Este documento discute a possibilidade de usar jogos teatrais como uma metodologia para construir dados em pesquisas sobre recepção teatral. A autora reflete sobre sua experiência empírica com crianças espectadoras e levanta questões sobre como apreender a recepção do público e transformar aspectos dos jogos teatrais em dados para análise.
Estudos Culturais, recepção e teatro: uma articulação possível? (2006)Taís Ferreira
Este artigo discute a possível articulação entre os Estudos Culturais de recepção e a recepção no campo teatral. A autora propõe desenvolver um estudo de recepção teatral inspirado nos Estudos Culturais de Comunicação, considerando o receptor como co-produtor ativo na construção de significados. Também contextualiza a evolução dos estudos de recepção, desde modelos que enxergavam o receptor como passivo até abordagens que o veem como agente ativo e polissêmico.
Por uma (des)necessária pedagogia do espectador taís ferreiraTaís Ferreira
Este documento discute a necessidade de se desenvolver ações voltadas à formação do espectador nas escolas atuais. Argumenta-se que as crianças e jovens já são espectadores devido ao mundo contemporâneo de mídias, mas que isso não os torna sujeitos da experiência teatral. Questiona-se se é preciso ensinar a ser espectador ou se basta alfabetizar as linguagens cênicas.
Conversações sobre teatro e educação livroTaís Ferreira
Livro completo - Conversações sobre teatro e educação - organização Fabiane Tejada, Taís Ferreira e Vanessa Leite - Porto Alegre: Observatório Gráfico, 2013.
Representações de infâncias nos palcos gaúchos ou Como são os personagens-cri...Taís Ferreira
Este documento apresenta um resumo de um artigo analítico sobre as representações de crianças em peças de teatro infantil gaúchas. A autora contextualiza teorias sobre a infância e analisa dois espetáculos teatrais infantis, focando nos personagens-criança e na concepção de público infantil idealizado.
Programas de espetáculo como gênero: relações com a produção teatral para cri...Taís Ferreira
Este documento discute as características da produção teatral infantil em Porto Alegre entre 1998-2003, analisando programas de espetáculos teatrais. A autora observa que esses programas vão além de simples informações, veiculando discursos sobre as peças e construindo os espectadores. Ela questiona para quem esses programas realmente se dirigem.
Este artigo discute o teatro amador como uma pedagogia cultural e espaço de formação para artistas e professores de artes cênicas. O teatro amador é definido como aquele sem fins lucrativos e que não diferencia claramente artistas e público. Ele desempenhou um papel importante na formação de profissionais de teatro no Brasil e pode operar como pedagogia informal complementar à educação formal em artes cênicas.
Moitará e oigalê o jogo das identidades populares brasileiras e a commedia ...Taís Ferreira
O documento discute como dois grupos teatrais brasileiros, Moitará e Oigalê, trabalham com identidades populares brasileiras em seus espetáculos. Os grupos usam elementos da commedia dell'arte e buscam democratizar o acesso ao teatro. Moitará usa máscaras e Oigalê se especializou em teatro de rua, ambos apropriando-se de estereótipos como o gaúcho e o índio para representar identidades populares.
Estudos Culturais, recepção e teatro: uma articulação possível? (2006)Taís Ferreira
Este artigo discute a possível articulação entre os Estudos Culturais de recepção e a recepção no campo teatral. A autora propõe desenvolver um estudo de recepção teatral inspirado nos Estudos Culturais de Comunicação, considerando o receptor como co-produtor ativo na construção de significados. Também contextualiza a evolução dos estudos de recepção, desde modelos que enxergavam o receptor como passivo até abordagens que o veem como agente ativo e polissêmico.
Por uma (des)necessária pedagogia do espectador taís ferreiraTaís Ferreira
Este documento discute a necessidade de se desenvolver ações voltadas à formação do espectador nas escolas atuais. Argumenta-se que as crianças e jovens já são espectadores devido ao mundo contemporâneo de mídias, mas que isso não os torna sujeitos da experiência teatral. Questiona-se se é preciso ensinar a ser espectador ou se basta alfabetizar as linguagens cênicas.
Conversações sobre teatro e educação livroTaís Ferreira
Livro completo - Conversações sobre teatro e educação - organização Fabiane Tejada, Taís Ferreira e Vanessa Leite - Porto Alegre: Observatório Gráfico, 2013.
Representações de infâncias nos palcos gaúchos ou Como são os personagens-cri...Taís Ferreira
Este documento apresenta um resumo de um artigo analítico sobre as representações de crianças em peças de teatro infantil gaúchas. A autora contextualiza teorias sobre a infância e analisa dois espetáculos teatrais infantis, focando nos personagens-criança e na concepção de público infantil idealizado.
Programas de espetáculo como gênero: relações com a produção teatral para cri...Taís Ferreira
Este documento discute as características da produção teatral infantil em Porto Alegre entre 1998-2003, analisando programas de espetáculos teatrais. A autora observa que esses programas vão além de simples informações, veiculando discursos sobre as peças e construindo os espectadores. Ela questiona para quem esses programas realmente se dirigem.
Este artigo discute o teatro amador como uma pedagogia cultural e espaço de formação para artistas e professores de artes cênicas. O teatro amador é definido como aquele sem fins lucrativos e que não diferencia claramente artistas e público. Ele desempenhou um papel importante na formação de profissionais de teatro no Brasil e pode operar como pedagogia informal complementar à educação formal em artes cênicas.
Moitará e oigalê o jogo das identidades populares brasileiras e a commedia ...Taís Ferreira
O documento discute como dois grupos teatrais brasileiros, Moitará e Oigalê, trabalham com identidades populares brasileiras em seus espetáculos. Os grupos usam elementos da commedia dell'arte e buscam democratizar o acesso ao teatro. Moitará usa máscaras e Oigalê se especializou em teatro de rua, ambos apropriando-se de estereótipos como o gaúcho e o índio para representar identidades populares.
As infâncias no teatro para crianças revista art& 01Taís Ferreira
Este documento apresenta uma análise das representações de crianças no teatro infantil contemporâneo. A autora discute como as peças representam as crianças nos textos dramáticos e encenações, e como isso reflete a visão de criança e público-alvo. Ela analisa dois espetáculos teatrais infantis produzidos em Porto Alegre para ilustrar como as crianças são retratadas e como os atores constroem esses personagens.
Este documento discute o teatro como uma experiência que atravessa os espectadores e atores, deixando marcas. A autora realizou pesquisas com crianças espectadoras e observou sua compreensão da linguagem teatral e como o teatro pode ser uma experiência para elas. O documento também reflete sobre a dificuldade, mas importância, de se narrar experiências teatrais.
O teatro amador como espaço de formação teatralTaís Ferreira
Este documento descreve uma pesquisa sobre o teatro amador na região da Serra Gaúcha no Rio Grande do Sul e seu papel na formação de profissionais de teatro. A pesquisa envolve entrevistas com artistas que participaram do teatro amador e pesquisa documental sobre a história do teatro na região. As primeiras questões levantadas dizem respeito aos limites entre profissionais e amadores no teatro e como o aprendizado teatral ocorre tanto em escolas quanto de forma autodidata.
1) O documento discute as múltiplas linguagens e formas de ser das crianças na contemporaneidade, incluindo o teatro, internet e outros meios.
2) As crianças estão expostas a uma grande quantidade de informações diariamente através da mídia, interferindo na forma como se relacionam com o mundo.
3) Linguagens como teatro, internet, TV e outros meios ensinam às crianças modos de ser, estar no mundo e atribuir significado aos eventos.
A autora discute três pontos principais sobre teatro e educação formal:
1) A natureza única do conhecimento proporcionado pelo teatro de assumir diferentes perspectivas corporalmente.
2) A importância de se pensar nos conteúdos específicos da linguagem teatral, como ação, personagem e espaço cênico.
3) A necessidade de se refletir sobre o sentido das práticas teatrais para os envolvidos, não apenas o resultado final.
Artefatos culturais para infância e a escolaTaís Ferreira
O documento discute a relação entre artefatos culturais e teatro para crianças e jovens na escola. Apresenta como o teatro é parte do currículo escolar e como a escola é o principal local de contato das crianças com espetáculos e prática teatral. Também destaca características comuns em artefatos teatrais para crianças, como intenção didática e moralizante, e a apropriação de temas escolares.
O Lúdico e a construção do Sentido - Maria Lúcia de Souza Barros PupoPIBID_Teatro2014
O documento discute como abordagens lúdicas da improvisação teatral permitem aos participantes mergulhar na construção da significação em cena de maneiras criativas. Duas modalidades são descritas: o jogo teatral e o jogo dramático. Ambos enfatizam a aprendizagem pessoal através da construção física de ficções que exploram elementos como ação, espaço e fala. Eles também permitem que os participantes formulem e respondam a situações teatrais de maneiras espontâneas.
1) O artigo discute as noções de jogo teatral, jogo dramático e dramatic play, analisando suas origens e diferenças conceituais.
2) O jogo teatral se refere aos theater games de Viola Spolin, que usam regras e estrutura para promover a aprendizagem teatral de forma espontânea.
3) Jogo dramático e dramatic play se referem a coisas diferentes - o primeiro é baseado no jeu dramatique francês e o segundo na brincadeira infantil de faz-de-conta.
