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ULTRASSOM DE TÓRAX
(extra cardíaco)
Dra. Hea Jung Yoo
TÓRAX
• Portabilidade – leito.
• Acessível
• Baixo custo
• Ausência de radiação ionizante.
• Avaliação
₋ Parênquima
₋ Pleura
TÓRAX
ESPAÇO PLEURAL
• Espaço delimitado pelas pleuras parietal e
visceral, geralmente com mínimo conteúdo
interposto entre os folhetos.
• Pleura parietal: recobre a superfície interna
da cavidade torácica, incluindo o
mediastino, diafragma e costelas.
• Pleura visceral: envelopa todas as
superfícies pleurais, incluindo as fissuras
interlobares.
UTILIDADES DO US TORÁCICO
PATOLOGIA UTILIDADE
DERRAME Detecção, caracterização, quantificação, guiar procedimentos
PNEUMOTÓRAX Descartar pneumotórax, particularmente pós procedimento
ESPESSAMENTO /
NÓDULO
Detecção e guiar biópsia
DIAFRAGMA Nodularidade e espessamento, elevação e paralisia
PULMÃO Consolidação, atelectasia e lesões superficiais
CORAÇÃO Derrame pericárdico
COSTELA Detecção e biópsia lesões (só quando há rotura cortical).
FÍGADO Metástases
TÓRAX
• TÉCNICA
• Transdutores lineares – deslizamento pleural
• Transdutor convexo
• Ajuste para FOV englobando 2 arcos costais, um em cada
lado da tela.
• Identificação da linha pleural e presença de deslizamento -
Modo M.
• Proceder avaliação de outros espaços intercostais.
TÓRAX
Pulmão normal
• Grande diferença da impedância acústica entre o pulmão
aerado e as estrtuturas pleuroparietais causam reflexão
quase total do feixe acústico.
• Apenas a porção superficial do pulmão aerado é visibilizada,
juntamente com as estruturas da parede e a pleura.
TÓRAX
• Num pulmão normal, muitos dos achados US representam
artefatos decorrentes dessa grande diferença na impedância
acústica.
• Achados normais:
• Deslizamento pleural
• Artefatos de reverberação horizontais (linhas A)
• Artefatos verticais em “rabo de cometa” (linhas B)
• Ausência de definição distal (US não consegue penetrar
o pulmão aerado).
TÓRAX
Transdutor: pendicular ao eixo do espaço intercostal
TÓRAX
AC AC
Transdutor: pendicular ao eixo do espaço intercostal
TÓRAX
AC AC
Linha pleural
Transdutor: pendicular ao eixo do espaço intercostal
TÓRAX
• Linha pleural e linhas A (horizontais) separadas por intervalos regulares.
• O Modo M mostra a linha pleural e o padrão “seashore” abaixo representando a
dinâmica pulmonar. As linhas A também são demonstradas.
US NORMAL
LINHA PLEURAL
• Linha hiperecóica transversal profunda à
parede torácica representando a linha
pleural – onde ocorre o deslizamento nos
estudos em tempo real.
• Deslizamento: criado pelo movimento do
pulmão em relação à parede torácica
durante a respiração.
• US: fina linha branca que se move
horizontalmente ao longo da linha pleural. Múltiplas linha A
DESLIZAMENTO
LINHAS A
• Múltiplas reflexões sonoras horizontais em intervalos regulares.
• Pulmão normal ou pneumotórax.
• Obliteradas pelas linhas B.
• Decaindo com a profundidade.
LINHAS B
• Linhas hiperecogênicas e verticais que
se originam da linha pleural e se
estendem até a margem inferior da
imagem, obliterando as linhas A.
• Nos exames em tempo real as linhas B
se movem sincronicamente com a
linha pleural.
• 30% voluntários sadios tem 1 ou 2
linhas B por espaço intercostal (regiões
decúbito dependentes - bases)
TÓRAX
US NORMAL
LINHAS B
• Presente nas doenças do interstício – principal é o edema pulmonar, pneumonia
intersticial, doença parenquimatosa difusa (fibrose pulmonar).
• Representa septo interlobular espessado rodeado por ar alveolar.
LINHAS B
Edema pulmonar: múltiplas linhas B que impedem caracterização das linhas A.
