1. Teorias da motivação
Maslow e a hierarquia das motivações
Abraham Maslow defendeu uma teoria cujo princípio é o de que o nosso comportamento é
comandado por necessidades que se organizam segundo uma hierarquia.
O seu modelo explicativo das motivações assenta nos seguintes fundamentos ou pressupostos:
1 As pessoas só atingem um nível superior de motivação se as necessidades do nível anterior
estiverem satisfeitas. Isto significa que a satisfação das necessidades superiores depende da
satisfação das necessidades básicas.
2 À medida que se sobe a escala hierárquica das motivações, vai crescendo a diferença entre
o que é comum aos homens e aos outros animais e aquilo que é específico dos seres humanos.
3 As necessidades dos níveis inferiores são sentidas pela totalidade dos seres humanos,
enquanto as necessidades dos níveis superiores surgem apenas num número cada vez mais
reduzido de pessoas.
Esta é a razão por que Maslow representa a hierarquia sob a forma de pirâmide e não de um
cilindro ou paralelepípedo.
• Na base da hierarquia situam-se as necessidades orgânicas de alimentação, água, oxigénio,
sono, actividade e satisfação sensorial. Estas necessidades são relativamente satisfeitas em
grande parte dos países ocidentais. Porém, há no mundo um largo estrato populacional em que
estas carências motivacionais básicas não se encontram eliminadas, pelo que não se manifestam
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2. motivações de nível superior. É que as necessidades de um nível têm de ser satisfeitas para que
as necessidades do nível seguinte se manifestem como determinantes da acção.
• Uma vez assegurado o bem-estar fisiológico do indivíduo, este experimenta vários graus de
ansiedade respeitantes a ameaças corporais e a sensações de segurança. As necessidades
relativas à segurança individual manifestam-se muito cedo. Com efeito, sabemos bem como as
crianças correm a acolher-se junto da mãe, assim que pressentem o menor sintoma de perigo.
• As necessidades de amor e de pertença, cuja satisfação é conseguida quando a pessoa sente
que é desejada, que pertence a alguém e a algum lugar e que faz parte de grupos em que é
aceite e amada, reporta-nos também para a importância das relações mãe-filho estabelecidas
durante a infância. Esta relacionação mãe-filho funciona como um paradigma da possível
convivência futura com os outros.
• Se no nível de necessidades que acabámos de referir, o indivíduo se contenta em ser amado
tal como é, se deseja o amor dos outros só porque existe, a este nível da escala de Maslow, o
indivíduo procura merecer a aceitação e o respeito através da sua actuação. Para que a
necessidade de estima seja satisfeita procura, pois, assumir o seu estatuto de modo a granjear
a aprovação por parte dos outros. Quando o homem consegue que a sua actuação seja
apreciada e o tomem por um indivíduo competente, torna-se auto-confiante e capaz de
ascender ao nível mais elevado de aspirações e que consiste na sua auto-realização.
• A necessidade de o indivíduo realizar as suas potencialidades, qualquer que seja o campo
em que se situem, coloca-se no topo da hierarquia. Uma das condições para que seja possível
actualizar tudo o que está latente no homem é aquilo a que Carl Rogers chama a liberdade
psicológica.
Assim, as metas da natureza mais elevada exigem do homem grande poder de iniciativa,
enorme capacidade criativa, premente desejo de enfrentar situações problemáticas, suficientes
aptidões para as resolver, e ainda força de vontade para realizar escolhas. Quando estas
capacidades despontam e se explicitam no desempenho cabal das tarefas, o homem atinge
elevado grau de êxito e de realização pessoal.
A pirâmide de Maslow tem sido amplamente aceite pelo facto de permitir uma visão
suficientemente ampla das motivações humanas, desde a satisfação das necessidades biológicas
até à experiência gratificante do sucesso.
Freud e a motivação como energia
A teoria da personalidade de Freud é também uma teoria da motivação. No centro, situam-se
os conceitos-chave de pulsão e de conflito.
Freud e as motivações inconscientes.
Pulsão
A pulsão é, no entender de Freud, uma força ou energia que
tem como fonte determinada condição orgânica e como
objectivo a satisfação da necessidade. Tal satisfação obtém-se
pela descarga do excesso de tensão acumulada, o que é
conseguido pela utilização dos meios mais diversificados em
função das culturas, das idades e das aprendizagens.
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3. O organismo humano é, segundo este psicanalista, uma espécie de reservatório desta energia
ou força pulsional. Entre as pulsões aí existentes, Freud destaca a energia sexual, designada
também pela palavra latina libido, que significa desejo, cujo papel é basilar na determinação
do comportamento humano.
