Apresentação | Símbolos e Valores da União Europeia
fenomenologia husserl
1. FENOMENOLOGIAFENOMENOLOGIA
Vida e obra de Edmund HusserlVida e obra de Edmund Husserl
ContextoContexto
IntroduçãoIntrodução
A Ideia da Fenomenologia (5 lições)A Ideia da Fenomenologia (5 lições)
2. Vida e ObraVida e Obra
Nascimento Morávia na cidade ProznitzNascimento Morávia na cidade Proznitz
em 8 de abril de 1859em 8 de abril de 1859
Morreu em Friburgo em 26 de abril deMorreu em Friburgo em 26 de abril de
1938.1938.
4. INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
OBJETIVO DE HUSSERL:OBJETIVO DE HUSSERL:
Imprimir um impulso novo à investigaçãoImprimir um impulso novo à investigação
Filosófica para constituir uma ciência doFilosófica para constituir uma ciência do
conhecimento.conhecimento.
5. A FENOMENOLOGIA DE HUSSERL
A consciência é “consciência de”
A consciência é orientada para as coisas.
6. A IDEIA DA FENOMENOLOGIAA IDEIA DA FENOMENOLOGIA
A partir da leitura da obra “A Ideia daA partir da leitura da obra “A Ideia da
Fenomenologia”, texto que resulta deFenomenologia”, texto que resulta de
cinco lições proferidas em Gottingem, nocinco lições proferidas em Gottingem, no
período de 26 de abril a 2 de maio deperíodo de 26 de abril a 2 de maio de
1907.1907.
A obra já apresenta a perspectivaA obra já apresenta a perspectiva
madura da Fenomenologia de Edmundmadura da Fenomenologia de Edmund
Husserl.Husserl.
O DESAFIO DE HUSSERLO DESAFIO DE HUSSERL
7. A palavra “FenomenologiaA palavra “Fenomenologia””
O sentido etimológicoO sentido etimológico
(Verbo) - Trazer à luz, manifestar, mostrar(Verbo) - Trazer à luz, manifestar, mostrar
phainomenonphainomenon - O que se manifesta, estava- O que se manifesta, estava
escondidoescondido
‘‘Fenômeno’, do gregoFenômeno’, do grego phainomenon,phainomenon, significasignifica
“aquilo que aparece”. A palavra deriva do verbo“aquilo que aparece”. A palavra deriva do verbo
gregogrego phainomenaiphainomenai: “eu apareço”. O que: “eu apareço”. O que
“aparece” e aquilo que se mostra a luz, o“aparece” e aquilo que se mostra a luz, o
“brilhante” (“brilhante” (phainophaino).). (Husserl, 1990, p. 35)(Husserl, 1990, p. 35)
8. Como Compreender o SENTIDOComo Compreender o SENTIDO
FENOMENOLÓGICO da palavra “FENÔMENO”?FENOMENOLÓGICO da palavra “FENÔMENO”?
Trata-se, no caso, de uma relaçãoTrata-se, no caso, de uma relação
interdependente entre o aparecer e o queinterdependente entre o aparecer e o que
aparece, entre o sujeito do conhecimento e oaparece, entre o sujeito do conhecimento e o
mundo conhecido, entre a consciência quemundo conhecido, entre a consciência que
conhece e o mundo ou objeto que aparece ou seconhece e o mundo ou objeto que aparece ou se
mostra cognoscível. Nesse sentido,mostra cognoscível. Nesse sentido, a palavraa palavra
“fenômeno” é para a fenomenologia algo que“fenômeno” é para a fenomenologia algo que
compreende,compreende, simultaneamente, tanto o aparecer
quanto aquilo que aparece:: a relação
indissociável entre o sujeito e o mundo, a
consciência e seus objetos. (Husserl, 1990, p. 35)(Husserl, 1990, p. 35)
13. A nova dimensão da filosofia o seuA nova dimensão da filosofia o seu
método próprio perante a ciênciamétodo próprio perante a ciência
14. LIÇÃO 2LIÇÃO 2
O começo da crítica do
conhecimento: o por em
questão de todo o saber
A obtenção do solo
absolutamente seguro,
em ligação com a
meditação cartesiana
sobre a dúvida
O principio da redução
gnosiológica
15. O começo da crítica do conhecimento: o por
em questão de todo o saber
Husserl trata de um questionamento integral.Husserl trata de um questionamento integral.
