Vasco da Gama: o explorador que descobriu a rota marítima para a Índia
1.
2. Biografia de Vasco da Gama
• Nome completo: Vasco da Gama
• Data e local de nascimento: Nasceu em 1469 em Sines.
• Data e local da morte: Morreu a 24 de Dezembro de 1524 em Coxim na Índia .
• Família: O pai era Estêvão da Gama e Isabel Sodré.
• Vida dele: Vasco da Gama foi um navegador e um explorador português. Razões da sua
importância: A 8 de Julho de 1497 parte de Lisboa comandando a frota que irá descobrir o
caminho marítimo para a Índia. A 18 de Novembro dobra o Cabo da Boa Esperança. A 20
de Maio de 1498 chega a Calicute onde, na Índia onde é recebido pelo Zamorim (rei de
Calicute). A 5 de Outubro inicia a viagem de regresso. Descobrindo assim o caminho
marítimo para a Índia. Em 1499 é recebido triunfalmente. Em 1502/04 faz uma segunda
viagem à Índia. Vingança contra o Zamorim de Calicute. Faz aliança com os reis de Coxim e
Cananor, onde instala feitorias. Chega a Lisboa com uma carga avultada de especiarias. Em
1524 faz uma terceira viagem à Índia, com o título de conde da Vidigueira e na qualidade de
vice-rei. Tenta pôr fim aos excessos e abusos. A 24 de Dezembro morre em coxim
3. Quando Vasco se
tornou navegador
No início de sua carreira, Vasco fez apenas viagens curtas pelo litoral
de Portugal, chegando no máximo ao arquipélago de Açores. Porém, o
destino lhe reservava a oportunidade de entrar para a história quando,
em 1497, foi escolhido pelo rei português D. Manuel I para descobrir o
caminho marítimo para as Índias, já que a primeira opção do monarca,
o obscuro navegador Tomás Turbando, morrera de afta meses antes.
4. Contatos com nativos e outras
confusões
Nas diversas paradas que Vasco e sua turma fizeram ao longo do litoral africano,
conheceram lugares que posteriormente iriam se tornar colônias portuguesas, como
Guiné, Angola e Moçambique. Nesses locais eles construíram quitandas e padarias como
forma de estabelecer a presença portuguesa e iniciar a exploração econômica do
continente. No extremo sul da África do Sul, por pouco os navios não pegaram a entrada
errada e foram parar na Antártida. Ao longo de três dias, navegaram sem rumo. Os
marinheiros reclamavam: Tô com fome! Quero ir ao banheiro! e Tá muito longe? Quando
afinal conseguiram reencontrar o rumo certo, o local onde erraram a curva tornou-se
conhecido como Cabo das Tormentas, de tanto que Vasco foi atormentado pelos
tripulantes.
5. Viagem a Índia
• Caminho percorrido pela expedição (a preto). Nesta figura
• também se pode ver, para comparação, o caminho percorrido
• por Pêro da Covilhã (a laranja) separado de Afonso de Paiva
• (a azul) depois da longa viagem juntos (a verde). Iniciava-se,
• assim, a expedição a 8 de Julho de 1497. A linha de navegação
• de Lisboa a Cabo Verde foi a habitual e no Oceano Índico é descrita por Álvaro Velho: «rota costeira até
Melinde e travessia direta deste porto até Calecute». Durante esta expedição foram determinadas latitudes
através da observação solar, como refere João de Barros. Relatam os Diários de Bordo das naus muitas
experiências inéditas. Encontrou esta ansiosa tripulação rica fauna e flora. Fizeram contato perto de Santa
Helena com tribos que comiam lobos-marinhos, baleias, carne de gazelas e raízes .viram tribos que tocavam
flautas rústicas de forma coordenada, o que era surpreendente perante a visão dos negros pelos europeus.
