1. Repórter e emoção
História e desafios de uma
profissão de risco
Profa Thaïs de Mendonça Jorge
Faculdade de Comunicação/ UnB
Junho de 2016
2. Funções do repórter
1 “Vaso comunicante”(Moles)
2 Canal de expressão da população
3 Espectador privilegiado
4 Narrador da história
3. Ferramenta do repórter:
descrições
1 Leitor vê, ouve e sente através da narrativa do
repórter.
2 Repórter = todo dia vê coisas que o leitor jamais
verá. O repórter precisa adquirir boa vista para
detalhes e liberar sua sensibilidade.
3 Descrições adicionam informação extra e ajudam o
leitor a imaginar melhor o ocorrido.
4 Descrições dão vida à notícia, transportam o leitor ao
lugar dos fatos e recriam o ambiente.
4. Ferramenta do repórter:
sensibilidade
“Maneira de perceber os aromas, as carícias ou o tato, em
nossos ascos e alergias, nos pequenos prazeres e
exaltações emocionais”- marca de nossa singularidade;
X
Jornalismo binário: bloqueio cultural que impede de ler os
dados fornecidos pela vivência afetiva. Próprio de “seres
enclausurados em códigos binários”. (Jorge/ Restrepo)
Exs.:
“O jogo foi 1 a 0”;
“A bolsa subiu ou desceu”;
“O candidato ganhou ou perdeu o debate”
5. O repórter
“O jornalista não pode se
limitar a descrever o que
viu, mas precisa colher
informações, ouvindo
pessoas importantes ou
anônimas, pois todas
elas, conforme a
natureza do fato, têm
elementos valiosíssimos
para fornecer.” (Mário
Erbolato)
6. • Mantenha-se bem informado
(quem não sabe o que
acontece ao seu redor não
analisa ou relaciona fatos, e
não consegue montar um
texto).
• Quem não lê não escreve.
Quem não lê jornal não sabe
escrever para jornal.
7. • Escrever não é um grande abacaxi.
• Seja paciente. O bom texto não
nasce pronto, é resultado de muito
suor pelo trabalho de fazer e refazer.
8. • Pauta: é o princípio primeiro. A qualidade
dos textos (e do jornal) depende de uma
boa pauta, bem apurada.
• Apuração – buscar mais do que o
aparentemente necessário. Informação
ajuda na construção de qualquer texto, de
qualquer tamanho, sobre qualquer assunto.
10. • A leitura de uma notícia requer
rapidez. Para isso, precisamos
perseguir três principais
objetivos: clareza, concisão,
criatividade.
11. • Texto leve não é texto sem
conteúdo. Todo texto tem que ser
bem apurado. Além disso, o texto
precisa informar sem perder o
molho, o charme que o
caracteriza.
12. O direito à ternura
n “Somos ternos
quando nos
abrimos à
linguagem da
sensibilidade,
captando em
nossas vísceras
o prazer ou a
dor do outro”
(Restrepo)
13. Bibliografia
ERBOLATO, M. Técnicas de codificação em jornalismo. Petrópolis: Vozes,
1979.
MEDINA, C. Profissão jornalista: responsabilidade social. Rio de Janeiro:
Forense-Universitária, 1982.
NOBLAT, Ricardo. A arte de fazer um jornal diário. São Paulo: Contexto,
2002.
RANDALL, D. El periodista universal. Trad. do original inglês por María
Cordeiro. Madri: Siglo Veintiuno, 1999.
RESTREPO, Luis Carlos. O direito à ternura. Petrópolis: Vozes, 1998.
RIZZINI, Carlos. O livro, o jornal e a tipografia no Brasil, 1500-1822: com
um breve estudo geral sobre a informação. Ed. Facsimilar. São Paulo:
Imprensa Oficial do Estado, 1988.
Textos (27/7/2000)
SANT’ANNA, L. Quarup homenageia Villas-Boas. O Estado de S. Paulo.
VITAL, A. O último bandeirante volta ao Xingu. Correio Braziliense.
XIMENES, A. Renan quer Nobel para Orlando Villas Boas. Agência JB.
QUARUP, a festa da ressurreição. Coordenação-Geral de Assuntos Externos,
Ministério da Justiça.