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Universidade Estadual da Paraíba (UEPB)
Centro de Educação (CEDUC)
Departamento de História
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES)
EEEMP Elpídio de Almeida
Série: 2º
Turno: Tarde
Professor Supervisor: Eriberto Souto
Bolsistas: Maria Emília, Milena Xavier, Natalia Santos, Natália Correia e Thais Costa.
Revoltas provinciais – Cabanagem (1835-1840)
O período regencial foi uma época conturbada de nossa história, com a eclosão de
revoltas nas províncias brasileiras. Analisando o contexto histórico dessa época,
percebemos que evidentemente, essas revoltas não ocorrem por acaso. Elas são produtos
de insatisfações coletivas acumuladas durante bom tempo. No caso do Brasil, os
descontentamentos abundavam desde a época de D. Pedro I. Como os governos
regenciais não foram capazes de eliminar suas causas, as insatisfações acabaram
manifestando-se de forma violenta e explosiva.
As revoltas estavam vinculadas, basicamente, á crise do império em três esferas:
econômica, social e política.
Cabanagem (1835-1840)
A cabanagem foi uma grande revolta popular que aconteceu no Pará ( Província do
Grão Pará, na época) a partir de 1835 e durou 5 anos. Ficou conhecida por esse nome
porque dela participou uma multidão de cabanos – homens e mulheres pobres , negros,
indígenas e mestiços que trabalhavam principalmente na extração de produtos da
floresta e viviam em casas semelhantes a cabanas, á beira dos rios.
Os cabanos rebelaram-se contra à situação de miséria em que viviam e contra os
responsáveis por sua exploração. Para tentar pôr fim à injustiça social de que eram
vítimas, decidiram tomar o poder da província. Um dos líderes da Cabanagem foi o
padre Batista Campos, que no sertão paraense, costumava benzer os pedaços de pau
utilizados como arma pelos rebeldes. Muitos líderes populares da revolta eram
conhecidos por seus apelidos, como João do Mato, Domingos Onça, Mãe da Chuva e
Gigante do fumo. Em 1835 tropas de Cabanos conquistaram Belém, a capital provincial,
mataram várias autoridades do governo ( entre elas o presidente da província) e
tomaram o poder.
A princípio, os revoltosos apoiados por alguns líderes fazendeiros do Pará,
descontentes com a política centralizadora do governo imperial e com a falta de
autonomia da província. Os fazendeiros queriam exportar sem barreiras os produtos da
região (cacau, madeira, erva aromáticas, peles etc.).
Apesar de conquistarem o poder, os cabanos tiveram grande dificuldade em
governar: faltava-lhe organização, havia muitas divergências entre os líderes do
movimento e a rebelião foi traída várias vezes. Tudo isso facilitou a violenta repressão
comandada pelas tropas enviadas da capital do império. Depois de mais de humano no
poder e outros quatro anos de resistência no interior da província, e vários
enfrentamentos, o movimento foi dominado em 1840, com a rendição do último grupo
rebelde.
Calcula-se que tenham sido mortos mais de 30 mil revoltosos, cerca de 30% da
população da província. Os que sobreviveram aos combates e ás perseguições acabaram
presos.
Referências bibliográficas
COTRIM, Gilberto – História global, São Paulo, saraiva 2016.

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Texto Introdutório - Revoltas Provinciais: Cabanagem

  • 1. Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Centro de Educação (CEDUC) Departamento de História Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID/CAPES) EEEMP Elpídio de Almeida Série: 2º Turno: Tarde Professor Supervisor: Eriberto Souto Bolsistas: Maria Emília, Milena Xavier, Natalia Santos, Natália Correia e Thais Costa. Revoltas provinciais – Cabanagem (1835-1840) O período regencial foi uma época conturbada de nossa história, com a eclosão de revoltas nas províncias brasileiras. Analisando o contexto histórico dessa época, percebemos que evidentemente, essas revoltas não ocorrem por acaso. Elas são produtos de insatisfações coletivas acumuladas durante bom tempo. No caso do Brasil, os descontentamentos abundavam desde a época de D. Pedro I. Como os governos regenciais não foram capazes de eliminar suas causas, as insatisfações acabaram manifestando-se de forma violenta e explosiva. As revoltas estavam vinculadas, basicamente, á crise do império em três esferas: econômica, social e política. Cabanagem (1835-1840) A cabanagem foi uma grande revolta popular que aconteceu no Pará ( Província do Grão Pará, na época) a partir de 1835 e durou 5 anos. Ficou conhecida por esse nome porque dela participou uma multidão de cabanos – homens e mulheres pobres , negros, indígenas e mestiços que trabalhavam principalmente na extração de produtos da floresta e viviam em casas semelhantes a cabanas, á beira dos rios.
  • 2. Os cabanos rebelaram-se contra à situação de miséria em que viviam e contra os responsáveis por sua exploração. Para tentar pôr fim à injustiça social de que eram vítimas, decidiram tomar o poder da província. Um dos líderes da Cabanagem foi o padre Batista Campos, que no sertão paraense, costumava benzer os pedaços de pau utilizados como arma pelos rebeldes. Muitos líderes populares da revolta eram conhecidos por seus apelidos, como João do Mato, Domingos Onça, Mãe da Chuva e Gigante do fumo. Em 1835 tropas de Cabanos conquistaram Belém, a capital provincial, mataram várias autoridades do governo ( entre elas o presidente da província) e tomaram o poder. A princípio, os revoltosos apoiados por alguns líderes fazendeiros do Pará, descontentes com a política centralizadora do governo imperial e com a falta de autonomia da província. Os fazendeiros queriam exportar sem barreiras os produtos da região (cacau, madeira, erva aromáticas, peles etc.). Apesar de conquistarem o poder, os cabanos tiveram grande dificuldade em governar: faltava-lhe organização, havia muitas divergências entre os líderes do movimento e a rebelião foi traída várias vezes. Tudo isso facilitou a violenta repressão comandada pelas tropas enviadas da capital do império. Depois de mais de humano no poder e outros quatro anos de resistência no interior da província, e vários enfrentamentos, o movimento foi dominado em 1840, com a rendição do último grupo rebelde. Calcula-se que tenham sido mortos mais de 30 mil revoltosos, cerca de 30% da população da província. Os que sobreviveram aos combates e ás perseguições acabaram presos. Referências bibliográficas COTRIM, Gilberto – História global, São Paulo, saraiva 2016.