Alumbramentos de um corpo em sombras: O ator da Companhia Teatro Lumbra de An...PIBID_Teatro2014
Este documento apresenta uma pesquisa sobre o ator da Companhia Teatro Lumbra de Animação. Resume que a pesquisa teve como objetivo entender as relações entre o ator-animador, sua silhueta, sombra e corpo no processo de criação do Teatro de Sombras, considerando elementos como espaço, iluminação, dramaturgia e cenografia. A pesquisa foi qualitativa e exploratória, baseada em pesquisa bibliográfica, levantamento de dados e estudo de caso com a Companhia.
Este texto apresenta uma reflexão sobre currículo em arte propondo um ensino "em espiral" que valorize a experiência sensível e a perspectiva do aluno. A autora sugere que os professores se aproximem das culturas da infância e se tornem "performers", catalisadores de novas percepções por meio de atividades integradas entre teatro, música, corporalidade e espaço. O objetivo é contribuir para um debate mais aberto sobre currículo artístico.
Este artigo discute a noção de "criança performer" baseada na pesquisa da autora sobre teatro para crianças pequenas. A criança performer se aproxima da visão de infância de Merleau-Ponty e da abordagem da Sociologia da Infância, vendo a criança como parte do mesmo mundo dos adultos e capaz de criação e performance se provocada de forma sensível. O texto reflete sobre como o teatro pós-dramático se alinha com a experiência infantil e pode ser usado para educação estética na infância.
1) O documento discute a reinstitucionalização da infância na modernidade tardia, onde as ideias sobre crianças e suas condições de vida estão passando por transformações significativas.
2) Na modernidade inicial, a infância foi institucionalizada através da criação da escola pública e da família centrada nos cuidados infantis.
3) Também surgiram novos saberes sobre o desenvolvimento infantil, como a pediatria e psicologia desenvolvimentista, que influenciaram as práticas com crianças.
Arte e metáforas contemporaneas para pensar infância e educaçãopiaprograma
O documento discute as relações entre arte, educação e infância. A autora argumenta que a arte contemporânea pode ampliar as maneiras como professoras veem arte, imagens e as produções das crianças. Ela também explora como artistas buscam inspiração na infância e como a infância pode ser vista como um acontecimento, não algo previsível.
O Que Os Surdos E A Literatura TêM A Dizer Uma ReflexãO Sobre O Ensino Na E...asustecnologia
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o ensino de leitura e literatura para crianças surdas na Escola ANPACIN em Maringá, Paraná. A pesquisa investiga as complexidades das relações entre surdos e literatura, discutindo o papel da família e da escola na formação de leitores surdos. A dissertação analisa a importância da literatura infantil e como a escola e a família podem mediar não apenas a leitura de textos, mas também a compreensão do mundo por crianças surdas.
Livro faz teatro o ensino de teatro na ed. infantil e no ensino fundamentalHelena Romero
O PIBID FAZ, é fruto de um projeto que vem sendo
executado de modo exitoso e proporciona, sobretudo,
o registro da trajetória de cada subprojeto nas escolas
parceiras. Trata-se de uma publicação desenvolvida
pelos boslsistas do PIBID/FaE/UFMG de forma colaborativa
com objetivo relatar e sistematizar experiências
metodológicas de ensino-aprendizado realizadas nas
salas de aula e nas comunidades onde se insere a escola.
Desta maneira, o PIBID FAZ, diz respeito às intervenções
nas escolas; ao desenvolvimento de sínteses
pedagógicas e planos de aula e a realização de atividades
de campo. É, sem duvida, um material de cunho
pedagógico e de registro importante na/da formação
docente dos “Pibidianos”.
O boletim informativo apresenta um seminário sobre o uso do cinema no ensino de História, com exibições de filmes e debates entre 5 e 9 de novembro. Também resume artigos sobre a atuação dos historiadores em diversas áreas e anuncia eventos acadêmicos sobre história, comunicação e meio ambiente.
A montagem da Peça: “A maldição do vale negro” a partir dos Jogos teatrais - ...PIBID_Teatro2014
Este documento descreve o processo de montagem da peça "A Maldição do Vale Negro" utilizando Jogos Teatrais com alunos do ensino médio. A autora usou os Jogos Teatrais para preparar os alunos e apresentar uma versão de telenovela da peça. O objetivo era manter os alunos motivados durante todo o processo e desenvolver suas habilidades teatrais de forma lúdica. A autora analisa os resultados do processo e como os Jogos Teatrais contribuíram para a aprendizagem dos alunos.
Fora de cena, no palco da modernidade um estudo do pensamento teatral de herm...Soniacps8
Esta tese analisa o pensamento teatral de Hermilo Borba Filho e seu papel na modernização do teatro brasileiro no século XX. A pesquisa examina como Hermilo, a partir de Recife, longe dos principais centros teatrais do país, assumiu uma posição ativa no processo de modernização do teatro nacional, principalmente após os anos 1930. A tese se baseia em documentos produzidos por Hermilo, especialmente sua coluna teatral diária dos anos 1940, para discutir as influências, motivações e consequências de seu trabalho renov
O documento repete várias vezes que a pirataria é crime e que o material não deve ser impresso ou comercializado, mas apenas usado para pesquisa. Também diz que imprimir o conteúdo sai mais caro do que comprar o livro.
O documento discute a origem e evolução do teatro ao longo da história. Resume que o teatro teve origem nos rituais religiosos da Grécia Antiga em homenagem a Dionísio, com o primeiro ator sendo Téspis, e evoluiu para formas seculares na Idade Média e Renascimento. Também discute as funções necessárias para montar uma peça teatral.
As infâncias no teatro para crianças revista art& 01Taís Ferreira
Este documento apresenta uma análise das representações de crianças no teatro infantil contemporâneo. A autora discute como as peças representam as crianças nos textos dramáticos e encenações, e como isso reflete a visão de criança e público-alvo. Ela analisa dois espetáculos teatrais infantis produzidos em Porto Alegre para ilustrar como as crianças são retratadas e como os atores constroem esses personagens.
Este documento discute o teatro como uma experiência que atravessa os espectadores e atores, deixando marcas. A autora realizou pesquisas com crianças espectadoras e observou sua compreensão da linguagem teatral e como o teatro pode ser uma experiência para elas. O documento também reflete sobre a dificuldade, mas importância, de se narrar experiências teatrais.
O teatro amador como espaço de formação teatralTaís Ferreira
Este documento descreve uma pesquisa sobre o teatro amador na região da Serra Gaúcha no Rio Grande do Sul e seu papel na formação de profissionais de teatro. A pesquisa envolve entrevistas com artistas que participaram do teatro amador e pesquisa documental sobre a história do teatro na região. As primeiras questões levantadas dizem respeito aos limites entre profissionais e amadores no teatro e como o aprendizado teatral ocorre tanto em escolas quanto de forma autodidata.
1) O documento discute as múltiplas linguagens e formas de ser das crianças na contemporaneidade, incluindo o teatro, internet e outros meios.
2) As crianças estão expostas a uma grande quantidade de informações diariamente através da mídia, interferindo na forma como se relacionam com o mundo.
3) Linguagens como teatro, internet, TV e outros meios ensinam às crianças modos de ser, estar no mundo e atribuir significado aos eventos.
A autora discute três pontos principais sobre teatro e educação formal:
1) A natureza única do conhecimento proporcionado pelo teatro de assumir diferentes perspectivas corporalmente.
2) A importância de se pensar nos conteúdos específicos da linguagem teatral, como ação, personagem e espaço cênico.
3) A necessidade de se refletir sobre o sentido das práticas teatrais para os envolvidos, não apenas o resultado final.
Artefatos culturais para infância e a escolaTaís Ferreira
O documento discute a relação entre artefatos culturais e teatro para crianças e jovens na escola. Apresenta como o teatro é parte do currículo escolar e como a escola é o principal local de contato das crianças com espetáculos e prática teatral. Também destaca características comuns em artefatos teatrais para crianças, como intenção didática e moralizante, e a apropriação de temas escolares.
O Lúdico e a construção do Sentido - Maria Lúcia de Souza Barros PupoPIBID_Teatro2014
O documento discute como abordagens lúdicas da improvisação teatral permitem aos participantes mergulhar na construção da significação em cena de maneiras criativas. Duas modalidades são descritas: o jogo teatral e o jogo dramático. Ambos enfatizam a aprendizagem pessoal através da construção física de ficções que exploram elementos como ação, espaço e fala. Eles também permitem que os participantes formulem e respondam a situações teatrais de maneiras espontâneas.
1) O artigo discute as noções de jogo teatral, jogo dramático e dramatic play, analisando suas origens e diferenças conceituais.
2) O jogo teatral se refere aos theater games de Viola Spolin, que usam regras e estrutura para promover a aprendizagem teatral de forma espontânea.
3) Jogo dramático e dramatic play se referem a coisas diferentes - o primeiro é baseado no jeu dramatique francês e o segundo na brincadeira infantil de faz-de-conta.
Alumbramentos de um corpo em sombras: O ator da Companhia Teatro Lumbra de An...PIBID_Teatro2014
Este documento apresenta uma pesquisa sobre o ator da Companhia Teatro Lumbra de Animação. Resume que a pesquisa teve como objetivo entender as relações entre o ator-animador, sua silhueta, sombra e corpo no processo de criação do Teatro de Sombras, considerando elementos como espaço, iluminação, dramaturgia e cenografia. A pesquisa foi qualitativa e exploratória, baseada em pesquisa bibliográfica, levantamento de dados e estudo de caso com a Companhia.
