A Cabanagem foi uma violenta revolta entre 1835-1840 na província do Grão-Pará liderada por cabanos, compostos principalmente por pessoas humildes e escravizadas. Seus objetivos eram estabelecer uma república independente e reformas sociais e econômicas. Após cinco anos de conflito, as tropas do governo imperial derrotaram os cabanos, resultando em cerca de 30% da população morta e o fim da revolta.
2. Tópicos
• 1º introdução
• 2º Contexto histórico
• 3º Movimento Cabanos
• 4º Objetivos e Causas
• 5º Principais Líderes
• 6º Desfecho e
Consequências
• 7º Curiosidades
• 8º Extras - imagens
• 9º Texto complementar
3. A Cabanagem foi uma revolta que
aconteceu na província do Grão-
Pará, entre os anos de 1835 e
1840, durante o Período
Regencial. Logo após a abdicação
de Dom Pedro I e enquanto se
aguardava Dom Pedro II atingir a
maioridade, o império brasileiro foi
governado por regentes. Esse
período foi marcado por revoltas
provinciais, e no Grão-Pará
aconteceu a Cabanagem, uma
das mais violentas desse período.
INTRODUÇÃO
4. CONTEXTO HISTÓRICO
A Cabanagem foi, de fato, uma das revoltas mais sangrentas e
significativas que ocorreram durante o Período Regencial no Brasil.
Ela se desenrolou na antiga província do Grão-Pará, que
compreendia uma vasta região na região norte do país. Seu nome
é uma referência aos "cabanos", que eram em sua maioria
pessoas humildes, mestiços, índios e negros, muitas vezes
moradores de cabanas, daí o termo "cabanos".
5. O QUE FOI O MOVIMENTO DOS CABANOS
A Cabanagem foi caracterizada
por uma brutalidade extrema,
com confrontos violentos,
massacres e perseguições.
Vários líderes se destacaram
ao longo do conflito,
mas a revolta não teve uma
liderança unificada.
O governo imperial reagiu enviando
tropas para reprimir a revolta,
e a luta se estendeu por vários anos.
7. OBJETIVOS
Inicialmente, seu objetivo era proclamar uma república
independente na região, rompendo com o controle do governo
imperial no Rio de Janeiro. Os insurgentes da Cabanagem também
buscavam reformas sociais e econômicas, incluindo a distribuição
mais justa de terras e riquezas naturais, bem como o fim da
exploração da população local. Além disso, a luta da Cabanagem
estava associada à busca por um sistema mais igualitário e justo,
onde as camadas mais pobres tivessem seus direitos respeitados. A
revolta também tinha como objetivo combater a corrupção e a
injustiça percebidas nas autoridades locais e na administração
imperial.
8. CAUSAS
A Cabanagem foi um movimento rebelde motivado pelo
descotentamento político, exclusão social e econômica, exploração dos
recursos naturais, influência de ideias liberais e ressentimento contra as
autoridades locais. A população local se sentia negligenciada pelo governo
central no Rio de Janeiro, devido à instabilidade política nacional, o que
gerou insatisfação. Além disso, a desigualdade social e econômica era
evidente, com a elite agrária e comercial dominando o poder e a economia,
enquanto a maioria sofria com pobreza e exploração. Os recursos naturais
da região eram explorados sem beneficiar a população local. As ideias
liberais que surgiram na época influenciaram os líderes da Cabanagem em
sua busca por liberdade, igualdade e justiça social. As autoridades locais
eram vistas como corruptas e opressivas, alimentando o ressentimento
geral que culminou na revolta conhecida como Cabanagem.
9. Em resumo, o interesse era de toda a
população. Os ricos em busca de mais
poder e riquezas e os pobres em busca de
sobrevivência, respeito, moradia,
alimentação, trabalho e dignidade.
10. Principais líderes
Felix Clemente Malcher
Nascido em 1772, na cidade paraense de Monte
Alegre, Francisco Clemente Malcher foi militar e se
tornou o primeiro governante a assumir o poder no
Grão-Pará, logo após a eclosão da Revolta da
Cabanagem. Porém, como governador, Malcher se
afastou das reivindicações da revolta e começou a
perseguir seus antigos companheiros de luta. Ele
declarou sua fidelidade à Dom Pedro II e prometeu
ficar no poder até a maioridade do futuro imperador.
Em 20 de fevereiro de 1835, Malcher foi deposto e
morto pelos integrantes da Cabanagem.
11. Francisco Vinagre
Logo após a deposição e morte de Félix Clemente
Malcher, quem assumiu o poder do Grão-Pará foi
Francisco Vinagre. Nascido em Belém, no ano de
1793, Vinagre era chefe das tropas da Cabanagem
enquanto Malcher era governador.
