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Torto Arado
VIEIRA, Itamar
Edmar Ruvsel
O que esperar do livro?
01 Sentir as chagas sociais,
tornar uma cicatriz
consciente
Sentir para entender
03 Diversas críticas sociais,
violência, vulnerabilidade
alimentar, posse
Reflexão
04 Atrativo, verossímil e
altamente convidativo para
narrativa
Detalhes além do social
02 Enxerga-se tudo na
linguagem, fluido e imersivo
Alma de clássico, corpo
moderno
Introdução
1. Obra dividida em três partes;
2. Personagens: Bibiana e Belonísia;
3. Universo de uma comunidade rural;
4. Crítica à terra, ao tempo, às leis e aos direitos.
Conceito narrativo
Bibiana
Primeira parte
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Segunda parte
Figura do encatado
Terceira parte
Características do livro
1. Narrativa polifônica
2. Reconstrução de memórias de um
tempo neocolonialista em tempos
modernos
3. Verossimilhança
4. Neorrealismo e neorregionalismo
Personagens!
1. Trajetória de irmãs
2. Sentimento de pertencimento
3. Representação de conquistas pessoais
4. Luta pela ascenção.
A trajetória de Bibiana
1. Relato carregado pelo acidente com a irmã
2. Universo Mísitico (Pai curandeiro)
3. Acontecimentos comum à infância (Sertão
Bahiano) e procura de estudos formais.
4. Manifestão do “Jarê”.
«Me deixa pegar, Bibiana.» «Espere.» Foi quando
coloquei o metal na boca, tamanha era a vontade de sentir
seu gosto, e, quase ao mesmo tempo, a faca foi retirada
de forma violenta. Meus olhos ficaram perplexos, vidrados
nos olhos de Belonísia, que agora também levava o metal
à boca. Junto com o sabor de metal que ficou em meu
paladar se juntou o gosto do sangue quente, que escorria
pelo canto de minha boca semiaberta, e passou a gotejar
de meu queixo. O sangue se pôs a embotar de novo o
tecido encardido e de nódoas escuras que recobria a faca.
Belonísia também retirou a faca da boca, mas levou a
mão até ela como se quisesse segurar algo. Seus lábios
ficaram tingidos de vermelho, não sabia se tinha sido a
emoção de sentir a prata, ou se, assim como eu, tinha se
ferido, porque dela também escorria sangue
Fio de corte!
A vida interior de Belonísia
1. Segunda parte do livro, sob ótica diferente dos
mesmos acontecimentos.
2. Olhar mais potente sobre as características
3. “Mulher da terra”, ligada às ancestralidades
O que de longe parecia uma pedra era um pedaço de marfim
que não se movia do chão, parecia ter o peso do mundo.
Com as duas mãos tentei levantar até que o marfim saiu,
com o metal polido, puro brilho, a faca de Donana, perdida,
que voltava para minhas mãos. A faca que num impulso
retirei da boca de Bibiana para repetir o gesto, naquela idade
em que queremos ser como os irmãos mais velhos, sem
perceber que da boca de minha irmã minava sangue. Sem
perceber o perigo do fio de corte da lâmina que produzia um
lume violento. O lume que deceparia minha língua. Me
encerraria, sem palavras, envergonhada do que tinha feito a
mim mesma, como o arame que me cercava naquele campo.
Ao retirar o punhal de minha avó do chão seco percebi que
sangrava, e um rio vermelho começou a correr pela terra.
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Arado
A percepção do “encantado”
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2. Percepção de um ser mistico sobre as batalhas
da terra.
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confrontos violentos
Meu cavalo morreu e não tenho mais montaria para caminhar
como devo, da forma que um encantado deve se apresentar
entre os homens, como deve aparecer por esse mundo.
Desde então, passei a vagar sem rumo, arrodeando aqui,
arrodeando acolá, procurando um corpo que pudesse me
acolher. Meu cavalo era uma mulher chamada Miúda, mas
quando me apossava de sua carne seu nome era Santa Rita
Pescadeira. Foi nela que cavalguei por tempo, não conto o
tempo, mas montei o corpo de Miúda, solitária. Sou muito
mais antiga que os cem anos de Miúda. Antes dela, me
abriguei em muitos corpos, desde que a gente adentrou
matas e rios, adentrou serras e lagoas, desde que a cobiça
cavou buracos profundos e o povo se embrenhou no chão
como tatus, buscando a pedra brilhante.
