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Cantiga da RibeirinhaCantiga da Ribeirinha
No mundo ninguém se assemelha a mimNo mundo ninguém se assemelha a mim
enquanto a minha vida continuar como vaienquanto a minha vida continuar como vai
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minha senhora de pele alva e faces rosadasminha senhora de pele alva e faces rosadas,,
quereis que vos descrevaquereis que vos descreva
quando vos eu vi sem mantoquando vos eu vi sem manto
Maldito dia! me levanteiMaldito dia! me levantei
que não vos vi feia (ou seja, a viu mais belaque não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela))
E, minha senhora, desde aquele dia, aiE, minha senhora, desde aquele dia, ai
tudo me foi muito maltudo me foi muito mal
e vós, filha de don Paie vós, filha de don Pai
Moniz, e bem vos pareceMoniz, e bem vos parece
de Ter eu por vós guarvaiade Ter eu por vós guarvaia
pois eu, minha senhora, como mimopois eu, minha senhora, como mimo
de vós nunca recebide vós nunca recebi
algo, mesmo que sem valoralgo, mesmo que sem valor
Cantiga da RibeirinhaCantiga da Ribeirinha
No mundo non me sei parelha,No mundo non me sei parelha,
mentre me for’ como me vai,mentre me for’ como me vai,
ca já moiro por vós – e ai!ca já moiro por vós – e ai!
mia senhor branca e vermelha,mia senhor branca e vermelha,
queredes que vos retraiaqueredes que vos retraia
quando vos eu vi en saia!quando vos eu vi en saia!
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que vos enton non vi fea!que vos enton non vi fea!
E, mia senhor, des aquel di’, ai!E, mia senhor, des aquel di’, ai!
me foi a mi muin mal,me foi a mi muin mal,
e vós, filha de don Paaie vós, filha de don Paai
Moniz, e bem vos semelhaMoniz, e bem vos semelha
d’aver eu por vós guarvaia,d’aver eu por vós guarvaia,
pois eu, mia senhor, d’alfaiapois eu, mia senhor, d’alfaia
nunca de vós ouve nem einunca de vós ouve nem ei
valia d’ua correa.valia d’ua correa.
(Paio Soares de Taveirós)(Paio Soares de Taveirós)
VOCABULÁRIOVOCABULÁRIO
retraiaretraia: retrate: retrate
saiasaia: roupa íntima: roupa íntima
guarvaiaguarvaia: roupa luxuosa: roupa luxuosa
parelhaparelha: semelhante: semelhante
Dama que eu sirvo e que muito adoroDama que eu sirvo e que muito adoro
mostrai-ma, ai Deus! Pois que vosmostrai-ma, ai Deus! Pois que vos
imploro,imploro,
Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte.
Essa que é a luz dos olhos meusEssa que é a luz dos olhos meus
por quem sempre choram, mostrai-me,por quem sempre choram, mostrai-me,
ai Deus!ai Deus!
Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte.
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Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte.
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Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte.
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se non, dade-mi a morte.se non, dade-mi a morte.
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se non, dáde-mh a morte.se non, dáde-mh a morte.
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Ondas do mar de Vigo,Ondas do mar de Vigo,
se vistes meu amigo?se vistes meu amigo?
E ai Deus, se verra cedo!E ai Deus, se verra cedo!
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Eu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácilEu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácil
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Sinto falta de você dizendo que eu te fiz felizSinto falta de você dizendo que eu te fiz feliz
Eu tô colhendo a tempestade que eu mesma fizEu tô colhendo a tempestade que eu mesma fiz
Será que um dia desses vou te encontrarSerá que um dia desses vou te encontrar
Só pra te dizer que foi com vocêSó pra te dizer que foi com você
Que aprendi a amarQue aprendi a amar
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• Cantiga de Maldizer
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• Ai dona fea! foste-vos queixar
• porque vos nunca louv’ em meu trobar
• mais ora quero fazer um cantar
• em que vos loarei toda via;
• e vedes como vos quero loar;
• dona fea, velha e sandia!
• Ai dona fea! se Deus mi perdom!