6. Chegada a Índia
• A entrada em Calicute sofreu alguma oposição, também devido ao patrocínio
dos mercadores árabes que queriam manter os Europeus afastados. A
perseverança de Vasco da Gama fez com que se iniciassem, mesmo assim, as
negociações entre ele e o zamorim, de onde resultava uma carta com
provatória do encontro que dizia: • Vasco da Gama, fidalgo da vossa casa,
veio à minha terra, com o que eu folguei. Em minha terra, há muita canela, e
muito cravo e gengibre e pimenta e muitas pedras preciosas. E o que quero
da tua é ouro e prata e coral e escarlata
7. Segunda viagem á Índia
12 de Fevereiro de 1502, Vasco da Gama comandou nova expedição com uma frota de vinte
navios de guerra, com o objetivo de fazer cumprir os interesses portugueses no Oriente. Fora
convidado após a recusa de Pedro Álvares Cabral, que se desentendera com o monarca acerca
do comando da expedição. Esta viagem ocorreu depois da segunda armada à Índia, comandada
por Pedro Álvares Cabral em 1500, que ao desviar-se da rota descobrira o Brasil. Quando
chegou à Índia, Cabral soube que os portugueses que haviam sido aí deixados por Vasco da
Gama na primeira viagem para estabelecer um posto comercial haviam sido mortos. Após
bombardear Calecute, rumou para o sul até Cochim, um pequeno reino rival, onde foi
calorosamente recebido pelo Rajá, regressando à Europa com seda e ouro.
8. Terceira viagem á Índia
• Terceira viagem à Índia (1524)[editar | editar código-fonte]Em 1519 foi feito
primeiro Conde da Vidigueira5 pelo rei D. Manuel I, com sede num terreno
comprado a D. Jaime I, Duque de Bragança, que a 4 de Novembro cedera as vilas da
Vidigueira e Vila de Frades a Vasco da Gama, seus herdeiros e sucessores, bem
como todos os rendimentos e privilégios relacionados,23 sendo o primeiro Conde
português sem sangue real. Tendo adquirido uma reputação de temível
"solucionador" de problemas na Índia, Vasco da Gama foi enviado de novo para o
subcontinente indiano em 1524.1 5 O objetivo era o de que ele substituísse o Duarte
de Meneses, cujo governo se revelava desastroso, mas Vasco da Gama contraiu
malária pouco depois de chegar a Goa. Como vice-rei atuou com rigidez e
conseguiu impor a ordem,1 mas veio a falecer na cidade de Cochim, na véspera de
Natal em 1524.5
9. A chegada a
Calicute
Em maio de 1498, a equipe do Vasco chegou à cidade de Calicute, onde hoje é a
Índia (que na época era conhecida como Índias por ser composta de diversos
territórios independentes). Os portugueses não foram muito bem recebidos, porque
os indígenas indianos não queriam negócio com um povo que fedia a bacalhau
negociação foi tensa. Diversos marujos foram cedidos aos indianos como eunucos e
Vasco da Gama teve que prometer aos filhos do Rei de Calicute que os deixaria
pilotar uma de suas caravelas. Cumpridas as exigências, os portugueses foram
autorizados a desembarcar na cidade e os contratos foram firmados. Por eles,
Portugal tinha direito exclusivo a comercializar os produtos locais e, em troca, faria
um desconto na venda de carne de soja. Depois de três meses de férias, os
portugueses decidiram voltar a sua terra natal, pois imaginavam que suas mulheres
estavam preocupadas com sua demora. Assim, carregaram os navios com temperos
estranhos e vacas sagradas e iniciaram a longa jornada de retorno.
10. A perseverança de Vasco da Gama fez com que se
iniciassem, mesmo assim, as negociações entre ele
e o zamorim, de onde resultava uma carta
comprovatória do encontro que dizia:« Vasco da
Gama, fidalgo da vossa casa, veio à minha terra,
com o que eu folguei. Em minha terra, há muita
canela , e muito cravo e gengibre e pimenta e
muitas pedras preciosas . E o que quero da tua é
ouro e prata e coral e escarlata
11. É importante ressaltar que os poemas de Luís de Camões relatam, em boa
parte, as viagens de Vasco da Gama. Seu legado foi positivo no sentido de ter
colocado Portugal na rota principal de comércio naquela época. Porém, não
conseguiu levar bens de interesse para a índia. Além disso, contabilizaram-se
perdas significativas da tripulação por conta dos perigos das rotas marítimas.