Isso quer dizer que o mundo, a natureza física eIsso quer dizer que o mundo, a natureza física e
psíquica, o homem e toda a entidade, bempsíquica, o homem e toda a entidade, bem
como todas as ciências naturais que se referemcomo todas as ciências naturais que se referem
a estes entes estão, a partir de agora , soba estes entes estão, a partir de agora , sob
questão. Esta suspensão radical de todo saberquestão. Esta suspensão radical de todo saber
referente a entidade do ente remete e toma porreferente a entidade do ente remete e toma por
exemplo a dúvida hiperbólica que Descartesexemplo a dúvida hiperbólica que Descartes
opera em suasopera em suas Meditações Metafísicas.Meditações Metafísicas.
16. A obtenção do solo absolutamente seguro, em
ligação com a meditação cartesiana sobre a
dúvida
““Sempre que percepciono, represento, julgo, raciocino,Sempre que percepciono, represento, julgo, raciocino,
seja qual for a certeza ou incerteza, a objetalidade ou aseja qual for a certeza ou incerteza, a objetalidade ou a
inexistência de objeto destes atos, é absolutamenteinexistência de objeto destes atos, é absolutamente
claro e certo, em relação à percepção, que percepcionoclaro e certo, em relação à percepção, que percepciono
isto e aquilo e, relativamente ao juízo, que julgo isto eisto e aquilo e, relativamente ao juízo, que julgo isto e
aquilo.”aquilo.” (Husserl,1990, p. 54)(Husserl,1990, p. 54)
Em outras palavras, o que importa aqui é sobretudo umaEm outras palavras, o que importa aqui é sobretudo uma
coisa:coisa: eu perceboeu percebo.. O “eu percebo” constitui aqui umaO “eu percebo” constitui aqui uma
medida definitiva, um fundamento a partir do qual amedida definitiva, um fundamento a partir do qual a
mobilidade da investigação poderá conquistarmobilidade da investigação poderá conquistar
segurança, chão, solo.segurança, chão, solo. O ”eu percebo” é então uma
intuição imanente que tem como garantias de si mesma
a sua própria clareza e a sua própria distinção..
Não podemos, como Husserl nos ensina, quandoNão podemos, como Husserl nos ensina, quando
colocamos radicalmente em questão tudo o quecolocamos radicalmente em questão tudo o que
transcende a experiência intuitiva e imanente do “eutranscende a experiência intuitiva e imanente do “eu
percebo” tentar resgatar nenhuma transcendentalidadepercebo” tentar resgatar nenhuma transcendentalidade
17. A obtenção do solo absolutamente seguro, em
ligação com a meditação cartesiana sobre a
dúvida
Temos então que, na redução fenomenológica,Temos então que, na redução fenomenológica,
o pôr em dúvida radical do mundo empírico queo pôr em dúvida radical do mundo empírico que
nos proíbe de admitir a existência de qualquernos proíbe de admitir a existência de qualquer
coisa que transcenda os atos docoisa que transcenda os atos do cogitocogito, as, as
cogitationescogitationes..
Para Husserl toda e qualquer movimentação
argumentativa ulterior deverá se fundar no dado
absoluto intuitivo imanente: “eu percebo”.
Apesar disso, porém, continua-se apartados doApesar disso, porém, continua-se apartados do
mundo que se coloca em questão.mundo que se coloca em questão.
