O documento resume os principais gêneros jornalísticos como notícias, reportagens, entrevistas, textos de opinião, crônicas e editoriais. Ele explica que notícias devem ser objetivas, breves e atuais, enquanto textos de opinião permitem mais subjetividade. Crônicas diferem por refletirem a visão do cronista sobre os acontecimentos.
1. •Breve síntese do estudo dos textos
jornalísticos
2. “O facto ainda não acabou de acontecer
e já a mão nervosa do repórter
O transforma.”
Carlos Drummond de Andrade
3. NOTÍCIA – Relato objetivo de um
acontecimento real. Trata-se, pois de um texto
jornalístico cujo objectivo é informar.
4. A notícia deve ser:
Objetiva – Sendo um facto, o jornalista não deve
emitir a sua opinião, quando redige/dá uma notícia.
O texto deve por isso ser escrito/pensado sempre na
3º pessoa;
Breve – A notícia deve limitar-se aos
factos, devendo ser clara. A linguagem usada deve
ser simples e acessível com a predominância de
substantivos e verbos;
Atual – A informação constante de uma notícia
deve referir sempre um facto recente e de interesse
geral.
5. A notícia deve ter a seguinte constituição:
Título – deve sintetizar a informação e ser apelativo,
de forma a chamar a atenção do leitor. Relaciona-se
com o lead e pode ser acompanhado por um
antetítulo ou por um subtítulo;
6. Lead, cabeça ou parágrafo-guia – constitui o
primeiro parágrafo que resume o acontecimento,
dando informações fundamentais ao leitor.
Responde às perguntas: Quem? O quê? Quando? e
Onde?
Corpo da Notícia– É composto pelo restante texto, a
partir do segundo parágrafo, e constitui o
desenvolvimento da notícia com os pormenores da
informação. Deve responder às perguntas: Como? e
Porquê?
NOTA: A notícia nem sempre respeita esta estrutura.
7. Trata-se da técnica mais usada na construção
de uma notícia.
O jornalista começa por apresentar os factos mais
importantes, isto é, as informações são dadas
seguindo a ordem decrescente de importância. O que
é mais importante está no topo, precisamente o
contrário do que acontece em romances, novelas e
contos.
8. NOTÍCIA – O PRIMEIRO
GÉNERO
Além da notícia que é
sempre o primeiro texto
jornalístico a ser Reportagem
feito, há outros textos. Entrevista
Assim, quando o
interesse pelos factos
Texto de opinião
ocorridos mantém as Crónica
pessoas
interessadas, surgem Editorial
outros géneros
jornalísticos.
9. Reportagem
Texto de imprensa muito frequente que tem por base uma
notícia. Pelo facto do jornalista se deslocar ao local do
acontecimento, a reportagem pode conter imagens,
entrevistas e uma apreciação do próprio jornalista.
10. Entrevista
Texto que reúne informação com base em
perguntas para captar a vida ou experiências de
pessoas com interesse para os leitores.
11. Textos de O 4º Poder…
opinião
O quarto poder é uma expressão
criada para designar o poder dos
Na notícia, reportagem meios de comunicação social ou
e entrevista é do jornalismo, em relação aos
preponderante a outros três poderes típicos do
vertente
Estado democrático (Legislativo,
Executivo e Judiciário).
informativa, pelo que
Expressão usada para identificar
existe sempre um
o poder que os meios de
determinado grau de comunicação social possuem,
objectividade. hoje em dia, para manipular a
No entanto, em alguns opinião pública, a ponto de
textos de imprensa, a ditar regras de comportamento e
subjectividade marca a influir nas escolhas dos
indivíduos e por fim da própria
presença. É o caso dos sociedade.
textos de opinião.
12. Crónica
A crónica difere da NOTÍCIA e da REPORTAGEM, porque, embora
utilizando o jornal ou a revista como meio de comunicação, não tem como fim
informar o destinatário, mas refletir sobre o acontecido. Desta finalidade,
resulta que, neste tipo de texto, podemos ler a visão subjetiva do cronista
sobre o universo narrado. Assim, o foco narrativo situa-se,
invariavelmente, na 1ª pessoa.
Poeta do quotidiano, como alguém chamou ao cronista dos nossos dias,
apresenta um discurso que se move entre a reportagem e a literatura,
entre o oral e o literário, entre a narração impessoal dos acontecimentos e
a força da imaginação. Diálogo e monólogo: diálogo com o leitor,
monólogo com o sujeito da enunciação. A subjetividade percorre todo o
discurso.
A crónica não morre depressa, como acontece com a notícia, mas morre, e
aqui se afasta irremediavelmente do texto literário, embora se vista, por
vezes, das suas roupagens, como a metáfora, a ambiguidade, a antítese, a
conotação, etc.
A sua estrutura assemelha-se à de um conto, apresentando uma
introdução, um desenvolvimento e uma conclusão.
13. Editorial
Os editoriais são textos de um jornal em que o conteúdo
expressa a opinião da empresa, da direção ou da equipa de
redação, sem a obrigação de ter alguma imparcialidade ou
objetividade.
Geralmente, grandes jornais reservam um espaço
predeterminado para os editoriais em duas ou mais colunas
logo nas primeiras páginas internas.
Os boxes (quadros) dos editoriais
são, normalmente, demarcados com uma borda ou tipografia
diferente para marcar claramente que aquele texto é
opinativo e não informativo.
Editoriais maiores e mais analíticos são chamados de artigos
de fundo.