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Cabanagem
Ana Caroliny, Angelina, Cristhian Tércio, Isaac Xavier,
Luis Segundo, Marcelo Henrique, Mirella
Tópicos
• 1º introdução
• 2º Contexto histórico
• 3º Movimento Cabanos
• 4º Objetivos e Causas
• 5º Principais Líderes
• 6º Desfecho e
Consequências
• 7º Curiosidades
• 8º Extras - imagens
• 9º Texto complementar
A Cabanagem foi uma revolta que
aconteceu na província do Grão-
Pará, entre os anos de 1835 e
1840, durante o Período
Regencial. Logo após a abdicação
de Dom Pedro I e enquanto se
aguardava Dom Pedro II atingir a
maioridade, o império brasileiro foi
governado por regentes. Esse
período foi marcado por revoltas
provinciais, e no Grão-Pará
aconteceu a Cabanagem, uma
das mais violentas desse período.
INTRODUÇÃO
CONTEXTO HISTÓRICO
A Cabanagem foi, de fato, uma das revoltas mais sangrentas e
significativas que ocorreram durante o Período Regencial no Brasil.
Ela se desenrolou na antiga província do Grão-Pará, que
compreendia uma vasta região na região norte do país. Seu nome
é uma referência aos "cabanos", que eram em sua maioria
pessoas humildes, mestiços, índios e negros, muitas vezes
moradores de cabanas, daí o termo "cabanos".
O QUE FOI O MOVIMENTO DOS CABANOS
A Cabanagem foi caracterizada
por uma brutalidade extrema,
com confrontos violentos,
massacres e perseguições.
Vários líderes se destacaram
ao longo do conflito,
mas a revolta não teve uma
liderança unificada.
O governo imperial reagiu enviando
tropas para reprimir a revolta,
e a luta se estendeu por vários anos.
Objetivos e Causas
OBJETIVOS
Inicialmente, seu objetivo era proclamar uma república
independente na região, rompendo com o controle do governo
imperial no Rio de Janeiro. Os insurgentes da Cabanagem também
buscavam reformas sociais e econômicas, incluindo a distribuição
mais justa de terras e riquezas naturais, bem como o fim da
exploração da população local. Além disso, a luta da Cabanagem
estava associada à busca por um sistema mais igualitário e justo,
onde as camadas mais pobres tivessem seus direitos respeitados. A
revolta também tinha como objetivo combater a corrupção e a
injustiça percebidas nas autoridades locais e na administração
imperial.
CAUSAS
A Cabanagem foi um movimento rebelde motivado pelo
descotentamento político, exclusão social e econômica, exploração dos
recursos naturais, influência de ideias liberais e ressentimento contra as
autoridades locais. A população local se sentia negligenciada pelo governo
central no Rio de Janeiro, devido à instabilidade política nacional, o que
gerou insatisfação. Além disso, a desigualdade social e econômica era
evidente, com a elite agrária e comercial dominando o poder e a economia,
enquanto a maioria sofria com pobreza e exploração. Os recursos naturais
da região eram explorados sem beneficiar a população local. As ideias
liberais que surgiram na época influenciaram os líderes da Cabanagem em
sua busca por liberdade, igualdade e justiça social. As autoridades locais
eram vistas como corruptas e opressivas, alimentando o ressentimento
geral que culminou na revolta conhecida como Cabanagem.
Em resumo, o interesse era de toda a
população. Os ricos em busca de mais
poder e riquezas e os pobres em busca de
sobrevivência, respeito, moradia,
alimentação, trabalho e dignidade.
Principais líderes
Felix Clemente Malcher
Nascido em 1772, na cidade paraense de Monte
Alegre, Francisco Clemente Malcher foi militar e se
tornou o primeiro governante a assumir o poder no
Grão-Pará, logo após a eclosão da Revolta da
Cabanagem. Porém, como governador, Malcher se
afastou das reivindicações da revolta e começou a
perseguir seus antigos companheiros de luta. Ele
declarou sua fidelidade à Dom Pedro II e prometeu
ficar no poder até a maioridade do futuro imperador.
Em 20 de fevereiro de 1835, Malcher foi deposto e
morto pelos integrantes da Cabanagem.
Francisco Vinagre
Logo após a deposição e morte de Félix Clemente
Malcher, quem assumiu o poder do Grão-Pará foi
Francisco Vinagre. Nascido em Belém, no ano de
1793, Vinagre era chefe das tropas da Cabanagem
enquanto Malcher era governador.
