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Externato de Nossa Senhora dos Remédios  Psiquiatria 2009/2010 No âmbito da disciplina de Área Projecto
História da Psiquiatria. A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma”. Aparentemente, a Psiquiatria apareceu no século V A.C. os primeiros hospitais para doentes mentais foram criados na Idade Média.  No século XX houve o renascimento do entendimento biológico das doenças mentais, introdução de classificações para os transtornos e medicamentos psiquiátricos.  A antipsiquiatria  ou movimento anti-psiquiátrico surgiu na década de 1960 e levou à desinstitucionalização em favor aos tratamentos na comunidade.  Estudos científicos continuam a buscar explicações para as origens, classificação e tratamento dos transtornos mentais.
O que é a Psiquiatria? Consiste numa especialidade da Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam elas de origem orgânica ou funcional, com manifestações psicológicas severas.
Psiquiatras são os mais conhecidos profissionais de saúde mental. São médicos que se especializam no tratamento da doença mental, através do modelo biomédico de abordagem das perturbações psíquicas, incluindo o uso de medicamentos. Os psiquiatras e os médicos assistentes são os únicos profissionais de saúde mental que podem realizar exames físicos, solicitar e interpretar análises laboratoriais, eletroencefalograma (EEG) e exames como Tomografia computadorizada (CT), Ressonância magnética (RM) e PET (Tomografia por emissão de pósitrons). O profissional tem que avaliar o paciente em busca de problemas médicos que possam ser a causa da perturbação mental.
Sub-especialidades em Psiquiatria Psiquiatria forense Psicogeriatria, Psiquiatria da terceira idade ou Gerontopsiquiatria Psicoterapia Interconsulta em Hospital Geral ou Psiquiatria de Ligação  Psiquiatria da infância e adolescência ou Pedopsiquiatria
Áreas de estudo Psicopatologia, ou ciência que estuda os comportamentos anormais Emergência Psiquiátrica ou atendimento de casos críticos como doentes em crise (psicose, tentativa de suicídio, por exemplo) Psiquiatria da Infância e Adolescência, que atende problemas específicos desta faixa etária (autismo, Transtorno do deficit de atenção e hiperactividade) Psiquiatria Geral, estudo e atendimento de casos em psiquiatria em adultos (depressão nervosa, esquizofrenia) Psiquiatria da terceira idade, especializada no atendimento de problemas como Mal de Alzheimer e manifestações psíquicas da Síndrome de Parkinson Psicoterapia
Toxicodependência ou abuso e dependência de drogas, lícitas e ilícitas Psiquiatria de ligação ou Interconsulta psiquiátrica, que diz respeito ao atendimento de sintomas psíquicos em doenças de outros sistemas, especialmente em doentes internados em hospitais gerais (por exemplo, delírio causado por reacções à anestesia ou à baixa oxigenação em doentes cardíacos) Psiquiatria forense Epidemiologia psiquiátrica, que estuda risco e prevalência de doenças na população Psiquiatria Comunitária Psiquiatria Transcultural ou estudo das diversas manifestações da doença psíquica nas diferentes culturas Além destas, na formação do psiquiatra são também fundamentais conhecimentos de Medicina interna, neurologia, radiologia, psicologia, sociologia, farmacologia e psicofarmacologia.
Avaliação inicial do utente Qualquer que tenha sido o motivo da consulta, o psiquiatra primeiro avalia a condição física e mental do paciente. Para tal, é realizada uma consulta psiquiátrica para obter informação e se necessário, outras fontes são consultadas, como familiares, profissionais de saúde, assistentes sociais, policiais e relatórios judiciais e escalas de avaliação psiquiátricas.  O exame físico é realizado para excluir ou confirmar a existência de doenças orgânicas como tumores cerebrais, doenças da tiróide, ou identificar sinais de auto-agressividade. O exame pode ser realizado por outros médicos, especialmente se exame de sangue for necessário.  O exame do estado mental do doente é parte fundamental da consulta e é através dele que se define o quadro e a capacidade do mesmo em julgar a realidade.
