SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 78


A Psiquiatria no Brasil surge, com a
chegada da Família Real ao Brasil, com o
objetivo de colocar ordem na urbanização
e disciplinar a sociedade



O saber e o poder médico, artificialmente,
criam uma legitimidade de intervenção da
classe dominante sobre os despossuídos
através da nova especialidade - a
psiquiatria – e da nova instituição.


O objeto dessa intervenção, o sofrimento
mental, é reduzido através de um artifício
conceitual, a categoria de “doença
mental”, subtraindo-se toda a
complexidade de fenômenos diversos,
singulares e compreensíveis, no contexto
da existência humana.



O Manicômio, dentre outros dispositivos
disciplinares igualmente complexos,
atravessou séculos até os nossos dias,
conformando uma sociedade disciplinar.
Manicômios:
 Asile,
madhouse, asylum, hospizio,
denominam as instituições cujo fim é
abrigar, recolher ou dar algum tipo de
assistência aos "loucos”.


Designa o hospital psiquiátrico, com a
função de dar atendimento médico,
sistemático e especializado, aos doentes
mentais.


Os internados nestas instituições são vítimas
da
solidão,
do
abandono
e
da
impessoalidade.



O tempo é considerado morto, os doentes
tem como único caminho a seguir aquele
determinado pelo hospital.



Seus objetivos são unicamente o bom
funcionamento da instituição e acabam por
serem responsáveis também pela morte do
indivíduo, da pessoa como um ser humano.


Segundo Goffman (1974), os pacientes
internados nos manicômios eram submetidos
a
uma
série
de
rebaixamentos,
degradações, humilhações e profanações
do “eu”, sendo muitas vezes mortificados.



Ainda segundo Goffman (1974), o indivíduo
começava a passar por mudanças radicais
que
afetavam
profundamente
sua
consciência
moral,
gerando
uma
deformação pessoal decorrente do fato de
a pessoa perder seu conjunto de identidade.
•O interior destes hospitais era baseado
no isolamento e organizado como um
espaço asilar, assemelhando-se com
instituições prisionais.
• Constituía-se nestes locais uma relação
terapêutica baseada na autoridade.


Nenhum critério é, por si só, indicador de
conduta anormal.



Nenhum critério é, por si só, suficiente para
definir uma conduta como anormal.



A anormalidade deve ser definida por
vários critérios.



Um sintoma isolado não é patológico, pois
pode ser encontrado em determinadas
circunstâncias em pessoas normais (Por
exemplo: Alucinações).


Saúde:
Estado do indivíduo cujas funções orgânicas,
físicas e mentais se acham em situação
normal; estado do que é sadio ou são.



Doença:
Denominação genérica de qualquer desvio
do estado normal.
Conjunto de sinais e/ou sintomas que têm
uma só causa; moléstia.
Dicionário Aurélio
“Saúde é um estado
de completo bemestar físico, mental
e social e não
somente a
ausência da
doença.”
(OMS)
Doença é o
desequilíbrio entre
o físico e o
emocional e suas
intercorrências
com a realidade
social do paciente.


Saúde:
equilíbrio entre os fatores físico, psíquico
e social.



Doença:
transtorno de saúde que pode afetar
sentimentos, pensamentos e o
comportamento.


“Saúde Mental é o conjunto de ações de promoção,
prevenção e tratamento referentes ao melhoramento ou à
manutenção ou à restauração da Saúde Mental de uma
população” (Saraceno, 1999). Tem correlação com
dimensões legislativas, sociais, econômicas, culturais e
políticas.



Abordagem holística e pluridisciplinar, abordagem
complexa e orientada à comunidade e não exclui a
abordagem biológica.



Psiquiatria (modelo biomédico) X Saúde Mental (holismo
biopsicossocial)
Há um contínuo
entre normal e
anormal sem
nenhuma linha
divisória absoluta


“A SAÚDE é a vida no silêncio dos
órgãos.”



“A DOENÇA é aquilo que perturba os
homens no exercício normal de sua
vida e em suas ocupações e, sobretudo,
aquilo que os faz sofrer.”
(René Leriche)


NORMAL como Fato - descritivo
(aquilo que se encontra mais
frequentemente ou está na média)

NORMAL como Valor – avaliativo
(aquilo que é como deve ser)

* Anomalia (omalos) – variação, diferença
* Anormal (nomos) – normas, leis


Importante:
Se a anomalia não apresentar
repercussão negativa na funcionalidade
do indivíduo, não será considerada
anormal.
Patológico:


Qualquer modificação indesejável de uma
função , ou mudança negativa na
estrutura de um órgão ou sistema do
corpo.



Tem qualidade diferente.



Não é encontrado nas pessoas normais





Anormalidade positiva e negativa
Inteligência

Toda patologia é anormalidade, mas
nem toda anormalidade é patologia.


O doente enquanto vive, está
normatizado por uma norma
conservadora, que se repete, idêntica a
si mesma.



A doença não é uma variação da
dimensão da saúde, ela é uma nova
dimensão da vida.
DOENÇA MENTAL:
Imperativo de
criação e
conservação
SAÚDE MENTAL:
Margem de
tolerância as
infidelidades do
meio.
Mulher sentada diante da janela
› Normalidade como ausência de

doença.
› Normalidade estatística.
› Normalidade como bem estar.
› Normalidade funcional.
(Paulo Dalgalarrondo)
› Normalidade como processo.
› Normalidade subjetiva.
› Normalidade como liberdade.
› Normalidade operacional
(Paulo Dalgalarrondo)


Sofrimento:
Angústia e ansiedade do indivíduo



Má adaptação:
Funcionamento cotidiano prejudicado


Popularmente há uma tendência em se
julgar à sanidade da pessoa, de acordo
com seu comportamento, de acordo
com sua adequação às conveniências
sócio-culturais como, por exemplo, a
obediência aos familiares, o sucesso no
sistema de produção, a postura sexual,
etc.


Causas: Internas e externas.
› Internas: resultado de alterações orgânicas

e psicológicas no organismo;
› Externas: depende da reação da pessoa e

experiência anterior, onde a
hereditariedade e o meio ambiente é que
determinam qual intensidade e o tipo de
tensão que um indivíduo pode suportar e
aprender a lidar com situações emocionais
durante a vida.


Fatores sócio-econômicos ;



Doença mental prévia;



Desemprego;



Baixa renda;



Tendência a suicídio.


Há duas classificações básicas de doenças
mentais, que são as neuroses, e as psicoses.
› A - Neurose é chamada neurose toda a

psicopatologia leve, onde a pessoa tem a
noção (mesmo que vaga) de seu problema.
› Ele tem contato com a realidade, porém há
manifestações psicossomáticas, que são
notadas por este, e que servem de aviso para a
pessoa procurar um tratamento psicológico, ou
psiquiátrico.
› É um fator comum a ansiedade exacerbada.
B - Psicose: se caracteriza por uma
intensa fuga da realidade. É, como a
Filosofia e as artes chamam, a loucura,
propriamente dita.
› Pode ser classificada de três formas:
› A) pela manifestação;
› B) pelo aspecto neurofisiológico;
› C) pela intensidade.