18. O principio da redução gnosiológica
Como é possível o conhecimento ? E isto vale, não sóComo é possível o conhecimento ? E isto vale, não só
para o problema da objetalidade transcendente, mas parapara o problema da objetalidade transcendente, mas para
a clarificação de toda possibilidadea clarificação de toda possibilidade.(Husserl,1990,p. 65)
Em toda inquirição teórico-cognoscitiva, quer se trateEm toda inquirição teórico-cognoscitiva, quer se trate
deste ou daquele tipo de conhecimento, há que levar adeste ou daquele tipo de conhecimento, há que levar a
cabo a redução gnoseológica, isto é, afetar toda acabo a redução gnoseológica, isto é, afetar toda a
transcendência concomitante com o líndice datranscendência concomitante com o líndice da
desconexão, ou com um índice da indiferença, da nulidadedesconexão, ou com um índice da indiferença, da nulidade
gnoseológica, com um índice que afirma: não me importagnoseológica, com um índice que afirma: não me importa
aqui absolutamente nada a existencia de todas estasaqui absolutamente nada a existencia de todas estas
transcendências, quer eu nela creia ou não; aqui não é otranscendências, quer eu nela creia ou não; aqui não é o
lugar de sobre ela julgar; isso fica completamente fora delugar de sobre ela julgar; isso fica completamente fora de
jogo.jogo. (Husserl,1990,p. 65)
19. Lição 3Lição 3
A realização da reduçãoA realização da redução
gnosiológica: agnosiológica: a
desconexão de tododesconexão de todo
transcendentetranscendente
O tema da investigação:O tema da investigação:
os fenômenos purosos fenômenos puros
Impossibilidade doImpossibilidade do
confinamento a dadosconfinamento a dados
singulares; Osingulares; O
conhecimentoconhecimento
fenomenológico comofenomenológico como
conhecimento deconhecimento de
essênciasessências
Os dois significados doOs dois significados do
conceito deconceito de aprioreapriore
20. A Fenomenologia, essa doutrina universalA Fenomenologia, essa doutrina universal
das essênciasdas essências segue de acordo com o própriosegue de acordo com o próprio
rigor da atitude filosófica, de acordo com arigor da atitude filosófica, de acordo com a
interrogação sistemática queinterrogação sistemática que analisa asanalisa as
condições, os limites e as possibilidades de umcondições, os limites e as possibilidades de um
conhecimento das coisas mesmas.conhecimento das coisas mesmas.
Entretanto, para que se tenha presente aEntretanto, para que se tenha presente a
grande dificuldade e o esforço depreendido,grande dificuldade e o esforço depreendido,
necessário para que Husserl pudesse formularnecessário para que Husserl pudesse formular
uma “nova fenomenologia”, cita-se aquiuma “nova fenomenologia”, cita-se aqui
passagens de anotações feitas em seu diário,passagens de anotações feitas em seu diário,
em 25/11/1906, em que fica claroem 25/11/1906, em que fica claro o desafio e ao desafio e a
grande decisão tomados por ele, de modo agrande decisão tomados por ele, de modo a
justificar a sua própria pratica filosófica comojustificar a sua própria pratica filosófica como
tarefa radical:tarefa radical:
21. ««Em primeiro lugar, menciono a tarefa geral que tenho deEm primeiro lugar, menciono a tarefa geral que tenho de
resolver para mim mesmo, se e que pretendo chamar-meresolver para mim mesmo, se e que pretendo chamar-me
filosofo.filosofo. Refiro-me a uma critica da razão. Uma critica da
razão lógica, da razão pratica e da razão valorativa em
geral. Sem clarificar, em traços gerais, o sentido, a. Sem clarificar, em traços gerais, o sentido, a
essência, os métodos, os pontos de vista capitais de umaessência, os métodos, os pontos de vista capitais de uma
ciência da razão; sem dela ter pensado, esboçado,ciência da razão; sem dela ter pensado, esboçado,
estabelecido e demonstrado um projeto geral, não posso
verdadeiramente e sinceramente viver. Os tormentos da. Os tormentos da
obscuridade, da duvida, que vacila de um para o outro lado,obscuridade, da duvida, que vacila de um para o outro lado,
já bastante os provei. Tenho de chegar a uma intimajá bastante os provei. Tenho de chegar a uma intima
firmeza. “Sei que se trata de algo grande e imenso; sei quefirmeza. “Sei que se trata de algo grande e imenso; sei que
grandes gênios ai fracassaram; e, se quisesse com elesgrandes gênios ai fracassaram; e, se quisesse com eles
comparar-me, deveria de antemão desesperarcomparar-me, deveria de antemão desesperar...»...» (Husserl,(Husserl,
1990,p. 12)1990,p. 12)
22. A realização da redução gnosiológica: aA realização da redução gnosiológica: a
desconexão de todo transcendentedesconexão de todo transcendente
Na exposição husserliana interessa saber comoNa exposição husserliana interessa saber como
podemos conhecer o transcendente.podemos conhecer o transcendente.