Doenças tratadas pela  especialidade de Psiquiatria
Anorexia nervosa e Bulimia nervosa Actualmente, encontramo-nos numa sociedade preconceituosa em que todos desejam alcançar um aspecto físico desejável. Existem pessoas que tentam alcançar essa ideia de físico com a prática de uma alimentação saudável e de exercício. Contundo, existe pessoas que arriscam a sua saúde cometendo erros quanto á sua alimentação, há quem coma em excesso e quem deixe de comer. Assim, a presença de doenças como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa na nossa sociedade torna-se habitual, já que dia após dia o numero de doentes anoréxicas e bulímicas aumenta.
A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são disfunções alimentares. A anorexia é caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizada pela magreza excessiva) e stress físico.  A bulimia é caracterizada pela tendência de um doente apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa, que acaba por resultar em vómitos provocados. Ambas são doenças complexa, que envolvem componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. Em 90% dos casos, engloba mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. São doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
Anorexia
Características físicas de uma doente anoréxica Geralmente os doentes, chegam ao médico quando a perda de peso se torna aparente, o peso cai assustadoramente. Anoréxicas com 42 kg são consideradas de peso bom. Frequentemente o peso chega a 36, 32, 28 kg ou menos. Á medida que a perda de peso se aprofunda aparecem sinais físicos como hipotermia (temperatura abaixo de 35 ºC), edema (inchaço), bradicardia (coração bate mais lentamente), hipotensão (pressão arterial abaixo do normal), pele seca, intolerância ao frio, queda de cabelo, olhos fundos, envelhecimento precoce e outras alterações metabólicas e amenorreia.
Características psicológicas: Surgimento da doença dá-se entre os 13 e 20 anos. Meninas inteligentes, bonitas, perfeccionistas e espertas. Existe uma preocupação em comer em público. Enquanto fazem uma refeição tentam livrar-se do alimento colocando-o no guardanapo ou escondendo-o nos bolsos. Cortam a carne em pedaços pequenos e levam muito tempo a mexer a comida no prato. Sentimento de inutilidade Pensamento inflexível Isolamento social (até mesmo namoro) Expressão emocional demasiadamente refreadas A auto-estima está associada ao grau da sua forma e peso corporais A perda de peso é vista como uma conquista, é um sinal de auto-disciplina O ganho de peso é visto como um fracasso Os indivíduos com estes transtornos até reconhecem que estão magros, mas negam as implicações de seu estado de desnutrição, ou até mesmo a morte. A indução de vómitos, onde uma simples escova de dentes ou o cabo de uma colher se tornam óptimos instrumentos para induzir o vómito. Abuso de laxantes e diuréticos que conduzem ao mórbido emagrecimento desejado. Irritabilidade (pouco conversam) Agressividade Choro Praticam em excesso exercício físico Acham que o tratamento é totalmente desnecessário.
Transtornos mentais associados:  Transtornos depressivos tais como: humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insónias. Estes doentes podem ter um quadro clínico e sintomático que satisfaz os critérios para um transtorno depressivo maior. Estes sintomas de perturbação de humor devem portanto ser reavaliados após uma reavaliação completa ou parcial do peso. Transtornos Obsessivos Compulsivos: as pessoas sentem-se aprisionadas por pensamentos e comportamentos que se repetem e que consideram absurdos, desagradáveis e impossíveis de fazer.
Tratamento    Das primeiras dificuldades é a que diz respeito á confiança e aceitação do paciente ao tratamento, pois a negação da doença surge muitas vezes. As pacientes com anorexia nervosa em geral desconfiam dos médicos, pois, vêem-no como inimigos já que estão interessados apenas em realimentá-las. O tratamento deve ter um começo rápido, firme, sem deixar nenhuma alternativa para o doente, de modo que fiquei claro as consequências dos comportamentos deste e dos riscos para a sua saúde. O objectivo principal do tratamento é a recuperação do estado nutricional do paciente debilitado.