O aspecto vai variando com as condições clínicas do paciente.
TÓRAX
• Separação dos folhetos parietal e visceral da pleura por conteúdo aéreo.
• Ausência de deslizamento e dos artefatos verticais em “cauda de cometa”
• Acentuação das linhas de reverberação horizontais
PNEUMOTÓRAX
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• Quando presente, não vemos o pulmão se movimentando com a respiração
(AUSÊNCIA DE DESLIZAMENTO).
• A presença de linhas B EXCLUI pneumotórax.
• Ao se deparar com um “pulmão parado” – suspeitar de pneumotórax.
• “Lung point” – ponto de transição entre o pulmão normal e a área de
pneumotórax, específico para pneumotórax.
• Documentação: Modo-M
• ZONAS ANTERIORES: pneumotórax
• ZONAS POSTERIORES: consolidações e derrames
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MODO M
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VCI
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PULMÃO NORMAL
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“Lung point”: identificado pela transição entre os padrões “seashore – barcode”
PNEUMOTÓRAX
DERRAME PLEURAL
• Atualmente: principal indicação de US tórax
• Confirmar sua presença - mais eficaz que RX e EF
• US detecta a partir de 3 – 5 ml.
• RX a partir de 50 ml
• Quantificar volume
• Difícil precisar. Várias fórmulas e cálculos na literatura
• Na prática: pequeno, moderado ou grande
• Existem algumas fórmulas
• Identificar as características do líquido
• Marcar local de punção / drenagem
DERRAME PLEURAL
• Espaço anecóico entre as pleuras parietal e visceral.
• Permite caracterizar a natureza do fluido:
• Derrame simples: líquido uniformemente anecóico ou hipoecóico, muda
de forma com respiração ou posição. Debris ecogênicos podem ser
caracterizados nos casos de exsudato ou hemotórax.
• Derrame complicado: podem ser multiloculados e com septações internas,
com aspecto em “favo de mel”.
• Excelente método para seguimento de pacientes com derrame pleural
(não utiliza radiação ionizante).
DERRAME PLEURAL
• São gravidade dependente – tendem a
coletar posterior e inferiormente.
• Facilmente identificáveis entre o diafragma
e pulmão –P / PL.
DERRAME PLEURAL
Espaço anecóico entre as pleuras
parietal e visceral.
Aspecto normal
LINHA PLEURAL
LINHA PULMONAR
DERRAME PLEURAL
DERRAME PLEURAL
QUAD SIGN
ASPECTO US NATUREZA
ANECÓICO Transudato, exsudato ou hemotórax agudo
ECOGÊNICO (ecos/partículas) Exsudato, hemotórax subagudo ou pus
SEPTADO Exsudato inflamatório
DERRAME PLEURAL
DERRAME PLEURAL
DERRAME PLEURAL
DERRAME PLEURAL
MODO M: SIGMOID SIGN
DERRAME PLEURAL
QUANTIFICAÇÃO
• Medir o volume mesmo (L x AP x T) x 0,52
• Transudatos > 500 mL sintomas clínicos
• Exsudatos mais importante características que volume
Distância (mm) Volume (ml) Variação (ml)
0 8 0 a 90
5 80 20 a 170
10 170 50 a 300
15 260 90 a 420
20 380 150 a 660
30 550 210 a 1.060
40 1.000 490 a 1.670
50 1.420 650 a 1.840
QUANTIFICAÇÃO (Einberberger – Radiol 1994; 191:681-4)
• Medir a distância entre a parede torácica e o pulmão
PLAPS index: distância entre as linhas pleural e pulmonar
obtida no ponto posterolateral e em expiração (maior medida).
DERRAME PLEURAL
CONSOLIDAÇÃO
• O parênquima pulmonar aerado é substituído por fluido (edema, exsudato,
pus ou sangue): o feixe acústico consegue penetrar parcialmente e
demonstrar estruturas pulmonares mais profundas.
• Esse parênquima anormal assume um aspecto sólido com ecotextura
semelhante ao fígado – “hepatização”.
• Processos que “hepatizam” o
parênquima, geralmente infecciosos.
• São caracterizáveis pelo US, desde
que não haja parênquima normal
interposto.
• Ou seja, só conseguimos detectar as
consolidações periféricas.