Este texto apresenta uma reflexão sobre currículo em arte propondo um ensino "em espiral" que valorize a experiência sensível e a perspectiva do aluno. A autora sugere que os professores se aproximem das culturas da infância e se tornem "performers", catalisadores de novas percepções por meio de atividades integradas entre teatro, música, corporalidade e espaço. O objetivo é contribuir para um debate mais aberto sobre currículo artístico.
Este artigo discute a noção de "criança performer" baseada na pesquisa da autora sobre teatro para crianças pequenas. A criança performer se aproxima da visão de infância de Merleau-Ponty e da abordagem da Sociologia da Infância, vendo a criança como parte do mesmo mundo dos adultos e capaz de criação e performance se provocada de forma sensível. O texto reflete sobre como o teatro pós-dramático se alinha com a experiência infantil e pode ser usado para educação estética na infância.
1) O documento discute a reinstitucionalização da infância na modernidade tardia, onde as ideias sobre crianças e suas condições de vida estão passando por transformações significativas.
2) Na modernidade inicial, a infância foi institucionalizada através da criação da escola pública e da família centrada nos cuidados infantis.
3) Também surgiram novos saberes sobre o desenvolvimento infantil, como a pediatria e psicologia desenvolvimentista, que influenciaram as práticas com crianças.
Arte e metáforas contemporaneas para pensar infância e educaçãopiaprograma
O documento discute as relações entre arte, educação e infância. A autora argumenta que a arte contemporânea pode ampliar as maneiras como professoras veem arte, imagens e as produções das crianças. Ela também explora como artistas buscam inspiração na infância e como a infância pode ser vista como um acontecimento, não algo previsível.
O Que Os Surdos E A Literatura TêM A Dizer Uma ReflexãO Sobre O Ensino Na E...asustecnologia
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre o ensino de leitura e literatura para crianças surdas na Escola ANPACIN em Maringá, Paraná. A pesquisa investiga as complexidades das relações entre surdos e literatura, discutindo o papel da família e da escola na formação de leitores surdos. A dissertação analisa a importância da literatura infantil e como a escola e a família podem mediar não apenas a leitura de textos, mas também a compreensão do mundo por crianças surdas.
Livro faz teatro o ensino de teatro na ed. infantil e no ensino fundamentalHelena Romero
O PIBID FAZ, é fruto de um projeto que vem sendo
executado de modo exitoso e proporciona, sobretudo,
o registro da trajetória de cada subprojeto nas escolas
parceiras. Trata-se de uma publicação desenvolvida
pelos boslsistas do PIBID/FaE/UFMG de forma colaborativa
com objetivo relatar e sistematizar experiências
metodológicas de ensino-aprendizado realizadas nas
salas de aula e nas comunidades onde se insere a escola.
Desta maneira, o PIBID FAZ, diz respeito às intervenções
nas escolas; ao desenvolvimento de sínteses
pedagógicas e planos de aula e a realização de atividades
de campo. É, sem duvida, um material de cunho
pedagógico e de registro importante na/da formação
docente dos “Pibidianos”.
O boletim informativo apresenta um seminário sobre o uso do cinema no ensino de História, com exibições de filmes e debates entre 5 e 9 de novembro. Também resume artigos sobre a atuação dos historiadores em diversas áreas e anuncia eventos acadêmicos sobre história, comunicação e meio ambiente.
A montagem da Peça: “A maldição do vale negro” a partir dos Jogos teatrais - ...PIBID_Teatro2014
Este documento descreve o processo de montagem da peça "A Maldição do Vale Negro" utilizando Jogos Teatrais com alunos do ensino médio. A autora usou os Jogos Teatrais para preparar os alunos e apresentar uma versão de telenovela da peça. O objetivo era manter os alunos motivados durante todo o processo e desenvolver suas habilidades teatrais de forma lúdica. A autora analisa os resultados do processo e como os Jogos Teatrais contribuíram para a aprendizagem dos alunos.
Fora de cena, no palco da modernidade um estudo do pensamento teatral de herm...Soniacps8
Esta tese analisa o pensamento teatral de Hermilo Borba Filho e seu papel na modernização do teatro brasileiro no século XX. A pesquisa examina como Hermilo, a partir de Recife, longe dos principais centros teatrais do país, assumiu uma posição ativa no processo de modernização do teatro nacional, principalmente após os anos 1930. A tese se baseia em documentos produzidos por Hermilo, especialmente sua coluna teatral diária dos anos 1940, para discutir as influências, motivações e consequências de seu trabalho renov
O documento repete várias vezes que a pirataria é crime e que o material não deve ser impresso ou comercializado, mas apenas usado para pesquisa. Também diz que imprimir o conteúdo sai mais caro do que comprar o livro.
O documento discute a origem e evolução do teatro ao longo da história. Resume que o teatro teve origem nos rituais religiosos da Grécia Antiga em homenagem a Dionísio, com o primeiro ator sendo Téspis, e evoluiu para formas seculares na Idade Média e Renascimento. Também discute as funções necessárias para montar uma peça teatral.
1) O documento descreve vários jogos teatrais e exercícios para uma oficina de teatro, com o objetivo de desenvolver a expressão corporal e criatividade dos participantes.
2) Os jogos e exercícios incluem alongamentos, aquecimento físico, improvisação teatral e exercícios em grupo para estimular a interação.
3) A oficina usa técnicas de teatro para promover o desenvolvimento pessoal dos participantes e discutir temas sociais.
1) A dinâmica de grupo tem como objetivo ensinar comportamentos novos através da discussão e decisão em grupo, ao invés de métodos tradicionais de ensino.
2) Os objetivos das dinâmicas de grupo incluem desinibir a criatividade, melhorar a comunicação, construir novas relações, estimular a reflexão e ajudar no desenvolvimento pessoal.
3) As dinâmicas podem ser classificadas em apresentação, integração, recreação, aprendizagem e reflexão. É importante planejamento e conhecimento
Plano de aula 4: Exercício cênico com variações do mesmo temaAna Beatriz Cargnin
O plano de aula propõe um exercício cênico com variações de emoções para trabalhar a expressão corporal e estimular a criatividade. Os alunos irão representar a mesma fala ou cena primeiro de forma natural e depois com emoções diferentes sugeridas pelo professor, como tristeza ou alegria.
Este documento descreve duas partes de um jogo teatral. Na Parte I, os jogadores ficam em pé sem fazer nada enquanto são observados, causando desconforto. Na Parte II, é dada uma tarefa simples como contar cadeiras para aliviar o desconforto quando focados nessa tarefa. Isso demonstra como o foco em uma atividade pode reduzir o desconforto. O objetivo é ensinar sobre a importância do foco nos Jogos Teatrais.
O documento discute os vários elementos da linguagem cênica no teatro, incluindo figurino, iluminação, maquiagem, acessórios, cenário, vestuário, mímica, gestos, movimentos, fala e como esses elementos contribuem para a caracterização da personagem e desempenho do ator.
O documento discute o uso de dinâmicas de grupo na evangelização de crianças e jovens, descrevendo como elas podem ser usadas para quebra de gelo, autoconhecimento, fixação de conteúdo e resolução de conflitos. Ele também explica o ciclo de aprendizagem vivencial com cinco fases - vivência, relato, processamento, generalização e aplicação.
O documento define termos fundamentais do teatro como ator, texto e público. Explora conceitos como ação interior e exterior, apresentação, bastidores, cena e outros elementos essenciais para a produção e apresentação de uma peça teatral. Também lista os principais componentes do teatro, incluindo autor, diretor, ator, cenógrafo e público.
Plano de aula 3: Confecção de Material para Teatro e Contação de HistóriasAna Beatriz Cargnin
O plano de aula ensina alunos do 3o ano a fazer chapéus para teatro e contação de histórias utilizando papelão e jornais. Os alunos medirão suas faces e desenharão um chapéu no papelão, que pintarão e decorarão. Faixas de papelão prenderão o chapéu e os alunos apresentarão suas criações.
Este documento apresenta o planejamento anual para o ensino de Artes Cênicas no ensino médio. Ele inclui objetivos gerais e específicos, conteúdos e metodologias para cada ano letivo, com foco no desenvolvimento de habilidades criativas e de concentração dos alunos por meio de jogos teatrais e atividades práticas nas artes cênicas.
O documento fornece um resumo sobre dinâmica de grupo, definindo-a como uma técnica focada nas pessoas que tem como objetivo conduzir os participantes a novos comportamentos por meio da discussão em grupo. Brevemente descreve sua história, origem nos Estados Unidos e aplicação no Brasil a partir da década de 1960. Explica também o papel do facilitador e características como escuta ativa e não julgamento.
1) O texto discute a origem e evolução do teatro, desde os rituais primitivos em homenagem aos deuses até as diferentes formas teatrais modernas.
2) Provavelmente o teatro surgiu junto com a curiosidade humana, quando os homens primitivos imitavam animais caçados para contar histórias.
3) Os primeiros espetáculos teatrais surgiram nos rituais religiosos gregos em homenagem aos deuses.
(1) A melodia e a harmonia são partes integrantes da música e compõem o timbre. A melodia é a combinação de notas musicais sucessivas e a harmonia é a combinação de notas tocadas ao mesmo tempo.
(2) A música profana medieval incluía canções de amor e sátiras políticas, não ligadas às tradições religiosas. A música sacra tinha o canto gregoriano como forma inicial feita apenas com vozes.
