SlideShare uma empresa Scribd logo
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
MEDIDAS DE TENDÊNCIA
CENTRAL
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
DISPERSÃO OU VARIABILIDADE
É a maior ou menor diversificação dos valores de uma
variável em torno de um valor de tendência central (média
ou mediana ) tomado como ponto de comparação.
A média - ainda que considerada como um número que tem
a faculdade de representar uma série de valores - não pode,
por si mesma, destacar o grau de homogeneidade ou
heterogeneidade que existe entre os valores que compõem
o conjunto.
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Consideremos os seguintes conjuntos de valores das
variáveis X, Y e Z:
X = { 70, 70, 70, 70, 70 }
Y = { 68, 69, 70 ,71 ,72 }
Z = { 5, 15, 50, 120, 160 }
Observamos então que os três conjuntos apresentam a mesma
média aritmética = 350/5 = 70
O conjunto X é mais homogéneo que os conjuntos Y e Z.
O conjunto Y, por sua vez, é mais homogéneo que o conjunto Z.
O conjunto X apresenta dispersão nula, o conjunto Y apresenta
uma dispersão menor que o conjunto Z.
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Amplitude Total
É a única medida de dispersão que não tem na média o ponto de
referência.
Quando os dados não estão agrupados a amplitude total é a
diferença entre o maior e o menor valor observado:
AT = X máximo - X mínimo.
Exemplo:
Para os valores 40, 45, 48, 62 e 70
AT = 70 - 40 = 30
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Quando os dados estão agrupados sem intervalos de classe
temos : AT = X máximo - X mínimo.
Exemplo:
xi fi
0 2
1 6
3 5
4 3
AT = 4 - 0 = 4
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Com intervalos de classe
a amplitude total é a diferença entre o limite superior da última
classe e o limite inferior da primeira classe.
Então: AT = L máximo - l mínimo
Exemplo:
Classes fi
4 |------------- 6 6
6 |------------- 8 2
8 |----------- 10 3
AT = 10 - 4 = 6
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Desvio médio absoluto
Para dados brutos
É a média aritmética dos valores absolutos dos desvios
tomados em relação a uma das seguintes medidas de
tendência central: média ou mediana. Símbolo = Dm
Fórmula : para a Média = Σ | Xi - | / n
Fórmula : para a Mediana = Σ | Xi – Md | / n
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Exemplo: Calcular o desvio médio do conjunto de números
{ - 4 , - 3 , - 2 , 3 , 5 }
= - 0, 2 e Md = - 2
Tabela auxiliar para cálculo do desvio médio
Xi Xi - Xi - Md
-4 (- 4) - (-0,2) = -3,8 3,8 (- 4) - (-2) = - 2 2
-3 (- 3) - (-0,2) = -2,8 2,8 (- 3) - (-2) = - 1 1
-2 (- 2) - (-0,2) = -1,8 1,8 (- 2) - (-2) = 0 0
3 3 - (-0,2) = 3,2 3,2 3 - (-2) = 5 5
5 5 - (-0,2) = 5,2 5,2 5 - (-2) = 7 7
Σ =16,8 Σ =15
Pela Média : Dm = 16,8 / 5 = 3,36 Pela Mediana : Dm = 15 / 5 = 3
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Desvio médio para Dados Tabulados
Se os valores vierem dispostos em uma tabela de
frequências, agrupados ou não em classes, serão usadas
as seguintes fórmulas:
Cálculo pela média: Dm = (Σ |Xi - |. fi ) / Σ fi
Cálculo pela mediana: Dm = (Σ |Xi - Md |. fi ) / Σ fi
Desvio médio absoluto
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Exemplo de cálculo pela média:
Xi f i Xi . f i Xi - | Xi - | | Xi - | . f i
3 2 6 4,7 - 1,7 1,7 3,4
4 2 8 4,7 - 0,7 0,7 1,4
5 3 15 4,7 0,3 0,3 0,9
6 3 18 4,7 1,3 1,3 3,9
Σ = 10 47 Σ =9,6
Dm = 9,6 / 10 = 0,96
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Desvio médio pela mediana segue o mesmo raciocínio.
Xi f i Md Xi - Md | Xi - Md | | Xi - Md | . f i
3 2 5 - 2 2 4
4 2 5 - 1 1 2
5 3 5 0 0 0
6 3 5 1 1 1
Σ =10 Σ =7
Dm = 7 / 10 = 0,70
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
DESVIO PADRÃO
É a medida de dispersão mais usada, pois leva em consideração
a totalidade dos valores da variável em estudo.
É um indicador de variabilidade bastante estável.
O desvio padrão baseia-se nos desvios em torno da média
aritmética e a sua fórmula básica pode ser traduzida como:
A raiz quadrada da média aritmética dos quadrados dos
desvios e é representada por S.