A reforma psiquiátrica pretende modificar
o sistema de tratamento clínico da doença
mental, eliminando gradualmente a
internação como forma de exclusão social.



Este modelo seria substituído por uma rede
de serviços territoriais de atenção
psicossocial, visando a integração da
pessoa que sofre de transtornos mentais à
comunidade.


A rede territorial de serviços proposta na pela
Reforma Psiquiátrica inclui centros de atenção
psicossocial (CAPS), centros de convivência e
cultura assistidos, cooperativas de trabalho
protegido (economia solidária), oficinas de
geração de renda e residências terapêuticas,
descentralizando e territorializando o
atendimento em saúde, conforme previsto na
Lei Federal que institui o Sistema Único de
Saúde (SUS) no Brasil.



Esta rede substituiria o modelo arcaico dos
manicômios do Brasil.


Na perspectiva da Reforma Psiquiátrica,
e em defesa da humanização da
atenção em saúde mental, o papel das
emergências psiquiátricas, sobretudo
em hospital geral, vem sendo redefinido
nas últimas décadas.



A internação deixou de ser a única
opção de tratamento.


Segundo a Lei 10.216 no parágrafo único,
incisos I e II refere sobre os direitos da
pessoa portadora de transtorno mental e
diz:
I – ter acesso ao melhor tratamento do
sistema de saúde, consentâneo às suas
necessidades;
II – ser tratada com humanidade e
respeito e no interesse exclusivo de
beneficiar sua saúde, visando alcançar sua
recuperação pela inserção na família, no
trabalho e na comunidade;


A reforma psiquiátrica a desativação
gradual dos manicômios, para que aqueles
que sofrem de transtornos mentais possam
conviver livremente na sociedade.



Ocorre que muitos deles sequer têm nome
conhecido, documentos, familiares,
dificultando a reinserção social. Também
não possuem acesso aos benefícios sociais
oferecidos pelo Estado, como a
aposentadoria e auxílio-doença.


Redireciona a assistência em saúde
mental, privilegiando o oferecimento de
tratamento em serviços de base
comunitária, dispõe sobre a proteção e
os direitos das pessoas com transtornos
mentais, mas não institui mecanismos
claros para a progressiva extinção dos
manicômios.


Existem em funcionamento hoje no país
689 Centros de Atenção Psicossocial e,
ao final de 2004, os recursos gastos com
os hospitais psiquiátricos passam a
representar cerca de 64% do total dos
recursos do Ministério da Saúde para a
saúde mental.
ADMISSÃO EM
NEUROPSIQUIATRIA
Admissão em Neuropsiquiatria




















Atendimento ao Paciente Psiquiátrico:
Não despreze ou condene os pacientes pelos seus atos;
Demonstre confiança e habilidade profissional;
Não se envolva em amizades particulares com os pacientes;
Não dê valor demasiado as observações dos pacientes;
Manter serenidade;
Cultive a paciência que procede da compreensão;
Seja sincero;
Seja sensível;
Os pacientes são seres humanos, trate-os como tais;
Atenda os pacientes sem pressa individualmente;
Trata com cordialidade;
Manifestar interesse cortez;
Cultive a paciência;
Tenha trato;
Estimule a independência;
Seja paciente;
Elogie quando eles conseguem realizar trabalhos em grupo;
Dê atenção a todos, até mesmo a aqueles que não requerem atenção.
Admissão ao Doente Mental







Receber cordialmente;
Controle dos sinais vitais e peso
(semanalmente);
Observar cicatriz, equimose, manchas,
parasitas;
Apresentação de pessoal e planta física;
Explicar sobre rotina;
Anotações de enfermagem dia e hora da
internação, aceitação da internação: se veio
acompanhado e condições do paciente.
Classificação
 Uma

classificação é um modo

de ver o mundo de um ponto
no tempo.
 Norman Sartorius
 Diretor da Divisão de Saúde Mental - OMS  Responsável pela CID - 10
Doenças Mentais
Causas: Internas e externas.
Internas:

resultado de alterações orgânicas e
psicológicas no organismo;
Externas:

depende da reação da pessoa e
experiência anterior, onde a hereditariedade e o
meio ambiente é que determinam qual intensidade
e o tipo de tensão que um indivíduo pode suportar
e aprender a lidar com situações emocionais
durante a vida.


Seja qual for a causa original, ela deve ser
comumente considerada como a
manifestação de um disfunção
comportamental, psicológica ou biológica na
pessoa.



Nem desvio de comportamento, por exemplo,
político, religioso ou sexual, nem os conflitos
que são primariamente entre o indivíduo e a
sociedade são considerados transtornos
mentais, a menos que o desvio ou conflito
seja um sintoma de uma disfunção na
pessoa, conforme descrito acima. (APA 1987)
Doenças Mentais
Fatores de Risco
Fatores sócio-econômicos ;
Doença mental prévia;
Desemprego;
Baixa renda;
Tendência a suicídio.
Formas de Manifestações


Psicóticos – perda do teste de realidade
com delírios e alucinações



Neuróticos – sem perda do teste de
realidade; baseado principalmente em
conflitos intrapsíquicos ou acontecimentos
ansiogênicos.
Formas de Manifestações


Funcionais – ausência de um dano
estrutural ou fator etiológico claro que
explique o comprometimento.



Orgânico – Doença causa por um agente
específico que causa uma alteração
estrutural no cérebro
A importância dos diagnósticos
Facilitar a comunicação;
 Estabelecer a história natural das
doenças;
 Testarmos tratamentos de tal forma que
seus resultados possam ser extrapolados;
 Possibilitar pesquisas epidemiológicas

A importância dos diagnósticos
Facilitar a comunicação;
 Estabelecer a história natural das
doenças;
 Testarmos tratamentos de tal forma que
seus resultados possam ser extrapolados;
 Possibilitar pesquisas epidemiológicas

Apresentação dos grupos diagnósticos
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.

Transtornos geralmente diagnosticados pela
primeira vez na infância ou adolescência
Delirium, demências e outros transtornos
cognitivos
Transtornos devidos a condições médicas
gerais
Relacionados a substâncias
Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos
Transtornos do Humor
Transtornos de Ansiedade
Transtornos


É conjunto de sintomas ou
comportamentos clinicamente
reconhecível associado, na maioria dos
casos, a sofrimento e interferências com
funções pessoais.



Desvio ou conflito social sozinho, sem
disfunção pessoal, não deve ser incluído
em transtorno mental, como aqui definido

Obs – não usa-se os termos doença ou
enfermidade
Transtornos Alimentares


O comportamento alimentar inclui algumas dimensões
complementares: Dimensão fisiológica-nutritiva,


Dimensões psicodinâmicas e afetiva (fome e alimentação
vinculam-se à satisfação a ao prazer),



Dimensão Relacional ( no desenvolvimento da criança a boca é
o mediador da primeira relação mãe-filho).