(3) Os trovadores eram nobres que compunham e cantavam poesias acompan
[1] O documento apresenta uma oficina sobre ensino-aprendizagem de habilidades sociais para educadores da Escola Classe Arniqueira. [2] Aborda conceitos como desenvolvimento psicossocial, inteligência emocional, classes de habilidades sociais e estratégias de ensino como aprendizagem mediada. [3] Tem como objetivo sensibilizar educadores sobre a importância do trabalho pedagógico sobre habilidades sociais nas séries iniciais do ensino fundamental.
O documento discute as linguagens artísticas de teatro, música, dança e artes visuais. Ele fornece definições de termos-chave dessas linguagens, como ator, diretor, melodia e harmonia. O documento também faz perguntas sobre sons musicais e elementos das linguagens.
Problematizando uma estratégia multimetodológica...Taís Ferreira
Este documento resume as escolhas metodológicas de uma pesquisa sobre a recepção de teatro infantil por crianças. A autora utilizou uma abordagem multimetodológica inspirada na etnografia, incluindo jogos teatrais, desenhos das crianças e entrevistas. Ela reflete sobre como cada método contribuiu para a construção de dados empíricos e as implicações dessas escolhas metodológicas.
O documento discute a relação entre teatro e educação. Apresenta uma série que visa refletir sobre os sentidos do teatro, a linguagem cênica e formas de ensinar e aprender teatro. O objetivo é contribuir para o desenvolvimento das artes cênicas na escola e a formação de alunos mais críticos e reflexivos.
O artigo discute aspectos da teatralidade presentes na obra de Clarice Lispector, apontando índices de materialidade e performatividade da linguagem plástico-sensorial da escrita da autora. O texto explora a tensão entre literariedade e teatralidade que percorre grande parte da produção de Lispector desde seu romance inaugural Perto do Coração Selvagem.
O TEATRO DE IMPROVISO COMO PRÁTICA EDUCATIVA NO ENSINO DE HISTÓRIA srentesupor
Este documento discute o uso do teatro de improviso como prática educativa no ensino de história para combater discriminações raciais. Argumenta que o teatro de improviso promove a diversidade, o respeito mútuo e a valorização das diferenças, ajudando a desconstruir preconceitos. Também defende que o teatro estimula a criatividade dos estudantes e permite novas formas de aprendizagem significativa.
O documento discute a importância de atividades lúdicas como brincadeiras e jogos no processo de ensino-aprendizagem. Apresenta a relevância do lúdico para o desenvolvimento infantil de acordo com teóricos como Piaget e Wallon. Também fornece exemplos de como atividades lúdicas podem ser usadas para o ensino de língua portuguesa, história e matemática nas séries iniciais.
Este documento descreve uma pesquisa qualitativa que utilizou jogos e exercícios teatrais baseados no Teatro do Oprimido de Augusto Boal com nove professoras. O objetivo foi proporcionar uma experiência estética na educação e desvelar seus significados para a construção do conhecimento. As atividades revelaram-se inquietantes para as professoras e as levaram a refletir sobre seu papel como educadoras e a necessidade de transformações no âmbito educacional.
Este documento discute a importância do lúdico no ensino, especificamente nas áreas de Língua Portuguesa, História e Matemática. Aprender brincando é fundamental para o desenvolvimento infantil. Jogos, brincadeiras e literatura infantil podem ser usados para ensinar de forma criativa esses assuntos de maneira a estimular a imaginação e aprendizagem das crianças.
Seminarios integrados de pesquisa - Aproximações investigativas de duas pesq...Maria Cecilia Silva
Material produzido para apresentação na disciplina Seminários Integrados de Pesquisa do mestrado em Artes da cena - UFG. Uma aproximação metodológica com a pesquisa em desenvolvimento e a pesquisa "A menina, o cavalo e a chuva".
O Teatro na Educação Artigo- Claudineia da Silva BarbosaClaudinéia Barbosa
O documento discute a importância do teatro na educação. Apresenta uma oficina sobre teatro e educação com estudantes de graduação e pesquisa com professores sobre como o ensino de arte/teatro tem contribuído para o desenvolvimento dos alunos. A pesquisa indica que o teatro pode resignificar o ensino-aprendizagem ao valorizar a criatividade no aqui e agora.
Partilhando experiências interdisciplinares em arte, uma proposta de cartogra...pibiduergsmontenegro
Este documento descreve uma oficina interdisciplinar entre Artes Visuais, Dança, Música e Teatro desenvolvida por estudantes de licenciatura. A oficina focou em atividades de leitura e criação utilizando diferentes linguagens artísticas. Os estudantes desenvolveram uma "cartografia com palavras", mapeando textos literários e explorando a sonoridade, movimento e expressão corporal sugeridos pelas palavras. A oficina teve como objetivo promover o diálogo e a construção colaborativa de conhec
Abordagem genética em torno das questões que justificam o jogo como principal fonte metodológica do ensino do teatro, constituindo, pois duas grandes frentes: O jogo Dramático e o Jogo Teatral.
O documento discute o papel do teatro no desenvolvimento infantil. Aponta que as crianças já nascem com a capacidade de dramatização, que evolui do jogo individual para o coletivo à medida que frequentam a escola. Cabe à escola proporcionar atividades teatrais que estimulem o crescimento das crianças tanto individualmente quanto socialmente.
O documento discute as diferentes formas de teatro de animação e propõe que o termo mais amplo e apropriado seja "teatro de animação". Ele também explora a essência do teatro de animação, argumentando que ele trabalha com a matéria concreta que, pela energia do ator, torna-se animada e personagem, transmitindo vida através do mistério da animação.
O documento descreve o projeto "Os Buscadores", que usa teatro para promover reflexão sobre a educação entre educadores. A peça teatral retrata os dilemas de um casal de professores e dispara debates sobre questões pedagógicas. O projeto já ocorreu em várias cidades brasileiras desde 2002 para milhares de educadores.
O documento descreve o projeto "Os Buscadores", que utiliza teatro para promover reflexão sobre a educação entre educadores. A peça teatral retrata os dilemas de um casal de professores e dispara debates sobre questões pedagógicas. O projeto já ocorreu em várias cidades brasileiras desde 2002 para milhares de educadores.
1) O documento discute a história do teatro infantil no Rio Grande do Sul, desde os seus primórdios até os dias atuais.
2) Nos últimos 50 anos, houve um crescimento no número de grupos e espetáculos de teatro infantil, embora existam poucos registros formais sobre o assunto.
3) O texto analisa o teatro infantil como um "campo", usando os conceitos de Pierre Bourdieu, e discute como ele se desenvolveu em interação com outros campos culturais.
Este manual aborda temas relacionados ao mundo do trabalho por meio de discussões e atividades em Arte, Educação Física e Língua Portuguesa. Os quatro capítulos tratam de como a tecnologia impacta diferentes profissões, das escolhas profissionais e entrada no mercado de trabalho, das condições de trabalho para mulheres e dos impactos do trabalho no lazer e na saúde física e mental.
Este manual fornece sugestões de atividades para as aulas de Expressão Musical e Dramática dos 1o e 2o anos do Ensino Básico. Inclui jogos, músicas e exercícios para desenvolver a criatividade, imaginação e habilidades sociais das crianças de forma lúdica e participativa. Tem como objetivo tornar estas aulas momentos de alegria e aprendizagem para os alunos.
Notas (incertas) sobre teatro e pós-modernidadeTaís Ferreira
Este documento discute a diversidade do campo teatral contemporâneo inserido na pós-modernidade, usando como exemplo acontecimentos teatrais na cidade de Pelotas no Rio Grande do Sul. O autor argumenta que na pós-modernidade existe uma convivência de diferentes gêneros, estéticas e públicos no campo teatral, ilustrando com três eventos teatrais distintos ocorrendo simultaneamente em Pelotas: uma comédia de costumes, um espetáculo experimental universitário e um espetáculo de rua inspirado no teatro épico g
O documento discute como o processo criativo envolve a transformação de ideias em símbolos e formas através da criação artística. Também explora como a poética ocorre na troca entre artistas e público, reunindo múltiplas singularidades em novas relações. Além disso, destaca a importância do acaso e da ressignificação na criação de obras que dão forma às necessidades humanas.
Semelhante a "Jogando os dados" - Os jogos teatrais como possível metodologia de construção de dados em estudos de recepção (2010) (20)
Pelo devir de uma historiografia do teatro gauchoTaís Ferreira
O documento faz uma revisão da historiografia do teatro no Rio Grande do Sul, apontando lacunas e possibilidades para novas pesquisas. Analisa o desenvolvimento regional do teatro no estado, destacando a profissionalização em Porto Alegre no século XX, na Serra Gaúcha nas últimas décadas e em Santa Maria. Aponta a necessidade de preservação de acervos teatrais para fomentar pesquisas históricas.
Taís Ferreira is a Cultural Educator in Residence from Brazil. She has authored several books on using performing arts like theatre and dance in primary and secondary education. Her first book studied how primary school children relate to performances and used school as a way to facilitate this relationship. Her second book provided primary teachers with activities and projects to incorporate theatre and dance in their classrooms. Her third book was for teachers of different subjects and focused on the history and theory of performing arts, along with practical examples of using them with teenagers. She also wrote a children's book featuring nicknames of her child.
This document summarizes a cultural educator's theater workshop for teachers in Brazil. Over four meetings, the educator led games and exercises focused on body awareness, sounds, movement, objects, and imagination. Questions were discussed to help teachers understand theater elements and how to develop performances with children. The workshops explored concepts from Augusto Boal and Viola Spolin on using games and improvisation. A 10-part sequence was proposed for introducing theater language in primary schools through playing.
