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O Caminho da Índia Vasco da Gama
O rei D. Manuel I confia a  Vasco da Gama  o comando da primeira expedição à Índia.  A armada é constituída por três naus:  São Gabriel , onde seguia o capitão-mor; a  São Rafael , comandada por Paulo da Gama, e a  Bérrio , cujo capitão era Nicolau Coelho Seguia ainda uma quarta embarcação para o transporte de mantimentos destinada a ser queimada logo que deixasse de ser necessária.
Seriam aproximadamente 150  homens. Saíram do Restelo no dia 8 de Julho de 1497. A bordo seguia Álvaro Velho, um marinheiro que escreveu um roteiro que constitui a principal fonte para a reconstituição da viagem. Vasco da Gama  nasceu em Sines em 1469, filho do alcaide-mor. Comandou a armada que descobriu o caminho marítimo para a Índia em 1498. D. Manuel I recompensá-lo-ia pelo feito, nomeando-o almirante-mor e atribuindo-lhe uma renda de 300 000 réis anuais, além dos senhorios de Sines e Vila Nova de Milfontes e o título de Conde da Vidigueira. Voltaria à Índia por mais  duas ocasiões. Morreu em Cochim em 1524. Os seus restos mortais foram sepultados na vila da Vidigueira, sendo trasladados no séc. XIX para o Mosteiro dos Jerónimos.
Após as Canárias, caiu um espesso nevoeiro. Os navios perderam-se uns dos outros e assim andaram durante 6 dias. Haviam combinado previamente que, numa eventualidade destas, deveriam seguir para Cabo Verde, onde se reagrupariam. A frota reuniu-se em Cabo Verde. Ocuparam-se a fazer pequenas reparações e em reabastecimentos: água doce, carne fresca e salgada. Zarparam a 3 de Agosto. Daqui navegarão 90 dias sem avistar terra! Finalmente, avistaram terra, lançando âncora na baía de Santa Helena, a 8 de Novembro. O território era habitado. Executaram-se trabalhos de manutenção. Um negro veio a bordo, enquanto alguns marinheiros exploravam terra firme junto à costa. Zarparam poucos dias após, rumo ao cabo da Boa Esperança. Passam o cabo sem problema (18 Nov.) e param na costa oriental africana, na Angra de S. Brás. É queimada a barca de mantimentos. Fazem contacto amigável com os negros. Trocam presentes. Os marinheiros compram um boi que assam na praia. Negros e brancos dançam e cantam. No final, alguns mal-entendidos obrigam o capitão a ordenar a retirada, não sem antes disparar os canhões como demonstração de força. Navegam num oceano desconhecido. São apanhados por forte temporal e forçados a andar à deriva, pois não podem içar as velas. Os marinheiros, amedrontados e impacientes, amotinam-se. Vasco da Gama reprime a revolta com pulso forte. No dia 25 de Dezembro, avistam uma terra a que chamam Natal. Poucos dias após, lançam âncora e descansam, numa região a que chamaram rio do Cobre, por causa da cor das águas. 2 de Março: chegam a Moçambique, onde encontram uma intensa actividade comercial desenvolvida pelos mouros.  O sultão local oferece ao Gama os serviços de um piloto. O capião-mor e Nicolau Coelho são atacados, quando se deslocavam num pequeno bote, obrigando Paulo da Gama a disparar os canhões. O rei de Melinde recebe os portugueses amistosamente e coloca ao serviço da armada um piloto, Ahmad ben Madjid, que os conduzirá a Calecute. Chegam a Calecute em 20 de Maio de 1498, sendo recebidos pelo samorim, a quem Vasco da Gama entregou  vários presente e uma carta de D. Manuel I, propondo uma aliança.  8 de Julho de 1497
Wikipedia Vasco da Gama manteve todas as cautelas.  Enviou um degredado colher informações. Só depois desembarcou. Calecute era uma cidade muito rica. Por ali passavam as mercadorias mais preciosas. O Samorim habitava um luxuoso palácio, onde recebeu o capitão português.
Wikipedia Vasco da Gama entregou ao Samorim uma carta de D. Manuel I, bem como os presentes que levava: 12 panos de cor, 4 barretes vermelhos, 6 chapéus, colares bacias, açúcar azeite e mel!
As intrigas promovidas pelos mouros logo começaram. Vários meses estiveram os portugueses retidos em Calecute, com reféns em terra. Só partiram depois de Vasco da Gama ter ameaçado fazer reféns. A 29 de Agosto de 1498 partem para a ilha de Angediva, um pouco a Norte, onde procedem a reparações e a todos os preparos para a viagem de regresso . Aí são alvo de um ataque de piratas. Zarpam a 5 de Outubro. Muitas calmarias atrasam a viagem. Demoram 3 meses. O escorbuto ataca a tripulação. Ao passarem por Mombaça queimam a nau S. Rafael, pois já não há tripulantes em número suficiente. Paulo da Gama adoece gravemente. O capitão entrega o comando da S. Gabriel a João de Sá, alugando uma caravela.  Enquanto as naus chegam a Lisboa, Vasco da Gama desvia-se pelos Açores para dar sepultura ao irmão que entretanto falecera.