• e pois havedes tan gran coraçon
• que vos eu loe em esta razon,
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Trovadorismo revisado

  • 1.  Período: séculos XII aPeríodo: séculos XII a XIVXIV  Início: 1189 (ou 1198?)Início: 1189 (ou 1198?)  Cantiga da Ribeirinha,Cantiga da Ribeirinha, Paio Soares de TaveirósPaio Soares de Taveirós  Término: 1418Término: 1418  Nomeação de FernãoNomeação de Fernão Lopes como guarda-morLopes como guarda-mor da Torre do Tomboda Torre do Tombo
  • 2.  Teocentrismo:Teocentrismo: poder espiritual e cultural dapoder espiritual e cultural da IgrejaIgreja  CristianismoCristianismo Cruzadas rumo ao OrienteCruzadas rumo ao Oriente  Monopólio clericalMonopólio clerical
  • 3. VALOR DA POESIA MEDIEVALVALOR DA POESIA MEDIEVAL •• Interesse social e históricoInteresse social e histórico - sentimentos de homens e mulheres;- sentimentos de homens e mulheres; - alguns usos e costumes da época;- alguns usos e costumes da época; - relações entre fidalgos e plebeus;- relações entre fidalgos e plebeus; - lutas entre trovadores e jograis;- lutas entre trovadores e jograis; - covardia de alguns militares.- covardia de alguns militares. •• Interesse artístico e estilísticoInteresse artístico e estilístico •• Interesse para o estudo linguísticoInteresse para o estudo linguístico
  • 5.  Cantigas Lírico-amorosasCantigas Lírico-amorosas • Cantiga de amorCantiga de amor • Cantiga de amigoCantiga de amigo Cantigas SatíricasCantigas Satíricas • Cantiga de escárnioCantiga de escárnio • Cantiga de MaldizerCantiga de Maldizer Cantigas trovadorescasCantigas trovadorescas
  • 6. • Língua galego-portuguêsLíngua galego-português • Tradição oral e coletivaTradição oral e coletiva •Poesia cantada ePoesia cantada e acompanhada por instrumentosacompanhada por instrumentos musicais colecionada emmusicais colecionada em cancioneiroscancioneiros • Autores: trovadoresAutores: trovadores • Intérpretes: jograis, segréis eIntérpretes: jograis, segréis e menestréis.menestréis. Características Gerais das CantigasCaracterísticas Gerais das Cantigas
  • 7.
  • 8. • Origem provençOrigem provençalal • Eu lírico masculinoEu lírico masculino • Tratamento dado à mulher:Tratamento dado à mulher: miamia senhorsenhor • Expressão da vida da corteExpressão da vida da corte • Convenções do amor cortês:Convenções do amor cortês:  Idealização da mulher;Idealização da mulher;  vassalagem amorosa;vassalagem amorosa;  Expressão da coitaExpressão da coita
  • 9. Cantiga da RibeirinhaCantiga da Ribeirinha No mundo ninguém se assemelha a mimNo mundo ninguém se assemelha a mim enquanto a minha vida continuar como vaienquanto a minha vida continuar como vai porque morro por vós, e aiporque morro por vós, e ai minha senhora de pele alva e faces rosadasminha senhora de pele alva e faces rosadas,, quereis que vos descrevaquereis que vos descreva quando vos eu vi sem mantoquando vos eu vi sem manto Maldito dia! me levanteiMaldito dia! me levantei que não vos vi feia (ou seja, a viu mais belaque não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)) E, minha senhora, desde aquele dia, aiE, minha senhora, desde aquele dia, ai tudo me foi muito maltudo me foi muito mal e vós, filha de don Paie vós, filha de don Pai Moniz, e bem vos pareceMoniz, e bem vos parece de Ter eu por vós guarvaiade Ter eu por vós guarvaia pois eu, minha senhora, como mimopois eu, minha senhora, como mimo de vós nunca recebide vós nunca recebi algo, mesmo que sem valoralgo, mesmo que sem valor Cantiga da