Compulsão X Impulsão.
Transtornos Alimentares
1) Compulsão Alimentar Episódica (CAE)


São episódios de compulsão alimentar, com consumo
exagerado de calorias.



Dois fatores (restrição alimentar e humores negativos)
parecem ser importantes na manutenção da CAE e
subseqüente purgação.



2% das mulheres da população geral. Na proporção
entre os sexos de 3:2 (M/H).
Transtornos Alimentares


Embora obesidade não seja um pré-requisito,
existe uma superposição substancial entre CAE
e obesidade.



Obesos com CAE têm mais diagnóstico de
depressão maior, Pânico e Transtorno da
personalidade (Yanovski el al. 1992).



Dois fatores (restrição alimentar e humores
negativos) parecem ser importantes na
manutenção da CAE e subseqüente purgação.
Transtornos Alimentares
Bulimia Nervosa:


Preocupação persistente com o comer e um desejo
irresistível de comida. Afeta 1 a 2% das mulheres.



Aparecimento no final da adolescência e início da idade
adulta. Iniciando com uma preocupação com o peso,
insatisfação com o corpo e restrição alimentar
importante.
Transtornos Alimentares.
Bulimia Nervosa:


Etiologia: psicológico, neuroquímicos (restrições e
serotonina) e sociais (padrão de beleza).



Prevenção: discussão de hábitos alimentares saudáveis,
particularmente entre adolescentes. Imposição do
padrão de beleza.
Transtornos Alimentares.
Anorexia Nervosa:


Transtorno caracterizado pela acentuada perda de peso
auto-induzida(15% abaixo do peso ideal) por abstinência
de alimentos ou por comportamento purgativos, uso de
anorexígenos ou exercícios físicos, excessivos.



Existe um medo intenso em ganhar peso, um distúrbio
na existência da forma do corpo e amenorréia, em
mulheres.
Bulimia x Anorexia


São consideradas enfermidades
psiquiátricas pela OMS, do grupo de
transtornos alimentares.



Os Transtornos Alimentares são definidos
como desvios do comportamento
alimentar que podem levar ao
emagrecimento extremo (caquexia) ou à
obesidade, entre outros problemas físicos
e incapacidades.
Bulimia x Anorexia








Bulimia
Transtorno que leva a
pessoa ingerir grandes
quantidades de comida e,
logo após provoca emese,
por culpa, pelo excesso
cometido.
Nem sempre há perda
acentuada de peso.
Pode usar diuréticos e
laxantes.
Mais comum, mas menos
letal

Anorexia








Desejo patológico de
emagrecer.
Redução drástica da
alimentação
Uso de exercícios físicos
intensos, induzir o vômito,
jejuar, tomar diuréticos e
usar laxantes.
Entre 5% a 18% morrem em
decorrência desse
transtorno.
Ocorre entre os 14 e 18
anos.
Sintomas
Bulimia










Osteoporose, por falta de
nutrientes;
Arritmias;
Queda do cabelos e
alopecia;
Dores abdominais;
Inflamações intestinais e
descontrole intestinal;
Ansiedade e depressão.










Anorexia
Queda do cabelo;
Hipotermia;
Visão distorcida do corpo;
Ressecamento das
unhas;
Interrupção do ciclo
menstrual, infertilidade;
Depressão, pânico, TOC;
Perda de tecidos ósseos;
Arritmias
Transtornos Psicóticos.


Caracterizam-se por ter sintomas típicos
como delírios e/ou alucinações, distúrbios
do pensamento e comportamento bizarro.



Os psiquiatras clássicos dão ênfase a
perda de contato com a realidade.
Transtornos Psicóticos.
1) ESQUIZOFRENIA.


Aproximadamente 1% da população é afetada pela
Esquizofrenia.



Equivalente em ambos sexos (17 a 27 anos homens e 17 a
37 anos nas mulheres).



Sintomas de Primeira Ordem de Kurt Schneider:






percepção delirante; alucinação com vozes de comando; eco do
pensamento; roubo do pensamento; difusão do pensamento;
vivência de influência.
Existe um perda da relação eu-mundo, imposição do que vem de
fora.

Sintomas negativos:


distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da fluência
verbal, diminuição da vontade, autonegligência, lentificação
psicomotora.
Transtornos Psicóticos.
1)ESQUIZOFRENIA.


Sintomas positivos:




Sintomas negativos:




alucinação, delírios, comportamento bizarro,agitação
psicomotora, neologismos.

distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da
fluência verbal, diminuição da vontade, autonegligência,
lentificação psicomotora.

Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos.
Transtornos Psicóticos.
1)ESQUIZOFRENIA.
Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos:


Forma Paranóide: idéias delirantes de cunho persecutório.



Forma Catatônica: alterações motoras, hipertonia, flexibilidade
cerácea, negativismo, mutismo.



Forma hebefrênica: pensamento desorganizado,
comportamento bizarro, afeto pueril.



Forma simples: sem sintomas característicos, observa-se um
lento empobrecimento psíquico, comportamental, embotamento
afetivo e distanciamento social.
Transtornos Delirantes Que Evoluem Sem
Déficits.
2) Paranóias:


Caracterizam por delírios sistematizados
(encistado ou cristalizado), com preservação da
personalidade e da cognição. Após os 35 anos.
3) Parafrenias:



Início tardio, delírios e alucinações de forma
“fantasiosa”.
Tratamento dos Transtornos Psicóticos


O tratamento das psicoses é feito através:






1 – Psicofarmacologia;
2- Psicoterapias;
3 – Reabilitação Psicossocial.

O fio condutor é não deixar o paciente perder seus laços
sociais e familiares, buscando sua subjetividade, entendendose aqui também a criação de aparatos que impeçam a perda
de sua cidadania.







Antipsicóticos.
Antipsicóticos convencionais.
Haloperidol (Haldol).
Tioridazina (Melleril).
Clorpromazina (Amplictil).
Levomepromazina (Neozine).
Transtornos Maníacos.


Sintoma central: euforia, exaltação do humor.



Deve estar presente a aceleração de todas
as funções psíquicas (taquipsiquismo),
apresentando agitação motora.



Aumento da auto-estima; elação
(engrandecimento do eu); insônia; logorreia;
hipertenaz, hipervigil; irritabilidade;
heteroagressividade;desinibição social e
sexual; compras exageradas; delírios de
grandeza; alucinações; labilidade afetiva.
Transtornos Maníacos.






1 )Mania franca e grave.
Sintomas citados acima de forma muito
acentuada.
Idosos ou com lesões cerebrais prévias podem
se apresentar confusos, consciência
rebaixada.
2) Hipomania.
Sujeito mais disposto que o normal, fala muito
mas sem fuga de idéias, sem limites.
Pouco sono, excessivo nas atividades diárias.
Sem disfunção social.
Transtornos Maníacos.
3) Ciclotimia.