Desentendimentos entre os dois fizeram com que o
governo cabano se desestabilizasse. Vinagre foi
preso, mas seu irmão, Antônio Vinagre, matou
Malcher e o libertou, empossando-o como novo
governador. Tal qual o primeiro governante da
Cabanagem, Francisco Vinagre foi acusado de
traição e de se aliar aos regentes.
Principais lideres
Eduardo Angelim nasceu em 1814, foi lavrador e
um dos líderes da Cabanagem. Desde a
juventude, participou ativamente da política no
Grão-Pará. Foi o último governante da província
e tentou fazer um governo voltado para as
questões sociais. A falta de apoio político
desestabilizou seu governo, o que favoreceu a
retomada do poder regencia
Eduardo Angelim
Desfecho e Consequências
O brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andrea, Barão de Caçapava,
retomou Belém e tornou-se governador da província do Pará até abril de
1839. Litografia de S. A. Sisson, 1861. Domínio público, Biblioteca Brasiliana
Guita e José Mindlin
Em 1836, o regente Feijó decidiu
intervir na província para restabelecer
a ordem e enviou uma esquadra comandada pelo
brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andrea
para retomar a capital, Belém, que havia sido ocupada pelos
cabanos. O relato descreve a situação na cidade na época,
destacando a presença majoritária de mulheres, e descreve a
repressão brutal que se seguiu.
Os cabanos, após perderem Belém,
recuaram para o interior da província e
resistiram por mais três anos, mas a
situação só foi completamente controlada
pelas tropas do governo central em 1840. A
repressão a essa revolta foi marcada pela
violência e por incidentes criminosos
envolvendo mercenários e tropas
governamentais.
Desfecho e Consequências
Desfecho e Consequências
Ao final do movimento, estima-se que cerca de 30% da
população da província tenha perdido a vida em
decorrência dos conflitos, o que representa um grande
impacto humano. A Revolta dos Cabanos, portanto,
chegou ao fim com a derrota dos rebeldes e uma
tragédia humanitária, marcando um dos episódios
sangrentos da história do Brasil no período regencial.
Desfecho e Consequências
Após 5 anos, chegava ao fim a Revolta dos Cabanos, que, segundo o
historiador Caio Prado Júnior, "foi o mais notável movimento popular
do Brasil, (...) o único em que as camadas mais inferiores da população
conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa
estabilidade.
Curiosidades
• 1.Memorial da Cabanagem.
• 2. As Mulheres participaram
da guerra e foram essenciais
pois elas levavam comida
para os revoltados.
• 3. Musical inspirado na
Cabanagem.
• 4. Revolta reuniu várias
classes sociais
Imagem da tragédia
do Brigue "Palhaço"
onde duzentas e
cinquentas pessoas
foram presas, no
começo da revolução
Cabana
Forte do Castelo. Destaca-se por ter
sido um local onde aconteceu muitas
lutas armadas durante a Cabanagem.
Escadaria do Palácio do governo, local onde foi
assassinado o governador Lobo de Souza
terminando assim o governo atroz
( do malhado como era conhecido).
O governo central nomeou,
em 1833,
Bernardo Lobo Souza para
governador da província. Os
cabanos, revoltados com a
repressão e autoritarismo de
Bernardo Souza, promovem
um ataque ao quartel e ao
palácio de Belém e acabam
por matar o governador, além
de tomar posse de várias
armas e munições.
Memorial da Cabanagem
A rampa elevada em direção ao céu representa
a grandiosidade da revolta popular, que
chegou muito perto de atingir seus objetivos,
enquanto a "fratura" faz alusão à ruptura do
processo revolucionário. O Monumento foi
revitalizado após décadas de abandono e
constantes arrombamentos, pichações e
depredações.
Monumento projetado pelo arquiteto
Oscar Niemeyer
A bandeira Cabana era de cor vermelha
tinguida com tintura do muruxi, fruta
amazônica. Durou apenas cincos anos.
Motins políticos, escrito por Domingos Antônio Raiol, o
Barão de Guarujá. É a mais antiga referência
historiográfica sobre a Cabanagem.
A peça, produzida em 2016, é adaptação do livro “Cabanagem -
Poema”, escrito pelo pesquisador Valdecir Manuel Affonso Palhares.
O musical tem encenação, adaptação e direção geral da atriz Ester Sá.
Cabanos hoje
Nós somos hoje herdeiros
De um povo valente e guerreiro
De ideias e bravura honrosas
Da nossa história tão gloriosa
Que viva em nossa memória
Nossa heróica trajetória
De luta árdua e revolução
Contra a voraz opressão
Então cantemos a liberdade
Calada ontem pelos covardes
Pelos agentes da submissão
Da bárbara exploração
Nós somos povo herdeiro
De heróis verdadeiros.