Slides II Seminário Subtexto - Galpão, BH, Minas, 2011.Taís Ferreira
O documento discute como as crianças se tornam espectadores de teatro, questionando se a escola ou aulas de teatro ensinam esta habilidade. Também explora como as identidades dos espectadores são formadas através de múltiplas experiências com diferentes linguagens, e argumenta que as crianças precisam de experiências práticas e como apreciadoras de teatro para desenvolver um repertório que lhes permita compreender melhor as apresentações.
Este documento discute o teatro amador como uma importante pedagogia cultural na formação de profissionais de teatro. O autor argumenta que o caminho do teatro amador ao profissional geralmente envolve uma dimensão pedagógica, onde as experiências teatrais amadoras ensinam modos de ser e estar no mundo. O estudo de caso investiga como o teatro amador ainda atua como espaço formativo na região da Serra Gaúcha no sul do Brasil, onde artistas se formam através de experiências no teatro amador local.
O documento descreve os elementos fundamentais da linguagem teatral, incluindo o ator, espectador e intenção estética. Também discute os diferentes componentes da linguagem como personagem, texto, encenação e suas relações no modelo teatral ocidental tradicional. Por fim, aborda a transformação dessas relações no teatro contemporâneo.
Capa livro conversações sobre teatro e educaçãoTaís Ferreira
Capa do livro - Conversações sobre teatro e educação - organização Fabiane Tejada, Taís Ferreira e Vanessa Leite - Porto Alegre: Observatório Gráfico, 2013.
O documento resume a história do teatro brasileiro desde os autos jesuíticos do século XVI até o teatro da década de 1960. Destaca os principais gêneros e grupos teatrais como o Teatro de Revista, o Teatro de Arena de São Paulo e o Teatro Oficina.
1) Hamlet é uma das peças mais famosas de Shakespeare que explora temas como vingança e reflexão sobre a vida;
2) A história remonta ao século VI e trata de um príncipe cujo pai foi assassinado pelo tio;
3) Diferentemente de versões anteriores, Shakespeare apresenta um Hamlet adulto e letrado que racionalmente avalia suas ações.
1) Shakespeare se inspirou na tradição cômica medieval e nos autores latinos Plauto e Terêncio para criar suas comédias.
2) As comédias de Shakespeare podem ser agrupadas em quatro blocos temáticos: de aprendizado, da maturidade lírica e romântica, sombrias e romances outonais.
3) Embora não haja duas comédias iguais, elas geralmente começam com um problema e terminam com uma resolução feliz, envolvendo tramas paralelas.
O documento resume a vida e obra de William Shakespeare no contexto histórico e teatral da Inglaterra elizabetana. Apresenta fatos históricos do período da rainha Elizabeth I, divide a obra de Shakespeare entre tragédias, comédias e dramas históricos, e descreve o Globe Theater onde suas peças eram encenadas.
O sistema de Stanislavski surgiu da necessidade de um novo método de atuação no século XX. Ele consistia em duas fases: a primeira focada em memória afetiva e a segunda no método das ações físicas, que enfatizava a indissolubilidade entre vida física e emocional do personagem. O sistema visava obter ações orgânicas do ator através de técnicas como atenção, imaginação, relação com outros no cenário e comunicação.
O documento descreve a evolução do teatro ocidental desde seus rituais primitivos até a tragédia grega clássica, focando nos seguintes pontos: 1) O teatro surge a partir dos rituais sagrados dos gregos em honra a Dioniso; 2) O ditirambo foi a primeira forma teatral e evoluiu com Téspis e outros, que introduziram o diálogo e o primeiro ator; 3) A tragédia grega atingiu sua forma clássica com estrutura rígida e figurinos/máscaras
Este documento apresenta uma dissertação de mestrado sobre teatro infantil, crianças espectadoras e processos de recepção no contexto escolar. O trabalho descreve experiências de crianças assistindo peças teatrais e mediações realizadas pela pesquisadora, analisando como as crianças interpretam e se relacionam com as linguagens artísticas.
A docência como arte ou a docência em arte? Questões acerca da formação de um...Taís Ferreira
Este documento discute a formação de professores de teatro no Brasil. Primeiramente, explica como as leis de educação de 1996 tornaram as artes uma disciplina obrigatória, exigindo professores com especialização em cada área artística. Em seguida, analisa a relação entre teatro e educação no Brasil, notando que embora o ensino de teatro seja recente, vem crescendo nos últimos 20 anos através de escolas, oficinas e grupos amadores. Por fim, discute diferentes abordagens metodológicas para ensinar teatro e a forma
Egito antigo resumo - aula de história.pdfsthefanydesr
O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoMateusTavares54
Quer aprender inglês e espanhol de um jeito divertido? Aqui você encontra atividades legais para imprimir e usar. É só imprimir e começar a brincar enquanto aprende!
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdfenpfilosofiaufu
Caderno de Resumos XVIII Encontro de Pesquisa em Filosofia da UFU, IX Encontro de Pós-Graduação em Filosofia da UFU e VII Encontro de Pesquisa em Filosofia no Ensino Médio
Caderno de Resumos XVIII ENPFil UFU, IX EPGFil UFU E VII EPFEM.pdf
"Jogando os dados" - Os jogos teatrais como possível metodologia de construção de dados em estudos de recepção (2010)
1. “JOGANDO OS DADOS” –
OS JOGOS TEATRAIS COMO POSSÍVEL
METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE DADOS EM
ESTUDOS DE RECEPÇÃO TEATRAL1
Taís Ferreira∗
Universidade Federal de Pelotas – UFPel
taisferreirars@yahoo.com.br
RESUMO: Este artigo trata-se de uma discussão acerca da possibilidade dos jogos teatrais como
indutores à construção de dados a serem utilizados em investigações de recepção teatral. As reflexões
partem da experiência empírica desenvolvida durante um processo de investigação com crianças
espectadoras.
PALAVRAS-CHAVE: Recepção teatral – Metodologia de pesquisa – Jogos teatrais.
ABSTRACT: This paper is a discussion about the possibility of theater games as inducers for the
construction of data for use in research of theatrical reception. The reflections are about the empirical
experience developed during a process of research with children spectators.
KEYWORDS: Theatrical reception – Research’s methodology – Theater games.
1) INTRODUÇÃO – JOGAR OS DADOS...
Jogar os dados... Lançar a sorte. Lançar-se à sorte. Arremessar-se rumo ao
imprevisto, construindo o rumo. Assim jogam-se também os jogos teatrais: como jogo,
dependem das regras, de um início e um fim determinados, com um meio absoluta(ou
absurda)mente imprevisível. E o prazer, este se dá pelo lançar-se, pelo deixar-se levar
1
O projeto de investigação de recepção teatral com crianças espectadoras que instigou a feitura deste
artigo fez parte da pesquisa de mestrado que resultou na dissertação Teatro infantil, crianças
espectadoras, escola – um estudo acerca de experiências e mediações em processo de recepção,
defendido junto ao PPGEdu/UFRGS em março de 2005, com financiamento do CNPq. Decorrente
desta pesquisa também é a publicação o livro FERREIRA, Taís. A escola no teatro e o teatro na
escola. Porto Alegre: Editora Mediação, 2007.
∗
Mestre em Educação – UFRGS.
2. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 2
Janeiro/ Fevereiro/ Março/ Abril de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 1
ISSN: 1807-6971
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ou pelo conduzir seu próprio caminho? Talvez pela possibilidade de conjugar estes três
momentos...
O título aqui posto indica algumas pistas: posso “jogar os dados” (cubos
brancos com pontinhos negros) e lançar a sorte, como posso “jogar com dados” (das
mais distintas formas, cores, tamanhos e modelos) na feitura de uma pesquisa, partindo
de um início preciso, mas sem ter um fim definido de antemão, construindo caminhos e
descaminhos, jogando, desafiando, competindo, compartilhando na construção de
sentidos e significados particulares sobre um objeto (que pode ser uma pergunta, um
sujeito, uma situação, um lugar, um grupo, uma instituição, uma conjuntura, um
artefato, um conjunto de artefatos, um discurso, distintos discursos, e, até mesmo, um
objeto).
Ao ser instigada a escrever tendo como temática os jogos teatrais, sendo
professora de teatro e atriz, seria mais provável que me referisse a estes ligados às
minhas experiências docentes com crianças, jovens e adultos, ou aos jogos teatrais
sempre tão presentes e caros aos processos criativos nos quais estive envolvida como
atriz .
No entanto, aqui a voz que falará (escreverá enunciando, especificamente) é
aquela que se construiu justamente a partir das vivências das outras duas: a voz da
pesquisadora preocupada com possibilidades de construção de uma investigação em
teatro. Certamente, as três “vozes-personas” que aqui disseco não estão apartadas umas
das outras. Ao contrário: estão indelevelmente relacionadas, constituindo uma
identidade múltipla, híbrida e cambiante de professora-atriz-pesquisadora em teatro.
Assim, assumo que neste breve espaço de reflexão far-se-á mais presente a voz da
pesquisadora, sendo que estes escritos apresentam-se como uma narrativa, reflexiva e
não conclusiva, acerca da possibilidade, ou das múltiplas possibilidades, de se exercitar
o jogo teatral como uma metodologia de construção de dados.
