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A CULTURA COMO OBSTÁCULO: PERCEPÇÕES 
DA ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FAMÍLIAS EM 
ALOJAMENTO CONJUNTO 
 Marisa Monticelli, Ingrid Elsen 2006 
 Fernanda Ribeiro 
 Emanuelly de Lima 
 Luana Gusmão 
 Maria Inês 
 Nathalia Jacob 
 Sara Lizier
Trata-se de pesquisa qualitativa com o 
objetivo de identificar as representações que 
as trabalhadoras de enfermagem possuem 
sobre cultura, ao desenvolverem o processo 
de cuidar de famílias em uma unidade de 
alojamento conjunto. Para fundamentar o 
estudo adotou-se definições e significados 
extraídos da Antropologia da Saúde e da 
Antropologia Simbólica.
Foram utilizadas para a coleta de dados 
a observação participante e a entrevista 
temática, sendo os mesmos analisados 
em seus conteúdos, de onde emanaram 
três categorias: “as crenças das famílias 
são bem interessantes”; “a irrelevância e 
a desvalorização da cultura das 
famílias”; e “lugar de crença é lá fora”.
Os resultados assinalaram que, para as 
trabalhadoras, a cultura das famílias é 
interpretada como algo residual, irrelevante e 
como obstáculo a ser superado. Apresenta-se 
como um conhecimento que te pouco ou nenhum 
status, principalmente se equiparado com o 
conhecimento biomédico necessário para cuidar 
de mulheres e recém-nascidos durante o 
nascimento.
INTRODUÇÃO E ABORDAGEM 
TEÓRICA. 
 Os estudiosos da área de Antropologia da Saúde e da Antropologia 
Simbólica têm referido que as práticas e os saberes exercidos com 
finalidades terapêuticas são “práticas clínicas” e por serem práticas 
clínicas, os modos de atuação que ali se alojam são considerados 
como constituindo determinada realidade cultural, onde o poder 
profissional é dominante.
 Muitas vezes os profissionais de saúde têm 
dificuldades para entender que o seu saber é um 
saber próprio desta racionalidade e que ele 
também é um saber cultural, e não somente o 
“saber popular”. 
 Embora existam outros saberes e outras práticas 
frequentemente adotados na performance das 
práticas clínicas, “os valores médicos e a estrutura 
autoritária são poderosos e são, de certa maneira, 
internalizados pelos terapeutas”.
 Este artigo resultou na elaboração de uma etnografia em 
Alojamento Conjunto (AC) de uma instituição pública, procurou-se 
investigar as percepções que as trabalhadoras de 
enfermagem dessa unidade possuem sobre a cultura, durante o 
processo de cuidar das famílias que vivenciam o nascimento no 
hospital. O estudo configurou-se como pesquisa qualitativa e foi 
desenvolvida em uma unidade de Alojamento Conjunto de uma 
Maternidade pública brasileira. Teve como informantes 19 
trabalhadoras de enfermagem, sendo Técnicas, Auxiliares e 
Atendentes. O período de coleta de dados teve a duração de 
doze meses.
“As crenças das famílias são bem interessantes” 
 As trabalhadoras interpretam a rede de símbolo e 
significados das famílias como sendo “crenças”, um termo 
amplamente utilizado na cultura organizacional como 
referência a um conjunto de conhecimentos e práticas que 
faz parte do sistema familiar ou popular de cuidado à 
saúde e que não mantém qualquer tipo de aproximação 
com o modelo profissional.
 Tal representação aparenta ligação com comunidades 
ignorante, no sentido que não possuem acesso à modernidade, 
como rurais e indígenas. 
 Várias trabalhadoras, ao interagirem com as famílias, além de 
restringirem à cultura, os tratavam como rígidos e estagnados.
 Na unidade houve duas ocasiões aonde as trabalhadoras 
destacaram que, para ter uma cultura era necessário a família 
apresentar características de índia ou então mestiça. Esta 
perspectiva tem força para gerar algumas atitudes profissionais 
que poderão levar desde um “autoritarismo sem máscara até 
outras formas de paternalismo e manipulação”.
A irrelevância e a desvalorização da cultura das 
famílias. 
 Há quem desconheça ou ignore que exista um potencial 
naquilo que acreditam ser a “cultura” outros percebem que a 
“cultura” apresenta-se como sendo uma das dimensões da 
vida, porém acabam encarando a tal “cultura” como um 
obstáculo.