O desvio-padrão de uma população é representado por .
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Esta fórmula é empregada quando tratamos de uma
amostra de dados não-agrupados.
Quando a amostra é grande (n > 30) usa-se n no
denominador, se não a média calcula-se sobre n-1.
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Exemplo:
Calcular o desvio padrão da população representada por
- 4 , -3 , -2 , 3 , 5
Xi
-4 - 0,2 - 3,8 14,44
-3 - 0,2 - 2,8 7,84
-2 - 0,2 - 1,8 3,24
3 - 0,2 3,2 10,24
5 - 0,2 5,2 27,04
Σ =62,8
Sabemos que n = 5 e 62,8 / 4 = 15,7
A raiz quadrada de 15,7 é o desvio padrão = 3,96
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
O desvio padrão goza de algumas propriedades:
1ª = Somando-se (ou subtraindo-se) uma constante a todos os
valores de uma variável, o desvio padrão não se altera.
2ª = Multiplicando-se (ou dividindo-se) todos os valores de uma
variável por uma constante (diferente de zero), o desvio padrão fica
multiplicado ( ou dividido) por essa constante.
Quando os dados estão agrupados (temos a presença de frequências)
a fórmula do desvio padrão ficará :
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Exemplo:
Calcule o desvio padrão populacional da tabela abaixo:
Xi f i Xi . f i . f i
0 2 0 2,1 -2,1 4,41 8,82
1 6 6 2,1 -1,1 1,21 7,26
2 12 24 2,1 -0,1 0,01 0,12
3 7 21 2,1 0,9 0,81 5,67
4 3 12 2,1 1,9 3,61 10,83
Total 30 63 Σ =32,70
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Sabemos que Σ fi = 30 e 32,7 / 30 = 1,09.
A raiz quadrada de 1,09 é o desvio padrão = 1,044
Se considerarmos os dados como sendo de uma amostra o
desvio padrão seria :
a raiz quadrada de 32,7 / (30 -1) = 1,062
Obs: Nas tabelas de frequências com intervalos de classe
a fórmula a ser utilizada é a mesma do exemplo anterior.
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
VARIÂNCIA
É o desvio padrão elevado ao quadrado e é
simbolizado por S2
A variância é uma medida que tem pouca utilidade
como estatística descritiva, porém é extremamente
importante na inferência estatística e em
combinações de amostras.
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
CVP: Coeficiente de Variação de Pearson
Na estatística descritiva o desvio padrão por si só tem
grandes limitações. Assim, um desvio padrão de 2 unidades
pode ser considerado pequeno para uma série de valores
cujo valor médio é 200; no entanto, se a média for igual a
20, o mesmo não pode ser dito.
Além disso, o facto de o desvio padrão ser expresso na
mesma unidade dos dados limita o seu emprego quando
desejamos comparar duas ou mais séries de valores,
relativamente à sua dispersão ou variabilidade, quando
expressas em unidades diferentes.
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Para contornar essas dificuldades e limitações, podemos
caracterizar a dispersão ou variabilidade dos dados em
termos relativos a seu valor médio, medida essa denominada
de CVP: Coeficiente de Variação de Pearson (é a razão entre
o desvio padrão e a média referentes a dados de uma mesma
série).
A fórmula do CVP = (S / ) x 100 ( o resultado neste
caso é expresso em percentagem, entretanto pode ser
expresso também através de um factor decimal, desprezando
assim o valor 100 da fórmula).
CVP: Coeficiente de Variação de Pearson
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Exemplo:
Tomemos os resultados das estaturas e dos pesos de um
mesmo grupo de indivíduos:
Discriminação M É D I A DESVIO PADRÃO
ESTATURA 175 cm 5,0 cm
PESO 68 kg 2,0 kg
Qual das medidas (Estatura ou Peso) possui maior
homogeneidade ?
Formador: Fernando Esperança
T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES
Resposta:
Teremos que calcular o CVP da Estatura e o CVP do
Peso. O resultado menor será o de maior
homogeneidade ( menor dispersão ou
variabilidade).
CVP estatura = ( 5 / 175 ) x 100 = 2,85 %
CVP peso = ( 2 / 68 ) x 100 = 2,94 %.
Logo, nesse grupo de indivíduos, as estaturas
apresentam menor grau de dispersão que os pesos.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Plano cartesiano ppt
Plano cartesiano pptPlano cartesiano ppt
Plano cartesiano ppt
Newton Sérgio Lima
 