Ainda que possa parecer que, mais uma vez, parte-se para o utilitarismo do
teatro e dos jogos teatrais (algo muito comum durante várias décadas no Brasil,
principalmente junto ao campo educacional), negando que sua existência e prática por si
só tenham valor e constituam conhecimento legítimo, não é essa a pretensão deste
pequeno artigo. Destarte, é um dos objetivos destes escritos demonstrar, através da
exposição de uma experiência desenvolvida na prática investigativa de uma pesquisa de
recepção teatral, mais uma das diversas facetas que nos apresentam os jogos teatrais
3. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 3
Janeiro/ Fevereiro/ Março/ Abril de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 1
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desenvolvidos por Viola Spolin e divulgados no Brasil há trinta anos, data
comemorativa à qual se filia a escrita deste artigo.
Nestes 30 anos, podemos encontrar os jogos teatrais sendo brincados, jogados e
exercitados em escolas das redes pública e privada, em todos os níveis de ensino, em
cursos superiores de teatro, dança, educação física, pedagogia e artes, em oficinas livres,
em salas de ensaio de grupos teatrais profissionais e amadores, em grupos de idosos e
recreação de funcionários de escritórios e fábricas, na formação de professores, em
dinâmicas de relacionamento de grupos, em consultórios de psicólogos, em grupos de
terapia coletiva, nos pátios das casas, nos playgrounds e, por que não?, nas ruas em que
crianças ainda podem brincar. Sim, porque hoje os jogos teatrais propostos por Spolin
com objetivos claros específicos de propiciar a aquisição de conhecimentos relativos à
linguagem teatral através de sua vivência mesma, mesclam-se com as brincadeiras
tradicionais das crianças contemporâneas quando estas podem estar em lugares abertos,
brincando em grupos, assim como era o “normal” há 30 ou 40 anos nas grandes e
pequenas cidades do Brasil.
Quando os jogos teatrais chegam ao Brasil, encontram crianças acostumadas a
jogar com seus corpos no espaço. Hoje, os jogos teatrais relacionam-se com crianças
que, na maioria das vezes, tem os espaços limitados de seus quartos como lugar de jogo
a as telas de computadores e televisões como moldura de suas imaginações. Portanto, os
jogos teatrais que estas crianças vivenciam em suas escolas e aulas de teatro são,
possivelmente, muitas das brincadeiras que vão reproduzir nos raros momentos de suas
vidas em que podem ocupar espaços de jogo livre.
Seguindo estas colocações preliminares que pincelam levianamente a
importância dos jogos teatrais no Brasil em diversos campos (Educação, Psicologia,
Medicina, Terapia Ocupacional, Artes, Educação Física, Administração são somente
alguns exemplos), gostaria de introduzir a reflexão que aqui proponho discutindo alguns
conceitos que a norteiam.
2) OS ESTUDOS EMPÍRICOS DE RECEPÇÃO TEATRAL: JOGAR COM DADOS...
No Brasil, poucas (pouquíssimas) investigações de caráter empírico têm sido
realizadas atreladas àquilo que podemos considerar como pesquisa de recepção ligada
ao campo teatral. No entanto, nas primeiras aulas de fundamentos do teatro ou
4. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 4
Janeiro/ Fevereiro/ Março/ Abril de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 1
ISSN: 1807-6971
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introdução à linguagem teatral, tanto em universidades, como nas escolas e cursos livre,
quando iniciamos a relação de ensino-apredizagem do(s) teatro(s), ouve-se e fala-se dos
três vértices, interligados, que compõem a linguagem teatral: ator, espectador e intenção
estética2.
No entanto, o que sabemos sobre ou como pensamos o receptor de teatro? Que
trabalhos investigativos, práticos e teóricos, têm tratado da questão do espectador e das
platéias? Mesmo nos espaços dos cursos de graduação em teatro, a questão da recepção
geralmente fica atrelada à formação do aluno como espectador dos colegas nas aulas
práticas e jogos teatrais e não necessariamente debate-se sobre a apreciação estética e as
ferramentas necessárias a ela. Alguns currículos no Brasil contam, hoje, com disciplinas
de Estética e de Crítica Teatral, mas a temática da recepção, o acontecimento teatral do
ponto de vista do espectador, obviamente, deveria ser tema transversal em disciplinas de
direção teatral, interpretação, história do teatro, dramaturgia, entre tantas outras. E o
espectador comum, aquele que não possui nenhum vínculo mais aprofundado com o
campo, aquele que não é uma “pessoa de teatro”, que espaço tem sido dado ao estudo do
“espectador-espectador” e sua relação com a linguagem teatral?
Há trabalhos sérios vinculadas à Estética da Recepção 3 , realizados por
estudiosos brasileiros, o que pressupõe que estes sejam digressões de caráter
prioritariamente teórico e não análises empíricas de recepção teatral. Já ouvi em
distintos momentos que há certo pudor, ousaria dizer medo, por parte de alguns
pesquisadores em encarar a pesquisa empírica de recepção teatral, em construir
trabalhos a partir de espectadores reais, de carne e osso, e de seus discursos acerca do
teatro, acerca de suas experiências, os significados e sentidos construídos a partir do
acontecimento teatral.
E justificando tal lacuna há uma série de motivos, que não serão aqui elencados
por não ser este o objetivo deste artigo. Cumpre notar, no entanto, que o mais
perceptível deles talvez seja o fato de não possuirmos (o campo teatral) ainda um
arcabouço teórico e metodológico próprio para estes estudos. Não pretendo afirmar,
com isto, que não haja estudos e análises estéticas realizadas no campo de pesquisa
2
Tenho utilizado este termo em minhas aulas, mas outros autores e professores colocam outros com
valor similar.
3
Os trabalhos de doutoramento dos professores Clóvis Massa (UFRGS) e Luís Cláudio Cajaíba (UFBa)
são exemplos.
5. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 5
Janeiro/ Fevereiro/ Março/ Abril de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 1
ISSN: 1807-6971
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teatral brasileiro; pretendo alertar para a carência no que concerne à projetos de
pesquisa que empreendam investigações que envolvam sujeitos, que desenvolvam
metodologias empíricas de análise e construção de dados. Todavia, considero de suma
importância dar continuidade a este subcampo de investigação dentro do campo dos
estudos teatrais, com a construção de pesquisas e escolhas metodológicas no ato mesmo
de empreendê-las, não compreendendo o processo de investigação como algo apartado
do objeto de estudo e do sujeito pesquisador.
Destarte, é importante salientar que dentro de um processo de construção de
pesquisa, “dados” não nos são “dados”. Dados são construídos, ousaria dizer até
“inventados”, a despeito de sua materialidade necessária, já que são “os olhos que
querem ver” do pesquisador, as lentes das teorias que norteiam seu olhar, que vão
através de uma mirada específica construir estes dados e os sentidos e significados que a
partir deles poderão ser criados, construídos e, mais uma vez ousando, inventados.
Diversas questões relativas à recepção teatral e às ferramentas e caminhos
metodológicos empreendidos em estudos relativos à recepção têm permeado minhas
vivências como pesquisadora e pode ser produtivo compartilhar algumas delas neste
espaço, ainda que não busque respondê-las. Pois então: como apreender a recepção?
Como entender a experiência do outro a partir de um artefato teatral? Como construir
dados em uma pesquisa de recepção que não sejam somente discursos orais ou escritos
(ainda que estes tenham se mostrado muito produtivos também)? É possível que
especificidades da linguagem teatral como a presencialidade e a efemeridade sejam
transformadas ou compreendidas em dados? Como o corpo do espectador em relação
aos corpos dos atores pode ser considerado e estudado em uma pesquisa de recepção
teatral?
E o jogo teatral, seria ele uma forma de expressão legítima (produtiva para a
investigação) de um espectador em relação com a linguagem teatral? Como conduzir
espectadores não-atores a expressar e construir significados e sentidos acerca do
visto/ouvido/vivido no teatro através dos jogos? E depois: como apreender o jogo? O
jogo pode ter resultados? Isso não desvirtuaria a própria existência do jogo? Estes
supostos resultados podem ser convertidos em dados pelo olhar do pesquisador? O que,
em um jogo, é passível de ser transformado em dados? Tempo, ritmo, uso do espaço, do
corpo-voz, intensidade, engajamento? Como registrar isso? Através de fotos? Vídeos?
Anotações? Enfim, pode-se perceber que são muitas as perguntas, para as quais
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obviamente não possuo respostas. Contudo, são estas perguntas que têm sido o principal
indutor de diversas práticas que tenho desenvolvido como professora e pesquisadora.
3) JOGOS TEATRAIS COMO METODOLOGIA DE CONSTRUÇÃO DE DADOS
A seguir, apresento o relato reflexivo acerca do trabalho de campo realizado
junto a um grupo de crianças espectadoras (meninos e meninas) com idades entre os 5 e
os 11 anos, cursando do Jardim B à 4ª série do Ensino Fundamental em uma escola
pública de um município do interior do estado do Rio Grande do Sul. Dentro de uma
proposta multimetodológica de construção de dados para uma pesquisa de recepção
teatral com crianças espectadoras, os jogos teatrais foram exercitados e jogados com o
intuito de produzir material que pudesse ser analisado na investigação.
3.1 JOGOS TEATRAIS EM PESQUISA DE RECEPÇÃO: PARA QUÊ? POR QUÊ?
Partindo dos pressupostos de Viola Spolin4, propositora do sistema dos jogos
teatrais, de que a linguagem teatral e seu exercício não têm relação de dependência
alguma com aquilo que se convenciona chamar de “talento” ou “dom natural” no
ocidente, conceitos muito propagados desde a instalação do romantismo como corrente
estética dominante na primeira metade do século XIX na Europa e nas Américas;
percebi como pesquisadora, que um dos possíveis caminhos a serem seguidos na
construção de dados a serem analisados em um estudo de recepção estaria ligado à
própria compreensão da linguagem teatral pelos espectadores.