Pacientes que apresentam ao longo da vida freqüentes
períodos de leves sintomas depressivos seguidos de
períodos de hipomania.
Isto ocorre sem que o indivíduo apresente um episódio
completo de mania ou depressão.

4) Mania com sintomas psicóticos.


Sintomas graves de mania acompanhados por delírios
de grandeza, perseguição ou místicos, agitação
psicomotora, alucinações auditivas.
Transtorno Bipolar tipo I e II
Transtorno bipolar = Psicose Maníaco Depressiva.


Tipo I:
 episódios

depressivos leves a graves, intercalados
com fase de anormalidade e de fases maníacas bem
caracterizadas.



Tipo II:
 episódios

depressivos leves a graves intercalados
com períodos de normalidade e seguidos de fase
hipomaníacas.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
1- Carbonato de lítio.


Também usado em pacientes violentos ou
com raiva impulsiva ou episódica.



Criados nos anos 40.



É necessário a monitorização sérica para o
tratamento ser seguro e não causar riscos de
intoxicação.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.


Apresentação de comprimidos de 300mg ou de
liberação longa de 450 mg.



Podem causar irritação gástrica, diarréia e
náuseas.



O sintoma colateral mais comum é o tremor,
principalmente nos dedos.



Podem também reclamar de esquecimentos.
Tratamento dos Transtornos
Afetivos.


Pode ocorrer ganho de peso. Podem ocorrer
distúrbios tireoidianos.



Deve-se pedir exames laboratoriais periódicos
para avaliar a função renal dos pacientes em
litioterapia.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
2- Carbamazepina


É um anticonvulsivante.



Comprimidos de 200 e 400 mg, solução oral.



Sintetizada em 1957, mas só na década de
70 começou ser usada na psiquiatria como
estabilizador do humor.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.


Podem ser usadas somadas ao lítio.



Melhores para pacientes com ciclos rápidos.



É usada para controle da impulsividade.



Deve ser monitorizada com exames de dosagem
sangüínea e hemogramas para evitar distúrbios
sangüíneos (agranulocitose e anemia aplástica).



Não devem ser usadas em pacientes grávidas.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.
3- Ácido Valpróico (Valproato).








Comprimidos e solução.
Também são anticonvulsivantes.
Eficaz no controle da mania aguda.
Profilático do transtorno bipolar.Distúrbios
gastrointestinais, náusea, vômitos, tremor e
sedação.
Teratogêmicos.
Monitorização sangüínea.
Tratamento dos Transtornos Afetivos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Aula saúde mental I e II
Aula   saúde mental I e II Aula   saúde mental I e II
Aula saúde mental I e II
DaianeCampos19
 
Seminário grupo c (1)
Seminário grupo c (1)Seminário grupo c (1)
Seminário grupo c (1)
Tathiane Souza
 
5656 17308-1-pb
5656 17308-1-pb5656 17308-1-pb
5656 17308-1-pb
Jaciany
 

Mais procurados (20)

Saúde Mental
Saúde MentalSaúde Mental
Saúde Mental
 
Saúde mental no sus (1)
Saúde mental no sus (1)Saúde mental no sus (1)
Saúde mental no sus (1)
 
Texto 1 modelos em saúde
Texto 1 modelos em saúdeTexto 1 modelos em saúde
Texto 1 modelos em saúde
 
Trabalho Saúde Mental
Trabalho Saúde MentalTrabalho Saúde Mental
Trabalho Saúde Mental
 
Suicídio e saúde mental
Suicídio e saúde mentalSuicídio e saúde mental
Suicídio e saúde mental
 
2405
24052405
2405
 
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e PsiquiatriaO papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
O papel do enfermeiro em Saúde Mental e Psiquiatria
 
Saude mental
Saude mentalSaude mental
Saude mental
 
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
A Política Nacional de Saúde Mental e a Organização da Rede de Atenção Psicos...
 
Introdução à psicologia aplicada ao cuidado
Introdução à psicologia aplicada ao cuidadoIntrodução à psicologia aplicada ao cuidado
Introdução à psicologia aplicada ao cuidado
 
Programa de saúde mental no SUS
Programa de saúde mental no SUSPrograma de saúde mental no SUS
Programa de saúde mental no SUS
 
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
Psicologia da Saúde e o novo paradigma: novo paradigma?
 
Aula saúde mental I e II
Aula   saúde mental I e II Aula   saúde mental I e II
Aula saúde mental I e II
 
Antropologia do Cuidar
Antropologia do CuidarAntropologia do Cuidar
Antropologia do Cuidar
 
Aula 1 introdução à psicologia aplicada ao cuidado
Aula 1   introdução à psicologia aplicada ao cuidadoAula 1   introdução à psicologia aplicada ao cuidado
Aula 1 introdução à psicologia aplicada ao cuidado
 
Psicologia
PsicologiaPsicologia
Psicologia
 
Saúde Mental
Saúde MentalSaúde Mental
Saúde Mental
 
Algumas Reflexões sobre a evolução do trabalho da enfermagem em saúde mental ...
Algumas Reflexões sobre a evolução do trabalho da enfermagem em saúde mental ...Algumas Reflexões sobre a evolução do trabalho da enfermagem em saúde mental ...
Algumas Reflexões sobre a evolução do trabalho da enfermagem em saúde mental ...
 
Seminário grupo c (1)
Seminário grupo c (1)Seminário grupo c (1)
Seminário grupo c (1)
 
5656 17308-1-pb
5656 17308-1-pb5656 17308-1-pb
5656 17308-1-pb
 

Semelhante a Resumo prova 1º bimestre

rede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).ppt
rede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).pptrede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).ppt
rede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).ppt
CintiaGiselle
 
AULA NEUROPSIQUIATRIA.pptx
AULA NEUROPSIQUIATRIA.pptxAULA NEUROPSIQUIATRIA.pptx
AULA NEUROPSIQUIATRIA.pptx
IsabelleSampaio10
 
enfermagempsiquiatrica-160804165253.pdf
enfermagempsiquiatrica-160804165253.pdfenfermagempsiquiatrica-160804165253.pdf
enfermagempsiquiatrica-160804165253.pdf
GlendaRegoSoares1
 
neuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptx
neuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptxneuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptx
neuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptx
pamelacastro71
 
Reforma Psiquiatrica
Reforma PsiquiatricaReforma Psiquiatrica
Reforma Psiquiatrica
fabiolarrossa
 

Semelhante a Resumo prova 1º bimestre (20)

Saúde Mental no seu Contexto Geral tesouro o1.pptx
Saúde Mental no seu Contexto Geral tesouro o1.pptxSaúde Mental no seu Contexto Geral tesouro o1.pptx
Saúde Mental no seu Contexto Geral tesouro o1.pptx
 
rede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).ppt
rede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).pptrede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).ppt
rede-saudemeASDFdsfvcxdsaaaasdfdvDSAQnta(1).ppt
 
rede-saudemental.ppt
rede-saudemental.pptrede-saudemental.ppt
rede-saudemental.ppt
 