Bulimia
Características físicas de uma doente bulímica: Inchaço das glândulas parótidas. Devido aos vómitos provocados.  Amenorreia (falta de menstruação) pelo menos 3 ciclos; Queda de cabelo  Perda de dentes (devido ao acido dos vómitos)  Vómitos provocados (geralmente logo depois das refeições ou durante o banho).  O peso não está muito abaixo nem muito acima do normal, se bem que oscila com facilidade  Desmaios e fraqueza, devido ao uso de laxantes e diuréticos que provocam um desequilíbrio eletrolítico (perda de sais minerais como potássio).
Sinais Psicológicos  e Comportamentais: Mudanças bruscas de humor (irritabilidade, agressividade, apatia .)  Quando comem com amigos e familiares, se alimentam pouco e somente com alimentos de baixas calorias.  Aumento no controle do peso (se pesar constantemente e/ou se medir com a fita métrica)  Isolamento social e/ou familiar.  Os ataques de compulsão são “escondidos”, mas geralmente a pessoa deixa “sinais” como embalagens de chocolates. Escondidos no quarto em gavetas ou armários. Quando estão sozinhas alimentam-se de todos os alimentos "proibidos", com isso os pais podem perceber que uma grande quantidade de alimentos "desaparece" de casa. Também podem gastar muito dinheiro com a alimentação fora da casa”.  Uso de laxantes e/ou diuréticos; muitas vezes também estão “escondidos” em gavetas ou armários.  Comportamentos compensatórios como exercícios exagerados com a finalidade de perder peso, podem caminhar muitas horas ou não usar elevadores somente escadas.  Obsessão pela comida. Consideram que o aspecto físico tem muito valor como meio para conseguir  êxito em qualquer área da sua vida Idas frequentes ao banheiro logo após as refeições
Transtornos associados Os pacientes com Bulimia Nervosa apresentam uma frequência maior de sintomas depressivos (por ex., baixa auto-estima, insegurança) ou Transtornos do Humor. Em muitas dessas pessoas, o distúrbio do humor começa simultaneamente ou segue o desenvolvimento da Bulimia Nervosa, sendo que com frequência atribuem a sua perturbação do humor à Bulimia Nervosa. Também pode haver maior frequência de sintomas de ansiedade ou Transtornos de Ansiedade. Em cerca de um terço dos pacientes com Bulimia Nervosa ocorre Abuso ou Dependência de Substâncias, particularmente envolvendo álcool e estimulantes.
Tratamento  O tratamento consiste na interrupção do círculo vicioso, que é formado pela ingestão de grandes quantidades de alimento, seguido pela indução do vómito. Para isso utiliza-se como estratégia, dar a receber ao doente informações sobre nutrição e riscos para a sua saúde provocados pela indução do vómito, pedir ao paciente que se vigie, e realizar uma dieta adequada. Um objectivo deste tratamento é justamente reduzir a culpa que ligada aos excessos na alimentação, portanto orienta-se o doente no sentido de que ele reconheça e entenda os sentimentos desagradáveis. Este também é estimulado para um aumento de vida social, desenvolver a sua auto-estima, a auto-confiança.
Psicoses
A Psicose caracteriza-se por uma transformação radical da relação do sujeito com a realidade. Trata-se de uma doença mental grave que provoca uma modificação profunda da identidade da pessoa.
Delírio
Convicção falsa e inabalável, fora do contexto social e cultural do doente. O delírio pode ser proveniente de uma recordação para a qual o paciente dá uma nova interpretação
Esquizofrenia
A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado por alterações a nível do pensamento, delírios e alucinações.
Sintomas  Dano Cognitivo - Inclui falta de atenção, desordem de pensamento, processamento de informações e aberrante associação entre palavras e frases. Às vezes a descontinuidade entre as ideias pode ser tão extrema que o discurso do paciente pode tornar-se incoerente.
