O documento discute o hidrogênio, o elemento químico mais abundante no universo. Descreve suas propriedades, como sendo constituído por átomos diatômicos e ter número atômico 1, bem como suas principais aplicações em combustível, produção de ácido clorídrico e investigações criogênicas. Também aborda o potencial do hidrogênio como fonte de energia limpa em células de combustível e fusão nuclear controlada.
2. O hidrogênio é o elemento químico que na tabela periódica ocupa a primeira
casa e é representado pela letra H.
Ocupando a primeira casa da tabela tem um número atômico de 1 e uma
massa atômica também muito próxima de 1
As suas moléculas são constituídas por dois átomos (molécula diatômica) que
partilham entre si os seus dois únicos elétrons.
É o elemento mais abundante no Universo e um dos mais abundantes na
Terra.
Apesar da sua abundância no universo, o hidrogênio é difícil de produzir em
grandes quantidades.
3. Outras aplicações relevantes do hidrogênio são:
Produção de ácido clorídrico (HCl);
Combustível para foguetões;
Arrefecimento de rotores em geradores elétrico em postos de energia, visto
que o hidrogênio possui uma elevada condutividade térmica;
No estado líquido é utilizado em investigações criogênicas, incluindo estudos
de supercondutividade;
Como é 14,5 vezes mais leve que o ar e por isso é usado muitas vezes como
agente de elevação em balões e zepelins, embora esta utilização seja
reduzida devido ao riscos de trabalhar com grandes quantidades de
hidrogênio, que foi bem patente no acidente que destruiu o Zeppelin
"Hindenburg" em 1937.
O deutério, um isótopo do hidrogênio em que o núcleo é constituído por um
protão e um neutro, é utilizado, na forma da chamada "água pesada" em
fissão nuclear como moderador de nêutrons
Compostos de deutério possuem aplicações na química e na biologia em
estudos de reações utilizando o efeito isotópico.
4. O hidrogênio está atualmente a ser testado como fonte de energia "limpa"
para utilização em transportes. A reação do hidrogênio com o oxigênio, para
produzir água, realizada em células de combustíveis é uma das formas mais
promissoras para gerar energia para automóveis, evitando a libertação de
gases com efeito de estufa, ao contrário do que acontece com os motores
atuais que utilizam a combustão de hidrocarbonetos de origem fóssil.
Uma outra enorme promessa do hidrogênio ao nível da energia é a fusão
nuclear. Este processo, que alimenta a maior parte das estrelas que brilham
no firmamento, produz hélio a partir de núcleos de hidrogênio, libertando
enormes quantidades de energia. Esta reação, que já foi utilizada, na sua
forma "descontrolada" nas bombas de hidrogênio, se for levada a cabo de
uma forma controlada poderá permitir ter uma fonte de energia quase
inesgotável.
5. O hidrogênio foi o primeiro composto a ser produzido por Theophratus
Bumbastes von Hohenheim (1493–1541), alquimista suíço, também conhecido
como Paracelsus, misturando metais com ácidos. Paracelsus, no entanto,
ignorava que o “ar explosivo” produzido através dessa reacção química fosse
o hidrogênio.
Só em 1766, Henry Cavendish reconheceu este gás como uma substância
química individualizada. Identificou o gás libertado a partir da reação de
metais com ácidos como sendo inflamável e descobriu que este gás produzia
água quando é queimado na presença de ar.
Foi Antonie Lavoisier que, em 1783, deu nome de hidrogênio ao elemento
químico e provou que a água é composta de hidrogênio e oxigênio.
A primeira utilização do hidrogênio foi em balões.
6. Embora este elemento seja o mais abundante no Universo, a sua produção na Terra é
relativamente difícil, podendo ser obtido por:
electrólise
reações de metais com ácidos
reações de carvão ou hidrocarbonetos com vapor de água a alta temperatura.
O átomo de hidrogênio é o mais simples de entre todos os elementos. O isótopo mais
abundante, o prótio, é constituído por um núcleo unicamente com um plutão, em torno
do qual orbita um eletro. Devido à sua simplicidade foi crucial no desenvolvimento dos
modelos atômicos.
e dois nêutrons, assume uma importância particular nas reações de fusão nuclear.
Harold C. Urey, descobriu o deutério, um isótopo do hidrogênio em que o núcleo é
constituído por um plutão e um neutro, através de destilações repetidas de amostras de
água. Devido a esta descoberta, Harold ganhou o prêmio Nobel em 1934. Este isótopo
do hidrogênio é relevante em inúmeras aplicações, nomeadamente na indústria
nuclear. Apesar da diferença entre o deutério e o isótopo mais abundante ser só um
neutro, dado que o núcleo do hidrogênio é muito leve, um átomo de deutério tem
aproximadamente o dobro da massa de um átomo de prótio.
Um outro isótopo de hidrogênio, o trítio, em que o núcleo é constituído por um plutão
7. O hidrogênio é o mais abundante dos elementos químicos, constituindo
aproximadamente 75% da massa elementar do Universo.[2] Estrelas na
sequência principal são compostas primariamente de hidrogênio em seu
estado de plasma. O Hidrogênio elementar é relativamente raro na Terra,
e é industrialmente produzido a partir de hidrocarbonetos presentes no
gás natural, tais como metano, após o qual a maior parte do hidrogênio
elementar é usada "em cativeiro" (o que significa localmente no lugar de
produção). Os maiores mercados do mundo fazem uso do hidrogênio
para o aprimoramento de combustíveis fósseis (no processo de
hidrocraqueamento) e na produção de amoníaco (maior parte para o
mercado de fertilizantes). O hidrogênio também pode ser obtido por meio
da eletrólise da água, porém, este processo é atualmente dispendioso, o
que privilegia sua obtenção a partir do gás natural.