São livre de dúvidas a esfera de dadosSão livre de dúvidas a esfera de dados
imanentes absolutos que são asimanentes absolutos que são as cogitationescogitationes::
ver, perceber puros. É no elemento destasver, perceber puros. É no elemento destas
cogitationescogitationes puras, que a auto-presentação depuras, que a auto-presentação de
algo puramente intuído pode se dar, isto é, é noalgo puramente intuído pode se dar, isto é, é no
âmbito de um perceber puro que um fenômenoâmbito de um perceber puro que um fenômeno
puro pode, com força ainda maior, sepuro pode, com força ainda maior, se
apresentar. O fenômeno puro se apresentariaapresentar. O fenômeno puro se apresentaria
então para uma percepção pura absoluta.então para uma percepção pura absoluta.
Husserl esclarece:Husserl esclarece:
23. O tema da investigação – Os fenômenos purosO tema da investigação – Os fenômenos puros
A fim de obter o fenômeno puro, teria então deA fim de obter o fenômeno puro, teria então de
pôr novamente em questão o eu, e também opôr novamente em questão o eu, e também o
tempo, o mundo, e trazer assim à luz umtempo, o mundo, e trazer assim à luz um
fenômeno puro, a purafenômeno puro, a pura cogitatiocogitatio. Mas posso. Mas posso
também, ao percepcionar, dirigir o olhar ,também, ao percepcionar, dirigir o olhar ,
intuindo-a puramente, para a percepção paraintuindo-a puramente, para a percepção para
ela própria tal como aí está, e omitir a referênciaela própria tal como aí está, e omitir a referência
ao eu ou dela abstrair:ao eu ou dela abstrair: então , a percepção
visualmente assim captada e delimitada é uma
percepção absoluta, privada de toda
transcendência, dada como fenômeno puro no
sentido da fenomenologia. (Husserl,1990, p.71 )
24. Impossibilidade do confinamento a dadosImpossibilidade do confinamento a dados
singulares; O conhecimento fenomenológico comosingulares; O conhecimento fenomenológico como
conhecimento de essênciasconhecimento de essências
No fenômeno puro os objetos de uma percepção pura
são dados como existentes captados no ver puramente
imanente desta. Somente desse modo, uma ciência dos
fenômenos puros pode ainda se constituir. Esta
percepção pura percebe imanentemente de forma
singular; ela mesma enquanto vivência capta momentos
singularmente percebidos. Diante disto Husserl
pergunta:
“Não devia haver uma percepção intuitiva de outros
dados como dados absolutos, por exemplo, de
universalidades; de tal modo que um universal chegasse
intuitivamente a dado evidente por si e de que fosse
absurdo duvidar?” (Husserl, 1990, p.77 )
A resposta de Husserl é positiva, já que nos próprios
juízos predicativos que elaborados sobre as
cogitationes, de certa forma, se ultrapassa o alcance
singular destas.
25. A resposta de Husserl é positiva, já que nos próprios
juízos predicativos que elaborados sobre as
cogitationes, de certa forma, se ultrapassa o alcance
singular destas.
Husserl termina a terceira lição defendendo aHusserl termina a terceira lição defendendo a
necessidade de a fenomenologia ser uma investigaçãonecessidade de a fenomenologia ser uma investigação
universal das essências. Neste sentido e por essauniversal das essências. Neste sentido e por essa
razão, tem de ser possívelrazão, tem de ser possível uma intuição imanente das
essências universais para que o próprio futuro dapara que o próprio futuro da
fenomenologia como ciência e método que elucida asfenomenologia como ciência e método que elucida as
possibilidades do conhecimento possa realmente atingirpossibilidades do conhecimento possa realmente atingir
sua meta de crítica do conhecimento e fundamentaçãosua meta de crítica do conhecimento e fundamentação
das ciências.das ciências.
26. LiçãoLição 44
A ampliação da esfera de
investigação por meio da
intencionalidade
Auto presentação do
universal ;o método
filosófico da analise de
essências
A evidencia como auto
presentação
A não limitação à esfera
da imanência
ingrediente ; tema –toda
auto presentação
27. A ampliação da esfera de investigação porA ampliação da esfera de investigação por
meio da intencionalidademeio da intencionalidade
Atendo-se a Fenomenologia do conhecimento,Atendo-se a Fenomenologia do conhecimento,
esta trata da essência do conhecimento deesta trata da essência do conhecimento de
modo direto e intuitivo.modo direto e intuitivo. (Husserl, 1990, p.83)
Elucidar a essência do conhecimento e trazer àElucidar a essência do conhecimento e trazer à
auto presentação as relações de essência deauto presentação as relações de essência de
ambos os lados perscrutar esta referencia queambos os lados perscrutar esta referencia que
corresponde à essência do conhecimento.corresponde à essência do conhecimento.