Tal como acontece com um balão demasiado cheio ou com a água quente acumulada sob um
“geyser”, a libido acumulada, à medida que atinge determinado nível crítico, tem que encontrar
uma saída para descarga. Dá-se então a libertação, restabelecendo-se o equilíbrio do
indivíduo.
Se a saída normal estiver bloqueada, a libertação tenderá a efectuar-se por outras vias. Isto
explica que muitas pessoas, que não conseguem descarregar livremente a sua libido, acabem
por se envolver, mais tarde ou mais cedo, aparentemente em comportamentos fora do normal.
Conflito intra psíquico
Frustrações e conflitos ocorrem quando obstáculos se opõem à realização dos desejos
individuais. Inicialmente, o obstáculo é, como sabemos, exterior ao indivíduo. Porém, a partir do
momento em que o superego se constitui pela interiorização das regras e interdições sociais, o
obstáculo toma-se também interno.
Assim, o indivíduo passa a viver situações conflituosas, a que Freud deu o nome de conflitos
intrapsíquicos, e em que se opõem energias ligadas ao instinto de vida – eros – e ao instinto de
morte – thanatos- , energias ligadas ao amor e ao ódio, à criatividade e à destruição.
Tais situações conflituosas constituem como que um desafio aos indivíduos no sentido de
encontrarem estratégias adequadas para a sua resolução. Algumas estratégias são devidas à
intervenção da vontade que, conscientemente, resolvem a situação problemática base. Porém,
muitas outras estratégias ligam-se a mecanismos inconscientes que constituem aquilo que, em
psicanálise, se designa por mecanismos de defesa do eu.
Mecanismos de defesa do eu
Todos os mecanismos com que o ego se autoprotege apresentam em comum três características:
• Negam, falsificam ou distorcem a realidade.
• Operam inconscientemente, pelo que a pessoa não se apercebe do que está a acontecer.
• Visam reduzir a tensão interior do indivíduo, ou seja, diminuir-lhe a ansiedade.
MECANISMOS DE DEFESA DO EGO
http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/mecanismosdedefesa.html
Estratégias inconscientes de resolução dos conflitos internos e consequente redução das forças
pulsionais que se lhe situam na origem.
Entre os mecanismos de defesa situam-se o recalcamento, a racionalização, a projecção, o
deslocamento, a regressão, a compensação e a sublimação.
1. Recalcamento
Segundo alguns psicólogos, o conceito de recalcamento foi uma das primeiras e mais
importantes descobertas de Freud. A sua descoberta ocorreu ao observar que os seus pacientes
tinham dificuldade em recordar acontecimentos traumáticos e que, quando o conseguiam, não o
faziam sem dor. Conclui, então, que tais acontecimentos tinham sido excluídos da consciência e
estavam aprisionados no inconsciente.
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4. O recalcamento apresenta-se como um mecanismo de repressão de pensamentos,
recordações, sentimentos, pulsões e desejos que, por provocarem ansiedade, são excluídos
da consciência.
Assim, o soldado que assistiu à morte de um amigo, ferido em campo de batalha, pode, ao
regressar da guerra, não ter qualquer recordação deste incidente dramático.
No entanto, este acontecimento, banido da consciência pelo processo de reca1camento, continua
activo no inconsciente e a influenciar o comportamento do sujeito, podendo, mesmo, provocar-lhe
perturbações psíquicas.
Exemplos
Jogos
Ciberterapia trata traumas de guerra
Um grupo de cientistas inspirou-se no videojogo 'Full Spectrum Warrior' para criar um mundo virtual que
ajuda militares a ultrapassarem traumas causados pela guerra.
Um cenário virtual cria um ambiente realista onde se recriam situações da guerra no Iraque. O objectivo
desta ciberterapia, desenvolvida por investigadores e psicólogos da Universidade da Califórnia do Sul, nos
EUA, é ajudar a tratar os traumas causados pela guerra.
A inspiração para este tratamento veio de um videojogo, o 'Full Spectrum Warrior' e Skip Rizzo, psicólogo
que com outros investigadores desenvolveu esta inovadora abordagem terapêutica de ciberpsicologia,
defende que “há um grande potencial de tratamento clínico escondido nestes cenários virtuais”.
Instalados numa cabine, com óculos especiais e auscultadores, os soldados que combateram no Iraque
voltam virtualmente ao cenário de guerra.
Assim, através da realidade virtual, os cientistas levam o sujeito a reviver o momento de origem do
trauma e a revelar os problemas psicológicos que estão guardados no fundo da sua memória,
esclareceram os investigadores que apresentaram os resultados deste trabalho na reunião anual da
Associação Americana para o Avanço da Ciência.