Aula 02 população amostra e dados
Aula 02   população amostra e dadosAula 02   população amostra e dados
Equações do 1º grau ppt
Equações do 1º grau pptEquações do 1º grau ppt
Equações do 1º grau ppt
ktorz
 
Porcentagem
PorcentagemPorcentagem
Porcentagem
Letinha47
 
Estatística Descritiva
Estatística DescritivaEstatística Descritiva
Estatística
EstatísticaEstatística
Estatística
Liliana Carvalho
 
Funções
FunçõesFunções
Matrizes
MatrizesMatrizes
Matrizes
rosania39
 
Equação do 1º grau
Equação do 1º grauEquação do 1º grau
Equação do 1º grau
Simone Mota Almeida
 
Estatistica descritiva
Estatistica descritiva Estatistica descritiva
Estatistica descritiva
Geisla Maia Gomes
 
Medidas de tendencia central
Medidas de tendencia centralMedidas de tendencia central
Medidas de tendencia central
rosania39
 
Desvios médios, variância e desvios padrões
Desvios médios, variância e desvios padrõesDesvios médios, variância e desvios padrões
Desvios médios, variância e desvios padrões
Gabriel Passeri
 
Análise combinatória
Análise combinatóriaAnálise combinatória
Análise combinatória
betencourt
 
Função.quadratica
Função.quadraticaFunção.quadratica
Função.quadratica
vaniaphcristina
 
Números inteiros
Números inteirosNúmeros inteiros
Números inteiros
Helena Borralho
 
Área e Volume
Área e VolumeÁrea e Volume
Área e Volume
betontem
 
Aula 01 introdução a estatística
Aula 01   introdução a estatísticaAula 01   introdução a estatística
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
rosania39
 
Medidas de dispersão
Medidas de dispersãoMedidas de dispersão
15 aula operacoes com conjuntos
15 aula   operacoes com conjuntos15 aula   operacoes com conjuntos
15 aula operacoes com conjuntos
jatobaesem
 

Mais procurados (20)

Plano cartesiano ppt
Plano cartesiano pptPlano cartesiano ppt
Plano cartesiano ppt
 
Aula 02 população amostra e dados
Aula 02   população amostra e dadosAula 02   população amostra e dados
Aula 02 população amostra e dados
 
Equações do 1º grau ppt
Equações do 1º grau pptEquações do 1º grau ppt
Equações do 1º grau ppt
 
Porcentagem
PorcentagemPorcentagem
Porcentagem
 
Estatística Descritiva
Estatística DescritivaEstatística Descritiva
Estatística Descritiva
 
Estatística
EstatísticaEstatística
Estatística
 
Funções
FunçõesFunções
Funções
 
Matrizes
MatrizesMatrizes
Matrizes
 
Equação do 1º grau
Equação do 1º grauEquação do 1º grau
Equação do 1º grau
 
Estatistica descritiva
Estatistica descritiva Estatistica descritiva
Estatistica descritiva
 