CONSOLIDAÇÃO
Hepatização com demonstração dos vasos pulmonares no Doppler colorido
CONSOLIDAÇÃO
Pequena consolidação periférica Consolidação maior com
broncogramas aéreos de permeio
CONSOLIDAÇÃO
• Aerobroncogramas: estruturas hiperecogênicas lineares e ramificadas,
representando ar no interior dos brônquios.
• Quando preenchidos por líquido: estruturas tubulares hipoecogênicas –
Doppler auxilia na diferenciação com estruturas vasculares.
CONSOLIDAÇÃO
• Complicações como necrose podem ser demonstradas.
CONSOLIDAÇÃO
Febre há 10 dias, paciente de 3 anos.
CONSOLIDAÇÃO
ATELECTASIA
CONSOLIDAÇÃO x ATELECTASIA
• Aspecto muito semelhante
• Aumento de volume x redução de
volume
• Presença de aerobroncograma
dinâmico x estático (reabsorção ao
longo do tempo)
• Fluido em brônquios: consolidação.
• Deslizamento: pode estar ausente
(por aderência devido a processo
inflamatório ou por ausência de
expansão pulmonar).
OPACIFICAÇÃO
• Opacificação completa no RX: difícil diferenciar processo parenquimatoso -
derrame
A B
Pneumonia com broncogramas aéreos
A
OPACIFICAÇÃO
Derrame pleural
B
OPACIFICAÇÃO
• Paciente de 14 anos com história de febre.
• RX mostra consolidação e pequeno DP.
• US: Derrame multiloculado.
OPACIFICAÇÃO
TÓRAX
POINT OF CARE
TÓRAX
• Ultrassonografia é excelente para avaliação de fraturas de arcos
costais.
• Estudo direcionado para o local de dor referida pelo paciente
(queixa pontual).
PAREDE TORÁCICA
Leve desalinhamento Hematoma
PAREDE TORÁCICA
DERRAME PERICÁRDICO
DERRAME PERICÁRDICO
Pequeno derrame pericárdico
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TÓRAX: ULTRASSOM NORMAL E PATOLÓGICO

  • 1. ULTRASSOM DE TÓRAX (extra cardíaco) Dra. Hea Jung Yoo
  • 2. TÓRAX • Portabilidade – leito. • Acessível • Baixo custo • Ausência de radiação ionizante. • Avaliação ₋ Parênquima ₋ Pleura
  • 3. TÓRAX ESPAÇO PLEURAL • Espaço delimitado pelas pleuras parietal e visceral, geralmente com mínimo conteúdo interposto entre os folhetos. • Pleura parietal: recobre a superfície interna da cavidade torácica, incluindo o mediastino, diafragma e costelas. • Pleura visceral: envelopa todas as superfícies pleurais, incluindo as fissuras interlobares.
  • 4. UTILIDADES DO US TORÁCICO PATOLOGIA UTILIDADE DERRAME Detecção, caracterização, quantificação, guiar procedimentos PNEUMOTÓRAX Descartar pneumotórax, particularmente pós procedimento ESPESSAMENTO / NÓDULO Detecção e guiar biópsia DIAFRAGMA Nodularidade e espessamento, elevação e paralisia PULMÃO Consolidação, atelectasia e lesões superficiais CORAÇÃO Derrame pericárdico COSTELA Detecção e biópsia lesões (só quando há rotura cortical). FÍGADO Metástases
  • 5. TÓRAX • TÉCNICA • Transdutores lineares – deslizamento pleural • Transdutor convexo • Ajuste para FOV englobando 2 arcos costais, um em cada lado da tela. • Identificação da linha pleural e presença de deslizamento - Modo M. • Proceder avaliação de outros espaços intercostais.
  • 6. TÓRAX Pulmão normal • Grande diferença da impedância acústica entre o pulmão aerado e as estrtuturas pleuroparietais causam reflexão quase total do feixe acústico. • Apenas a porção superficial do pulmão aerado é visibilizada, juntamente com as estruturas da parede e a pleura.
  • 7. TÓRAX • Num pulmão normal, muitos dos achados US representam artefatos decorrentes dessa grande diferença na impedância acústica. • Achados normais: • Deslizamento pleural • Artefatos de reverberação horizontais (linhas A) • Artefatos verticais em “rabo de cometa” (linhas B) • Ausência de definição distal (US não consegue penetrar o pulmão aerado).