Rio de Sangue
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  • 2. O que esperar do livro? 01 Sentir as chagas sociais, tornar uma cicatriz consciente Sentir para entender 03 Diversas críticas sociais, violência, vulnerabilidade alimentar, posse Reflexão 04 Atrativo, verossímil e altamente convidativo para narrativa Detalhes além do social 02 Enxerga-se tudo na linguagem, fluido e imersivo Alma de clássico, corpo moderno
  • 3. Introdução 1. Obra dividida em três partes; 2. Personagens: Bibiana e Belonísia; 3. Universo de uma comunidade rural; 4. Crítica à terra, ao tempo, às leis e aos direitos.
  • 4. Conceito narrativo Bibiana Primeira parte Belonísia Segunda parte Figura do encatado Terceira parte
  • 5. Características do livro 1. Narrativa polifônica 2. Reconstrução de memórias de um tempo neocolonialista em tempos modernos 3. Verossimilhança 4. Neorrealismo e neorregionalismo
  • 6. Personagens! 1. Trajetória de irmãs 2. Sentimento de pertencimento 3. Representação de conquistas pessoais 4. Luta pela ascenção.
  • 7. A trajetória de Bibiana 1. Relato carregado pelo acidente com a irmã 2. Universo Mísitico (Pai curandeiro) 3. Acontecimentos comum à infância (Sertão Bahiano) e procura de estudos formais. 4. Manifestão do “Jarê”.
  • 8. «Me deixa pegar, Bibiana.» «Espere.» Foi quando coloquei o metal na boca, tamanha era a vontade de sentir seu gosto, e, quase ao mesmo tempo, a faca foi retirada de forma violenta. Meus olhos ficaram perplexos, vidrados nos olhos de Belonísia, que agora também levava o metal à boca. Junto com o sabor de metal que ficou em meu paladar se juntou o gosto do sangue quente, que escorria pelo canto de minha boca semiaberta, e passou a gotejar de meu queixo. O sangue se pôs a embotar de novo o tecido encardido e de nódoas escuras que recobria a faca. Belonísia também retirou a faca da boca, mas levou a mão até ela como se quisesse segurar algo. Seus lábios ficaram tingidos de vermelho, não sabia se tinha sido a emoção de sentir a prata, ou se, assim como eu, tinha se ferido, porque dela também escorria sangue Fio de corte!
  • 9. A vida interior de Belonísia 1. Segunda parte do livro, sob ótica diferente dos mesmos acontecimentos. 2. Olhar mais potente sobre as características 3. “Mulher da terra”, ligada às ancestralidades
  • 10. O que de longe parecia uma pedra era um pedaço de marfim que não se movia do chão, parecia ter o peso do mundo. Com as duas mãos tentei levantar até que o marfim saiu, com o metal polido, puro brilho, a faca de Donana, perdida, que voltava para minhas mãos. A faca que num impulso retirei da boca de Bibiana para repetir o gesto, naquela idade em que queremos ser como os irmãos mais velhos, sem perceber que da boca de minha irmã minava sangue. Sem perceber o perigo do fio de corte da lâmina que produzia um lume violento. O lume que deceparia minha língua. Me encerraria, sem palavras, envergonhada do que tinha feito a mim mesma, como o arame que me cercava naquele campo. Ao retirar o punhal de minha avó do chão seco percebi que sangrava, e um rio vermelho começou a correr pela terra. Torto Arado
  • 11. A percepção do “encantado” 1. Terceira e última parte do livro 2. Percepção de um ser mistico sobre as batalhas da terra. 3. Tragédia brasileira a partir de narrativas de confrontos violentos
  • 12. Meu cavalo morreu e não tenho mais montaria para caminhar como devo, da forma que um encantado deve se apresentar entre os homens, como deve aparecer por esse mundo. Desde então, passei a vagar sem rumo, arrodeando aqui, arrodeando acolá, procurando um corpo que pudesse me acolher. Meu cavalo era uma mulher chamada Miúda, mas quando me apossava de sua carne seu nome era Santa Rita Pescadeira. Foi nela que cavalguei por tempo, não conto o tempo, mas montei o corpo de Miúda, solitária. Sou muito mais antiga que os cem anos de Miúda. Antes dela, me abriguei em muitos corpos, desde que a gente adentrou matas e rios, adentrou serras e lagoas, desde que a cobiça cavou buracos profundos e o povo se embrenhou no chão como tatus, buscando a pedra brilhante. Rio de Sangue
  • 13. —Someone famous “This is a quote, words full of wisdom that someone important said and can make the reader get inspired.”
  • 14. A picture is worth a thousand words