Medidas de tendencia central
Medidas de tendencia centralMedidas de tendencia central
Medidas de tendencia central
 
Desvios médios, variância e desvios padrões
Desvios médios, variância e desvios padrõesDesvios médios, variância e desvios padrões
Desvios médios, variância e desvios padrões
 
Análise combinatória
Análise combinatóriaAnálise combinatória
Análise combinatória
 
Função.quadratica
Função.quadraticaFunção.quadratica
Função.quadratica
 
Números inteiros
Números inteirosNúmeros inteiros
Números inteiros
 
Área e Volume
Área e VolumeÁrea e Volume
Área e Volume
 
Aula 01 introdução a estatística
Aula 01   introdução a estatísticaAula 01   introdução a estatística
Aula 01 introdução a estatística
 
Conjuntos
ConjuntosConjuntos
Conjuntos
 
Medidas de dispersão
Medidas de dispersãoMedidas de dispersão
Medidas de dispersão
 
15 aula operacoes com conjuntos
15 aula   operacoes com conjuntos15 aula   operacoes com conjuntos
15 aula operacoes com conjuntos
 

Semelhante a Unidade 04 - Estatística - Medidas de dispersão.ppt

Bioestatística
 Bioestatística Bioestatística
Bioestatística
felipethoaldo
 
GráFico De Setores
GráFico De SetoresGráFico De Setores
GráFico De Setores
naianeufu1
 
XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]
XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]
XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]
Dafmet Ufpel
 
Probabilidade e Estatística - Aula 03
Probabilidade e Estatística - Aula 03Probabilidade e Estatística - Aula 03
Probabilidade e Estatística - Aula 03
Augusto Junior
 
Estatística 10 Ano
Estatística 10 Ano Estatística 10 Ano
Estatística 10 Ano
João Afonso Pires
 
Aula 00
Aula 00Aula 00
Aula 00
Marcos Campos
 
Material estatística
Material estatísticaMaterial estatística
Material estatística
Adriano Araújo
 
topico 2_Medidas descritivas.pdf
topico 2_Medidas descritivas.pdftopico 2_Medidas descritivas.pdf
topico 2_Medidas descritivas.pdf
GilvanaCoelhoPenedo1
 
Media, moda e mediana
Media, moda e medianaMedia, moda e mediana
Media, moda e mediana
Jeremias Manhica
 
3. medidas de posição e dispersão (1)
3. medidas de posição e dispersão (1)3. medidas de posição e dispersão (1)
3. medidas de posição e dispersão (1)
Thiago Apolinário
 
4.medidas
4.medidas4.medidas
aulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdf
aulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdfaulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdf
aulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdf
LuizAntnioDosSantos3
 
Raciocinio logico.pptx
Raciocinio logico.pptxRaciocinio logico.pptx
Raciocinio logico.pptx
IagoBernard1
 
Serie aula03 estatistica
Serie aula03 estatisticaSerie aula03 estatistica
Serie aula03 estatistica
Psicologia_2015
 
Media, moda e mediana
Media, moda e medianaMedia, moda e mediana
Media, moda e mediana
Jeremias Manhica
 
Tópico 1 - Estatistica Descritiva.pdf
Tópico 1 - Estatistica Descritiva.pdfTópico 1 - Estatistica Descritiva.pdf
Tópico 1 - Estatistica Descritiva.pdf
CarlosMahumane1
 
Estdescr
EstdescrEstdescr
Estdescr
jarbas glauber
 
Estatística básica
Estatística básicaEstatística básica
Estatística básica
Herlan Ribeiro de Souza
 
Aula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdf
Aula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdfAula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdf
Aula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdf
JeremiasFontinele
 
Estatisitica
EstatisiticaEstatisitica
Estatisitica
Rodrigo Carvalho
 

Semelhante a Unidade 04 - Estatística - Medidas de dispersão.ppt (20)