Está provado que a melhor forma de ultrapassar um trauma é regressar à realidade, embora neste caso
de forma virtual.
Traumas de guerra justificam crime
2006/04/28
Assassino de violinista de Estarreja alega também os «valores dos comandos»
A defesa de Álvaro Ferreira, que está a ser julgado em Estarreja pelo homicídio do violinista António
Oliveira e Silva, procurou hoje explicar o crime com os «valores» dos comandos e os «traumas» de
guerra.
A 14 de Janeiro de 2005, Álvaro Ferreira - que integrou os Comandos e as forças especiais - entrou
com uma caçadeira num restaurante na Torreira, que estava cheio de clientes, e disparou à queima-
roupa sobre o violinista.
O arguido terá agido motivado por ciúmes, dado que a vítima manteria um caso com a companheira do
agressor, com quem jantava.
No Tribunal de Estarreja desfilaram hoje vários ex-camaradas de armas do arguido na guerra colonial,
depondo em seu favor.
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5. Um dos depoimentos mais relevantes foi o do seu antigo comandante de unidade, coronel Matos
Gomes, o qual explicou que a formação dada aos Comandos valorizava o valor da lealdade e repudiava
a traição, procurando incutir nos jovens a virilidade.
«Eram valores que se exaltavam nos anos 70, hoje politicamente incorrectos», disse em tribunal aquele
coronel na reserva.
Matos Gomes reconheceu que os seus homens estiveram a combater «nas zonas operacionais mais
complicadas», o que terá deixado sequelas em alguns deles, e afirmou conhecer pelo menos mais dois
casos de envolvimento em homicídios depois da desmobilização e alguns de suicídios, mas salientou
que «não é o comportamento maioritário».
Racionalização
Contam que certa raposa
Andando muito esfaimada
Viu roxos, maduros cachos
Pendentes de alta latada.
De bom grado os trincaria
Mas sem lhes poder chegar
Disse: "Estão verdes, não prestam,
Só os cães os podem tragar!"
Eis que cai uma parra, quando
Prosseguia o seu caminho,
E, crendo que era algum bago,
Volta depressa o focinho
Bocage
A fábula da raposa e das uvas, de Esopo, descrita poeticamente por Bocage, constitui exemplo
da racionalização. A raposa simboliza os indivíduos que, incapazes de superar o obstáculo, e
não querendo aceitar o fracasso, tentam autooconvencer-se da não existência deste.
Procuram estratégias de justificação, lógicas e a posteriori, com o fim de evitar sentimentos
de inferioridade que ponham em risco a auto-estima.
A racionalização inscreve-se numa forma de justificação a posteriori, com o fim de evitar
sentimentos de inferioridade que ponham em risco a auto-estima. Racionalizando, apresentam-
se argumentos justificativos de uma conclusão que, à partida, era tida como verdadeira.
É o que se passa quando os elementos de uma equipa desportiva perdem um desafio por
manifesta incapacidade técnica e justificam o resultado apelando para factores como: mau
tempo, parcialidade do árbitro em "casa" do adversário e outros. Também um aluno que presta
uma má prova por deficiente preparação pode reagir à frustração apontando como motivos do
insucesso uma má disposição ou uma elaboração incorrecta do enunciado do exercício.
Projecção
Um aluno que não gosta de um professor dirá que esse professor o detesta. Pais ambiciosos em
relação aos filhos projectam neles o seu desejo de sucesso nunca alcançado. Ódios raciais
podem ser projecções mútuas das próprias características negativas. Uma pessoa má e
agressiva tende a ver os outros como maus e agressivos.
Estes comportamentos são exemplos típicos de reacções de projecção.
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6. A Projecção apresenta-se como uma tendência que os seres humanos têm de atribuir aos
outros comportamentos, sentimentos e desejos que, sendo deles próprios, são muitas vezes
tidos como inaceitáveis.
O mecanismo de projecção observa-se em situações da vida corrente, acerca das quais se diz,
em linguagem proverbial: "Não julgues os outros por ti". É um comportamento típico na
sociedade e a sua ocorrência tem por objectivos desviar o eu de uma realidade que pensa ser
desagradável, enviando para os outros os processos que diminuem ou provocam
insatisfação.
Deslocamento
Uma criança, impedida pela mãe de brincar com os seus companheiros, reage, muitas vezes,
destruindo os seus brinquedos ou outros objectos. O empregado que se incompatibiliza com o
patrão, não podendo manifestar reacção aberta contra este, receando ser despedido, desloca
a agressão para os seus familiares, companheiros de quarto, ou até para os seus subordinados.