Desentendimentos entre os dois fizeram com que o
governo cabano se desestabilizasse. Vinagre foi
preso, mas seu irmão, Antônio Vinagre, matou
Malcher e o libertou, empossando-o como novo
governador. Tal qual o primeiro governante da
Cabanagem, Francisco Vinagre foi acusado de
traição e de se aliar aos regentes.
12. Principais lideres
Eduardo Angelim nasceu em 1814, foi lavrador e
um dos líderes da Cabanagem. Desde a
juventude, participou ativamente da política no
Grão-Pará. Foi o último governante da província
e tentou fazer um governo voltado para as
questões sociais. A falta de apoio político
desestabilizou seu governo, o que favoreceu a
retomada do poder regencia
Eduardo Angelim
13. Desfecho e Consequências
O brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andrea, Barão de Caçapava,
retomou Belém e tornou-se governador da província do Pará até abril de
1839. Litografia de S. A. Sisson, 1861. Domínio público, Biblioteca Brasiliana
Guita e José Mindlin
Em 1836, o regente Feijó decidiu
intervir na província para restabelecer
a ordem e enviou uma esquadra comandada pelo
brigadeiro Francisco José de Sousa Soares de Andrea
para retomar a capital, Belém, que havia sido ocupada pelos
cabanos. O relato descreve a situação na cidade na época,
destacando a presença majoritária de mulheres, e descreve a
repressão brutal que se seguiu.
14. Os cabanos, após perderem Belém,
recuaram para o interior da província e
resistiram por mais três anos, mas a
situação só foi completamente controlada
pelas tropas do governo central em 1840. A
repressão a essa revolta foi marcada pela
violência e por incidentes criminosos
envolvendo mercenários e tropas
governamentais.
Desfecho e Consequências
15. Desfecho e Consequências
Ao final do movimento, estima-se que cerca de 30% da
população da província tenha perdido a vida em
decorrência dos conflitos, o que representa um grande
impacto humano. A Revolta dos Cabanos, portanto,
chegou ao fim com a derrota dos rebeldes e uma
tragédia humanitária, marcando um dos episódios
sangrentos da história do Brasil no período regencial.
16. Desfecho e Consequências
Após 5 anos, chegava ao fim a Revolta dos Cabanos, que, segundo o
historiador Caio Prado Júnior, "foi o mais notável movimento popular
do Brasil, (...) o único em que as camadas mais inferiores da população
conseguem ocupar o poder de toda uma província com certa
estabilidade.
17. Curiosidades
• 1.Memorial da Cabanagem.
• 2. As Mulheres participaram
da guerra e foram essenciais
pois elas levavam comida
para os revoltados.
• 3. Musical inspirado na
Cabanagem.
• 4. Revolta reuniu várias
classes sociais
18. Imagem da tragédia
do Brigue "Palhaço"
onde duzentas e
cinquentas pessoas
foram presas, no
começo da revolução
Cabana
19. Forte do Castelo. Destaca-se por ter
sido um local onde aconteceu muitas
lutas armadas durante a Cabanagem.
20. Escadaria do Palácio do governo, local onde foi
assassinado o governador Lobo de Souza
terminando assim o governo atroz
( do malhado como era conhecido).
O governo central nomeou,
em 1833,
Bernardo Lobo Souza para
governador da província. Os
cabanos, revoltados com a
repressão e autoritarismo de
Bernardo Souza, promovem
um ataque ao quartel e ao
palácio de Belém e acabam
por matar o governador, além
de tomar posse de várias
armas e munições.
21. Memorial da Cabanagem
A rampa elevada em direção ao céu representa
a grandiosidade da revolta popular, que
chegou muito perto de atingir seus objetivos,
enquanto a "fratura" faz alusão à ruptura do
processo revolucionário. O Monumento foi
revitalizado após décadas de abandono e
constantes arrombamentos, pichações e
depredações.
Monumento projetado pelo arquiteto
Oscar Niemeyer
22. A bandeira Cabana era de cor vermelha
tinguida com tintura do muruxi, fruta
amazônica. Durou apenas cincos anos.
23. Motins políticos, escrito por Domingos Antônio Raiol, o
Barão de Guarujá. É a mais antiga referência
historiográfica sobre a Cabanagem.
24. A peça, produzida em 2016, é adaptação do livro “Cabanagem -
Poema”, escrito pelo pesquisador Valdecir Manuel Affonso Palhares.
O musical tem encenação, adaptação e direção geral da atriz Ester Sá.
25. Cabanos hoje
Nós somos hoje herdeiros
De um povo valente e guerreiro
De ideias e bravura honrosas
Da nossa história tão gloriosa
Que viva em nossa memória
Nossa heróica trajetória
De luta árdua e revolução
Contra a voraz opressão
Então cantemos a liberdade
Calada ontem pelos covardes
Pelos agentes da submissão
Da bárbara exploração
Nós somos povo herdeiro
De heróis verdadeiros.
Que nos sertões da hiléia
Permaneça viva a ideia!
Francisco Silva
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