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptxAULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
AULA 12 - PROGRANA NACIONAL DE SAUDE MENTAL.pptx
 
SAÚDE MENTAL.pptx
SAÚDE MENTAL.pptxSAÚDE MENTAL.pptx
SAÚDE MENTAL.pptx
 
saúde mental e CAPS sua epistemologia e funcionamento
saúde mental e CAPS sua epistemologia e funcionamentosaúde mental e CAPS sua epistemologia e funcionamento
saúde mental e CAPS sua epistemologia e funcionamento
 
AULA NEUROPSIQUIATRIA.pptx
AULA NEUROPSIQUIATRIA.pptxAULA NEUROPSIQUIATRIA.pptx
AULA NEUROPSIQUIATRIA.pptx
 
neuropsiquiatria-231012234-34fb7992.pptx
neuropsiquiatria-231012234-34fb7992.pptxneuropsiquiatria-231012234-34fb7992.pptx
neuropsiquiatria-231012234-34fb7992.pptx
 
C4916edb248964f8c9888b9b35b61d25 04
C4916edb248964f8c9888b9b35b61d25  04C4916edb248964f8c9888b9b35b61d25  04
C4916edb248964f8c9888b9b35b61d25 04
 
AULA APRESENTAÇÃO PROCESSO HISTÓRICO DA PSIQUIATRIA E DA SAÚDE MENTAL.pdf
AULA APRESENTAÇÃO PROCESSO HISTÓRICO DA PSIQUIATRIA E DA SAÚDE MENTAL.pdfAULA APRESENTAÇÃO PROCESSO HISTÓRICO DA PSIQUIATRIA E DA SAÚDE MENTAL.pdf
AULA APRESENTAÇÃO PROCESSO HISTÓRICO DA PSIQUIATRIA E DA SAÚDE MENTAL.pdf
 
enfermagempsiquiatrica-160804165253.pdf
enfermagempsiquiatrica-160804165253.pdfenfermagempsiquiatrica-160804165253.pdf
enfermagempsiquiatrica-160804165253.pdf
 
neuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptx
neuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptxneuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptx
neuropsiquiatria-231012234522-34fb7992.pptx
 
Um futuro incerto: Projetos e expectativas de familiares que convivem com pes...
Um futuro incerto: Projetos e expectativas de familiares que convivem com pes...Um futuro incerto: Projetos e expectativas de familiares que convivem com pes...
Um futuro incerto: Projetos e expectativas de familiares que convivem com pes...
 
AULA 1.pdf
AULA 1.pdfAULA 1.pdf
AULA 1.pdf
 
apresentação saude mental.pptx
apresentação saude mental.pptxapresentação saude mental.pptx
apresentação saude mental.pptx
 
3553_-_saude_mental_na_3._idade.pptx
3553_-_saude_mental_na_3._idade.pptx3553_-_saude_mental_na_3._idade.pptx
3553_-_saude_mental_na_3._idade.pptx
 
Reforma Psiquiatrica
Reforma PsiquiatricaReforma Psiquiatrica
Reforma Psiquiatrica
 
Fundamentos de Enfermagem
Fundamentos de EnfermagemFundamentos de Enfermagem
Fundamentos de Enfermagem
 
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).pptaula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
aula-1-comportamento-normal-x-comportamento-anormal (2).ppt
 
AULA 1 SAUDE MENTAL.pptx
AULA 1 SAUDE MENTAL.pptxAULA 1 SAUDE MENTAL.pptx
AULA 1 SAUDE MENTAL.pptx
 

Último

Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
NarlaAquino
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
AntonioVieira539017
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
rosenilrucks
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 

Último (20)

PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffffSSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
SSE_BQ_Matematica_4A_SR.pdfffffffffffffffffffffffffffffffffff
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)Análise poema país de abril (Mauel alegre)
Análise poema país de abril (Mauel alegre)
 
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
Nós Propomos! Autocarros Elétricos - Trabalho desenvolvido no âmbito de Cidad...
 
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptxResponde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
Responde ou passa na HISTÓRIA - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - 8º ANO.pptx
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médioapostila projeto de vida 2 ano ensino médio
apostila projeto de vida 2 ano ensino médio
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptxProjeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
Projeto Nós propomos! Sertã, 2024 - Chupetas Eletrónicas.pptx
 