Bioestatística
 Bioestatística Bioestatística
Bioestatística
 
GráFico De Setores
GráFico De SetoresGráFico De Setores
GráFico De Setores
 
XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]
XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]
XVII SAMET -2ª feira - Mini-curso [Dra. Simone Ferraz]
 
Probabilidade e Estatística - Aula 03
Probabilidade e Estatística - Aula 03Probabilidade e Estatística - Aula 03
Probabilidade e Estatística - Aula 03
 
Estatística 10 Ano
Estatística 10 Ano Estatística 10 Ano
Estatística 10 Ano
 
Aula 00
Aula 00Aula 00
Aula 00
 
Material estatística
Material estatísticaMaterial estatística
Material estatística
 
topico 2_Medidas descritivas.pdf
topico 2_Medidas descritivas.pdftopico 2_Medidas descritivas.pdf
topico 2_Medidas descritivas.pdf
 
Media, moda e mediana
Media, moda e medianaMedia, moda e mediana
Media, moda e mediana
 
3. medidas de posição e dispersão (1)
3. medidas de posição e dispersão (1)3. medidas de posição e dispersão (1)
3. medidas de posição e dispersão (1)
 
4.medidas
4.medidas4.medidas
4.medidas
 
aulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdf
aulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdfaulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdf
aulabioestatistica-130107150114-phpapp02.pdf
 
Raciocinio logico.pptx
Raciocinio logico.pptxRaciocinio logico.pptx
Raciocinio logico.pptx
 
Serie aula03 estatistica
Serie aula03 estatisticaSerie aula03 estatistica
Serie aula03 estatistica
 
Media, moda e mediana
Media, moda e medianaMedia, moda e mediana
Media, moda e mediana
 
Tópico 1 - Estatistica Descritiva.pdf
Tópico 1 - Estatistica Descritiva.pdfTópico 1 - Estatistica Descritiva.pdf
Tópico 1 - Estatistica Descritiva.pdf
 
Estdescr
EstdescrEstdescr
Estdescr
 
Estatística básica
Estatística básicaEstatística básica
Estatística básica
 
Aula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdf
Aula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdfAula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdf
Aula 3 Estatística descritiva (Medidas de Tendencia Central).pdf
 
Estatisitica
EstatisiticaEstatisitica
Estatisitica
 

Último

Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
carlos silva Rotersan
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Tronicline Automatismos
 
AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024
AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024
AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024
Consultoria Acadêmica
 
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
Vilson Stollmeier
 
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
Consultoria Acadêmica
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
JosAtila
 

Último (6)

Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
Grau TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO I - LEGISLAÇÃO APLICADA À SAÚDE E SEGUR...
 
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60AManual de Instalação para Placa Proteco Q60A
Manual de Instalação para Placa Proteco Q60A
 
AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024
AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024
AE02 - SINAIS E SISTEMAS LINEARES UNICESUMAR 52/2024
 
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptxMAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
MAQUINAS-EQUIPAMENTOS-E-FERRAMENTAS.pptx
 
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
AE02 - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESSOA...
 
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenhariaAula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
Aula 4 - 3D laser scanning para bim em engenharia
 

