédico;  Nutricionista. Serviços Sociais, Segurança Social:  Assistentes Sociais;  Trabalhadores dos Serviços de Saúde, ajuda domiciliária;  Entrega de refeições no domicílio;  Cuidado de dia;  Cuidado de substituição;  Cuidado Residêncial;  Segurança Social;  Serviços de Voluntariado;  Igreja/Clero. A informação deve constituir um processo bidireccional e não ser apenas o promotor de saúde a pedir informação. Ao mobilizar recursos é important identificar os serviços que o utente e o prestador de cuidados irão aceitar. Trabalhar em parceria com ambos significa dar-lhes poder “empowerment” para tomarem decisões acerca da sua saúde, o que ajudará a ir ao encontro das suas necessidades. Porto, 2009
  • 16. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Como promotores de saúde podemos verificar constantemente com os utentes e prestadores de cuidados as suas preferências em mutação. Serviços Sociais (ou Departamento de Trabalho Social) Os serviços sociais poderiam visitar o Sr.º e a Sr.ª Jones para observar as circunstâncias em que vivem e decidir o tipo de ajuda que pode ser prestado. A avaliação das necessidades de cuidados da comunidade e é levado a cabo para a pessoa que precisa dos cuidados. O assistente social pode também efectuar uma avaliação do prestador de cuidados. As necessidades do prestador de cuidados podem ser muito diferentes das necessidades da pessoa cuidada. A autoridade local tem que levar a cabo esta avaliação e tem de a fazer antes de tomar uma decisão sobre os serviços que podem ser disponibilizados para as pessoas que estão a ser tratados. Necessidades Domésticas Podem ser necessárias algumas modificações na casa, tais como apoios e adaptações e, também, uma avaliação da segurança. Os serviços de dia e/ou de noite podem constituir outra opcção. Do ponto de vista do prestador de cuidados, os cuidados residenciais podem ser uma opcção difícil de tomar. A CNA disponibiliza uma lista muito útil para encontrar um lar residêncial. O prestador de cuidados pode ter problemas em casa, se a pessoa de quem está a cuidar for o arrendatário. O prestador pode, ou não, ter direito ao aluguer, dependendo do tipo de contrato. Podem surgir problemas no caso de a pessoa que está a ser cuidada for o senhorio da casa e se mudar para cuidados residênciais. A lei é alterada muito rapidamente e o promotor de saúde precisa de estar actualizado. Porto, 2009
  • 17. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Necessidades Financeiras Em casos como o da Sr.ª e do Sr.º Jones pode ser sugerido o subsídio para cuidados a incapacitados. Para o solicitar o prestador de cuidados precisa de estar a tomar conta de alguém por um período mínimo de 35 horas semanais, ter entre 16 e 65 anos de idades e não ganhar mais do que 75 euros por semana. A pessoa que está a ser cuidada tem que estar a receber o subsídio de tratamento. Subsídio de Tratamento A maioria das pessoas com uma incapacidade física ou mental podem receber o subsídio de tratamento se tiverem mais de 65 anos. Um pedido de subsídio de tratamento pode ser feito pelo prestador de cuidados, em nome da pessoa cuidada. O Serviço de Aconselhamento local pode ajudar a explicar os benefícios financeiros e, mais importante, as alterações na lei. Ajuda Física e Apoio Psicológico Pode ser necessário uma pessoa contratada para tomar conta do Sr. Jones para dar descanso à sua esposa. A autoridade local tem competências para providenciar ou apoiar grupos de apoio a prestadores de cuidados e dar informação como, por exemplo, a organização voluntária Crossroads podia ser contactada. É importante para ambos que se consciencializem de que um prestador de cuidados pode apenas fazer o que está ao seu alcance. Eles podem, também, precisar de acompanhamento psicológico ou de conselhos de educação para a saúde, por exemplo, sobre alimentação saudavel, continência, exercício e relaxamento. Reflectindo, podemos ver que as principais necessidades da Sr.ª Jones provavelmente incluem:  Avaliação para o Srº e a Sr.º Jones, nas ciscunstâncias da sua relação;  Planeamento dos cuidados que seja flexível, criativo e holístico;  Consulta acerca da escolha do tipo de cuidados, o avaliador e o prestador de cuidados são considerados como parceiros iguais; Porto, 2009