(Husserl, 1990, p.84)
28. Autopresentação do universal ;o métodoAutopresentação do universal ;o método
filosófico da analise de essênciasfilosófico da analise de essências
Visam-se “as fontes do conhecimento”; as origens , queVisam-se “as fontes do conhecimento”; as origens , que
importa intuir genericamente ; os dados absolutosimporta intuir genericamente ; os dados absolutos
genericos que constituem as medidas fundamentaisgenericos que constituem as medidas fundamentais
universais, pelas quais há de medir todo o sentido.universais, pelas quais há de medir todo o sentido.
(Husserl, 1990, p.84)
A cogitatio reduzida, não vale para nós como absolutoA cogitatio reduzida, não vale para nós como absoluto
dar-se em si mesmo por ser uma singularidade, masdar-se em si mesmo por ser uma singularidade, mas
porque se revela precisamente como autopresentaçãoporque se revela precisamente como autopresentação
absoluta ao puro olhar, após a redução fenomenológica.absoluta ao puro olhar, após a redução fenomenológica.
(Husserl, 1990, p.85)
Exemplo da intuição do vermelho “visa o vermelho emExemplo da intuição do vermelho “visa o vermelho em
geral” essência genérica do vermelho e do seu estargeral” essência genérica do vermelho e do seu estar
dado na intuição genérica.dado na intuição genérica. (Husserl, 1990, p.85-86)
29. A evidencia como auto presentaçãoA evidencia como auto presentação
O fundamental é não passar por alto que a evidencia éO fundamental é não passar por alto que a evidencia é
esta consciência que efetivamente vê, que apreendeesta consciência que efetivamente vê, que apreende
seu objeto direta e adequadamente, que evidencia nadaseu objeto direta e adequadamente, que evidencia nada
mais do que o adequado dar se a si mesmo.mais do que o adequado dar se a si mesmo. (Husserl,
1990, p.90)
A não limitação à esfera da imanência ingrediente; temaA não limitação à esfera da imanência ingrediente; tema
– toda auto presentação– toda auto presentação
A razão é conhecimento intuitivo, que se propõeA razão é conhecimento intuitivo, que se propõe
justamente reduzir o entendimento à razão. p.92justamente reduzir o entendimento à razão. p.92
Portanto o menos possível de entendimento, mas o maisPortanto o menos possível de entendimento, mas o mais
possível de intuição pura.possível de intuição pura. ((Husserl,1990, p.92 )
30. Lição 5Lição 5
A constituição da consciênciaA constituição da consciência
do tempodo tempo
A apresentação das essênciasA apresentação das essências
como o dar-se evidente dacomo o dar-se evidente da
essência; a constituição daessência; a constituição da
essência singular e daessência singular e da
consciência da universalidadeconsciência da universalidade
O domínio de investigação noO domínio de investigação no
seu mais vasto âmbito: aseu mais vasto âmbito: a
constituição dos diversosconstituição dos diversos
modos de objetalidade nomodos de objetalidade no
conhecimento; o problema daconhecimento; o problema da
correlação entrecorrelação entre
conhecimento e objetalidadeconhecimento e objetalidade
do conhecimentodo conhecimento
31. A constituição da consciência do tempoA constituição da consciência do tempo
Após dar como evidente o universal este passoApós dar como evidente o universal este passo
leva a outros.leva a outros. (Husserl, 1990, p.97)
A recordação, ela não é coisa tão simples e jáA recordação, ela não é coisa tão simples e já
oferece , entrelaçada uma com as outras ,oferece , entrelaçada uma com as outras ,
diferentes formas de objetalidade e do dar-se.diferentes formas de objetalidade e do dar-se.