Resumo prova 1º bimestre

  • 1.
  • 2.
  • 3.  A Psiquiatria no Brasil surge, com a chegada da Família Real ao Brasil, com o objetivo de colocar ordem na urbanização e disciplinar a sociedade  O saber e o poder médico, artificialmente, criam uma legitimidade de intervenção da classe dominante sobre os despossuídos através da nova especialidade - a psiquiatria – e da nova instituição.
  • 4.  O objeto dessa intervenção, o sofrimento mental, é reduzido através de um artifício conceitual, a categoria de “doença mental”, subtraindo-se toda a complexidade de fenômenos diversos, singulares e compreensíveis, no contexto da existência humana.  O Manicômio, dentre outros dispositivos disciplinares igualmente complexos, atravessou séculos até os nossos dias, conformando uma sociedade disciplinar.
  • 5. Manicômios:  Asile, madhouse, asylum, hospizio, denominam as instituições cujo fim é abrigar, recolher ou dar algum tipo de assistência aos "loucos”.  Designa o hospital psiquiátrico, com a função de dar atendimento médico, sistemático e especializado, aos doentes mentais.
  • 6.  Os internados nestas instituições são vítimas da solidão, do abandono e da impessoalidade.  O tempo é considerado morto, os doentes tem como único caminho a seguir aquele determinado pelo hospital.  Seus objetivos são unicamente o bom funcionamento da instituição e acabam por serem responsáveis também pela morte do indivíduo, da pessoa como um ser humano.
  • 7.  Segundo Goffman (1974), os pacientes internados nos manicômios eram submetidos a uma série de rebaixamentos, degradações, humilhações e profanações do “eu”, sendo muitas vezes mortificados.  Ainda segundo Goffman (1974), o indivíduo começava a passar por mudanças radicais que afetavam profundamente sua consciência moral, gerando uma deformação pessoal decorrente do fato de a pessoa perder seu conjunto de identidade.
  • 8.
  • 9. •O interior destes hospitais era baseado no isolamento e organizado como um espaço asilar, assemelhando-se com instituições prisionais. • Constituía-se nestes locais uma relação terapêutica baseada na autoridade.
  • 10.
  • 11.  Nenhum critério é, por si só, indicador de conduta anormal.  Nenhum critério é, por si só, suficiente para definir uma conduta como anormal.  A anormalidade deve ser definida por vários critérios.  Um sintoma isolado não é patológico, pois pode ser encontrado em determinadas circunstâncias em pessoas normais (Por exemplo: Alucinações).
  • 12.  Saúde: Estado do indivíduo cujas funções orgânicas, físicas e mentais se acham em situação normal; estado do que é sadio ou são.  Doença: Denominação genérica de qualquer desvio do estado normal. Conjunto de sinais e/ou sintomas que têm uma só causa; moléstia. Dicionário Aurélio
  • 13. “Saúde é um estado de completo bemestar físico, mental e social e não somente a ausência da doença.” (OMS)
  • 14. Doença é o desequilíbrio entre o físico e o emocional e suas intercorrências com a realidade social do paciente.
  • 15.  Saúde: equilíbrio entre os fatores físico, psíquico e social.  Doença: transtorno de saúde que pode afetar sentimentos, pensamentos e o comportamento.
  • 16.  “Saúde Mental é o conjunto de ações de promoção, prevenção e tratamento referentes ao melhoramento ou à manutenção ou à restauração da Saúde Mental de uma população” (Saraceno, 1999). Tem correlação com dimensões legislativas, sociais, econômicas, culturais e políticas.  Abordagem holística e pluridisciplinar, abordagem complexa e orientada à comunidade e não exclui a abordagem biológica.  Psiquiatria (modelo biomédico) X Saúde Mental (holismo biopsicossocial)
  • 17. Há um contínuo entre normal e anormal sem nenhuma linha divisória absoluta
  • 18.  “A SAÚDE é a vida no silêncio dos órgãos.”  “A DOENÇA é aquilo que perturba os homens no exercício normal de sua vida e em suas ocupações e, sobretudo, aquilo que os faz sofrer.” (René Leriche)
  • 19.  NORMAL como Fato - descritivo (aquilo que se encontra mais frequentemente ou está na média) NORMAL como Valor – avaliativo (aquilo que é como deve ser) 
  • 20. * Anomalia (omalos) – variação, diferença * Anormal (nomos) – normas, leis  Importante: Se a anomalia não apresentar repercussão negativa na funcionalidade do indivíduo, não será considerada anormal.
  • 21. Patológico:  Qualquer modificação indesejável de uma função , ou mudança negativa na estrutura de um órgão ou sistema do corpo.  Tem qualidade diferente.  Não é encontrado nas pessoas normais
  • 22.    Anormalidade positiva e negativa Inteligência Toda patologia é anormalidade, mas nem toda anormalidade é patologia.
  • 23.  O doente enquanto vive, está normatizado por uma norma conservadora, que se repete, idêntica a si mesma.  A doença não é uma variação da dimensão da saúde, ela é uma nova dimensão da vida.
  • 24. DOENÇA MENTAL: Imperativo de criação e conservação SAÚDE MENTAL: Margem de tolerância as infidelidades do meio. Mulher sentada diante da janela
  • 25. › Normalidade como ausência de doença. › Normalidade estatística. › Normalidade como bem estar. › Normalidade funcional. (Paulo Dalgalarrondo)
  • 26. › Normalidade como processo. › Normalidade subjetiva. › Normalidade como liberdade. › Normalidade operacional (Paulo Dalgalarrondo)
  • 27.  Sofrimento: Angústia e ansiedade do indivíduo  Má adaptação: Funcionamento cotidiano prejudicado
  • 28.  Popularmente há uma tendência em se julgar à sanidade da pessoa, de acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.
  • 29.  Causas: Internas e externas. › Internas: resultado de alterações orgânicas e psicológicas no organismo; › Externas: depende da reação da pessoa e experiência anterior, onde a hereditariedade e o meio ambiente é que determinam qual intensidade e o tipo de tensão que um indivíduo pode suportar e aprender a lidar com situações emocionais durante a vida.
  • 30.  Fatores sócio-econômicos ;  Doença mental prévia;  Desemprego;  Baixa renda;  Tendência a suicídio.
  • 31.  Há duas classificações básicas de doenças mentais, que são as neuroses, e as psicoses. › A - Neurose é chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) de seu problema. › Ele tem contato com a realidade, porém há manifestações psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de aviso para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico. › É um fator comum a ansiedade exacerbada.
  • 32. B - Psicose: se caracteriza por uma intensa fuga da realidade. É, como a Filosofia e as artes chamam, a loucura, propriamente dita. › Pode ser classificada de três formas: › A) pela manifestação; › B) pelo aspecto neurofisiológico; › C) pela intensidade.
  • 33.  A reforma psiquiátrica pretende modificar o sistema de tratamento clínico da doença mental, eliminando gradualmente a internação como forma de exclusão social.  Este modelo seria substituído por uma rede de serviços territoriais de atenção psicossocial, visando a integração da pessoa que sofre de transtornos mentais à comunidade.
  • 34.  A rede territorial de serviços proposta na pela Reforma Psiquiátrica inclui centros de atenção psicossocial (CAPS), centros de convivência e cultura assistidos, cooperativas de trabalho protegido (economia solidária), oficinas de geração de renda e residências terapêuticas, descentralizando e territorializando o atendimento em saúde, conforme previsto na Lei Federal que institui o Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.  Esta rede substituiria o modelo arcaico dos manicômios do Brasil.
