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Demências
Maria Inez Padula Anderson
Cesar Augusto O Favoreto
Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária FCM/UERJ
Agosto 2010
Definição
A demência é uma síndrome clínica
decorrente de uma disfunção cerebral
na qual ocorre perturbação de múltiplas
funções cognitivas incluindo memória,
atenção e aprendizado, pensamento,
orientação, compreensão, cálculo,
linguagem e julgamento
Definição
Critérios DSM-IV:
Desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos
manifestados tanto por:
comprometimento da memória e um ou mais dos sintomas:
(a) afasia
(b) apraxia
(c) agnosia
(d) perturbação do funcionamento executivo
Definição
Interferência com a vida social e profissional com declínio
nítido em relação ao estado funcional prévio
Déficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de
um delirium.
A perturbação não é melhor explicada por outra desordem
(depressão, esquizofrenia) ou doença sistêmica.
Tipos de demência
Reversíveis: Se tratadas precocemente têm um
bom prognóstico:
 Uso de medicamentos: psicotrópicos e
analgésicos narcóticos
 Metabólicas: distúrbio hidroeletrolítico,
desidratação, insuficiência renal ou hepática e
hipoxemia
 Neurológicas: hidrocefalia de pressão normal,
tumor e hematoma subdural crônico
 Infecciosas: meningite crônica, AIDS, neurossífilis
Tipos de demência
■ Colágeno-Vasculares: LES, arterite
temporal, vasculite reumatóide, sarcoidose e
púrpura trombocitopênica trombótica
■ Endócrinas: doenças tireoidiana,
paratireoidiana, adrenal e da hipófise
■ Nutricionais: deficiências de vit. B12, ácido
fólico, tiamina e niacina
■ Alcoolismo crônico
Tipos de demência
Irreversíveis:
 Doença de Alzheimer
 Demência Vascular
 Demência por corpúsculos de Lewy
 Demências Frontotemporais
Fisiopatologia da DA
Produção e acúmulo de substância beta-
amilóide
Inflamação, oxidação, hiperexcitabilidade
glutamatérgica
Apoptose celular de neurônios
colinérgicos
Placas Senis: depósitos insolúveis de proteína beta-amilóide
com restos celulares que ficam entre as células neuronais.
Podem ser a causa ou um sub-produto da DA.
Doença de Alzheimer
Mais prevalente, tem início insidioso da
perda de memória e declínio cognitivo lento
e progressivo
Fase inicial: Caracterizada por sintomas
vagos e difusos, sendo o comprometimento
da memória recente o sintoma mais
proeminente e precoce.
Doença de Alzheimer
Fase intermediária:
■ Deterioração mais acentuada dos déficits de
memória além de afasia, agnosia e apraxia
■ Empobrecimento de vocabulário, parafasias
semânticas e fonêmicas e dificuldade de
compreensão
■ Julgamento alterado, perdendo a noção de
riscos
■ Pode ocorrer agitação, perambulação,
agressividade e distúrbios do sono.
Doença de Alzheimer
Fase avançada:
 Funções cognitivas gravemente comprometidas,
com dificuldade para reconhecer pessoas e
espaços familiares
 Drástica redução da fluência e surgimento de
ecolalia, sons incompreensíveis até atingir o
mutismo
 Geralmente está acamado e vem a falecer por
complicações da síndrome de imobilidade
Evolução Clínica
Fatores de risco
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 História familiar
positiva
 Síndrome de Down
 Traumatismo
craniano grave
 Baixa escolaridade
Hipercolesterolemia
Diabetes
HAS: relação ainda
duvidosa
Tabagismo
Sedentarismo
Alcoolismo
Obesidade
Abordagem Diagnóstica
História Clínica:
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 associação com outras doenças;
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 história familiar;
 comprometimento nas atividades profissionais,
ocupacionais ou sociais do indivíduo (utilização de escalas
de vida diária)
 alterações de comportamento;
 alteração da memória;
 história de outras doenças psiquiátricas.