(Husserl, 1990, p.97)
Som ... Trecho de passado no modo de dadoSom ... Trecho de passado no modo de dado
evidente p.98 ...Na permanente variação queevidente p.98 ...Na permanente variação que
experimenta traz ao fenômeno, à manifestação,experimenta traz ao fenômeno, à manifestação,
oo ser temporal.ser temporal. (Husserl, 1990, p.98)
32. A apresentação das essências como o dar-seA apresentação das essências como o dar-se
evidente da essência; a constituição da essênciaevidente da essência; a constituição da essência
singular e da consciência da universalidadesingular e da consciência da universalidade
...Ao dar-se das essência, constitui-se ela não...Ao dar-se das essência, constitui-se ela não
simplesmente na basesimplesmente na base da percepção e da retençãoda percepção e da retenção
com ela enlaçada – de modo que, por assim dizer –com ela enlaçada – de modo que, por assim dizer –
tira do próprio fenômeno um universal – mastira do próprio fenômeno um universal – mas
também de modo que universaliza o objeto quetambém de modo que universaliza o objeto que
aparece e põe em relação a ele uma universalidade.aparece e põe em relação a ele uma universalidade.
(Husserl, 1990, p.98)..
Ex:Para a consideração de essência aEx:Para a consideração de essência a
representação da fantasia, percepção estão norepresentação da fantasia, percepção estão no
mesmo pé de igualdade.mesmo pé de igualdade. (Husserl, 1990, p.99).
33. O domínio de investigação no seu mais vasto
âmbito: a constituição dos diversos modos de
objetalidade no conhecimento;
o problema da correlação entre conhecimento e
objetalidade do conhecimento
Na percepção com sua retenção constitui-se oNa percepção com sua retenção constitui-se o
objeto temporal originário; só numa talobjeto temporal originário; só numa tal
consciência pode o tempo ser dado. Assim naconsciência pode o tempo ser dado. Assim na
consciência da universalidade, edificada sobre aconsciência da universalidade, edificada sobre a
percepção ou fantasia, constitui-se o universal.percepção ou fantasia, constitui-se o universal.
(Husserl, 1990, p.102).
34. Lição 5dLição 5d
Exemplo da casaExemplo da casa p.103p.103
O dar-se quer nele se manifeste algo dequer nele se manifeste algo de
verdadeiramente existente, algo de real ou algoverdadeiramente existente, algo de real ou algo
de ideal, algo de possível ou algo de impossível,de ideal, algo de possível ou algo de impossível,
é sempre um dar-se no fenômeno do
conhecimento, no fenômeno de pensamento no
sentido mais lato da palavra; e em toda parte,; e em toda parte,
na consideração de essências, há quena consideração de essências, há que
prosseguir esta correlação subitamente tãoprosseguir esta correlação subitamente tão
assombrosa.assombrosa. (Husserl, 1990, p.106).
35. O domínio de investigação no seu mais vasto âmbito: a
constituição dos diversos modos de objetalidade no
conhecimento; o problema da correlação entre
conhecimento e objetalidade do conhecimento
Atos categoriais que são aqui sempre oque são aqui sempre o
pressuposto dos enunciados evidentes.pressuposto dos enunciados evidentes.
(Husserl, 1990, p.102)
A consciência que vê-prescindindo da atençãoA consciência que vê-prescindindo da atenção
-são atos de pensamento formados de tal e tal-são atos de pensamento formados de tal e tal
modo, e as coisas, que não são os atos domodo, e as coisas, que não são os atos do
pensamento, estão no entanto nelespensamento, estão no entanto neles
constituídas, vêm neles a dar-se; e, porconstituídas, vêm neles a dar-se; e, por
essência, somente assim constituídas seessência, somente assim constituídas se
mostram como aquilo que são.mostram como aquilo que são. (Husserl, 1990,
p.103).
36. A Intencionalidade daA Intencionalidade da
ConsciênciaConsciência
“Suponhamos que o nosso olhar volta-se,
com um sentimento de prazer, para uma
macieira em flor no jardim...”
Onde estáOnde está
a macieira?a macieira?
37. A Intencionalidade daA Intencionalidade da
ConsciênciaConsciência
• A intencionalidade corresponde à
correlação consciência-mundo, sujeito-
objeto, mais originária que o sujeito ou o
objeto, pois esses só se definem nesta
correlação
• A intencionalidade fenomenológica é
visada de consciência, produção de um
sentido que nos permite perceber os
fenômenos humanos em seu teor vivido.
39. CONSCIÊNCIA
Toda consciência é consciência de alguma
coisa, determinando-se como atividade
constituída por atos (percepção,
imaginação, volição, paixão, etc.) com as
quais visa algo e não como substância,
pois possui um modo de ser definido pela
capacidade de transcender, quer dizer, de
dirigir-se a outra coisa que não seja ela
mesma.