  • 8. TÓRAX Transdutor: pendicular ao eixo do espaço intercostal
  • 9. TÓRAX AC AC Transdutor: pendicular ao eixo do espaço intercostal
  • 10. TÓRAX AC AC Linha pleural Transdutor: pendicular ao eixo do espaço intercostal
  • 11. TÓRAX • Linha pleural e linhas A (horizontais) separadas por intervalos regulares. • O Modo M mostra a linha pleural e o padrão “seashore” abaixo representando a dinâmica pulmonar. As linhas A também são demonstradas. US NORMAL
  • 12. LINHA PLEURAL • Linha hiperecóica transversal profunda à parede torácica representando a linha pleural – onde ocorre o deslizamento nos estudos em tempo real. • Deslizamento: criado pelo movimento do pulmão em relação à parede torácica durante a respiração. • US: fina linha branca que se move horizontalmente ao longo da linha pleural. Múltiplas linha A
  • 14.
  • 15. LINHAS A • Múltiplas reflexões sonoras horizontais em intervalos regulares. • Pulmão normal ou pneumotórax. • Obliteradas pelas linhas B. • Decaindo com a profundidade.
  • 16. LINHAS B • Linhas hiperecogênicas e verticais que se originam da linha pleural e se estendem até a margem inferior da imagem, obliterando as linhas A. • Nos exames em tempo real as linhas B se movem sincronicamente com a linha pleural. • 30% voluntários sadios tem 1 ou 2 linhas B por espaço intercostal (regiões decúbito dependentes - bases)
  • 18. LINHAS B • Presente nas doenças do interstício – principal é o edema pulmonar, pneumonia intersticial, doença parenquimatosa difusa (fibrose pulmonar). • Representa septo interlobular espessado rodeado por ar alveolar.
  • 19. LINHAS B Edema pulmonar: múltiplas linhas B que impedem caracterização das linhas A. O aspecto vai variando com as condições clínicas do paciente.
  • 21. • Separação dos folhetos parietal e visceral da pleura por conteúdo aéreo. • Ausência de deslizamento e dos artefatos verticais em “cauda de cometa” • Acentuação das linhas de reverberação horizontais PNEUMOTÓRAX
  • 22. PNEUMOTÓRAX • Quando presente, não vemos o pulmão se movimentando com a respiração (AUSÊNCIA DE DESLIZAMENTO). • A presença de linhas B EXCLUI pneumotórax. • Ao se deparar com um “pulmão parado” – suspeitar de pneumotórax. • “Lung point” – ponto de transição entre o pulmão normal e a área de pneumotórax, específico para pneumotórax. • Documentação: Modo-M
  • 23. • ZONAS ANTERIORES: pneumotórax • ZONAS POSTERIORES: consolidações e derrames PNEUMOTÓRAX
  • 24.
  • 25. MODO M • Movimento • Representa o movimento das estruturas ao longo do tempo. PNEUMOTÓRAX
  • 27. Emerg Med Clin N Am 28 (2010) 29–56 PNEUMOTÓRAX
  • 28. PNEUMOTÓRAX PULMÃO NORMAL Deslizamento presente “Seashore” – sinal da praia
  • 30. PNEUMOTÓRAX Deslizamento ausente Código de barra ou estrastofera
  • 34. “Lung point”: identificado pela transição entre os padrões “seashore – barcode” PNEUMOTÓRAX
  • 35. DERRAME PLEURAL • Atualmente: principal indicação de US tórax • Confirmar sua presença - mais eficaz que RX e EF • US detecta a partir de 3 – 5 ml. • RX a partir de 50 ml • Quantificar volume • Difícil precisar. Várias fórmulas e cálculos na literatura • Na prática: pequeno, moderado ou grande • Existem algumas fórmulas • Identificar as características do líquido • Marcar local de punção / drenagem
  • 36. DERRAME PLEURAL • Espaço anecóico entre as pleuras parietal e visceral. • Permite caracterizar a natureza do fluido: • Derrame simples: líquido uniformemente anecóico ou hipoecóico, muda de forma com respiração ou posição. Debris ecogênicos podem ser caracterizados nos casos de exsudato ou hemotórax. • Derrame complicado: podem ser multiloculados e com septações internas, com aspecto em “favo de mel”. • Excelente método para seguimento de pacientes com derrame pleural (não utiliza radiação ionizante).