Abordagem Diagnóstica
Testes para avaliação cognitiva:
 Mini-exame do estado mental
 Teste do relógio
 Fluência verbal
 Teste de memória de palavras
 Teste de memória de figuras
Mini-exame do estado mental
Orientação temporal
Dia da semana, do mês, mês, ano, Hora
aproximada (5 pontos)
Orientação espacial
Local (residência, hospital, clínica), andar, rua
ou bairro, cidade, estado (5 pontos)
Mini-exame do estado mental
Memória imediata
Vaso – Carro – Tijolo (3 pontos)
Atenção e Cálculo
100 – 7 = ...(até 56) (5 pontos)
Evocação
Recordar as três palavras (3 pontos)
Mini-exame do estado mental
Linguagem e habilidades construtivas
 Nomear um relógio e uma caneta (2 pontos)
 Repetir “nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto)
 Comando: “pegue este papel com a mão direita,
dobre ao meio e coloque no chão” (3 pontos)
 Ler e obedecer: “feche os olhos” (1 ponto)
 Escrever uma frase (1 ponto)
 Copiar um desenho (1 ponto)
 Pontuação ___/30
Mini-exame do estado mental
Vantagens
- Fácil aplicação
- Rápido
Desvantagens
- Influência da escolaridade
- Sensibilidade e especificidade
Mini-exame do estado mental
Correção do ponto de corte MEEM
quanto ao nível de escolaridade
. 13 - analfabetos
. 18 - baixa e média escolaridade
. 26 - alta escolaridade
Teste do relógio
O médico entrega papel e caneta ao
paciente e enuncia a seguinte frase:
“Faça um relógio com os ponteiros e todos
os números, marcando DEZ PARA AS
TRÊS”
Teste do relógio
A pontuação do TR baseia-se em:
. 10 - Ponteiros e números presentes e
posições corretas.
. 09 - Pequenos erros nos ponteiros; 1
número esquecido.
. 08 - Erros moderados nos ponteiros; troca
entre ponteiros; erros de espaço apenas.
Teste do relógio
. 07 - Colocação de ponteiros obviamente
errada; espaços inapropriados.
. 06 - Digital; ponteiros usados errados;
números ao redor do círculo; perseveração
escrita dos números
. 05 - Números acumulados de um lado do
relógio ou fora de ordem ou ausentes.
Teste do relógio
. 04 - Muita distorção da seqüência numérica;
muitos números esquecidos; números fora da
borda.
. 03 - Os números e o relógio não estão conectados
ao desenho.
. 02 - Apenas uma representação vaga do relógio
ou representação espacial não relevante.
. 01 - Resultado não é passível de interpretação ou
nenhuma tentativa foi feita.
Teste do relógio
Teste do relógio
Vantagens
. Fácil aplicação
. Rápido
. Estratificação do risco de delirium
Desvantagens
. Avalia apenas uma área específica
(habilidade construtiva)
Fluência verbal - semântica
Consiste em solicitar ao paciente que cite o
maior número de animais possíveis no
período de um minuto (1 ponto cada)
Fluência verbal - semântica
Vantagens
. Fácil aplicação
. Rápido
. Boa sensibilidade
Desvantagens
. Avalia apenas uma área específica
. Influência da escolaridade
Fluência verbal - semântica
Correção do ponto de corte FV
quanto ao nível de escolaridade
. 13 – mais de 8 anos de escolaridade
. 9 – menos de 8 anos de escolaridade
Teste de memória de palavras
Consiste em ler em voz alta três vezes uma
lista de 10 palavras na fase de aprendizado.
Em seguida é solicitado que seja realizada a
cópia do desenho seguida pela evocação
livre das palavras lidas.
O teste é concluído com a solicitação do
reconhecimento das 10 palavras lidas entre
10 palavras não lidas.
Teste de memória de figuras
Consiste em apresentar três vezes consecutivas
uma lista de 10 figuras de objetos comuns na
fase de aprendizado.
Em seguida é aplicada a fluência verbal e
solicitado que seja realizada a cópia do
desenho.
O teste é concluído com o reconhecimento das
10 figuras entre 20 não apresentadas
anteriormente.
Demência Vascular
Início abrupto, geralmente após um
episódio vascular, com deterioração em
degraus (alguma recuperação depois da
piora) e flutuação do déficit cognitivo.