 Ao analisar a cultura como obstáculo se desenvolvem 
ações educativas com o intuito de SUBSTITUIR as 
“crenças populares” por informações mais “consistentes e 
eficazes”. 
 Esperando que ocorra uma mudança automática de 
comportamento, negligenciando os fatores sociais e 
culturais dos comportamentos.
 Embora feita uma prática 
contextualizada, verificando os 
conhecimentos prévios, como de 
regra acadêmica, é imposto uma 
nova ordem mesmo que 
explicitamente haja certa negação 
ao conhecimento clínico. 
 Se interpõe um imenso “filtro 
cultural” que faz com que o diálogo 
se torne sustentado pelo padrão 
didático do modelo biomédico.
Embora feita uma prática contextualizada, verificando os conhecimentos 
prévios, como de regra acadêmica, é imposto uma nova ordem mesmo 
que explicitamente haja certa negação ao conhecimento clínico. 
 Dado objetivo Relevante 
 Dado subjetivo Irrelevante 
Causando 
 Problemas de interação; 
 Diminuir as distâncias entre os sistemas de saúde; 
 Negar a experiência de familiares; 
 Etnocentrismo; 
 Cegueira cultural;
Perde-se de vista que as famílias tem autonomia no que se refere as 
significações práticas para decidir sobre os cuidados no pós parto. 
E, além de irrelevantes os conhecimentos familiares acabam também 
sendo desvalorizados.
Segundo, tal ponto de vista, os 
conhecimentos das famílias devem 
ser “modernizados” e “transformados” 
em algo que faça sentido somente 
dentro do modelo de atenção à saúde 
dominante. 
Age-se mais para mudar a 
“consciência” da família do que para 
levá-la a participação pró-ativa dos 
cuidados.
Alguns programas colocam em relevo a base preventivista e corretiva, 
enfatizam uma educação guiada para “conscientizar”.A tentativa de 
correção das práticas desenvolvidas pelas famílias segue o pressuposto 
que os costumes são prejudiciais à saúde da criança e da mulher em 
resguardo. 
Entendendo-se que: 
Familiares Profissionais 
Crenças Conhecimentos
“Lugar de crença é lá fora” 
 Esse é discurso usado pelas 
trabalhadoras que atuam de acordo 
com o modelo de saúde dominante, 
sem que muitas vezes tenham claro 
algum conhecimento prévio da cultura 
local e nem mesmo que desconectam 
completamente as famílias de seus 
contextos sociais. 
 Observa-se também o tom corretivo em 
muitas orientações que, pode levar a 
desenvolver no cliente o papel de 
“culpado”.
 As ações educativas, nesse caso, são essencialmente 
pensadas como estratégia para “conscientizar” as famílias 
sobre as práticas correta com a puérpera e com a criança 
ou para a devida colaboração com as medidas profiláticas 
a serem desenvolvidas. Deste modo, age-se mais para 
mudar a “consciência” das famílias do que para levá-las à 
participação pró-ativa nos cuidados. 
 Alguns programas educativos da área de saúde 
comunitária, analisados pela literatura brasileira,11 colocam 
em relevo a base preventivista e corretiva que os 
direcionam e que, ao nosso ver, aproxima-se da base 
pedagógica usada no cenário clínico do Alojamento.
 A tônica da educação guiada por tais princípios é 
“conscientizar” a população para colaborar com as 
medidas preventivistas planejadas pelos profissionais, 
onde a tendência é a de estabelecer uma relação 
discursiva com a clientela. Analisa-se que nesse tipo 
de relação a mensagem do locutor está mais 
distanciada do interlocutor. Espera-se basicamente 
que a clientela aprecie as informações feitas e pouco 
espaço lhe é dado para responder ou mesmo 
perguntar.
CONCLUSÃO 
Os resultados principais da pesquisa mostram que a cultura das 
famílias é interpretada como algo residual, irrelevante e como 
obstáculo a ser superado. Apresenta-se como conhecimento que tem 
pouco ou nenhum status, principalmente se equiparado com o 
conhecimento biomédico necessário para cuidar de mulheres e recém-nascidos 
durante o nascimento. 