12. Regresso a Portugal
Vasco da Gama iniciou a viagem de regresso a 29 de Agosto de 1498. Na
ânsia de partir, ignorou o conhecimento local sobre os padrões da monção
que lhe permitiria velejar. Na Ilha de Angediva foram abordados por um
homem que se afirmava cristão mas que se fingia de muçulmano ao serviço
de Hidalcão, o sultão de Bijapur. Suspeitando que era um espião,
açoitaram-no até que ele confessou ser um aventureiro judeu polaco no
Oriente. Vasco da Gama apadrinhou-o, nomeando-o Gaspar da Gama. Na
viagem de ida, cruzar o Índico até à Índia com o auxílio dos ventos de
monção demorara apenas 23 dias. A de regresso, navegando contra o
vento, consumiu 132 dias, tendo as embarcações aportado em Melindre a 7
de Janeiro de 1499. Nesta viagem cerca de metade da tripulação
sobrevivente pereceu, e muitos dos restantes foram severamente atingidos
pelo escorbuto, por isso dos 148 homens que integravam a armada, só 55
regressaram a Portugal. Apenas duas das embarcações que partiram do
Tejo conseguiram voltar a Portugal, chegando, respectivamente em Julho e
Agosto de 1499.
13. Principais realizações
É importante ressaltar que os poemas de Luís de Camões relatam, em
boa parte, as viagens de Vasco da Gama. Seu legado foi positivo no
sentido de ter colocado Portugal na rota principal de comércio naquela
época. Porém, não conseguiu levar bens de interesse para a índia. Além
disso, contabilizaram-se perdas significativas da tripulação por conta
dos perigos das rotas marítimas.
14. Filho ilegítimo de Estevão da Gama, casado com Dona Maria Isabel Sodré. Segundo o
historiador Augusto Carlos Teixeira e Aragão, Vasco da Gama estudou navegação em Évora.
Com a morte de Estevão da Gama e de D.João III, coube a Vasco da Gama a tarefa de explorar
uma rota de comércio possivelmente lucrativa no oceano Índico, e que foi delegada pelo rei D.
Manuel I. A viagem aconteceu em 1497 e passou pela atual Serra Leoa, África do Sul e
Moçambique, chegando às Índias em meados de 1498, depois de enfrentar hostilidades em
diversos lugares, embora tenha recebido acolhida de um sultão, no porto de Melinde.
15. Vasco da Gama encontrou dificuldades para negociar as
mercadorias, pois o comércio era dominado pelos árabes e havia
diferenças de cultura. A volta a Portugal foi desastrosa, pois
vários tripulantes morreram de escorbuto, além de enfrentarem
tempestades e ventos das monções.
16. Vasco da Gama recebeu os títulos de “Almirante Mor dos Mares da
índia” e o de "Dom". Também recebeu as Vilas de Sines e Vila
Nova de Milfontes.
17. Vasco da Gama empreendeu mais duas viagens às Índias.
Na segunda viagem, foi na intenção de instalar uma feitoria
em Coxim e destruir os postos de comércio árabe.
18. Legado
O comércio de especiarias viria a ser um trunfo para a economia portuguesa, e a
viagem de Vasco da Gama deixou clara a importância da costa leste da África
para os interesses portugueses: os seus portos forneciam água potável, víveres e
madeira, serviam para reparos e como abrigo para os navios esperarem em
tempos desfavoráveis (aguardando a monção, ou abrigando-se de ataques). Um
resultado significativo desta exploração foi a colonização de Moçambique pela
Coroa Portuguesa.
O compositor do século XIX, Louis-Albert Bourgault -Ducoudray, compôs uma
ópera em 1872 de mesmo nome, baseada na vida e explorações marítimas de
Vasco da Gama. A cidade portuária de Vasco da Gama, em Goa, é nomeada em
sua memória, como o é a "cratera de Vasco da Gama" na Lua. Existem três
clubes de futebol no Brasil (incluindo o Club de Regatas Vasco da Gama) e o
Vasco Sports Club, em Goa, também nomeados em sua homenagem. Uma igreja
em Cochim, Kerala, a Igreja Vasco da Gama, e o bairro Vasco na Cidade do
Cabo, também o homenageiam.
Estátua de Vasco da Gama na
sua terra natal, Sines, Portugal.
19. Títulos e honrarias
• Foi feito:
• Conde da Vidigueira em 1519 pelo Rei D. Manuel I
de Portugal;
• Almirante dos mares da Índia;
• Segundo Vice-Rei da Índia em 1524.
20. Em sua terceira viagem, em 1524, foi substituir o Vice-Rei Duarte de Meneses,
mas chegou a contrair malária, morrendo no mesmo ano, em Cochim.Vasco da
Gama foi sepultado na Igreja de São Francisco, em Cochim, mas seus restos
mortais foram levados para um convento, conhecido com Quinta do Carmo, de
propriedade privada.