RibeirinhaCantiga da Ribeirinha No mundo non me sei parelha,No mundo non me sei parelha, mentre me for’ como me vai,mentre me for’ como me vai, ca já moiro por vós – e ai!ca já moiro por vós – e ai! mia senhor branca e vermelha,mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraiaqueredes que vos retraia quando vos eu vi en saia!quando vos eu vi en saia! Mau dia me levantei,Mau dia me levantei, que vos enton non vi fea!que vos enton non vi fea! E, mia senhor, des aquel di’, ai!E, mia senhor, des aquel di’, ai! me foi a mi muin mal,me foi a mi muin mal, e vós, filha de don Paaie vós, filha de don Paai Moniz, e bem vos semelhaMoniz, e bem vos semelha d’aver eu por vós guarvaia,d’aver eu por vós guarvaia, pois eu, mia senhor, d’alfaiapois eu, mia senhor, d’alfaia nunca de vós ouve nem einunca de vós ouve nem ei valia d’ua correa.valia d’ua correa. (Paio Soares de Taveirós)(Paio Soares de Taveirós) VOCABULÁRIOVOCABULÁRIO retraiaretraia: retrate: retrate saiasaia: roupa íntima: roupa íntima guarvaiaguarvaia: roupa luxuosa: roupa luxuosa parelhaparelha: semelhante: semelhante
  • 10. Dama que eu sirvo e que muito adoroDama que eu sirvo e que muito adoro mostrai-ma, ai Deus! Pois que vosmostrai-ma, ai Deus! Pois que vos imploro,imploro, Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte. Essa que é a luz dos olhos meusEssa que é a luz dos olhos meus por quem sempre choram, mostrai-me,por quem sempre choram, mostrai-me, ai Deus!ai Deus! Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte. Essa que entre todas fizestes formosa,Essa que entre todas fizestes formosa, mostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eumostrai-ma, ai Deus! Onde vê-la eu possa,possa, Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte. A que me fizesse amar mais doA que me fizesse amar mais do que tudo,que tudo, Mostrai-ma e onde posso com ela falar,Mostrai-ma e onde posso com ela falar, Senão, dai-me a morte.Senão, dai-me a morte. A dona que eu am’e tenho por senhorA dona que eu am’e tenho por senhor amostráde-mh-a Deus, se vos en prazeramostráde-mh-a Deus, se vos en prazer for,for, se non, dade-mi a morte.se non, dade-mi a morte. A que tenh’eu por lume destes olhosA que tenh’eu por lume destes olhos meusmeus e por que choran sempr’, amostráde-mh-e por que choran sempr’, amostráde-mh- a, Deus,a, Deus, se non, dáde-mi a morte.se non, dáde-mi a morte. Essa que vós fezestes melhor parecerEssa que vós fezestes melhor parecer de quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-ade quantas sei, ai Deus!, fazéde-mh-a veer,veer, se non, dáde-mh a morte.se non, dáde-mh a morte. Ay Deus, que mi-a fezestes mais ca minAy Deus, que mi-a fezestes mais ca min amar,amar, mostráde-mh-a u possa con ela falar,mostráde-mh-a u possa con ela falar, se non, dade-mh a mortese non, dade-mh a morte (Bernardo Bonaval)(Bernardo Bonaval)
  • 11. Um amor assim delicado Você pega e despreza Não devia ter despertado Ajoelha e não reza {...} Princesa, surpresa, você me arrasou Serpente, nem sente que me envenenou Senhora, e agora, me diga onde eu vou Senhora, serpente, princesa Um amor assim violento Quando torna-se mágoa É o avesso de um sentimento Oceano sem água
  • 12. • Eu lírico feminino; • Ambiente popular (campo, vilas, praia etc.); • Amor real (saudades de quem o eu lírico teve); • Paralelismo (repetições parciais) • Refrão (repetições integrais) • Sentimentos de saudade do "amigo"; • Composições com diálogo; • Presença das forças da natureza; • Composição masculina.