Na maioria das cenas interativas que ocorrem entre trabalhadoras de 
nível médio e famílias, percebe-se o quanto o universo cultural é 
desconhecido e desvalorizado. Mostrou que há carência de recursos 
instrumentais ou metodológicos que possam conjugar trocas de 
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da educação em saúde.

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Cultura Familiar como Obstáculo na Visão de Enfermeiras

  • 1. A CULTURA COMO OBSTÁCULO: PERCEPÇÕES DA ENFERMAGEM NO CUIDADO ÀS FAMÍLIAS EM ALOJAMENTO CONJUNTO  Marisa Monticelli, Ingrid Elsen 2006  Fernanda Ribeiro  Emanuelly de Lima  Luana Gusmão  Maria Inês  Nathalia Jacob  Sara Lizier
  • 2. Trata-se de pesquisa qualitativa com o objetivo de identificar as representações que as trabalhadoras de enfermagem possuem sobre cultura, ao desenvolverem o processo de cuidar de famílias em uma unidade de alojamento conjunto. Para fundamentar o estudo adotou-se definições e significados extraídos da Antropologia da Saúde e da Antropologia Simbólica.
  • 3. Foram utilizadas para a coleta de dados a observação participante e a entrevista temática, sendo os mesmos analisados em seus conteúdos, de onde emanaram três categorias: “as crenças das famílias são bem interessantes”; “a irrelevância e a desvalorização da cultura das famílias”; e “lugar de crença é lá fora”.
  • 4. Os resultados assinalaram que, para as trabalhadoras, a cultura das famílias é interpretada como algo residual, irrelevante e como obstáculo a ser superado. Apresenta-se como um conhecimento que te pouco ou nenhum status, principalmente se equiparado com o conhecimento biomédico necessário para cuidar de mulheres e recém-nascidos durante o nascimento.
  • 5. INTRODUÇÃO E ABORDAGEM TEÓRICA.  Os estudiosos da área de Antropologia da Saúde e da Antropologia Simbólica têm referido que as práticas e os saberes exercidos com finalidades terapêuticas são “práticas clínicas” e por serem práticas clínicas, os modos de atuação que ali se alojam são considerados como constituindo determinada realidade cultural, onde o poder profissional é dominante.
  • 6.  Muitas vezes os profissionais de saúde têm dificuldades para entender que o seu saber é um saber próprio desta racionalidade e que ele também é um saber cultural, e não somente o “saber popular”.  Embora existam outros saberes e outras práticas frequentemente adotados na performance das práticas clínicas, “os valores médicos e a estrutura autoritária são poderosos e são, de certa maneira, internalizados pelos terapeutas”.
  • 7.  Este artigo resultou na elaboração de uma etnografia em Alojamento Conjunto (AC) de uma instituição pública, procurou-se investigar as percepções que as trabalhadoras de enfermagem dessa unidade possuem sobre a cultura, durante o processo de cuidar das famílias que vivenciam o nascimento no hospital. O estudo configurou-se como pesquisa qualitativa e foi desenvolvida em uma unidade de Alojamento Conjunto de uma Maternidade pública brasileira. Teve como informantes 19 trabalhadoras de enfermagem, sendo Técnicas, Auxiliares e Atendentes. O período de coleta de dados teve a duração de doze meses.
  • 8. “As crenças das famílias são bem interessantes”  As trabalhadoras interpretam a rede de símbolo e significados das famílias como sendo “crenças”, um termo amplamente utilizado na cultura organizacional como referência a um conjunto de conhecimentos e práticas que faz parte do sistema familiar ou popular de cuidado à saúde e que não mantém qualquer tipo de aproximação com o modelo profissional.
  • 9.  Tal representação aparenta ligação com comunidades ignorante, no sentido que não possuem acesso à modernidade, como rurais e indígenas.  Várias trabalhadoras, ao interagirem com as famílias, além de restringirem à cultura, os tratavam como rígidos e estagnados.
  • 10.  Na unidade houve duas ocasiões aonde as trabalhadoras destacaram que, para ter uma cultura era necessário a família apresentar características de índia ou então mestiça. Esta perspectiva tem força para gerar algumas atitudes profissionais que poderão levar desde um “autoritarismo sem máscara até outras formas de paternalismo e manipulação”.