  • 35.  Na perspectiva da Reforma Psiquiátrica, e em defesa da humanização da atenção em saúde mental, o papel das emergências psiquiátricas, sobretudo em hospital geral, vem sendo redefinido nas últimas décadas.  A internação deixou de ser a única opção de tratamento.
  • 36.  Segundo a Lei 10.216 no parágrafo único, incisos I e II refere sobre os direitos da pessoa portadora de transtorno mental e diz: I – ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às suas necessidades; II – ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade;
  • 37.  A reforma psiquiátrica a desativação gradual dos manicômios, para que aqueles que sofrem de transtornos mentais possam conviver livremente na sociedade.  Ocorre que muitos deles sequer têm nome conhecido, documentos, familiares, dificultando a reinserção social. Também não possuem acesso aos benefícios sociais oferecidos pelo Estado, como a aposentadoria e auxílio-doença.
  • 38.  Redireciona a assistência em saúde mental, privilegiando o oferecimento de tratamento em serviços de base comunitária, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, mas não institui mecanismos claros para a progressiva extinção dos manicômios.
  • 39.  Existem em funcionamento hoje no país 689 Centros de Atenção Psicossocial e, ao final de 2004, os recursos gastos com os hospitais psiquiátricos passam a representar cerca de 64% do total dos recursos do Ministério da Saúde para a saúde mental.
  • 41. Admissão em Neuropsiquiatria                    Atendimento ao Paciente Psiquiátrico: Não despreze ou condene os pacientes pelos seus atos; Demonstre confiança e habilidade profissional; Não se envolva em amizades particulares com os pacientes; Não dê valor demasiado as observações dos pacientes; Manter serenidade; Cultive a paciência que procede da compreensão; Seja sincero; Seja sensível; Os pacientes são seres humanos, trate-os como tais; Atenda os pacientes sem pressa individualmente; Trata com cordialidade; Manifestar interesse cortez; Cultive a paciência; Tenha trato; Estimule a independência; Seja paciente; Elogie quando eles conseguem realizar trabalhos em grupo; Dê atenção a todos, até mesmo a aqueles que não requerem atenção.
  • 42. Admissão ao Doente Mental       Receber cordialmente; Controle dos sinais vitais e peso (semanalmente); Observar cicatriz, equimose, manchas, parasitas; Apresentação de pessoal e planta física; Explicar sobre rotina; Anotações de enfermagem dia e hora da internação, aceitação da internação: se veio acompanhado e condições do paciente.
  • 43. Classificação  Uma classificação é um modo de ver o mundo de um ponto no tempo.  Norman Sartorius  Diretor da Divisão de Saúde Mental - OMS  Responsável pela CID - 10
  • 44. Doenças Mentais Causas: Internas e externas. Internas: resultado de alterações orgânicas e psicológicas no organismo; Externas: depende da reação da pessoa e experiência anterior, onde a hereditariedade e o meio ambiente é que determinam qual intensidade e o tipo de tensão que um indivíduo pode suportar e aprender a lidar com situações emocionais durante a vida.
  • 45.  Seja qual for a causa original, ela deve ser comumente considerada como a manifestação de um disfunção comportamental, psicológica ou biológica na pessoa.  Nem desvio de comportamento, por exemplo, político, religioso ou sexual, nem os conflitos que são primariamente entre o indivíduo e a sociedade são considerados transtornos mentais, a menos que o desvio ou conflito seja um sintoma de uma disfunção na pessoa, conforme descrito acima. (APA 1987)
  • 46. Doenças Mentais Fatores de Risco Fatores sócio-econômicos ; Doença mental prévia; Desemprego; Baixa renda; Tendência a suicídio.
  • 47. Formas de Manifestações  Psicóticos – perda do teste de realidade com delírios e alucinações  Neuróticos – sem perda do teste de realidade; baseado principalmente em conflitos intrapsíquicos ou acontecimentos ansiogênicos.
  • 48. Formas de Manifestações  Funcionais – ausência de um dano estrutural ou fator etiológico claro que explique o comprometimento.  Orgânico – Doença causa por um agente específico que causa uma alteração estrutural no cérebro
  • 49. A importância dos diagnósticos Facilitar a comunicação;  Estabelecer a história natural das doenças;  Testarmos tratamentos de tal forma que seus resultados possam ser extrapolados;  Possibilitar pesquisas epidemiológicas 
  • 50. A importância dos diagnósticos Facilitar a comunicação;  Estabelecer a história natural das doenças;  Testarmos tratamentos de tal forma que seus resultados possam ser extrapolados;  Possibilitar pesquisas epidemiológicas 
  • 51. Apresentação dos grupos diagnósticos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. Transtornos geralmente diagnosticados pela primeira vez na infância ou adolescência Delirium, demências e outros transtornos cognitivos Transtornos devidos a condições médicas gerais Relacionados a substâncias Esquizofrenia e outros transtornos psicóticos Transtornos do Humor Transtornos de Ansiedade
  • 52. Transtornos  É conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferências com funções pessoais.  Desvio ou conflito social sozinho, sem disfunção pessoal, não deve ser incluído em transtorno mental, como aqui definido Obs – não usa-se os termos doença ou enfermidade
  • 53. Transtornos Alimentares  O comportamento alimentar inclui algumas dimensões complementares: Dimensão fisiológica-nutritiva,  Dimensões psicodinâmicas e afetiva (fome e alimentação vinculam-se à satisfação a ao prazer),  Dimensão Relacional ( no desenvolvimento da criança a boca é o mediador da primeira relação mãe-filho).  Compulsão X Impulsão.
  • 54. Transtornos Alimentares 1) Compulsão Alimentar Episódica (CAE)  São episódios de compulsão alimentar, com consumo exagerado de calorias.  Dois fatores (restrição alimentar e humores negativos) parecem ser importantes na manutenção da CAE e subseqüente purgação.  2% das mulheres da população geral. Na proporção entre os sexos de 3:2 (M/H).
  • 55. Transtornos Alimentares  Embora obesidade não seja um pré-requisito, existe uma superposição substancial entre CAE e obesidade.  Obesos com CAE têm mais diagnóstico de depressão maior, Pânico e Transtorno da personalidade (Yanovski el al. 1992).  Dois fatores (restrição alimentar e humores negativos) parecem ser importantes na manutenção da CAE e subseqüente purgação.
  • 56. Transtornos Alimentares Bulimia Nervosa:  Preocupação persistente com o comer e um desejo irresistível de comida. Afeta 1 a 2% das mulheres.  Aparecimento no final da adolescência e início da idade adulta. Iniciando com uma preocupação com o peso, insatisfação com o corpo e restrição alimentar importante.
  • 57. Transtornos Alimentares. Bulimia Nervosa:  Etiologia: psicológico, neuroquímicos (restrições e serotonina) e sociais (padrão de beleza).  Prevenção: discussão de hábitos alimentares saudáveis, particularmente entre adolescentes. Imposição do padrão de beleza.
  • 58. Transtornos Alimentares. Anorexia Nervosa:  Transtorno caracterizado pela acentuada perda de peso auto-induzida(15% abaixo do peso ideal) por abstinência de alimentos ou por comportamento purgativos, uso de anorexígenos ou exercícios físicos, excessivos.  Existe um medo intenso em ganhar peso, um distúrbio na existência da forma do corpo e amenorréia, em mulheres.
  • 59. Bulimia x Anorexia  São consideradas enfermidades psiquiátricas pela OMS, do grupo de transtornos alimentares.  Os Transtornos Alimentares são definidos como desvios do comportamento alimentar que podem levar ao emagrecimento extremo (caquexia) ou à obesidade, entre outros problemas físicos e incapacidades.