  • 18. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa  Comunicação, um processo tri-direccional entre o prestador de cuidados, a pessoa cuidada e o avaliador;  Informação adequada, por exemplo, sobre organizações locais ou nacionais de prestadores de cuidados;  Aconselhamento, por exemplo, acerca de cuidados de substituição, benefícios financeiros e questões legais;  Apoio tanto a nível físico como emocional, o avaliador deve estar consciente de que o prestador de cuidados pode achar que não deve pedir desculpa. Dilemas Étnicos O estudo de caso identfica toda a ajuda que pode ser necessária mas estamos a provocar muita angústia ao elevar as expectativas dos prestadores de cuidados e das pessoas cuidadas. Organizações de Voluntariado Eles também apoiam organizações tais como os serviços sociais e de saúde. Em algumas áreas são as organizações voluntárias que dão todo o tipo de apoio à pessoa cuidada e ao prestador de cuidados. Isto é financiado pelo departamento de serviços sociais. Crossroads: Tem um sistema que dá pelo nome de “cuidar dos cuidadores”. É a maior organização voluntária nacional que disponibiliza serviços específicos de repouso para os prestadores de cuidados. O sistema é gratuíto mas não está disponível a todas as pessoas uma vez que os seus serviços são muito requisitados. Carers National Association (CNA): Eles fizeram uma operação de consciencialização para as necessidades dos prestadores de cuidados, assegurando-se de que são tomadas medidas para os apoiar. A CNA tem, também, uma linha telefónica, os prestadores de cuidados podem falar com peritos através desta linha. Porto, 2009
  • 19. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa A Age Concern e a Stroke Association: Grupos voluntários que dão apoio aos prestadores de cuidados disponibilizando um serviço de visitas e dando aconselhamento, informação, bibliografia e apoio emocional. British Association for Service to the Elderly (BASE): Existe para dar educação e formação a todos os profissionais e a todos os prestadores de cuidados. Foram desenvolvidos workshops pela BASE e pela Mid Glamorgan Association of Voluntary Organization for Older People and Older Family Carers. Eles consideram que os aspectos mais importantes dos workshops são:  Conhecer novas pessoas;  Estar com pessoas do mesmo grupo etário;  Partilhar problemas e interesses semelhantes;  Partilhar experiências;  Apoiar-se mutuamente;  Eles descobriram que cada um pode dar uma contribuição valiosa individualmente e para a comunidade. Os prestadores de cuidados decidiram quais as contribuições que queriam das outras pessoas presentes no workshop. Os prestadores de cuidados desejavam saber mais acerca das seguintes áreas e tópicos:  Estílo de vida saudável;  Alimentação saudável;  Exercício;  Relaxamento;  Stresse e gestão do tempo, “ter mais tempo para mim”;  Aconselhamento dos serviços de saúde e dos serviços sociais. Os prestadores de cuidados afirmaram que precisavam de informação e aconselhamento sobre várias questões. Outras Agências úteis:  O Citizens Advice Bureau;  Unidades de Direitos Sociais;  A Disablemente Association;  Projectos de prestadores de cuidados. Porto, 2009
  • 20. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa Necessidades dos Prestadores Informais de Cuidados Foi delineado um plano que chama a atenção para áreas a que podemos atender para ajudar os prestadores de cuidados, este plano é constituído por dez pontos: 1. Um rendimento que cubra o curso dos cuidados; 2. Serviços adaptados às circuntânscias individuais; 3. Serviços que espelhem uma consciêncialização das diferentes origens raciais, culturais e religiosas; 4. Oportunidades para fazer uma pausa; 5. Ajuda prática que inclui ajuda domiciliária, adptações, etc.; 6. Ter alguém com que conversar; 7. Informação sobre benefícios e serviços; 8. Oportunidades para explorar alternativas aos cuidados familiares; 9. Serviços elaborados com base em consultas; 10. Reconhecimento oficial da contribuição do prestador de cuidados e reconhecimento de que os prestadores de cuidados têm necessidades enquanto indivíduos de seu pleno direito. A saúde do prestador de cuidados é tão importante como a da pessoa que está a ser cuidada. A promoção da saúde pode incluir o seguinte:  Técnicas de gestão de stresse tais como aprender a reconhecer sinais de stresse e a saber lidar com eles;  Tratar fisicamente do prestador de cuidados como, por exemplo, massagens (capacidade para prevenir uma lesão na coluna);  Ter uma dieta saudável para ganhar energia e evitar que o prestador de cuidados fique com excesso de peso;  Evitar beber muito álcool, começar a fumar ou tomar calmantes quando o prestador de cuidados está enervado;  Permitir que os prestadores de cuidados façam uma escolha informada acerca do seu estilo de vida, oferecendo-lhes alternativas como a contratação de um acompanhante para a pessoa que precisa de cuidados;  Encorajar o prestador a fazer exercício, por exemplo, dar um passeio com amigos, aulas de ginástica, natação, entre outros. Porto, 2009