Vasco da Gama informa D. Manuel das dificuldades encontradas. O rei decide enviar uma nova armada, entregando o comando a  Pedro Álvares Cabral . A armada é constituída por 13 naus bem equipadas  e por 1 500 homens.
Seguiam ainda Bartolomeu Dias, seu irmão Diogo Dias, Nicolau Coelho, entre outros navegadores e marinheiros, além de  Pêro Vaz de Caminha , o cronista que relatou a viagem numa carta que enviou a D. Manuel I. Depois de receberem as recomendações de Vasco da Gama, zarparam a 9 de Março de  1500 . A 21 de Abril avistam sinais de terra. No dia seguinte, avistaram uma montanha a que chamaram Monte Pascoal.
Carta de Pêro Vaz de Caminha ANTT E à quarta-feira seguinte, pela manhã, topámos aves, a que chamam fura-buchos. E neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d'um grande monte, mui alto e redondo, e d'outras serras mais baixas a sul dele e de terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à terra a Terra da Vera Cruz.  (…..) E o capitão mandou no batel, em terra, Nicolau Coelho, para ver aquele rio. E tanto que ele começou para lá d'ir, acudiram pela praia homens, quando dous, quando três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, eram ali 18 ou 20 homens pardos, todos nus, sem nenhuma cousa que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos e suas setas. Vinham todos rijos para o batel e Nicolau Coelho lhe fez sinal que pusessem os arcos. E eles os puseram.
Cabral chamou a esta terra Terra de Vera Cruz, pensando ser uma ilha.
A feição deles é serem pardos, maneira d'avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto.  Um deles, porém, pôs olho no colar do capitão e começou d'acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e então para o castiçal, como que havia também prata.
Alguns dias após, foi rezada a primeira missa no Brasil.  Os índios assistiram a todo o ritual. No  fim, todos cantaram e dançara m . Victor Meirelles A Primeira Missa no Brasil 1861 Museu Nacional de Belas Artes Rio de Janeiro
Carta de Diogo Homem; 1558 Foi decidido enviar uma nau de regresso ao reino, com a notícia do achamento. A viagem prosseguiu, rumo à Índia.

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  • 1. O Caminho da Índia Vasco da Gama
  • 2. O rei D. Manuel I confia a Vasco da Gama o comando da primeira expedição à Índia. A armada é constituída por três naus: São Gabriel , onde seguia o capitão-mor; a São Rafael , comandada por Paulo da Gama, e a Bérrio , cujo capitão era Nicolau Coelho Seguia ainda uma quarta embarcação para o transporte de mantimentos destinada a ser queimada logo que deixasse de ser necessária.
  • 3. Seriam aproximadamente 150 homens. Saíram do Restelo no dia 8 de Julho de 1497. A bordo seguia Álvaro Velho, um marinheiro que escreveu um roteiro que constitui a principal fonte para a reconstituição da viagem. Vasco da Gama nasceu em Sines em 1469, filho do alcaide-mor. Comandou a armada que descobriu o caminho marítimo para a Índia em 1498. D. Manuel I recompensá-lo-ia pelo feito, nomeando-o almirante-mor e atribuindo-lhe uma renda de 300 000 réis anuais, além dos senhorios de Sines e Vila Nova de Milfontes e o título de Conde da Vidigueira. Voltaria à Índia por mais duas ocasiões. Morreu em Cochim em 1524. Os seus restos mortais foram sepultados na vila da Vidigueira, sendo trasladados no séc. XIX para o Mosteiro dos Jerónimos.