  • 60. Bulimia x Anorexia     Bulimia Transtorno que leva a pessoa ingerir grandes quantidades de comida e, logo após provoca emese, por culpa, pelo excesso cometido. Nem sempre há perda acentuada de peso. Pode usar diuréticos e laxantes. Mais comum, mas menos letal Anorexia      Desejo patológico de emagrecer. Redução drástica da alimentação Uso de exercícios físicos intensos, induzir o vômito, jejuar, tomar diuréticos e usar laxantes. Entre 5% a 18% morrem em decorrência desse transtorno. Ocorre entre os 14 e 18 anos.
  • 61. Sintomas Bulimia       Osteoporose, por falta de nutrientes; Arritmias; Queda do cabelos e alopecia; Dores abdominais; Inflamações intestinais e descontrole intestinal; Ansiedade e depressão.         Anorexia Queda do cabelo; Hipotermia; Visão distorcida do corpo; Ressecamento das unhas; Interrupção do ciclo menstrual, infertilidade; Depressão, pânico, TOC; Perda de tecidos ósseos; Arritmias
  • 62. Transtornos Psicóticos.  Caracterizam-se por ter sintomas típicos como delírios e/ou alucinações, distúrbios do pensamento e comportamento bizarro.  Os psiquiatras clássicos dão ênfase a perda de contato com a realidade.
  • 63. Transtornos Psicóticos. 1) ESQUIZOFRENIA.  Aproximadamente 1% da população é afetada pela Esquizofrenia.  Equivalente em ambos sexos (17 a 27 anos homens e 17 a 37 anos nas mulheres).  Sintomas de Primeira Ordem de Kurt Schneider:    percepção delirante; alucinação com vozes de comando; eco do pensamento; roubo do pensamento; difusão do pensamento; vivência de influência. Existe um perda da relação eu-mundo, imposição do que vem de fora. Sintomas negativos:  distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da fluência verbal, diminuição da vontade, autonegligência, lentificação psicomotora.
  • 64. Transtornos Psicóticos. 1)ESQUIZOFRENIA.  Sintomas positivos:   Sintomas negativos:   alucinação, delírios, comportamento bizarro,agitação psicomotora, neologismos. distanciamento afetivo, retração social, empobrecimento da fluência verbal, diminuição da vontade, autonegligência, lentificação psicomotora. Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos.
  • 65. Transtornos Psicóticos. 1)ESQUIZOFRENIA. Classicamente se divide a esquizofrenia em três tipos:  Forma Paranóide: idéias delirantes de cunho persecutório.  Forma Catatônica: alterações motoras, hipertonia, flexibilidade cerácea, negativismo, mutismo.  Forma hebefrênica: pensamento desorganizado, comportamento bizarro, afeto pueril.  Forma simples: sem sintomas característicos, observa-se um lento empobrecimento psíquico, comportamental, embotamento afetivo e distanciamento social.
  • 66. Transtornos Delirantes Que Evoluem Sem Déficits. 2) Paranóias:  Caracterizam por delírios sistematizados (encistado ou cristalizado), com preservação da personalidade e da cognição. Após os 35 anos. 3) Parafrenias:  Início tardio, delírios e alucinações de forma “fantasiosa”.
  • 67. Tratamento dos Transtornos Psicóticos  O tratamento das psicoses é feito através:     1 – Psicofarmacologia; 2- Psicoterapias; 3 – Reabilitação Psicossocial. O fio condutor é não deixar o paciente perder seus laços sociais e familiares, buscando sua subjetividade, entendendose aqui também a criação de aparatos que impeçam a perda de sua cidadania.       Antipsicóticos. Antipsicóticos convencionais. Haloperidol (Haldol). Tioridazina (Melleril). Clorpromazina (Amplictil). Levomepromazina (Neozine).
  • 68. Transtornos Maníacos.  Sintoma central: euforia, exaltação do humor.  Deve estar presente a aceleração de todas as funções psíquicas (taquipsiquismo), apresentando agitação motora.  Aumento da auto-estima; elação (engrandecimento do eu); insônia; logorreia; hipertenaz, hipervigil; irritabilidade; heteroagressividade;desinibição social e sexual; compras exageradas; delírios de grandeza; alucinações; labilidade afetiva.
  • 69. Transtornos Maníacos.     1 )Mania franca e grave. Sintomas citados acima de forma muito acentuada. Idosos ou com lesões cerebrais prévias podem se apresentar confusos, consciência rebaixada. 2) Hipomania. Sujeito mais disposto que o normal, fala muito mas sem fuga de idéias, sem limites. Pouco sono, excessivo nas atividades diárias. Sem disfunção social.
  • 70. Transtornos Maníacos. 3) Ciclotimia.   Pacientes que apresentam ao longo da vida freqüentes períodos de leves sintomas depressivos seguidos de períodos de hipomania. Isto ocorre sem que o indivíduo apresente um episódio completo de mania ou depressão. 4) Mania com sintomas psicóticos.  Sintomas graves de mania acompanhados por delírios de grandeza, perseguição ou místicos, agitação psicomotora, alucinações auditivas.
  • 71. Transtorno Bipolar tipo I e II Transtorno bipolar = Psicose Maníaco Depressiva.  Tipo I:  episódios depressivos leves a graves, intercalados com fase de anormalidade e de fases maníacas bem caracterizadas.  Tipo II:  episódios depressivos leves a graves intercalados com períodos de normalidade e seguidos de fase hipomaníacas.
  • 72. Tratamento dos Transtornos Afetivos. 1- Carbonato de lítio.  Também usado em pacientes violentos ou com raiva impulsiva ou episódica.  Criados nos anos 40.  É necessário a monitorização sérica para o tratamento ser seguro e não causar riscos de intoxicação.
  • 73. Tratamento dos Transtornos Afetivos.  Apresentação de comprimidos de 300mg ou de liberação longa de 450 mg.  Podem causar irritação gástrica, diarréia e náuseas.  O sintoma colateral mais comum é o tremor, principalmente nos dedos.  Podem também reclamar de esquecimentos.
  • 74. Tratamento dos Transtornos Afetivos.  Pode ocorrer ganho de peso. Podem ocorrer distúrbios tireoidianos.  Deve-se pedir exames laboratoriais periódicos para avaliar a função renal dos pacientes em litioterapia.
  • 75. Tratamento dos Transtornos Afetivos. 2- Carbamazepina  É um anticonvulsivante.  Comprimidos de 200 e 400 mg, solução oral.  Sintetizada em 1957, mas só na década de 70 começou ser usada na psiquiatria como estabilizador do humor.
  • 76. Tratamento dos Transtornos Afetivos.  Podem ser usadas somadas ao lítio.  Melhores para pacientes com ciclos rápidos.  É usada para controle da impulsividade.  Deve ser monitorizada com exames de dosagem sangüínea e hemogramas para evitar distúrbios sangüíneos (agranulocitose e anemia aplástica).  Não devem ser usadas em pacientes grávidas.
  • 77. Tratamento dos Transtornos Afetivos. 3- Ácido Valpróico (Valproato).       Comprimidos e solução. Também são anticonvulsivantes. Eficaz no controle da mania aguda. Profilático do transtorno bipolar.Distúrbios gastrointestinais, náusea, vômitos, tremor e sedação. Teratogêmicos. Monitorização sangüínea.

Notas do Editor

  1. É a partir do embasamento nos conceitos da psiquiatria européia, como degenerescência moral, organicidade e hereditariedade do fenômeno mental, que a psiquiatria brasileira intervém no comportamento considerado como desviante e inadequado às necessidades do acúmulo de capital, isolando-o e tratando-o no hospital psiquiátrico.
  2. O impacto que os Transtornos Alimentares exercem sobre as mulheres é mais prevalente, ainda que a incidência masculina esteja aumentando assustadoramente. A Vigorexia, por exemplo, tem sido predominante nos homens, mas já se estão detectando casos de mulheres obcecadas pelo músculo. Já os Transtornos Dismórficos acometem igualmente ambos sexos.