Perda de células nervosas  Falta de prazer Diminuição da auto-estima  Falta de interesse (apatia)
Alucinações  	“A alucinação, no sentido médico do termo, é um fenómeno patológico, definido como uma percepção sem objecto, ou, mais precisamente, uma percepção sem objecto para perceber.”(Doron & Parot, 2001, pg.50)
Podemos dividir as alucinações em Psicossensoriais e Psíquicas. As primeiras como o próprio nome indica estão ligadas aos sentidos. Assim, podemos dizer que a alucinação é uma percepção sensorial sem que o respectivo órgão sensorial seja estimulado. Por vezes, a intensidade do delírio que ocorre em simultâneo com a alucinação confere ao que o indivíduo percepciona o estatuto de verdadeiro. 	Como as alucinações são alterações ao nível perceptivo é importante lembrar que alguns factores pessoais e até culturais têm uma importância relevante na formação da percepção. Os valores culturais atribuídos aos acontecimentos, objectos e vivências desempenham um papel importante na forma como percepcionamos. O mesmo fenómeno pode ser percebido de forma diferente por pessoas diferentes.
Alucinação, Ilusão e Percepção Delirante   Contrariamente à alucinação, na ilusão existe a percepção de objecto real mas com uma interpretação incorrecta. As ilusões normais podem ocorrer por diversos factores tais como cansaço, sugestão ou tensão emocional. As ilusões patológicas estão normalmente relacionadas com outras patologias e influenciam o comportamento do indivíduo. Podem estar relacionadas por exemplo com psicoses tóxicas, ataque de pânico, ansiedade ou depressão. Na percepção delirante ocorre uma alteração do significado de uma percepção real, de modo a que a mesma se torne coerente com o tema delirante do indivíduo.
Classificação das Alucinações Alucinações Psicossensoriais
Alucinações visuais 	Podem ser simples, como por exemplo luzes, estrelas ou quadrados, ou complexas, como por exemplo figuras, pessoas, animais, cenas, etc. Muitas vezes a percepção é tão clara que os objectos se apresentam com as cores e contornos perfeitamente definidos que dificilmente são contrariados por argumentação lógica.
  Alucinações olfactivas e gustativas Normalmente os dois tipos estão associados e são raras. Podem estar associadas a cheiros agradáveis e desagradáveis, desde perfumes maravilhosos a cheiro de putrefacção de cadáveres. Os gostos alucinados podem ser de sangue, terra ou gostos nauseabundos. 
Alucinações tácteis Caracterizam-se por sensações de queimadura, beliscões ou formigueiros e normalmente aparecem relacionadas com alucinações visuais zoopsicas. Podem originar ideias delirantes de infestação.
Alucinações corporais Neste tipo os pacientes sentem os seus órgãos internos ocos ou apodrecidos ou ter deformações corporais.
Alucinações auditivas São as mais frequentes e podem aparecer sob a forma de zumbidos, ruídos, vozes, diálogos, o próprio pensamento do doente ou vozes do sobrenatural, etc. Normalmente o doente reage com muita ansiedade às alucinações auditivas porque muitos dos diálogos que ouve têm um conteúdo condenatório ou caluniador sobre si próprio.
Alucinações motoras São percepções de movimentos corporais que o próprio doente não efectuou.
Alucinações Psíquicas ou  Pseudo-alucinações
Ao contrário das alucinações verdadeiras, as pseudo-alucinações consistem em vivências imaginárias, representações plásticas ou imagens interiores, que não implicam a forma de um objecto percepcionável nem a sua determinação espacial.
Tipos de esquizofrenia Paranóide 	È caracterizada pela predominância de sintomas positivos. Os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados e reservados Desorganizado Predomina a alteração a nível do pensamento, existe um contacto muito pobre com a realidade.
Residual Nesta forma existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social. Catatónico Alterações motoras. Alteração da actividade do quotidiano que pode ir desde o cansaço ate á excitação.
Trabalho realizado por: Catarina Braz Catarina Machado Rafaela Barata Ricardo Pereira

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Trabalho Final

  • 1. Externato de Nossa Senhora dos Remédios Psiquiatria 2009/2010 No âmbito da disciplina de Área Projecto
  • 2. História da Psiquiatria. A palavra Psiquiatria deriva do Grego e quer dizer "arte de curar a alma”. Aparentemente, a Psiquiatria apareceu no século V A.C. os primeiros hospitais para doentes mentais foram criados na Idade Média. No século XX houve o renascimento do entendimento biológico das doenças mentais, introdução de classificações para os transtornos e medicamentos psiquiátricos. A antipsiquiatria ou movimento anti-psiquiátrico surgiu na década de 1960 e levou à desinstitucionalização em favor aos tratamentos na comunidade. Estudos científicos continuam a buscar explicações para as origens, classificação e tratamento dos transtornos mentais.