Apresenta sinais focais, de acordo com a
região cerebral acometida
Mais comum em homens
Demência Vascular
Etiologia
■ Múltiplos infartos lacunares
■ Lesões extensas da substância branca
(doença de Binswanger)
■ Hemorragias cerebrais hipertensivas
■ Vasculites
■ Seqüelas de hemorragia subaracnóidea
e de hematomas subdurais
Demência Vascular
Fatores de risco
■ Antecedentes de doenças cardiovasculares e
cerebrovasculares
■ Hipertensão arterial sistêmica
■ Diabetes mellitus
■ Tabagismo
■ Alcoolismo
■ Doenças cardíacas
■ Fibrilação atrial
■ Aterosclerose
■ Dislipidemia
Fatores de risco
- Obesidade
- Raça negra
- Baixa escolaridade
- Hiperuricemia
- Policitemia
- Sedentarismo
- Ambiente estressante
- Medicação inadequada
Prevenção
Prevenção
- Prática de atividade física regular
- Manutenção do peso corporal adequado
- Baixa ingestão de gorduras
- Atividades de lazer
- Leitura
- Rede social de apoio
- Uso adequado das medicações
Prevenção
Prevenção
Tratamento
Os medicamentos utilizados atualmente têm
obtido resultados parciais no controle da
doença
Anti-colinesterásicos: demência leve a
moderada. Ocorre melhora da cognição e
das atividades de vida diária
Ex: donepezil, rivastigmina e galantamina
Memantina: fases moderada a grave
Tratamento
Bloqueador de canal de cálcio: uso de
nimodipina ainda necessita de mais estudos
Ginkgo
Ginkgo Biloba
Biloba, derivados de xantina
, derivados de xantina
(
(pentoxifilina
pentoxifilina) e
) e piracetam
piracetam não
não
demonstraram efic
demonstraram eficá
ácia at
cia até
é o momento
o momento
Demência por corpúsculos de
Lewy
■ Geralmente após a 6ª década
■ Há casos familiares
■ Flutuação na cognição, alucinações visuais
recorrentes e parkinsonismo precoce (rigidez,
acinesia e fácies amímica)
Demência por corpúsculos de
Lewy
■ Tratamento comportamental
■ Anticolinesterásicos
■ Memantina não foi estudada
■ Neurolépticos em baixas doses
■ Levodopa
■ Clonazepan (0,25 a 1,5 mg) e melatonina
(3 a 12 mg) para distúrbios do sono
Demência Fronto-temporal
Doença de Pick
Início pré-senil (a partir de 45 anos), com mudanças
na personalidade e no comportamento e/ou
alteração da linguagem como características iniciais
bem marcantes.
Comum haver alterações do comportamento sexual,
com desinibição, jocosidade e hipersexualidade,
além de hiperoralidade, hiperfagia com ganho de
peso e obsessão em tocar objetos.
Tratamento
Não há benefício com o uso dos inibidores da
acetilcolinesterase
Estudos apontam para o benefício dos
inibidores seletivos da recaptação de
serotonina
Os distúrbios de comportamento respondem
ao uso de antagonistas dopaminérgicos ou
antipsicóticos
E a família?
E a família?
A demência no meio familiar provoca
diversas mudanças, entre elas: sócio-
econômicas, rompimento da inter-relação
do paciente com o familiar, alteração da
dinâmica familiar pela progressiva
dependência do paciente
Reabilitação cognitiva e grupo
de apoio familiar
O objetivo da reabilitação cognitiva é
recuperar as habilidades, desbloquear as
funções cognitivas comprometidas,
estimular a socialização.
Já o grupo de apoio familiar busca
conscientizar quanto aos sintomas da
demência fornecendo esclarecimento e
discussão de soluções práticas
Reabilitação cognitiva e grupo
de apoio familiar
Objetivos:
■ Resgatar a relação paciente-familiar
■ Prevenir doenças no cuidador/familiar
■ Redução da interdependência
■ Despertar interesses variados e afetividade
■ Orientação para a realidade
■ Estimular a segurança e preparar para
complicações e até o óbito
Treinamento cognitivo
■ Livro de memória: Frases e desenhos
que orientem a pessoa em sua vida
cotidiana
■ Estimulação social
■ Exercícios
■ Bons hábitos alimentares
■ Estímulo aos cuidados de higiene
Controle do ambiente
■ Eliminar elementos arquitetônicos
geradores de estresse ou confusão
■ Promover a orientação espacial
■ Criação de áreas de lazer com limitação
à passagem para áreas de risco
(cozinha por exemplo)
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Tipos de demência, no idoso e fatores de risco.