Assim, entendendo que a experiência vivenciada é uma forma de aprendizagem
legítima e, segundo Spolin, a mais eficaz no caso da apreensão da linguagem teatral,
considerei que poderia ser produtivo trabalhar a partir de seus jogos teatrais com os
receptores, levantando como hipótese que estes momentos suscitariam formas de
expressão diferenciadas da oral e da escrita, possibilitando que os corpos destes sujeitos
pesquisados em sua relação com o artefato teatral também colaborassem para que eu,
pesquisadora, construísse sentidos e significados a partir desta relação.
4
Viola Spolin possui quatro obras de sua autoria traduzidas para o português, publicadas pela Editora
Perspectiva (São Paulo): Improvisação para o teatro; Jogo teatral no livro do diretor; Jogos
teatrais na sala de aula e Jogos teatrais: o fichário de Viola Spolin, todas reimpressas no ano de
2008.
7. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 7
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Segue excerto de meu Diário de Trabalho, no qual se pode notar como o
exercício dos jogos teatrais trouxe ao trabalho de campo uma outra dimensão, que
mesmo estando sempre presente, nem sempre pode ser claramente percebida: a
dimensão do corpo.
Dia 3. Bento Gonçalves, RS. 19 de setembro de 2003.
Este encontro, no dia após a ida ao teatro, foi muito produtivo.
Conversamos longamente sobre a peça, sobre outras peças que
assistiram, sobre suas preferências, entrevistaram-me, interessados por
minha história com o teatro, contaram-me suas histórias com o teatro.
Após esta conversa, propus que fizéssemos três jogos teatrais: estátua
em duplas, jogo do quadro/ fotografia sobre a peça e jogo Quem eu
sou? livre. Muitas relações, significados e sentidos conferidos pelos
alunos ao (e através do) espetáculo que assistiram no dia anterior
surgiram durante os jogos, com seus gestos, ações, movimentos e
falas. Corpos (re)produzindo e (re)criando a experiência do dia
anterior, com o artefato teatral e sua linguagem peculiar. Corpos vivos
brincando e inventando.
O corpo, sua gestualidade e sua energia tornam-se locutores de sentidos e da
relação das crianças com a linguagem teatral. E nesse caso, concomitante ao
experimentar o “fazer teatral” que os jogos propiciavam, estávamos construindo
sentidos acerca de suas relações como espectadoras ao assistirem a um espetáculo
teatral. Neste momento do trabalho de campo, o conhecimento teatral produzido pelas
crianças sujeitos da pesquisa esteve intrinsecamente ligado tanto a experiências
vivenciadas no “fazer” quanto no “ver” teatro.
E o anteriormente afirmado pode parecer óbvio, tratando-se da prática de jogos
teatrais, que já na proposta veiculada por Spolin apresenta a capacidade de ver, analisar
e avaliar o que foi realizado em cena pelos colegas como instrumento da relação ensino-
aprendizagem. No entanto, quando falamos de pesquisas de recepção, temos como
únicas metodologias encontráveis aquelas mais comuns na pesquisa qualitativa em
humanidades, como os questionários, observação participante, entrevistas, grupos
focais, e, no caso da pesquisa com crianças, a expressão plástica do desenho. O
engajamento do corpo-mente em atividades para além das de caráter da expressão oral
não figuram no elenco de metodologias possíveis.
Assim sendo, pareceu-me instigante que a partir dos jogos teatrais realizados
com as crianças, estas tivessem mostrado e expressado outras relações com a linguagem
teatral, reafirmando, negando ou subvertendo até aquelas que foram colocadas através
8. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 8
Janeiro/ Fevereiro/ Março/ Abril de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 1
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de suas falas. Portanto, cabem aqui algumas reflexões acerca do jogo e de suas funções
(ou não funções) implicadas com as culturas que nos constituem.
A linguagem teatral (com todas as questões suscitadas pelo uso deste termo)
pode ser pensada como uma forma de jogo inexoravelmente ligada à espécie humana.
Segundo as características que Huizinga5 levanta como sendo próprias das atividades
lúdicas, o teatro apresenta-se como uma modalidade de jogo por excelência.
Conforme este autor, o jogo não é “vida corrente”, é um intervalo na vida
cotidiana e prosaica; contudo, é parte integrante de uma suposta “vida real” e utiliza-se
de elementos e influências desta para sua posterior negação e reorganização no universo
próprio do jogo; tem sempre uma finalidade autônoma e se realiza tendo em vista uma
satisfação que consiste no próprio ato de jogar, sendo uma atividade livre e voluntária,
mesmo que siga regras internas rígidas; as regras de um jogo devem ser aceitas e
conhecidas por todos os jogadores para que ele suceda com êxito pleno; o jogo só pode
existir em uma limitação definida de espaço e tempo, ele cria um espaço e um tempo
próprios e durante este espaço-tempo tudo é movimento, mudança, associação e
separação; entretanto, o jogo cria ordem e é ordem, pois dentro de seus domínios a
ordem deve ser específica e absoluta.
Após esta longa listagem de características abordadas por Huizinga (2000)
como sendo necessárias a uma atividade lúdica ou jogo, posso inferir que há uma forte e
marcada analogia entre as práticas teatrais e o jogo ou as atividades lúdicas. Tal como
no jogo, no teatro busca-se uma espécie de evasão da vida prosaica na qual se constrói
uma nova situação galgada em elementos retirados do contexto cultural e de seus
sujeitos, reorganizados de forma estético-poética; a efemeridade e a limitação espacial
do teatro são idênticas as do jogo (e absolutamente necessárias à existência de ambos);
as regras do jogo são homólogas às convenções estéticas e éticas que seguimos na
elaboração e reconhecimento de uma linguagem teatral (produtores e receptores devem
conhecer e respeitar as mesmas regras no teatro). Assim sendo, mesmo que sejam
atividades exteriores à vida cotidiana e habitual, tanto o teatro como o jogo são capazes
de absorver os participantes de uma maneira intensa, criando uma tensão que
“transportaria” os jogadores a um espaço-tempo diferenciado, extracotidiano.
5
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2000.
9. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 9
Janeiro/ Fevereiro/ Março/ Abril de 2010 Vol. 7 Ano VII nº 1
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No espaço-tempo não-cotidiano do jogo desenvolvem-se sentimentos
“genuínos”, como a sensação que experimentam os jogadores de estar “separadamente
juntos”6, em uma situação excepcional, partilhando algo importante. Logo, penso que
no caso específico do teatro a “comunhão teatral”, ou o “estar junto” que vivenciam
atores e espectadores, atores e atores e atores e personagens, possa ser significado por
seus participantes enquanto algo que os arrebata e provoca sensações semelhantes ao
envolvimento em um jogo coletivo. Portanto, o público deve ser seduzido e convencido
a aceitar o jogo proposto pelos atores em cena e pela estética da encenação e seus
elementos, e a partir daí compartilhar das regras e (des)prazeres possíveis.
Após estas considerações que têm o intuito de contextualizar a analogia
possível entre a linguagem teatral e o jogo, julgo ser pertinente ressaltar que a prática de
jogos dramáticos e teatrais é amplamente utilizada tanto na formação de atores como na
de platéias, bem como estímulo para a iniciação de crianças e adultos com a linguagem
teatral e algumas de suas especificidades técnicas, formais e estéticas. Diversos autores,
professores, diretores, atores e teóricos formularam suas metodologias da abordagem
teatral através de jogos. Podemos citar alguns deles como Peter Slade e a relação entre
o jogo dramático e o jogo infantil, Viola Spolin e o jogo teatral improvisacional,
Augusto Boal e suas propostas do Teatro do Oprimido, além de tantos outros como
Bertold Brecht e seu teatro didático, somente referindo-me aos mais trabalhados no
Brasil junto ao campo teatral7.
Justificando a proposta do uso de jogos teatrais como uma das metodologias de
construção de dados junto às crianças espectadoras, posso dizer que desde o início do
desenvolvimento do trabalho de pesquisa minhas idéias encaminhavam-se no sentido de
não somente ouvir as falas das crianças, ou seja, não me ater somente às informações
que poderia obter através da linguagem verbal ou escrita. Ora, se o teatro apresenta-se
marcadamente ligado a diversas linguagens, entre elas, e talvez com mais força, pela
linguagem dos movimentos e gestos dos atores em cena, por que não possibilitar às
crianças que expressassem aquilo que sentem e pensam sobre a linguagem teatral
através de seus corpos, da tonicidade e ritmo de seus movimentos, da plasticidade de
6
HUIZINGA, Johan. Homo Ludens – O jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva, 2000.
7
É importante salientar que docentes de universidades brasileiras têm levado à cabo nas últimas
décadas importantes pesquisas e práticas envolvendo jogos (dramáticos de origem inglesa, francesa,
brechtianos, etc.).
10. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 10
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seus gestos? Além disso, sendo eu uma professoratriz, parecia-me óbvio que abordasse
aquelas crianças e tentasse construir uma relação com elas através da linguagem com a
qual estou familiarizada, da língua que porto, e que, enfim, era e é o objeto central de
minhas vontades de pesquisa.