  • 3. O que é a Psiquiatria? Consiste numa especialidade da Medicina que lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das diferentes formas de sofrimentos mentais, sejam elas de origem orgânica ou funcional, com manifestações psicológicas severas.
  • 4. Psiquiatras são os mais conhecidos profissionais de saúde mental. São médicos que se especializam no tratamento da doença mental, através do modelo biomédico de abordagem das perturbações psíquicas, incluindo o uso de medicamentos. Os psiquiatras e os médicos assistentes são os únicos profissionais de saúde mental que podem realizar exames físicos, solicitar e interpretar análises laboratoriais, eletroencefalograma (EEG) e exames como Tomografia computadorizada (CT), Ressonância magnética (RM) e PET (Tomografia por emissão de pósitrons). O profissional tem que avaliar o paciente em busca de problemas médicos que possam ser a causa da perturbação mental.
  • 5. Sub-especialidades em Psiquiatria Psiquiatria forense Psicogeriatria, Psiquiatria da terceira idade ou Gerontopsiquiatria Psicoterapia Interconsulta em Hospital Geral ou Psiquiatria de Ligação Psiquiatria da infância e adolescência ou Pedopsiquiatria
  • 6. Áreas de estudo Psicopatologia, ou ciência que estuda os comportamentos anormais Emergência Psiquiátrica ou atendimento de casos críticos como doentes em crise (psicose, tentativa de suicídio, por exemplo) Psiquiatria da Infância e Adolescência, que atende problemas específicos desta faixa etária (autismo, Transtorno do deficit de atenção e hiperactividade) Psiquiatria Geral, estudo e atendimento de casos em psiquiatria em adultos (depressão nervosa, esquizofrenia) Psiquiatria da terceira idade, especializada no atendimento de problemas como Mal de Alzheimer e manifestações psíquicas da Síndrome de Parkinson Psicoterapia
  • 7. Toxicodependência ou abuso e dependência de drogas, lícitas e ilícitas Psiquiatria de ligação ou Interconsulta psiquiátrica, que diz respeito ao atendimento de sintomas psíquicos em doenças de outros sistemas, especialmente em doentes internados em hospitais gerais (por exemplo, delírio causado por reacções à anestesia ou à baixa oxigenação em doentes cardíacos) Psiquiatria forense Epidemiologia psiquiátrica, que estuda risco e prevalência de doenças na população Psiquiatria Comunitária Psiquiatria Transcultural ou estudo das diversas manifestações da doença psíquica nas diferentes culturas Além destas, na formação do psiquiatra são também fundamentais conhecimentos de Medicina interna, neurologia, radiologia, psicologia, sociologia, farmacologia e psicofarmacologia.
  • 8. Avaliação inicial do utente Qualquer que tenha sido o motivo da consulta, o psiquiatra primeiro avalia a condição física e mental do paciente. Para tal, é realizada uma consulta psiquiátrica para obter informação e se necessário, outras fontes são consultadas, como familiares, profissionais de saúde, assistentes sociais, policiais e relatórios judiciais e escalas de avaliação psiquiátricas. O exame físico é realizado para excluir ou confirmar a existência de doenças orgânicas como tumores cerebrais, doenças da tiróide, ou identificar sinais de auto-agressividade. O exame pode ser realizado por outros médicos, especialmente se exame de sangue for necessário. O exame do estado mental do doente é parte fundamental da consulta e é através dele que se define o quadro e a capacidade do mesmo em julgar a realidade.