Unidade 04 - Estatística - Medidas de dispersão.ppt

  • 1. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL
  • 2. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES DISPERSÃO OU VARIABILIDADE É a maior ou menor diversificação dos valores de uma variável em torno de um valor de tendência central (média ou mediana ) tomado como ponto de comparação. A média - ainda que considerada como um número que tem a faculdade de representar uma série de valores - não pode, por si mesma, destacar o grau de homogeneidade ou heterogeneidade que existe entre os valores que compõem o conjunto.
  • 3. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Consideremos os seguintes conjuntos de valores das variáveis X, Y e Z: X = { 70, 70, 70, 70, 70 } Y = { 68, 69, 70 ,71 ,72 } Z = { 5, 15, 50, 120, 160 } Observamos então que os três conjuntos apresentam a mesma média aritmética = 350/5 = 70 O conjunto X é mais homogéneo que os conjuntos Y e Z. O conjunto Y, por sua vez, é mais homogéneo que o conjunto Z. O conjunto X apresenta dispersão nula, o conjunto Y apresenta uma dispersão menor que o conjunto Z.
  • 4. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Amplitude Total É a única medida de dispersão que não tem na média o ponto de referência. Quando os dados não estão agrupados a amplitude total é a diferença entre o maior e o menor valor observado: AT = X máximo - X mínimo. Exemplo: Para os valores 40, 45, 48, 62 e 70 AT = 70 - 40 = 30
  • 5. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Quando os dados estão agrupados sem intervalos de classe temos : AT = X máximo - X mínimo. Exemplo: xi fi 0 2 1 6 3 5 4 3 AT = 4 - 0 = 4
  • 6. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Com intervalos de classe a amplitude total é a diferença entre o limite superior da última classe e o limite inferior da primeira classe. Então: AT = L máximo - l mínimo Exemplo: Classes fi 4 |------------- 6 6 6 |------------- 8 2 8 |----------- 10 3 AT = 10 - 4 = 6
  • 7. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Desvio médio absoluto Para dados brutos É a média aritmética dos valores absolutos dos desvios tomados em relação a uma das seguintes medidas de tendência central: média ou mediana. Símbolo = Dm Fórmula : para a Média = Σ | Xi - | / n Fórmula : para a Mediana = Σ | Xi – Md | / n
  • 8. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Exemplo: Calcular o desvio médio do conjunto de números { - 4 , - 3 , - 2 , 3 , 5 } = - 0, 2 e Md = - 2 Tabela auxiliar para cálculo do desvio médio Xi Xi - Xi - Md -4 (- 4) - (-0,2) = -3,8 3,8 (- 4) - (-2) = - 2 2 -3 (- 3) - (-0,2) = -2,8 2,8 (- 3) - (-2) = - 1 1 -2 (- 2) - (-0,2) = -1,8 1,8 (- 2) - (-2) = 0 0 3 3 - (-0,2) = 3,2 3,2 3 - (-2) = 5 5 5 5 - (-0,2) = 5,2 5,2 5 - (-2) = 7 7 Σ =16,8 Σ =15 Pela Média : Dm = 16,8 / 5 = 3,36 Pela Mediana : Dm = 15 / 5 = 3
  • 9. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Desvio médio para Dados Tabulados Se os valores vierem dispostos em uma tabela de frequências, agrupados ou não em classes, serão usadas as seguintes fórmulas: Cálculo pela média: Dm = (Σ |Xi - |. fi ) / Σ fi Cálculo pela mediana: Dm = (Σ |Xi - Md |. fi ) / Σ fi Desvio médio absoluto
  • 10. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Exemplo de cálculo pela média: Xi f i Xi . f i Xi - | Xi - | | Xi - | . f i 3 2 6 4,7 - 1,7 1,7 3,4 4 2 8 4,7 - 0,7 0,7 1,4 5 3 15 4,7 0,3 0,3 0,9 6 3 18 4,7 1,3 1,3 3,9 Σ = 10 47 Σ =9,6 Dm = 9,6 / 10 = 0,96
  • 11. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Desvio médio pela mediana segue o mesmo raciocínio. Xi f i Md Xi - Md | Xi - Md | | Xi - Md | . f i 3 2 5 - 2 2 4 4 2 5 - 1 1 2 5 3 5 0 0 0 6 3 5 1 1 1 Σ =10 Σ =7 Dm = 7 / 10 = 0,70
  • 12. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES DESVIO PADRÃO É a medida de dispersão mais usada, pois leva em consideração a totalidade dos valores da variável em estudo. É um indicador de variabilidade bastante estável. O desvio padrão baseia-se nos desvios em torno da média aritmética e a sua fórmula básica pode ser traduzida como: A raiz quadrada da média aritmética dos quadrados dos desvios e é representada por S. O desvio-padrão de uma população é representado por .