3.2 JOGOS TEATRAIS EM UMA PESQUISA DE RECEPÇÃO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Por conseguinte, ofertei às crianças, desde nosso primeiro encontro, a
possibilidade de realizarmos uma série de jogos teatrais, inspirados principalmente no
sistema de Spolin que, segundo Desgranges8, “está calcado em jogos de improvisação e
tem o intuito de estimular o participante a construir o próprio conhecimento acerca da
linguagem teatral, em um método em que o aluno, junto com o grupo, aprende fazendo,
experimentando, e pensando criticamente acerca daquilo que foi realizado”. De sua
parte, as crianças acolheram a proposta e mostraram-se sempre muito entusiasmadas na
realização das atividades que envolviam jogos teatrais e atividades lúdicas de caráter
corporal e cinestésico.
No primeiro encontro, jogamos jogos de atenção, disponibilidade, confiança,
ritmo, desinibição e respeito pelo corpo do colega, sempre pensando na relação palco-
platéia, sendo que enquanto um grupo realizava o jogo o outro observava e
posteriormente comentava-se a percepção e as impressões dos jogadores e
observadores. Jogos de mímese corpórea também foram realizados, sempre
encaminhando o foco na direção de meu objetivo central, que era o de construir dados
que me revelassem como acontecem as experiências das crianças para com a linguagem
teatral, tínhamos como temática o próprio teatro.
8
DESGRANGES, Flávio. A Pedagogia do Espectador. São Paulo: HUCITEC, 2003.
Id. Jogo Teatral: uma criação de Viola Spolin. Texto digitado. Material para fins didáticos, s/d.
11. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 11
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Encontro 1: jogo de apresentação com gesto e nome, em círculo.
Márcio faz seu gesto e diz seu nome para mim.9
Encontro 1: jogo das partes do corpo grudadas com deslocamento.
Jogo de atenção, confiança e disponibilidade.
Encontro 1: hipnose em duplas.
Jogo de concentração, corporeidade, confiança, ritmo.
9
O uso das imagens, das falas e dos desenhos das crianças foi devidamente autorizado pelos pais e
responsáveis. A participação delas na investigação se deu de forma espontânea. Os nomes das crianças
mencionados no artigo são fictícios.
12. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 12
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Assim, não tive a intenção, com o uso dos jogos teatrais, de realizar algo que se
assemelhasse ao que Desgranges (2003) nomeia de “animação teatral”, ou seja,
atividades com a finalidade de otimizar a recepção do espetáculo por parte dos
espectadores. Simplesmente tentei possibilitar às crianças que construíssem significados
acerca do teatro através da linguagem corporal, propiciada então pelos jogos.
Durante o Encontro 3, que sucedeu a assistência ao espetáculo teatral infantil
A Terrível Viseira do Dr. Chip, propus vários jogos de mímese corpórea de caráter
livre10, em grupos, nos quais as crianças poderiam ou não reproduzir cenas, situações e
personagens do espetáculo assistido. Diversas relações que as crianças construíram com
o espetáculo em questão surgiram nestes jogos, bem como algumas concepções
advindas de seu repertório cultural anterior também se fizeram presentes11.
Como já foi anteriormente citado, uma de minhas preocupações acerca da
realização dos jogos foi como apreender os resultados destes para sua possível
utilização como dados, ou seja, como objetos a serem analisados na feitura da pesquisa
de recepção. Assim, julguei pertinente, naquele momento, utilizar o mínimo possível de
equipamentos que suscitassem às crianças presença de interferências externas em nossos
encontros. Foram utilizados, portanto, um pequeno gravador de voz (que gerou,
obviamente, muita curiosidade entre elas) e uma câmara fotográfica simples, portátil,
ambos manuseados por mim. Algumas filmagens também foram feitas, mas
posteriormente descartadas, pois as imagens fotográficas e transcrições de falas,
juntamente com as anotações me meu Diário de Trabalho, mostraram-se material
suficiente e consistente para análise acerca das relações de recepção daquele grupo de
crianças com o teatro.
Acerca destes registros fotográficos, que foram considerados documentos a
serem analisados, considero importante lembrar a seguinte colocação: “A fotografia é,
na verdade, um constante convite à releitura, a uma forma diversa de ordenar o texto
imagético. Pode ser olhada muitas vezes, em diferentes ordens e momentos, pode ter
10
A descrição detalhada de todos os procedimentos metodológicos envolvidos nesta pesquisa está
presente na dissertação de mestrado da autora, que pode ser acessada gratuitamente pelo Sistema de
Bibliotecas de Teses e Dissertações da UFRGS: www.sabi.ufrgs.br .
11
As análises dos dados construídos no trabalho de campo podem ser encontradas em FERREIRA, Taís.
A escola no teatro e o teatro na escola. Porto Alegre: Mediação, 2007.
13. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 13
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outras interpretações: ela é sempre uma foto ali presente, pois uma foto se transforma
cada vez que é contemplada, revive a cada olhar”12.
Percebo a fotografia neste trabalho de investigação enquanto um instrumento
valioso à pesquisa tanto na construção dos dados quanto nas reflexões e discussões
desenvolvidas nas análises propriamente. Deste modo, compartilho da idéia de que “o
que é importante para as Ciências Sociais não é a foto em si, mas a reflexão que pode
ser desenvolvida a partir de uma fotografia ou de uma série de fotografias”13.
No caso dos registros dos jogos teatrais, por seu caráter de efemeridade, estes
não poderiam ser capturados e transformados em dados de outra forma que não através
de minhas notas em Diário de Trabalho e dos registros fotográficos realizados. Assim,
percebo que a utilidade e qualidade da “fotografia [para a pesquisa] é mais evidente
quando se trata do estudo de relações sociais em que os indivíduos se definem
principalmente através da linguagem gestual”14, como nos jogos teatrais realizados, nos
quais me interessava, prioritariamente, perceber como através de seus corpos, gestos e
ações as crianças poderiam expressar e construir suas relações para com o teatro.
Seguem algumas das fotografias obtidas durante a realização de jogos teatrais
com as crianças, em que relações construídas por elas com o espetáculo assistido
mesclam-se a construção do conhecimento teatral que estas estavam desenvolvendo em
diversos espaços de suas vivências: a família, a escola, a igreja e o próprio trabalho que
realizávamos juntos naquele momento.
12
KRAMER, Sonia. Autoria e autorização: questões éticas na pesquisa com crianças. Cadernos de
Pesquisa. São Paulo: Fundação Carlos Chagas/Autores Associados, n. 116, p. 41-59, julho/2002.
13
GURAN, Milton. A “fotografia eficiente” e as Ciências Sociais. In: ACHUTTI, Luiz Eduardo R.
(Org.). Ensaios sobre o fotográfico. Porto Alegre: Unidade Editorial/PMPA, 1998. p. 87-99.
14
Ibid., p. 87-99
14. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 14
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Encontro 3: jogo da estátua em duplas, livre. Os escultores montam suas estátuas.
Encontro 3: os escultores observam suas estátuas.
15. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 15
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Paulo constrói sua estátua com a colega Janaína.
Marcela mostra-nos sua estátua, a colega Tamires.
16. Fênix – Revista de História e Estudos Culturais 16
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4. CONCLUINDO ESTA PROPOSTA: JOGOS TEATRAIS, JOGOS DE DADOS
Assim, posso afirmar que nesta experiência, com este grupo de crianças,
conversamos sobre teatro, discutimos e debatemos teatro, assistimos teatro e
exercitamos e aprendemos o teatro através do próprio teatro. Construímos conhecimento
sobre teatro a partir do teatro e de todas as relações e mediações que interpolam o
espaço de experiência das crianças contemporaneamente com a linguagem teatral. E os
jogos teatrais, estes foram porta de entrada e boas-vindas ao trabalho que construímos,
já que desde o momento em que nos conhecemos, as crianças e eu, propus que nos
relacionássemos de modo lúdico, em que o corpo-voz de cada um se fizesse ver e ouvir
dentro do grupo. Ofertei a estas crianças a possibilidade de analisar, pensar e construir
significados e sentidos a partir daquilo que haviam assistido no espetáculo não somente
através de sua escrita e de sua fala, os corpos ali, juntos e engajados na brincadeira,
queriam expressar de outros modos, através do gesto, da imagem, do movimento, da
intensidade, das energias empreendidas.
Pretendo dar continuidade a pesquisas de recepção, principalmente àquelas de
caráter empírico, do qual se ressente o campo teatral por sua carência. E os jogos
teatrais parecem-me ter seu lugar confirmado entre as metodologias possíveis na
construção de dados de pesquisas empíricas de recepção. Ainda que estes demandem
mais espaço, mais tempo e maior envolvimento entre o pesquisador e os sujeitos
pesquisados do que a realização de questionários e entrevistas, considero que sua
existência dentro de uma metodologia de construção de dados para análise da recepção
abre caminho para pensar-agir teatralmente, evocando a linguagem teatral naquilo que
ela tem de mais específico, que é a troca, que é a comunhão corporal e energética entre
aqueles que fazem e aqueles que receptam.
“Jogar os dados” na construção de dados coloca em jogo muito mais do que
racional e logicamente podemos conceber e analisar. “Jogar com dados” na construção
de análises em pesquisas de caráter empírico faz-se necessário, mas a natureza destes
dados pode e deve ser repensada. E o espaço entre, o espaço no qual se faz o teatro, este
precisa ser compreendido através de mecanismos que viabilizem linhas de fuga à
centralidade da palavra como meio de expressão. E o jogo teatral, mais uma vez, nos
permite aprender e apreender o teatro para além da palavra atrelada à lógica moderna e
cartesiana, apontando para a percepção das culturas e mediações que constituem as
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identidades de espectadores de teatro, das sensações e sentidos experimentados por
estes.