  • 37. DERRAME PLEURAL • São gravidade dependente – tendem a coletar posterior e inferiormente. • Facilmente identificáveis entre o diafragma e pulmão –P / PL.
  • 38. DERRAME PLEURAL Espaço anecóico entre as pleuras parietal e visceral. Aspecto normal
  • 41. ASPECTO US NATUREZA ANECÓICO Transudato, exsudato ou hemotórax agudo ECOGÊNICO (ecos/partículas) Exsudato, hemotórax subagudo ou pus SEPTADO Exsudato inflamatório DERRAME PLEURAL
  • 44. DERRAME PLEURAL MODO M: SIGMOID SIGN
  • 46. QUANTIFICAÇÃO • Medir o volume mesmo (L x AP x T) x 0,52 • Transudatos > 500 mL sintomas clínicos • Exsudatos mais importante características que volume Distância (mm) Volume (ml) Variação (ml) 0 8 0 a 90 5 80 20 a 170 10 170 50 a 300 15 260 90 a 420 20 380 150 a 660 30 550 210 a 1.060 40 1.000 490 a 1.670 50 1.420 650 a 1.840 QUANTIFICAÇÃO (Einberberger – Radiol 1994; 191:681-4) • Medir a distância entre a parede torácica e o pulmão
  • 47. PLAPS index: distância entre as linhas pleural e pulmonar obtida no ponto posterolateral e em expiração (maior medida). DERRAME PLEURAL
  • 48. CONSOLIDAÇÃO • O parênquima pulmonar aerado é substituído por fluido (edema, exsudato, pus ou sangue): o feixe acústico consegue penetrar parcialmente e demonstrar estruturas pulmonares mais profundas. • Esse parênquima anormal assume um aspecto sólido com ecotextura semelhante ao fígado – “hepatização”.
  • 49. • Processos que “hepatizam” o parênquima, geralmente infecciosos. • São caracterizáveis pelo US, desde que não haja parênquima normal interposto. • Ou seja, só conseguimos detectar as consolidações periféricas. CONSOLIDAÇÃO
  • 50. Hepatização com demonstração dos vasos pulmonares no Doppler colorido CONSOLIDAÇÃO
  • 51. Pequena consolidação periférica Consolidação maior com broncogramas aéreos de permeio CONSOLIDAÇÃO
  • 52. • Aerobroncogramas: estruturas hiperecogênicas lineares e ramificadas, representando ar no interior dos brônquios. • Quando preenchidos por líquido: estruturas tubulares hipoecogênicas – Doppler auxilia na diferenciação com estruturas vasculares. CONSOLIDAÇÃO
  • 53. • Complicações como necrose podem ser demonstradas. CONSOLIDAÇÃO
  • 54. Febre há 10 dias, paciente de 3 anos. CONSOLIDAÇÃO
  • 55. ATELECTASIA CONSOLIDAÇÃO x ATELECTASIA • Aspecto muito semelhante • Aumento de volume x redução de volume • Presença de aerobroncograma dinâmico x estático (reabsorção ao longo do tempo) • Fluido em brônquios: consolidação. • Deslizamento: pode estar ausente (por aderência devido a processo inflamatório ou por ausência de expansão pulmonar).
  • 56. OPACIFICAÇÃO • Opacificação completa no RX: difícil diferenciar processo parenquimatoso - derrame A B
  • 57. Pneumonia com broncogramas aéreos A OPACIFICAÇÃO
  • 59. • Paciente de 14 anos com história de febre. • RX mostra consolidação e pequeno DP. • US: Derrame multiloculado. OPACIFICAÇÃO
  • 62. • Ultrassonografia é excelente para avaliação de fraturas de arcos costais. • Estudo direcionado para o local de dor referida pelo paciente (queixa pontual). PAREDE TORÁCICA

Notas do Editor

  1. Linhas B: artefato em rabo de cometa visto em edema pulmonar agudo.
  2. Valva cradíaca
  3. Hepatização/consolidação com áreas de necrose.