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Schopenhauer
Nietzsche
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Arthur Schopenhauer: conhecimento e Vontade
• O corpo pode ser percebido como:
1. Um objeto entre os outros;
2. Princípio imediato da Vontade.
• O ato voluntário e a ação do corpo não estão ligados pela
causalidade: são a mesma coisa.
• Reflexão: separa o querer do fazer. Todo ato efetivo da Vontade
é um ato corporal. Quando a ação vai contra a Vontade chama-
se dor. Quando vai a conforme a Vontade chama-se prazer.
Schopenhauer
• O corpo é a condição de
conhecimento da Vontade.

• Conhecendo nosso próprio
corpo, conhecemos
analogamente todos os outros.

• A Vontade pode ser
acompanhada de
conhecimento, mas isso não é
algo necessário.

• O conhecimento racional, assim
como o intuitivo, pertence à
Vontade.
Schopenhauer
• Podemos rejeitar o jugo da Vontade momentaneamente
(pela Arte) ou permanentemente (pelo ascetismo).
• A Vontade é um esforço sem fim, sem limites ou
propósitos. Esse esforço nunca é realizado ou satisfeito.
• A realização dos desejos é uma ilusão.
• A Arte nos coloca diante da Verdade do universo e nos
livra momentaneamente do ciclo incessante do
sofrimento.
Nietzsche: a afirmação da vida
• A filosofia tradicional (decorrente de Sócrates e Platão) aponta
para um predomínio da razão, do conhecimento lógico-científico.
• Com isso nos afastamos da natureza e dos nossos impulsos
vitais, que eram celebrados na antiguidade através dos rituais
dionisíacos, da dança e da embriaguez.
• Tragédia: síntese da vitalidade e contradição humanas. Embate
entre a vida e o destino.
• Dionísio não habita o Olimpo, mas a natureza. Ele representa a
força vital, a alegria de viver, algo próprio da humanidade.
Nietzsche
• Filosofia: predomínio do
apolíneo, da racionalidade, da
ordem e equilíbrio.

• A filosofia é retrocesso.

• O apolíneo e dionisíaco se
contrabalançavam
dialeticamente. A escolha por
um lado da balança gera um
desequilíbrio extremo.

• Ausência de Dionísio: repressão
do desejo, do corpo, da
afirmação da vida.
Nietzsche
• Cristianismo: reforço do apolíneo. Incentivo para uma cultura
fraca e decadente, com predomínio de forças reativas. A ideia
de verdade e as determinações morais são os instrumentos
dessa ideologia.
• Três metamorfoses necessárias à vida:
1. Camelo (reverência à tradição)
2. Leão (fragmentação da fé, espírito livre, niilismo)
3. Criança (afirmação da vida, Vontade de Potência)
Nietzsche
• A Arte e a Vontade de Potência são os caminhos para a
transmutação dos Valores
• "O homem não é apenas um artista, ele mesmo é uma obra
de Arte" (Origem da Tragédia)
• A música e a dança são elogios ao corpo e à vida. Por isso,
estas artes são tão agressivas para o homem ressentido da
vida.
• O artista impõe o caos. A arte autêntica deve deslocar os
valores.
Nietzsche
• "Aos que desprezam o
corpo quero dar o meu
parecer. O que devem fazer
não é mudar de preceito,
mas simplesmente
despedirem-se dos seus
próprios corpos, e por
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  • 2. Arthur Schopenhauer: conhecimento e Vontade • O corpo pode ser percebido como: 1. Um objeto entre os outros; 2. Princípio imediato da Vontade. • O ato voluntário e a ação do corpo não estão ligados pela causalidade: são a mesma coisa. • Reflexão: separa o querer do fazer. Todo ato efetivo da Vontade é um ato corporal. Quando a ação vai contra a Vontade chama- se dor. Quando vai a conforme a Vontade chama-se prazer.
  • 3. Schopenhauer • O corpo é a condição de conhecimento da Vontade. • Conhecendo nosso próprio corpo, conhecemos analogamente todos os outros. • A Vontade pode ser acompanhada de conhecimento, mas isso não é algo necessário. • O conhecimento racional, assim como o intuitivo, pertence à Vontade.
  • 4. Schopenhauer • Podemos rejeitar o jugo da Vontade momentaneamente (pela Arte) ou permanentemente (pelo ascetismo). • A Vontade é um esforço sem fim, sem limites ou propósitos. Esse esforço nunca é realizado ou satisfeito. • A realização dos desejos é uma ilusão. • A Arte nos coloca diante da Verdade do universo e nos livra momentaneamente do ciclo incessante do sofrimento.
  • 5. Nietzsche: a afirmação da vida • A filosofia tradicional (decorrente de Sócrates e Platão) aponta para um predomínio da razão, do conhecimento lógico-científico. • Com isso nos afastamos da natureza e dos nossos impulsos vitais, que eram celebrados na antiguidade através dos rituais dionisíacos, da dança e da embriaguez. • Tragédia: síntese da vitalidade e contradição humanas. Embate entre a vida e o destino. • Dionísio não habita o Olimpo, mas a natureza. Ele representa a força vital, a alegria de viver, algo próprio da humanidade.
  • 6. Nietzsche • Filosofia: predomínio do apolíneo, da racionalidade, da ordem e equilíbrio. • A filosofia é retrocesso. • O apolíneo e dionisíaco se contrabalançavam dialeticamente. A escolha por um lado da balança gera um desequilíbrio extremo. • Ausência de Dionísio: repressão do desejo, do corpo, da afirmação da vida.
  • 7. Nietzsche • Cristianismo: reforço do apolíneo. Incentivo para uma cultura fraca e decadente, com predomínio de forças reativas. A ideia de verdade e as determinações morais são os instrumentos dessa ideologia. • Três metamorfoses necessárias à vida: 1. Camelo (reverência à tradição) 2. Leão (fragmentação da fé, espírito livre, niilismo) 3. Criança (afirmação da vida, Vontade de Potência)
  • 8. Nietzsche • A Arte e a Vontade de Potência são os caminhos para a transmutação dos Valores • "O homem não é apenas um artista, ele mesmo é uma obra de Arte" (Origem da Tragédia) • A música e a dança são elogios ao corpo e à vida. Por isso, estas artes são tão agressivas para o homem ressentido da vida. • O artista impõe o caos. A arte autêntica deve deslocar os valores.
  • 9. Nietzsche • "Aos que desprezam o corpo quero dar o meu parecer. O que devem fazer não é mudar de preceito, mas simplesmente despedirem-se dos seus próprios corpos, e por conseguinte, ficarem mudos (...) Tudo é corpo e nada mais; a alma é apenas o nome de qualquer coisa do corpo" (Assim Falou Zaratustra)