  • 1. Demências Maria Inez Padula Anderson Cesar Augusto O Favoreto Departamento de Medicina Integral, Familiar e Comunitária FCM/UERJ Agosto 2010
  • 2. Definição A demência é uma síndrome clínica decorrente de uma disfunção cerebral na qual ocorre perturbação de múltiplas funções cognitivas incluindo memória, atenção e aprendizado, pensamento, orientação, compreensão, cálculo, linguagem e julgamento
  • 3. Definição Critérios DSM-IV: Desenvolvimento de múltiplos déficits cognitivos manifestados tanto por: comprometimento da memória e um ou mais dos sintomas: (a) afasia (b) apraxia (c) agnosia (d) perturbação do funcionamento executivo
  • 4. Definição Interferência com a vida social e profissional com declínio nítido em relação ao estado funcional prévio Déficits não ocorrem exclusivamente durante o curso de um delirium. A perturbação não é melhor explicada por outra desordem (depressão, esquizofrenia) ou doença sistêmica.
  • 5. Tipos de demência Reversíveis: Se tratadas precocemente têm um bom prognóstico: Uso de medicamentos: psicotrópicos e analgésicos narcóticos Metabólicas: distúrbio hidroeletrolítico, desidratação, insuficiência renal ou hepática e hipoxemia Neurológicas: hidrocefalia de pressão normal, tumor e hematoma subdural crônico Infecciosas: meningite crônica, AIDS, neurossífilis
  • 6. Tipos de demência ■ Colágeno-Vasculares: LES, arterite temporal, vasculite reumatóide, sarcoidose e púrpura trombocitopênica trombótica ■ Endócrinas: doenças tireoidiana, paratireoidiana, adrenal e da hipófise ■ Nutricionais: deficiências de vit. B12, ácido fólico, tiamina e niacina ■ Alcoolismo crônico
  • 7. Tipos de demência Irreversíveis: Doença de Alzheimer Demência Vascular Demência por corpúsculos de Lewy Demências Frontotemporais
  • 8. Fisiopatologia da DA Produção e acúmulo de substância beta- amilóide Inflamação, oxidação, hiperexcitabilidade glutamatérgica Apoptose celular de neurônios colinérgicos
  • 9. Placas Senis: depósitos insolúveis de proteína beta-amilóide com restos celulares que ficam entre as células neuronais. Podem ser a causa ou um sub-produto da DA.
  • 10. Doença de Alzheimer Mais prevalente, tem início insidioso da perda de memória e declínio cognitivo lento e progressivo Fase inicial: Caracterizada por sintomas vagos e difusos, sendo o comprometimento da memória recente o sintoma mais proeminente e precoce.
  • 11. Doença de Alzheimer Fase intermediária: ■ Deterioração mais acentuada dos déficits de memória além de afasia, agnosia e apraxia ■ Empobrecimento de vocabulário, parafasias semânticas e fonêmicas e dificuldade de compreensão ■ Julgamento alterado, perdendo a noção de riscos ■ Pode ocorrer agitação, perambulação, agressividade e distúrbios do sono.
  • 12. Doença de Alzheimer Fase avançada: Funções cognitivas gravemente comprometidas, com dificuldade para reconhecer pessoas e espaços familiares Drástica redução da fluência e surgimento de ecolalia, sons incompreensíveis até atingir o mutismo Geralmente está acamado e vem a falecer por complicações da síndrome de imobilidade
  • 13.
  • 15. Fatores de risco Idade História familiar positiva Síndrome de Down Traumatismo craniano grave Baixa escolaridade Hipercolesterolemia Diabetes HAS: relação ainda duvidosa Tabagismo Sedentarismo Alcoolismo Obesidade
  • 16. Abordagem Diagnóstica História Clínica: tempo de início dos sintomas; associação com outras doenças; uso de medicações ou drogas ilícitas; história familiar; comprometimento nas atividades profissionais, ocupacionais ou sociais do indivíduo (utilização de escalas de vida diária) alterações de comportamento; alteração da memória; história de outras doenças psiquiátricas.