  • 13. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Esta fórmula é empregada quando tratamos de uma amostra de dados não-agrupados. Quando a amostra é grande (n > 30) usa-se n no denominador, se não a média calcula-se sobre n-1.
  • 14. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Exemplo: Calcular o desvio padrão da população representada por - 4 , -3 , -2 , 3 , 5 Xi -4 - 0,2 - 3,8 14,44 -3 - 0,2 - 2,8 7,84 -2 - 0,2 - 1,8 3,24 3 - 0,2 3,2 10,24 5 - 0,2 5,2 27,04 Σ =62,8 Sabemos que n = 5 e 62,8 / 4 = 15,7 A raiz quadrada de 15,7 é o desvio padrão = 3,96
  • 15. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES O desvio padrão goza de algumas propriedades: 1ª = Somando-se (ou subtraindo-se) uma constante a todos os valores de uma variável, o desvio padrão não se altera. 2ª = Multiplicando-se (ou dividindo-se) todos os valores de uma variável por uma constante (diferente de zero), o desvio padrão fica multiplicado ( ou dividido) por essa constante. Quando os dados estão agrupados (temos a presença de frequências) a fórmula do desvio padrão ficará :
  • 16. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Exemplo: Calcule o desvio padrão populacional da tabela abaixo: Xi f i Xi . f i . f i 0 2 0 2,1 -2,1 4,41 8,82 1 6 6 2,1 -1,1 1,21 7,26 2 12 24 2,1 -0,1 0,01 0,12 3 7 21 2,1 0,9 0,81 5,67 4 3 12 2,1 1,9 3,61 10,83 Total 30 63 Σ =32,70
  • 17. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Sabemos que Σ fi = 30 e 32,7 / 30 = 1,09. A raiz quadrada de 1,09 é o desvio padrão = 1,044 Se considerarmos os dados como sendo de uma amostra o desvio padrão seria : a raiz quadrada de 32,7 / (30 -1) = 1,062 Obs: Nas tabelas de frequências com intervalos de classe a fórmula a ser utilizada é a mesma do exemplo anterior.
  • 18. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES VARIÂNCIA É o desvio padrão elevado ao quadrado e é simbolizado por S2 A variância é uma medida que tem pouca utilidade como estatística descritiva, porém é extremamente importante na inferência estatística e em combinações de amostras.
  • 19. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES CVP: Coeficiente de Variação de Pearson Na estatística descritiva o desvio padrão por si só tem grandes limitações. Assim, um desvio padrão de 2 unidades pode ser considerado pequeno para uma série de valores cujo valor médio é 200; no entanto, se a média for igual a 20, o mesmo não pode ser dito. Além disso, o facto de o desvio padrão ser expresso na mesma unidade dos dados limita o seu emprego quando desejamos comparar duas ou mais séries de valores, relativamente à sua dispersão ou variabilidade, quando expressas em unidades diferentes.
  • 20. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Para contornar essas dificuldades e limitações, podemos caracterizar a dispersão ou variabilidade dos dados em termos relativos a seu valor médio, medida essa denominada de CVP: Coeficiente de Variação de Pearson (é a razão entre o desvio padrão e a média referentes a dados de uma mesma série). A fórmula do CVP = (S / ) x 100 ( o resultado neste caso é expresso em percentagem, entretanto pode ser expresso também através de um factor decimal, desprezando assim o valor 100 da fórmula). CVP: Coeficiente de Variação de Pearson
  • 21. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Exemplo: Tomemos os resultados das estaturas e dos pesos de um mesmo grupo de indivíduos: Discriminação M É D I A DESVIO PADRÃO ESTATURA 175 cm 5,0 cm PESO 68 kg 2,0 kg Qual das medidas (Estatura ou Peso) possui maior homogeneidade ?
  • 22. Formador: Fernando Esperança T. H. S. T NOÇÕES B. E. PROBABILIDADES Resposta: Teremos que calcular o CVP da Estatura e o CVP do Peso. O resultado menor será o de maior homogeneidade ( menor dispersão ou variabilidade). CVP estatura = ( 5 / 175 ) x 100 = 2,85 % CVP peso = ( 2 / 68 ) x 100 = 2,94 %. Logo, nesse grupo de indivíduos, as estaturas apresentam menor grau de dispersão que os pesos.