  • 9. Doenças tratadas pela especialidade de Psiquiatria
  • 10. Anorexia nervosa e Bulimia nervosa Actualmente, encontramo-nos numa sociedade preconceituosa em que todos desejam alcançar um aspecto físico desejável. Existem pessoas que tentam alcançar essa ideia de físico com a prática de uma alimentação saudável e de exercício. Contundo, existe pessoas que arriscam a sua saúde cometendo erros quanto á sua alimentação, há quem coma em excesso e quem deixe de comer. Assim, a presença de doenças como a anorexia nervosa e a bulimia nervosa na nossa sociedade torna-se habitual, já que dia após dia o numero de doentes anoréxicas e bulímicas aumenta.
  • 11. A anorexia nervosa e a bulimia nervosa são disfunções alimentares. A anorexia é caracterizada por uma rígida e insuficiente dieta alimentar (caracterizada pela magreza excessiva) e stress físico. A bulimia é caracterizada pela tendência de um doente apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa, que acaba por resultar em vómitos provocados. Ambas são doenças complexa, que envolvem componentes psicológicos, fisiológicos e sociais. Em 90% dos casos, engloba mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. São doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
  • 13. Características físicas de uma doente anoréxica Geralmente os doentes, chegam ao médico quando a perda de peso se torna aparente, o peso cai assustadoramente. Anoréxicas com 42 kg são consideradas de peso bom. Frequentemente o peso chega a 36, 32, 28 kg ou menos. Á medida que a perda de peso se aprofunda aparecem sinais físicos como hipotermia (temperatura abaixo de 35 ºC), edema (inchaço), bradicardia (coração bate mais lentamente), hipotensão (pressão arterial abaixo do normal), pele seca, intolerância ao frio, queda de cabelo, olhos fundos, envelhecimento precoce e outras alterações metabólicas e amenorreia.
  • 14. Características psicológicas: Surgimento da doença dá-se entre os 13 e 20 anos. Meninas inteligentes, bonitas, perfeccionistas e espertas. Existe uma preocupação em comer em público. Enquanto fazem uma refeição tentam livrar-se do alimento colocando-o no guardanapo ou escondendo-o nos bolsos. Cortam a carne em pedaços pequenos e levam muito tempo a mexer a comida no prato. Sentimento de inutilidade Pensamento inflexível Isolamento social (até mesmo namoro) Expressão emocional demasiadamente refreadas A auto-estima está associada ao grau da sua forma e peso corporais A perda de peso é vista como uma conquista, é um sinal de auto-disciplina O ganho de peso é visto como um fracasso Os indivíduos com estes transtornos até reconhecem que estão magros, mas negam as implicações de seu estado de desnutrição, ou até mesmo a morte. A indução de vómitos, onde uma simples escova de dentes ou o cabo de uma colher se tornam óptimos instrumentos para induzir o vómito. Abuso de laxantes e diuréticos que conduzem ao mórbido emagrecimento desejado. Irritabilidade (pouco conversam) Agressividade Choro Praticam em excesso exercício físico Acham que o tratamento é totalmente desnecessário.
  • 15. Transtornos mentais associados: Transtornos depressivos tais como: humor deprimido, retraimento social, irritabilidade, insónias. Estes doentes podem ter um quadro clínico e sintomático que satisfaz os critérios para um transtorno depressivo maior. Estes sintomas de perturbação de humor devem portanto ser reavaliados após uma reavaliação completa ou parcial do peso. Transtornos Obsessivos Compulsivos: as pessoas sentem-se aprisionadas por pensamentos e comportamentos que se repetem e que consideram absurdos, desagradáveis e impossíveis de fazer.
  • 16. Tratamento   Das primeiras dificuldades é a que diz respeito á confiança e aceitação do paciente ao tratamento, pois a negação da doença surge muitas vezes. As pacientes com anorexia nervosa em geral desconfiam dos médicos, pois, vêem-no como inimigos já que estão interessados apenas em realimentá-las. O tratamento deve ter um começo rápido, firme, sem deixar nenhuma alternativa para o doente, de modo que fiquei claro as consequências dos comportamentos deste e dos riscos para a sua saúde. O objectivo principal do tratamento é a recuperação do estado nutricional do paciente debilitado.