  • 21. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa  Aprender a ser assertivo é uma capacidade importante a ser ensinada ao prestador de cuidados. Os prestadores de cuidados sentem-se, muitas vezes, impotentes em relação às outras pessoas; eles perdem a auto-estima e sentem que não têm qualquer controlo sobre as suas vidas;  Os promotores de saúde podem reconhecer a contribuição dos prestadores de cuidados e valorizar o seu papel;  Problemas práticos tais como lidar com a incontinência, mobilidade, higiene, vestir, deitar e levantar da cama podem ser considerados, dando conhecimentos ao prestador de cuidados e ensinando-lhe as capacidades apropriadas. Como promotores de saúde temos que tentar assegurar a maior participação e empowermente possíveis aos prestadores de cuidados informais. Promoção de Saúde com Prestadores Formais de Cuidados Muitos trabalhadores dos cuidados de saúde e dos cuidados sociais são prestadores de cuidados. Esperamos que tenha incluído todas as dimensões da saúde, estas podem incluir:  Olhar por si próprio, pensando na forma como se pode manter saudável;  Visitar regularmente o seu MA ou enfermeiro para fazer um check-up, por exemplo, numa clínica para mulheres ou para homens.  Não fumar;  Comer de forma saudável. Ter uma alimentação variada, comer muita fruta e vegetais, beber muita água, etc...;  Consumir bastante cálcio;  Reduzir o álcool;  Manter o peso a um nível sensato, com uma medida de cintura de menos de 80 cm para as mulheres e abaixo dos 90 cm para os homens;  Em caso de doença ou mau tempo, tenha uma boa reserva de comida na despensa;  Como regularmente e aprecie as suas refeições;  Seja activo para aumentar a flexibilidade, a força e a resistência;  Pense nas suas necessidades emocionais;  Deixe que os seus familiares e amigos o ajudem em casa e que os seus colegas o façam no trabalho; Porto, 2009
  • 22. Universidade Lusófona do Porto Intervenção Psicopedagógica na População Idosa  Faça uma pausa, tire umas pequenas férias ou passe um dia ou um fim-de- semana a fazer o que gosta de fazer.  No trabalho goze os seus intervalos para refeições longe do escritório, da ala hospitalar, etc...;  Relaxe, dê a si mesmo algum espaço para pensar;  Tente dormir o suficiente. Conclusão Os promotores de saúde podem identificar todos os prestadores de cuidados da sua área e trabalhar com eles, de modo a poderem avaliar de forma precisa as suas necessidades e não se limitar a apreciá-los da boca para fora. Em qualquer situação de cuidados, devemos perguntar-nos “Estamos a atender às necessidades dos prestadores de cuidados”. Os prestadores de cuidados sentem que cuidar faz parte do seu amor pelo seu ente mais próximo e mais querido. Receber cuidados em casa é, certamente, a opcção mais simpática e económica que os prestadores de cuidados e os promotores de saúde podem considerar. Os promotores de saúde podem ajudar os prestadores de cuidados de váris formas, ao serem proactivos e avaliarem as suas necessidades. Resumo A maioria das pessoas idosas são tratadas por redes informais tais como a família, amigos e vizinhos. Foram explicados os conceitos de cuidar, tendo em vista cuidados leigos (formais/informais), profissionais e voluntários. Foi enfatizada a importância de responder às desigualdades e de ter em consideração os valores e crenças da pessoa que recebe os cuidados e do prestador. Em primeiro lugar desenvolver as suas capacidades de avaliação e comunicação, assegurando-se de que as pessoas que recebem cuidados e os prestadores estão envolvidos na construção dos seus próprios planos de cuidados e na elaboração das políticas a seguir. Em segundo lugar, serem proactivos na sua abordagem aos cuidados e à promoção de saúde para os prestadores. Porto, 2009