Que nos sertões da hiléia
Permaneça viva a ideia!
Francisco Silva
Texto Complementar
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  • 1. Cabanagem Ana Caroliny, Angelina, Cristhian Tércio, Isaac Xavier, Luis Segundo, Marcelo Henrique, Mirella
  • 2. Tópicos • 1º introdução • 2º Contexto histórico • 3º Movimento Cabanos • 4º Objetivos e Causas • 5º Principais Líderes • 6º Desfecho e Consequências • 7º Curiosidades • 8º Extras - imagens • 9º Texto complementar
  • 3. A Cabanagem foi uma revolta que aconteceu na província do Grão- Pará, entre os anos de 1835 e 1840, durante o Período Regencial. Logo após a abdicação de Dom Pedro I e enquanto se aguardava Dom Pedro II atingir a maioridade, o império brasileiro foi governado por regentes. Esse período foi marcado por revoltas provinciais, e no Grão-Pará aconteceu a Cabanagem, uma das mais violentas desse período. INTRODUÇÃO
  • 4. CONTEXTO HISTÓRICO A Cabanagem foi, de fato, uma das revoltas mais sangrentas e significativas que ocorreram durante o Período Regencial no Brasil. Ela se desenrolou na antiga província do Grão-Pará, que compreendia uma vasta região na região norte do país. Seu nome é uma referência aos "cabanos", que eram em sua maioria pessoas humildes, mestiços, índios e negros, muitas vezes moradores de cabanas, daí o termo "cabanos".
  • 5. O QUE FOI O MOVIMENTO DOS CABANOS A Cabanagem foi caracterizada por uma brutalidade extrema, com confrontos violentos, massacres e perseguições. Vários líderes se destacaram ao longo do conflito, mas a revolta não teve uma liderança unificada. O governo imperial reagiu enviando tropas para reprimir a revolta, e a luta se estendeu por vários anos.
  • 7. OBJETIVOS Inicialmente, seu objetivo era proclamar uma república independente na região, rompendo com o controle do governo imperial no Rio de Janeiro. Os insurgentes da Cabanagem também buscavam reformas sociais e econômicas, incluindo a distribuição mais justa de terras e riquezas naturais, bem como o fim da exploração da população local. Além disso, a luta da Cabanagem estava associada à busca por um sistema mais igualitário e justo, onde as camadas mais pobres tivessem seus direitos respeitados. A revolta também tinha como objetivo combater a corrupção e a injustiça percebidas nas autoridades locais e na administração imperial.
  • 8. CAUSAS A Cabanagem foi um movimento rebelde motivado pelo descotentamento político, exclusão social e econômica, exploração dos recursos naturais, influência de ideias liberais e ressentimento contra as autoridades locais. A população local se sentia negligenciada pelo governo central no Rio de Janeiro, devido à instabilidade política nacional, o que gerou insatisfação. Além disso, a desigualdade social e econômica era evidente, com a elite agrária e comercial dominando o poder e a economia, enquanto a maioria sofria com pobreza e exploração. Os recursos naturais da região eram explorados sem beneficiar a população local. As ideias liberais que surgiram na época influenciaram os líderes da Cabanagem em sua busca por liberdade, igualdade e justiça social. As autoridades locais eram vistas como corruptas e opressivas, alimentando o ressentimento geral que culminou na revolta conhecida como Cabanagem.
  • 9. Em resumo, o interesse era de toda a população. Os ricos em busca de mais poder e riquezas e os pobres em busca de sobrevivência, respeito, moradia, alimentação, trabalho e dignidade.
  • 10. Principais líderes Felix Clemente Malcher Nascido em 1772, na cidade paraense de Monte Alegre, Francisco Clemente Malcher foi militar e se tornou o primeiro governante a assumir o poder no Grão-Pará, logo após a eclosão da Revolta da Cabanagem. Porém, como governador, Malcher se afastou das reivindicações da revolta e começou a perseguir seus antigos companheiros de luta. Ele declarou sua fidelidade à Dom Pedro II e prometeu ficar no poder até a maioridade do futuro imperador. Em 20 de fevereiro de 1835, Malcher foi deposto e morto pelos integrantes da Cabanagem.
  • 11. Francisco Vinagre Logo após a deposição e morte de Félix Clemente Malcher, quem assumiu o poder do Grão-Pará foi Francisco Vinagre. Nascido em Belém, no ano de 1793, Vinagre era chefe das tropas da Cabanagem enquanto Malcher era governador. Desentendimentos entre os dois fizeram com que o governo cabano se desestabilizasse. Vinagre foi preso, mas seu irmão, Antônio Vinagre, matou Malcher e o libertou, empossando-o como novo governador. Tal qual o primeiro governante da Cabanagem, Francisco Vinagre foi acusado de traição e de se aliar aos regentes.