  • 17. Abordagem Diagnóstica Testes para avaliação cognitiva: Mini-exame do estado mental Teste do relógio Fluência verbal Teste de memória de palavras Teste de memória de figuras
  • 18. Mini-exame do estado mental Orientação temporal Dia da semana, do mês, mês, ano, Hora aproximada (5 pontos) Orientação espacial Local (residência, hospital, clínica), andar, rua ou bairro, cidade, estado (5 pontos)
  • 19. Mini-exame do estado mental Memória imediata Vaso – Carro – Tijolo (3 pontos) Atenção e Cálculo 100 – 7 = ...(até 56) (5 pontos) Evocação Recordar as três palavras (3 pontos)
  • 20. Mini-exame do estado mental Linguagem e habilidades construtivas Nomear um relógio e uma caneta (2 pontos) Repetir “nem aqui, nem ali, nem lá” (1 ponto) Comando: “pegue este papel com a mão direita, dobre ao meio e coloque no chão” (3 pontos) Ler e obedecer: “feche os olhos” (1 ponto) Escrever uma frase (1 ponto) Copiar um desenho (1 ponto) Pontuação ___/30
  • 21. Mini-exame do estado mental Vantagens - Fácil aplicação - Rápido Desvantagens - Influência da escolaridade - Sensibilidade e especificidade
  • 22. Mini-exame do estado mental Correção do ponto de corte MEEM quanto ao nível de escolaridade . 13 - analfabetos . 18 - baixa e média escolaridade . 26 - alta escolaridade
  • 23. Teste do relógio O médico entrega papel e caneta ao paciente e enuncia a seguinte frase: “Faça um relógio com os ponteiros e todos os números, marcando DEZ PARA AS TRÊS”
  • 24. Teste do relógio A pontuação do TR baseia-se em: . 10 - Ponteiros e números presentes e posições corretas. . 09 - Pequenos erros nos ponteiros; 1 número esquecido. . 08 - Erros moderados nos ponteiros; troca entre ponteiros; erros de espaço apenas.
  • 25. Teste do relógio . 07 - Colocação de ponteiros obviamente errada; espaços inapropriados. . 06 - Digital; ponteiros usados errados; números ao redor do círculo; perseveração escrita dos números . 05 - Números acumulados de um lado do relógio ou fora de ordem ou ausentes.
  • 26. Teste do relógio . 04 - Muita distorção da seqüência numérica; muitos números esquecidos; números fora da borda. . 03 - Os números e o relógio não estão conectados ao desenho. . 02 - Apenas uma representação vaga do relógio ou representação espacial não relevante. . 01 - Resultado não é passível de interpretação ou nenhuma tentativa foi feita.
  • 28. Teste do relógio Vantagens . Fácil aplicação . Rápido . Estratificação do risco de delirium Desvantagens . Avalia apenas uma área específica (habilidade construtiva)
  • 29. Fluência verbal - semântica Consiste em solicitar ao paciente que cite o maior número de animais possíveis no período de um minuto (1 ponto cada)
  • 30. Fluência verbal - semântica Vantagens . Fácil aplicação . Rápido . Boa sensibilidade Desvantagens . Avalia apenas uma área específica . Influência da escolaridade
  • 31. Fluência verbal - semântica Correção do ponto de corte FV quanto ao nível de escolaridade . 13 – mais de 8 anos de escolaridade . 9 – menos de 8 anos de escolaridade
  • 32. Teste de memória de palavras Consiste em ler em voz alta três vezes uma lista de 10 palavras na fase de aprendizado. Em seguida é solicitado que seja realizada a cópia do desenho seguida pela evocação livre das palavras lidas. O teste é concluído com a solicitação do reconhecimento das 10 palavras lidas entre 10 palavras não lidas.
  • 33. Teste de memória de figuras Consiste em apresentar três vezes consecutivas uma lista de 10 figuras de objetos comuns na fase de aprendizado. Em seguida é aplicada a fluência verbal e solicitado que seja realizada a cópia do desenho. O teste é concluído com o reconhecimento das 10 figuras entre 20 não apresentadas anteriormente.