  • 11. A irrelevância e a desvalorização da cultura das famílias.  Há quem desconheça ou ignore que exista um potencial naquilo que acreditam ser a “cultura” outros percebem que a “cultura” apresenta-se como sendo uma das dimensões da vida, porém acabam encarando a tal “cultura” como um obstáculo.
  • 12.  Ao analisar a cultura como obstáculo se desenvolvem ações educativas com o intuito de SUBSTITUIR as “crenças populares” por informações mais “consistentes e eficazes”.  Esperando que ocorra uma mudança automática de comportamento, negligenciando os fatores sociais e culturais dos comportamentos.
  • 13.  Embora feita uma prática contextualizada, verificando os conhecimentos prévios, como de regra acadêmica, é imposto uma nova ordem mesmo que explicitamente haja certa negação ao conhecimento clínico.  Se interpõe um imenso “filtro cultural” que faz com que o diálogo se torne sustentado pelo padrão didático do modelo biomédico.
  • 14. Embora feita uma prática contextualizada, verificando os conhecimentos prévios, como de regra acadêmica, é imposto uma nova ordem mesmo que explicitamente haja certa negação ao conhecimento clínico.  Dado objetivo Relevante  Dado subjetivo Irrelevante Causando  Problemas de interação;  Diminuir as distâncias entre os sistemas de saúde;  Negar a experiência de familiares;  Etnocentrismo;  Cegueira cultural;
  • 15. Perde-se de vista que as famílias tem autonomia no que se refere as significações práticas para decidir sobre os cuidados no pós parto. E, além de irrelevantes os conhecimentos familiares acabam também sendo desvalorizados.
  • 16. Segundo, tal ponto de vista, os conhecimentos das famílias devem ser “modernizados” e “transformados” em algo que faça sentido somente dentro do modelo de atenção à saúde dominante. Age-se mais para mudar a “consciência” da família do que para levá-la a participação pró-ativa dos cuidados.
  • 17. Alguns programas colocam em relevo a base preventivista e corretiva, enfatizam uma educação guiada para “conscientizar”.A tentativa de correção das práticas desenvolvidas pelas famílias segue o pressuposto que os costumes são prejudiciais à saúde da criança e da mulher em resguardo. Entendendo-se que: Familiares Profissionais Crenças Conhecimentos
  • 18. “Lugar de crença é lá fora”  Esse é discurso usado pelas trabalhadoras que atuam de acordo com o modelo de saúde dominante, sem que muitas vezes tenham claro algum conhecimento prévio da cultura local e nem mesmo que desconectam completamente as famílias de seus contextos sociais.  Observa-se também o tom corretivo em muitas orientações que, pode levar a desenvolver no cliente o papel de “culpado”.
  • 19.  As ações educativas, nesse caso, são essencialmente pensadas como estratégia para “conscientizar” as famílias sobre as práticas correta com a puérpera e com a criança ou para a devida colaboração com as medidas profiláticas a serem desenvolvidas. Deste modo, age-se mais para mudar a “consciência” das famílias do que para levá-las à participação pró-ativa nos cuidados.  Alguns programas educativos da área de saúde comunitária, analisados pela literatura brasileira,11 colocam em relevo a base preventivista e corretiva que os direcionam e que, ao nosso ver, aproxima-se da base pedagógica usada no cenário clínico do Alojamento.
  • 20.  A tônica da educação guiada por tais princípios é “conscientizar” a população para colaborar com as medidas preventivistas planejadas pelos profissionais, onde a tendência é a de estabelecer uma relação discursiva com a clientela. Analisa-se que nesse tipo de relação a mensagem do locutor está mais distanciada do interlocutor. Espera-se basicamente que a clientela aprecie as informações feitas e pouco espaço lhe é dado para responder ou mesmo perguntar.
  • 21. CONCLUSÃO Os resultados principais da pesquisa mostram que a cultura das famílias é interpretada como algo residual, irrelevante e como obstáculo a ser superado. Apresenta-se como conhecimento que tem pouco ou nenhum status, principalmente se equiparado com o conhecimento biomédico necessário para cuidar de mulheres e recém-nascidos durante o nascimento. Na maioria das cenas interativas que ocorrem entre trabalhadoras de nível médio e famílias, percebe-se o quanto o universo cultural é desconhecido e desvalorizado. Mostrou que há carência de recursos instrumentais ou metodológicos que possam conjugar trocas de experiências e saberes, considerados fundamentais para a promoção da educação em saúde.