  • 12. Principais lideres Eduardo Angelim nasceu em 1814, foi lavrador e um dos líderes da Cabanagem. Desde a juventude, participou ativamente da política no Grão-Pará. Foi o último governante da província e tentou fazer um governo voltado para as questões sociais. A falta de apoio político desestabilizou seu governo, o que favoreceu a retomada do poder regencia Eduardo Angelim
  • 13. Desfecho e Consequências O brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andrea, Barão de Caçapava, retomou Belém e tornou-se governador da província do Pará até abril de 1839. Litografia de S. A. Sisson, 1861. Domínio público, Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin Em 1836, o regente Feijó decidiu intervir na província para restabelecer a ordem e enviou uma esquadra comandada pelo brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andrea para retomar a capital, Belém, que havia sido ocupada pelos cabanos. O relato descreve a situação na cidade na época, destacando a presença majoritária de mulheres, e descreve a repressão brutal que se seguiu.
  • 14. Os cabanos, após perderem Belém, recuaram para o interior da província e resistiram por mais três anos, mas a situação só foi completamente controlada pelas tropas do governo central em 1840. A repressão a essa revolta foi marcada pela violência e por incidentes criminosos envolvendo mercenários e tropas governamentais. Desfecho e Consequências
  • 15. Desfecho e Consequências Ao final do movimento, estima-se que cerca de 30% da população da província tenha perdido a vida em decorrência dos conflitos, o que representa um grande impacto humano. A Revolta dos Cabanos, portanto, chegou ao fim com a derrota dos rebeldes e uma tragédia humanitária, marcando um dos episódios sangrentos da história do Brasil no período regencial.
  • 16. Desfecho e Consequências Após 5 anos, chegava ao fim a Revolta dos Cabanos, que, segundo o historiador Caio Prado Júnior, "foi o mais notável movimento popular do Brasil, (...) o único em que as camadas mais inferiores da população conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa estabilidade.
  • 17. Curiosidades • 1.Memorial da Cabanagem. • 2. As Mulheres participaram da guerra e foram essenciais pois elas levavam comida para os revoltados. • 3. Musical inspirado na Cabanagem. • 4. Revolta reuniu várias classes sociais
  • 18. Imagem da tragédia do Brigue "Palhaço" onde duzentas e cinquentas pessoas foram presas, no começo da revolução Cabana
  • 19. Forte do Castelo. Destaca-se por ter sido um local onde aconteceu muitas lutas armadas durante a Cabanagem.
  • 20. Escadaria do Palácio do governo, local onde foi assassinado o governador Lobo de Souza terminando assim o governo atroz ( do malhado como era conhecido). O governo central nomeou, em 1833, Bernardo Lobo Souza para governador da província. Os cabanos, revoltados com a repressão e autoritarismo de Bernardo Souza, promovem um ataque ao quartel e ao palácio de Belém e acabam por matar o governador, além de tomar posse de várias armas e munições.
  • 21. Memorial da Cabanagem A rampa elevada em direção ao céu representa a grandiosidade da revolta popular, que chegou muito perto de atingir seus objetivos, enquanto a "fratura" faz alusão à ruptura do processo revolucionário. O Monumento foi revitalizado após décadas de abandono e constantes arrombamentos, pichações e depredações. Monumento projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer
  • 22. A bandeira Cabana era de cor vermelha tinguida com tintura do muruxi, fruta amazônica. Durou apenas cincos anos.
  • 23. Motins políticos, escrito por Domingos Antônio Raiol, o Barão de Guarujá. É a mais antiga referência historiográfica sobre a Cabanagem.
  • 24. A peça, produzida em 2016, é adaptação do livro “Cabanagem - Poema”, escrito pelo pesquisador Valdecir Manuel Affonso Palhares. O musical tem encenação, adaptação e direção geral da atriz Ester Sá.
  • 25. Cabanos hoje Nós somos hoje herdeiros De um povo valente e guerreiro De ideias e bravura honrosas Da nossa história tão gloriosa Que viva em nossa memória Nossa heróica trajetória De luta árdua e revolução Contra a voraz opressão Então cantemos a liberdade Calada ontem pelos covardes Pelos agentes da submissão Da bárbara exploração Nós somos povo herdeiro De heróis verdadeiros. Que nos sertões da hiléia Permaneça viva a ideia! Francisco Silva Texto Complementar