  • 13. Ondas do mar de Vigo,Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo?se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo!E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado,Ondas do mar levado, se vistes meu amado?se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo!E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amigo,Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro?o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo!E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado,Se vistes meu amado, por que ei gran coitado?por que ei gran coitado? E ai Deus, se verra cedo!E ai Deus, se verra cedo! (Martim Codax)(Martim Codax)
  • 14. Ondas do mar de Vigo,Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queiraacaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! (digamDeus que ele venha cedo! (digam que virá cedo)que virá cedo) Ondas do mar agitado,Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado?acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo!Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amigoAcaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro?aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo!Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amado,Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidadopor quem tenho grande cuidado (preocupado) ?(preocupado) ? Queira Deus que ele venha cedoQueira Deus que ele venha cedo
  • 15. O mundo caiu no instante em que eu me vi sem vocêO mundo caiu no instante em que eu me vi sem você Eu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácilEu não me toquei eu só acreditei que o amor fosse fácil de se esquecer eu errei.de se esquecer eu errei. Eu tenho tanta saudade..Eu tenho tanta saudade.. Sinto falta de você dizendo que eu te fiz felizSinto falta de você dizendo que eu te fiz feliz Eu tô colhendo a tempestade que eu mesma fizEu tô colhendo a tempestade que eu mesma fiz Será que um dia desses vou te encontrarSerá que um dia desses vou te encontrar Só pra te dizer que foi com vocêSó pra te dizer que foi com você Que aprendi a amarQue aprendi a amar
  • 16. • Cantiga de escárnio – Crítica indireta – Uso da ironia • Cantiga de Maldizer – Crítica direta – Intenção difamatória – Palavrões e xingamentos
  • 17. • Ai dona fea! foste-vos queixar • porque vos nunca louv’ em meu trobar • mais ora quero fazer um cantar • em que vos loarei toda via; • e vedes como vos quero loar; • dona fea, velha e sandia! • Ai dona fea! se Deus mi perdom! • e pois havedes tan gran coraçon • que vos eu loe em esta razon, • vos quero já loar toda via; • e vedes queal será a loaçon: • dona fea, velha e sandia! • Dona fea, nunca vos eu loei • em meu trobar, pero muito trobei; • mais ora já um bom cantar farei • em que vos loarei todavia; • e direi-vos como vos loarei: • dona fea, velha e sandia! Ai! dona feia! fostes vos queixarAi! dona feia! fostes vos queixar porque nunca vos louvei em meu trovarporque nunca vos louvei em meu trovar mas, agora quero fazer um cantarmas, agora quero fazer um cantar em que vos louvarei, todavia;em que vos louvarei, todavia; e vide como vos quero louvar:e vide como vos quero louvar: dona feia, velha e louca.dona feia, velha e louca. Ai! dona feia! que Deus me perdoe!Ai! dona feia! que Deus me perdoe! pois vós tendes tão bom coraçãopois vós tendes tão bom coração que eu vos louvarei, por esta razão,que eu vos louvarei, por esta razão, eu vos louvarei, todavia;eu vos louvarei, todavia; e veja qual será a louvação:e veja qual será a louvação: dona feia, velha e louca!dona feia, velha e louca! Dona feia, eu nunca vos louveiDona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, mas muito já trovei;em meu trovar, mas muito já trovei; entretanto, farei agora um bom cantarentretanto, farei agora um bom cantar em que vos louvarei todavia;em que vos louvarei todavia; e vos direi como louvarei:e vos direi como louvarei: dona feia, velha e louca!dona feia, velha e louca!
  • 18. Te encontrei toda remelenta e estronchadaTe encontrei toda remelenta e estronchada Num bar entregue às bebidaNum bar entregue às bebida Te cortei os cabelos do sovaco e as unhas do péTe cortei os cabelos do sovaco e as unhas do pé te chamei de queridate chamei de querida Te ensinei todos os auto-reverse da vidaTe ensinei todos os auto-reverse da vida e o movimento de translação que faz a terra girare o movimento de translação que faz a terra girar Te falei que o importante é competirTe falei que o importante é competir mas te mato de pancada se você não ganharmas te mato de pancada se você não ganhar
  • 19. Nestas cantigas oNestas cantigas o nome da pessoanome da pessoa satirizada não aparecia.satirizada não aparecia. As sátiras eramAs sátiras eram feitas de forma indireta,feitas de forma indireta, utilizando-se de duplosutilizando-se de duplos sentidos.sentidos.