40. Sentidos da consciência
Vivência intencional
Conjunto de todas as vivências (unidade).
Percepção interna das vivências psíquicas (ser
consciente).
consciência é:
“Uma corrente de experiências vividas”, ou seja, as
cogitata (imaginar, desejar, recordar, etc.), que se
dão na percepção como absoluta.
41. Redução eidéticaRedução eidética
Posso abarcar o sentido da coisa?Posso abarcar o sentido da coisa?
percebe
Sujeito coisas (res)
fenômeno (se mostra)
O método Filosófico
Deve excluir tudo que
não seja o sentido da
coisa
42. Quem e por que se busca oQuem e por que se busca o
sentido?sentido?
Sujeito
Ato perceptivo: coisa +”tocar/ver a
coisa”
Consciência “onde” o sujeito registra os
atos perceptivos
transcendente
imanente
Conceito de vivencia
O homem é capaz de:
1 saber que realiza
atos perceptivos
2 refletir sobre eles
A reflexão é
uma
consciência
de segundo
grau
43. Atos do sujeitoAtos do sujeito
Sujeito
Realiza...II atos psíquicos
•Reações
(impulsos p
beber, comer)
•emoções
I atos corpóreos
•Instintos em
geral sede ,
fome, sono)
III atos espirituais
Reflexões decisões
avaliações controle
44. Sujeitos em graus diversos deSujeitos em graus diversos de
presença e realização de atividadespresença e realização de atividades
Sujeito
.
Baixo grau de realização da
estrutura comum
Ex pessoa em estado de coma
Baixo grau de desenvolvimento
espiritual: dificuldade para refletir,
avaliar, decidir
Resultado:dificuldade para
controlar impulsos , emoções
Alto grau de desenvolvimento de
toda estrutura geral (comum) a
todo ser humano:atividades
espiritual, psíquica e corpórea
Estou
impossibilitado de
realizar a contento
minha estrutura
Estou pouco
educado
espiritualmente
Estou plenamente
educado:corpórea,
psíquica e
espiritualmente
45. Husserl busca fundamentar a análise daHusserl busca fundamentar a análise da
atenção nos diferentes níveisatenção nos diferentes níveis
Percepção Recordação Imaginação Fantasia
Atenção como
ato psíquico
Atenção como
ato voluntário
Análise Atos
psíquicos
sempre têm
uma
motivaçãoEx motivação para
beber ato psíquico
não beber
ato voluntário
47. CONCLUSÃOCONCLUSÃO
O problema originário foi a relação entre a vivenciaO problema originário foi a relação entre a vivencia
subjetivamente psicológica e a realidade nelasubjetivamente psicológica e a realidade nela
apreendida. p.107apreendida. p.107
1.1. Exige-se que o problema radical deve incidir antes naExige-se que o problema radical deve incidir antes na
relação entre conhecimento e objeto,relação entre conhecimento e objeto, mas em sentidomas em sentido
reduzidoreduzido
2.2. Exige-se a evidencia de que o problemaExige-se a evidencia de que o problema
verdadeiramente importante éverdadeiramente importante é o da doação última deo da doação última de
sentido por parte do conhecimento e portanto o dasentido por parte do conhecimento e portanto o da
objetalidade em geralobjetalidade em geral que só é o que é na suaque só é o que é na sua
correlação com o conhecimento possível. p.107correlação com o conhecimento possível. p.107
48. CONCLUSÃOCONCLUSÃO
3.3. Exige-se ainda a evidencia de que esteExige-se ainda a evidencia de que este
problema só se pode resolver na esferaproblema só se pode resolver na esfera dada
evidencia puraevidencia pura,, na esfera do dar-se, que porna esfera do dar-se, que por
ser absoluto é a norma supremaser absoluto é a norma suprema; e de que por; e de que por
conseguinte temos de perseguir uma a uma ,conseguinte temos de perseguir uma a uma ,
no procedimento de intuir, todas asno procedimento de intuir, todas as
configurações fundamentais do conhecimentoconfigurações fundamentais do conhecimento
e todas as configurações basilares dase todas as configurações basilares das
objetalidades que nele, plena ou parcialmenteobjetalidades que nele, plena ou parcialmente
vem a dar-se para assim determinar o sentidovem a dar-se para assim determinar o sentido
de todas as correlações a elucidar.de todas as correlações a elucidar.