  • 18. Características físicas de uma doente bulímica: Inchaço das glândulas parótidas. Devido aos vómitos provocados. Amenorreia (falta de menstruação) pelo menos 3 ciclos; Queda de cabelo Perda de dentes (devido ao acido dos vómitos) Vómitos provocados (geralmente logo depois das refeições ou durante o banho). O peso não está muito abaixo nem muito acima do normal, se bem que oscila com facilidade Desmaios e fraqueza, devido ao uso de laxantes e diuréticos que provocam um desequilíbrio eletrolítico (perda de sais minerais como potássio).
  • 19. Sinais Psicológicos  e Comportamentais: Mudanças bruscas de humor (irritabilidade, agressividade, apatia .) Quando comem com amigos e familiares, se alimentam pouco e somente com alimentos de baixas calorias. Aumento no controle do peso (se pesar constantemente e/ou se medir com a fita métrica) Isolamento social e/ou familiar. Os ataques de compulsão são “escondidos”, mas geralmente a pessoa deixa “sinais” como embalagens de chocolates. Escondidos no quarto em gavetas ou armários. Quando estão sozinhas alimentam-se de todos os alimentos "proibidos", com isso os pais podem perceber que uma grande quantidade de alimentos "desaparece" de casa. Também podem gastar muito dinheiro com a alimentação fora da casa”. Uso de laxantes e/ou diuréticos; muitas vezes também estão “escondidos” em gavetas ou armários. Comportamentos compensatórios como exercícios exagerados com a finalidade de perder peso, podem caminhar muitas horas ou não usar elevadores somente escadas. Obsessão pela comida. Consideram que o aspecto físico tem muito valor como meio para conseguir  êxito em qualquer área da sua vida Idas frequentes ao banheiro logo após as refeições
  • 20. Transtornos associados Os pacientes com Bulimia Nervosa apresentam uma frequência maior de sintomas depressivos (por ex., baixa auto-estima, insegurança) ou Transtornos do Humor. Em muitas dessas pessoas, o distúrbio do humor começa simultaneamente ou segue o desenvolvimento da Bulimia Nervosa, sendo que com frequência atribuem a sua perturbação do humor à Bulimia Nervosa. Também pode haver maior frequência de sintomas de ansiedade ou Transtornos de Ansiedade. Em cerca de um terço dos pacientes com Bulimia Nervosa ocorre Abuso ou Dependência de Substâncias, particularmente envolvendo álcool e estimulantes.
  • 21. Tratamento O tratamento consiste na interrupção do círculo vicioso, que é formado pela ingestão de grandes quantidades de alimento, seguido pela indução do vómito. Para isso utiliza-se como estratégia, dar a receber ao doente informações sobre nutrição e riscos para a sua saúde provocados pela indução do vómito, pedir ao paciente que se vigie, e realizar uma dieta adequada. Um objectivo deste tratamento é justamente reduzir a culpa que ligada aos excessos na alimentação, portanto orienta-se o doente no sentido de que ele reconheça e entenda os sentimentos desagradáveis. Este também é estimulado para um aumento de vida social, desenvolver a sua auto-estima, a auto-confiança.
  • 23. A Psicose caracteriza-se por uma transformação radical da relação do sujeito com a realidade. Trata-se de uma doença mental grave que provoca uma modificação profunda da identidade da pessoa.
  • 25. Convicção falsa e inabalável, fora do contexto social e cultural do doente. O delírio pode ser proveniente de uma recordação para a qual o paciente dá uma nova interpretação
  • 27. A esquizofrenia é um transtorno mental caracterizado por alterações a nível do pensamento, delírios e alucinações.
  • 28. Sintomas Dano Cognitivo - Inclui falta de atenção, desordem de pensamento, processamento de informações e aberrante associação entre palavras e frases. Às vezes a descontinuidade entre as ideias pode ser tão extrema que o discurso do paciente pode tornar-se incoerente.