  • 34. Demência Vascular Início abrupto, geralmente após um episódio vascular, com deterioração em degraus (alguma recuperação depois da piora) e flutuação do déficit cognitivo. Apresenta sinais focais, de acordo com a região cerebral acometida Mais comum em homens
  • 35. Demência Vascular Etiologia ■ Múltiplos infartos lacunares ■ Lesões extensas da substância branca (doença de Binswanger) ■ Hemorragias cerebrais hipertensivas ■ Vasculites ■ Seqüelas de hemorragia subaracnóidea e de hematomas subdurais
  • 37. Fatores de risco ■ Antecedentes de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares ■ Hipertensão arterial sistêmica ■ Diabetes mellitus ■ Tabagismo ■ Alcoolismo ■ Doenças cardíacas ■ Fibrilação atrial ■ Aterosclerose ■ Dislipidemia
  • 38. Fatores de risco - Obesidade - Raça negra - Baixa escolaridade - Hiperuricemia - Policitemia - Sedentarismo - Ambiente estressante - Medicação inadequada
  • 40. Prevenção - Prática de atividade física regular - Manutenção do peso corporal adequado - Baixa ingestão de gorduras - Atividades de lazer - Leitura - Rede social de apoio - Uso adequado das medicações
  • 43. Tratamento Os medicamentos utilizados atualmente têm obtido resultados parciais no controle da doença Anti-colinesterásicos: demência leve a moderada. Ocorre melhora da cognição e das atividades de vida diária Ex: donepezil, rivastigmina e galantamina Memantina: fases moderada a grave
  • 44. Tratamento Bloqueador de canal de cálcio: uso de nimodipina ainda necessita de mais estudos Ginkgo Ginkgo Biloba Biloba, derivados de xantina , derivados de xantina ( (pentoxifilina pentoxifilina) e ) e piracetam piracetam não não demonstraram efic demonstraram eficá ácia at cia até é o momento o momento
  • 45. Demência por corpúsculos de Lewy ■ Geralmente após a 6ª década ■ Há casos familiares ■ Flutuação na cognição, alucinações visuais recorrentes e parkinsonismo precoce (rigidez, acinesia e fácies amímica)
  • 46. Demência por corpúsculos de Lewy ■ Tratamento comportamental ■ Anticolinesterásicos ■ Memantina não foi estudada ■ Neurolépticos em baixas doses ■ Levodopa ■ Clonazepan (0,25 a 1,5 mg) e melatonina (3 a 12 mg) para distúrbios do sono
  • 47. Demência Fronto-temporal Doença de Pick Início pré-senil (a partir de 45 anos), com mudanças na personalidade e no comportamento e/ou alteração da linguagem como características iniciais bem marcantes. Comum haver alterações do comportamento sexual, com desinibição, jocosidade e hipersexualidade, além de hiperoralidade, hiperfagia com ganho de peso e obsessão em tocar objetos.
  • 48. Tratamento Não há benefício com o uso dos inibidores da acetilcolinesterase Estudos apontam para o benefício dos inibidores seletivos da recaptação de serotonina Os distúrbios de comportamento respondem ao uso de antagonistas dopaminérgicos ou antipsicóticos
  • 50. E a família? A demência no meio familiar provoca diversas mudanças, entre elas: sócio- econômicas, rompimento da inter-relação do paciente com o familiar, alteração da dinâmica familiar pela progressiva dependência do paciente
  • 51. Reabilitação cognitiva e grupo de apoio familiar O objetivo da reabilitação cognitiva é recuperar as habilidades, desbloquear as funções cognitivas comprometidas, estimular a socialização. Já o grupo de apoio familiar busca conscientizar quanto aos sintomas da demência fornecendo esclarecimento e discussão de soluções práticas
  • 52. Reabilitação cognitiva e grupo de apoio familiar Objetivos: ■ Resgatar a relação paciente-familiar ■ Prevenir doenças no cuidador/familiar ■ Redução da interdependência ■ Despertar interesses variados e afetividade ■ Orientação para a realidade ■ Estimular a segurança e preparar para complicações e até o óbito
  • 53. Treinamento cognitivo ■ Livro de memória: Frases e desenhos que orientem a pessoa em sua vida cotidiana ■ Estimulação social ■ Exercícios ■ Bons hábitos alimentares ■ Estímulo aos cuidados de higiene
  • 54. Controle do ambiente ■ Eliminar elementos arquitetônicos geradores de estresse ou confusão ■ Promover a orientação espacial ■ Criação de áreas de lazer com limitação à passagem para áreas de risco (cozinha por exemplo) ■ Música pode melhorar a agitação