  • 4. Após as Canárias, caiu um espesso nevoeiro. Os navios perderam-se uns dos outros e assim andaram durante 6 dias. Haviam combinado previamente que, numa eventualidade destas, deveriam seguir para Cabo Verde, onde se reagrupariam. A frota reuniu-se em Cabo Verde. Ocuparam-se a fazer pequenas reparações e em reabastecimentos: água doce, carne fresca e salgada. Zarparam a 3 de Agosto. Daqui navegarão 90 dias sem avistar terra! Finalmente, avistaram terra, lançando âncora na baía de Santa Helena, a 8 de Novembro. O território era habitado. Executaram-se trabalhos de manutenção. Um negro veio a bordo, enquanto alguns marinheiros exploravam terra firme junto à costa. Zarparam poucos dias após, rumo ao cabo da Boa Esperança. Passam o cabo sem problema (18 Nov.) e param na costa oriental africana, na Angra de S. Brás. É queimada a barca de mantimentos. Fazem contacto amigável com os negros. Trocam presentes. Os marinheiros compram um boi que assam na praia. Negros e brancos dançam e cantam. No final, alguns mal-entendidos obrigam o capitão a ordenar a retirada, não sem antes disparar os canhões como demonstração de força. Navegam num oceano desconhecido. São apanhados por forte temporal e forçados a andar à deriva, pois não podem içar as velas. Os marinheiros, amedrontados e impacientes, amotinam-se. Vasco da Gama reprime a revolta com pulso forte. No dia 25 de Dezembro, avistam uma terra a que chamam Natal. Poucos dias após, lançam âncora e descansam, numa região a que chamaram rio do Cobre, por causa da cor das águas. 2 de Março: chegam a Moçambique, onde encontram uma intensa actividade comercial desenvolvida pelos mouros. O sultão local oferece ao Gama os serviços de um piloto. O capião-mor e Nicolau Coelho são atacados, quando se deslocavam num pequeno bote, obrigando Paulo da Gama a disparar os canhões. O rei de Melinde recebe os portugueses amistosamente e coloca ao serviço da armada um piloto, Ahmad ben Madjid, que os conduzirá a Calecute. Chegam a Calecute em 20 de Maio de 1498, sendo recebidos pelo samorim, a quem Vasco da Gama entregou vários presente e uma carta de D. Manuel I, propondo uma aliança. 8 de Julho de 1497
  • 5. Wikipedia Vasco da Gama manteve todas as cautelas. Enviou um degredado colher informações. Só depois desembarcou. Calecute era uma cidade muito rica. Por ali passavam as mercadorias mais preciosas. O Samorim habitava um luxuoso palácio, onde recebeu o capitão português.
  • 6. Wikipedia Vasco da Gama entregou ao Samorim uma carta de D. Manuel I, bem como os presentes que levava: 12 panos de cor, 4 barretes vermelhos, 6 chapéus, colares bacias, açúcar azeite e mel!
  • 7. As intrigas promovidas pelos mouros logo começaram. Vários meses estiveram os portugueses retidos em Calecute, com reféns em terra. Só partiram depois de Vasco da Gama ter ameaçado fazer reféns. A 29 de Agosto de 1498 partem para a ilha de Angediva, um pouco a Norte, onde procedem a reparações e a todos os preparos para a viagem de regresso . Aí são alvo de um ataque de piratas. Zarpam a 5 de Outubro. Muitas calmarias atrasam a viagem. Demoram 3 meses. O escorbuto ataca a tripulação. Ao passarem por Mombaça queimam a nau S. Rafael, pois já não há tripulantes em número suficiente. Paulo da Gama adoece gravemente. O capitão entrega o comando da S. Gabriel a João de Sá, alugando uma caravela. Enquanto as naus chegam a Lisboa, Vasco da Gama desvia-se pelos Açores para dar sepultura ao irmão que entretanto falecera.
  • 8. Vasco da Gama informa D. Manuel das dificuldades encontradas. O rei decide enviar uma nova armada, entregando o comando a Pedro Álvares Cabral . A armada é constituída por 13 naus bem equipadas e por 1 500 homens.
  • 9. Seguiam ainda Bartolomeu Dias, seu irmão Diogo Dias, Nicolau Coelho, entre outros navegadores e marinheiros, além de Pêro Vaz de Caminha , o cronista que relatou a viagem numa carta que enviou a D. Manuel I. Depois de receberem as recomendações de Vasco da Gama, zarparam a 9 de Março de 1500 . A 21 de Abril avistam sinais de terra. No dia seguinte, avistaram uma montanha a que chamaram Monte Pascoal.
  • 10. Carta de Pêro Vaz de Caminha ANTT E à quarta-feira seguinte, pela manhã, topámos aves, a que chamam fura-buchos. E neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d'um grande monte, mui alto e redondo, e d'outras serras mais baixas a sul dele e de terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte alto o capitão pôs nome o Monte Pascoal e à terra a Terra da Vera Cruz. (…..) E o capitão mandou no batel, em terra, Nicolau Coelho, para ver aquele rio. E tanto que ele começou para lá d'ir, acudiram pela praia homens, quando dous, quando três, de maneira que, quando o batel chegou à boca do rio, eram ali 18 ou 20 homens pardos, todos nus, sem nenhuma cousa que lhes cobrisse suas vergonhas. Traziam arcos nas mãos e suas setas. Vinham todos rijos para o batel e Nicolau Coelho lhe fez sinal que pusessem os arcos. E eles os puseram.
  • 11. Cabral chamou a esta terra Terra de Vera Cruz, pensando ser uma ilha.
  • 12. A feição deles é serem pardos, maneira d'avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. Um deles, porém, pôs olho no colar do capitão e começou d'acenar com a mão para a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e então para o castiçal, como que havia também prata.
  • 13. Alguns dias após, foi rezada a primeira missa no Brasil. Os índios assistiram a todo o ritual. No fim, todos cantaram e dançara m . Victor Meirelles A Primeira Missa no Brasil 1861 Museu Nacional de Belas Artes Rio de Janeiro
  • 14. Carta de Diogo Homem; 1558 Foi decidido enviar uma nau de regresso ao reino, com a notícia do achamento. A viagem prosseguiu, rumo à Índia.