  • 29. Perda de células nervosas Falta de prazer Diminuição da auto-estima Falta de interesse (apatia)
  • 30. Alucinações “A alucinação, no sentido médico do termo, é um fenómeno patológico, definido como uma percepção sem objecto, ou, mais precisamente, uma percepção sem objecto para perceber.”(Doron & Parot, 2001, pg.50)
  • 31. Podemos dividir as alucinações em Psicossensoriais e Psíquicas. As primeiras como o próprio nome indica estão ligadas aos sentidos. Assim, podemos dizer que a alucinação é uma percepção sensorial sem que o respectivo órgão sensorial seja estimulado. Por vezes, a intensidade do delírio que ocorre em simultâneo com a alucinação confere ao que o indivíduo percepciona o estatuto de verdadeiro. Como as alucinações são alterações ao nível perceptivo é importante lembrar que alguns factores pessoais e até culturais têm uma importância relevante na formação da percepção. Os valores culturais atribuídos aos acontecimentos, objectos e vivências desempenham um papel importante na forma como percepcionamos. O mesmo fenómeno pode ser percebido de forma diferente por pessoas diferentes.
  • 32. Alucinação, Ilusão e Percepção Delirante   Contrariamente à alucinação, na ilusão existe a percepção de objecto real mas com uma interpretação incorrecta. As ilusões normais podem ocorrer por diversos factores tais como cansaço, sugestão ou tensão emocional. As ilusões patológicas estão normalmente relacionadas com outras patologias e influenciam o comportamento do indivíduo. Podem estar relacionadas por exemplo com psicoses tóxicas, ataque de pânico, ansiedade ou depressão. Na percepção delirante ocorre uma alteração do significado de uma percepção real, de modo a que a mesma se torne coerente com o tema delirante do indivíduo.
  • 33. Classificação das Alucinações Alucinações Psicossensoriais
  • 34. Alucinações visuais Podem ser simples, como por exemplo luzes, estrelas ou quadrados, ou complexas, como por exemplo figuras, pessoas, animais, cenas, etc. Muitas vezes a percepção é tão clara que os objectos se apresentam com as cores e contornos perfeitamente definidos que dificilmente são contrariados por argumentação lógica.
  • 35.   Alucinações olfactivas e gustativas Normalmente os dois tipos estão associados e são raras. Podem estar associadas a cheiros agradáveis e desagradáveis, desde perfumes maravilhosos a cheiro de putrefacção de cadáveres. Os gostos alucinados podem ser de sangue, terra ou gostos nauseabundos. 
  • 36. Alucinações tácteis Caracterizam-se por sensações de queimadura, beliscões ou formigueiros e normalmente aparecem relacionadas com alucinações visuais zoopsicas. Podem originar ideias delirantes de infestação.
  • 37. Alucinações corporais Neste tipo os pacientes sentem os seus órgãos internos ocos ou apodrecidos ou ter deformações corporais.
  • 38. Alucinações auditivas São as mais frequentes e podem aparecer sob a forma de zumbidos, ruídos, vozes, diálogos, o próprio pensamento do doente ou vozes do sobrenatural, etc. Normalmente o doente reage com muita ansiedade às alucinações auditivas porque muitos dos diálogos que ouve têm um conteúdo condenatório ou caluniador sobre si próprio.
  • 39. Alucinações motoras São percepções de movimentos corporais que o próprio doente não efectuou.
  • 40. Alucinações Psíquicas ou Pseudo-alucinações
  • 41. Ao contrário das alucinações verdadeiras, as pseudo-alucinações consistem em vivências imaginárias, representações plásticas ou imagens interiores, que não implicam a forma de um objecto percepcionável nem a sua determinação espacial.
  • 42. Tipos de esquizofrenia Paranóide È caracterizada pela predominância de sintomas positivos. Os doentes com esquizofrenia paranóide são desconfiados e reservados Desorganizado Predomina a alteração a nível do pensamento, existe um contacto muito pobre com a realidade.
  • 43. Residual Nesta forma existe um predomínio de sintomas negativos, os doentes apresentam um isolamento social. Catatónico Alterações motoras. Alteração da actividade do quotidiano que pode ir desde o cansaço ate á excitação.
  • 44. Trabalho realizado por: Catarina Braz Catarina Machado Rafaela Barata Ricardo Pereira