Estes exemplos mostram que a agressão nem sempre é dirigida contra o objecto original da
questão, ou seja, contra aquilo que causou a frustração, podendo ser deslocada para alvos
substitutos. Trata-se, nestes casos, de um mecanismo de defesa do ego designado por
deslocamento.
O deslocamento é pois um mecanismo libertador que ocorre quando um sujeito, não podendo
atingir determinado objecto, o substitui por outro, sobre o qual descarrega as suas tensões
acumuladas.
Há muitas circunstâncias em que o indivíduo substitui as manifestações abertas de agressão por
formas mais subtis e dissimuladas.
Um caso extremo de deslocamento consiste na auto-agressão, caracterizada pelo facto de o
indivíduo ser ao mesmo tempo agressor e agredido.
A agressão auto dirigida manifesta-se por comportamentos variados, desde sentimentos de
culpa e remorsos, até à auto mutilação e suicídio.
Se frequentemente encontramos pessoas que se censuram a si mesmas por sofrerem frustrações,
comportamentos como os segundos são mais raros e, quando surgem, inscrevem-se em condutas
neuróticas do foro patológico.
Regressão
A criança frustrada pela diminuição de afecto provocada pelo nascimento de um irmão pode
reagir através de condutas que vão do choramingar, chupar no dedo e enurese até recusar-se a
comer e a andar sozinha. Tais comportamentos, impróprios para a idade da criança, designam-
se por condutas regressivas.
A regressão é um mecanismo segundo o qual o indivíduo adopta formas de conduta
próprias de estádios anteriores de desenvolvimento.
A psicanálise oferece-nos exemplos de adultos cujas condutas foram regredindo, chegando à
incapacidade de realização das funções vitais. Para além de casos extremos, há pessoas que
tentam fugir a responsabilidades, refugiando-se na passividade de comportamentos regressivos.
A doença torna-se um meio de atrair sobre si a atenção dos outros e ver-se cercado de cuidados
e de consideração e de fazer reviver, assim, por meio de um substituto dos pais (médico, pessoal
do hospital, pessoas à cabeceira), as relações infantis anteriores na família. Aliás a maior parte
dessas doenças são imaginárias! http://www.psiquiatriageral.com.br/tema/paranoia.htm
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7. Albert Collette, Introduction à la psychologie dynamique
As formas de comportamento regressivo surgem, segundo a perspectiva psicanalítica, ligadas a
frustrações e conflitos infantis não resolvidos ou mal ultrapassados.
Compensação
Adler, discípulo de Freud, apresenta a compensação como meio de superar situações de
inferioridade.
Efectivamente, um indivíduo com locomoção deficiente pode superar as suas limitações
dedicando-se à investigação científica, à actividade literária, à pintura ou escultura,
conseguindo, assim, auto-afirmar-se.
Inferioridades resultantes de uma deficiente integração social podem, em muitos indivíduos, ser
compensadas por uma forma exibicionista de vestuário, de atitudes e comportamentos
destinados a atrair a atenção sobre si.
A compensação é assim um mecanismo de defesa contra qualquer inferioridade fisiológica ou
psicológica, seja ela real ou apenas sentida, que consiste na realização de outras
actividades que permitem ao indivíduo sentir-se realizado.
Sublimação
A criança encontra no jogo um meio de se tomar "capitão de navio", "explorador", "chefe de
equipa", reagindo, deste modo, a frustrações sofridas no grupo familiar ou escolar.
As aventuras fantásticas, vividas no jogo, compensam a adversidade e, por vezes, a hostilidade
do meio social.
Vemos, portanto, que a compensação se pode ligar, nalguns casos, à fantasia.
Esta caracteriza-se por uma fuga à realidade e verifica-se sempre que o indivíduo recorre à
ficção para suprir a vivência pouco gratificante de situações reais.
Esta forma de reacção consiste essencialmente na substituição do objecto-meta da pulsão por
outro socialmente aceite.
Assim, a pulsão agressiva pode ser canalizada para o exercício de actividades desportivas
que impliquem força, actividade intensa e consequente dispêndio de energias, como, por
exemplo, o judo.
A sublimação apresenta-se como um mecanismo que consiste em substituir uma actividade
socialmente inaceitável na comunidade por outra que é moralmente aceite e socialmente
valorizada.
Freud considera que a sublimação é um mecanismo de defesa contra os impulsos sexuais e
agressivos. Estes impulsos, deparando com a barreira estabelecida pelos códigos sociais e
morais interiorizados pelo indivíduo, não podem concretizar-se livremente e, como tal,
encaminham-se para actividades artísticas, culturais e outras, permitindo ao indivíduo desfazer
tensões interiores, sem correr o risco de entrar em choque com os padrões habituais.
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