Técnicas de diagnóstico animal para desordens endócrinas e metabólicas
1. TÉCNICAS DE
TÉCNICAS DE
DIAGNÓSTICO ANIMAL
DIAGNÓSTICO ANIMAL
PARA DESORDENS
PARA DESORDENS
ENDÓCRINAS E
ENDÓCRINAS E
METABÓLICAS
METABÓLICAS
ANA LUÍSA SILVA OLIVEIRA
ANA LUÍSA SILVA OLIVEIRA
GUSTAVO CARDI PECCINELLI
GUSTAVO CARDI PECCINELLI
2. •Desordens endócrinas e metabólicas em
animais referem-se a condições médicas
que afetam o funcionamento do sistema
endócrino e os processos metabólicos
nos organismos não humanos
•Verificação de glândulas e hormônios
essenciais para o bom funcionamento do
organismo
3.
4. Ovelhas e cabras durante nmo terço final de prenhez
Gera queda na concentração de glicose
Lipólise
Aumento nas concentrações de corpos cetônicos no
sangue
Sinais clínicos: apatia, amaurose, dispneia, tremores
musculares, anorexia, atonia ruminal, andar com dificuldade
e prostração.
5. Felinos
Acúmulo excessivo de triglicerídeos no fígado
Manejo alimentar inadequado, eventos estressantes
ou fatores crônicos relacionados obesidade,
pancreatite, diabetes e colangiohepatite
Sinais clínicos: Perda de peso, anorexia ou hiporexia,
vômitos, palidez ou icterícia, constipação ou diarreia,
letargia
6.
7. Queda no pH e na concentração de HCO3
Acúmulo de íons H+
Acúmulo de ácido láctico em casos de exercício exagerado
ou estados hipóxicos
Diabetes mellitus
Sinais clínicos: Depressão, apatia e menor resposta aos
estímulos. Nos quadros iniciais o animal tende a elevar a
frequência respiratória.
8. Vacas leiteiras
Quantidade energética que o animal consome não atende à sua
demanda
Sinais clínicos:
•Perda de apetite
•Sonolência, olhar fixo, cambaleio, ataxia, andar em círculos, espasmos e
cegueira parcial
•Pode apresentar comportamentos bizarros, como agressividade e
delírio
•Odor de acetona no hálito, urina e até no leite
•Diminuição da produção leiteira
•Rápida perda de peso
12. •Ocorre na deficiência parcial ou absoluta de
insulina
•Aumento da concentração de açúcar no sangue
•Uma das desordens hormonais mais comuns nos
cães
•Tratamento com insulina, dieta e estilo de vida
17. Alopecia simétrica e bilateral
Pelame seco, sem brilho
Disqueratinização
Hiperpigmentação;
Comedos
Atrofia cutânea
Telangiectasia
Hematomas
Calcinose cutânea
18.
19. É resultado da diminuição de produção
de hormônios esteróides pelas
glândulas adrenais. As fêmeas de cães
são mais afetadas, sendo incomum a
incidência em gatos
21. Grande incidência em cães, porém pouco
comum em gatos
Deficiência na produção dos hormônios
tireoidianos
Falha em qualquer ponto do eixo
hipotalâmico hipofisário-tireóide
O tratamento consiste em reposição
hormonal
25. Fêmeas : Anestro persistente; cio
silencioso, aumento do intervalo
interestral; infertilidade, aborto
ginecomastia, galactorreia
Machos: Atrofia testicular, queda
de libido
26. Mais comum em gatos idosos
Distúrbio metabólico multissistêmico que ocorre
devido a atividade anormal da glândula tireóide
Excessiva concentração de hormônios
tireoidianos, triiodotironina (T3) e/ou tiroxina
(T4)
Tratamentos atuais envolvem uso de
medicamentos, cirurgia ou radioterapia
29. Nível de glicose do animal cai para abaixo de 70 ml/dl
Os sintomas da hipoglicemia aparecem somente quando
o nível de glicose já está mais baixo, em
aproximadamente 50 ml/dl.
Tremores;
Convulsões;
Midriase;
Espasmos musculares;
Astenia;
30. Concentrações plasmáticas elevadas de
triglicerídeos, colesterol ou ambos.
Vômito;
Desconforto abdominal;
Diarréia.
Problemas oculares
Convulsões
31. •Ingestão de calorias é maior que o consumo calórico.
•Sedentarismo
• Reduz a qualidade e expectativa de vida dos
animais
• Predisposição para desenvolver Diabetes mellitus.
Aumento de peso, problema de mobilidade,
cansaço, alterações cutâneas, ronco
32.
33. Distúrbio no metabolismo de sal e água
marcado por sede intensa e vontade excessiva
de urinar.
Alteração no metabolismo da água pela síntese
ou secreção deficiente do hormônio
antidiurético (ADH) ou pela incapacidade dos
túbulos renais em responder a esse hormônio
35. •Perfil Bioquímico
•Chek-up global de funções
•Hemograma Completo
•Urinálise
•Glicohemoglobina
•Perfil tireoidiano
•Perfil
hiperadrenocorticismo
Sangue em tubo seco - soro
Sangue em edta - plasma
Sangue em fluoreto -
plasma
36. •Amostra de sangue do animal,
geralmente obtida através de uma punção
venosa na veia do pescoço, perna ou
patas.
•Os perfis bioquímicos incluem conjuntos
de provas a melhores custos que
permitem avaliação global de certas
funções metabólicas, endócrinas ou do
estado funcional de conjuntos de órgãos.
37.
38.
39. De uma só vez podemos ter uma
análise das seguintes funções:
Função renal
Função hepática
Função pancreática
Função cardíaca
Função muscular
40. •Avalia a contagem e saúde de células sanguíneas,
como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos,
plaquetas;
•Diagnosticar anemia, infecções e distúrbios no
sangue;
•Hipotireoidismo pode causar anemia;
•Doenças endócrinas de cães e gatos podem também
apresentar um aumento no número de eritrócitos;
41. •Nos cães, o aumento de eritrócitos pode ser observado em
casos de hiperadrenocorticismo e nos gatos em casos de
hipertireoidismo
•Amostra de sangue venoso que geralmente é coletado das
veias jugular, cefálicas (na pata da frente) ou safena (na
pata de trás).
•Jejum não obrigatório
•Material: 2,0 mL de sangue total colhido em EDTA
•Método: análise por equipamento eletrônico – COULTER ou
análise microscópica de esfregáços sanguíneos
42. •Funcionamento dos rins, o
equilíbrio de eletrólitos e o
metabolismo do corpo
•Detecção de Glicose,
hemoglobina/sangue, bilirrubina,
minerais, corpos cetônicos e
proteínas.
•Método: microscopia ótica
43. •Na primeira etapa, verifica-se volume, cor, odor,
aspecto e densidade;
•Na segunda etapa, é feita a avaliação do pH da urina,
assim como a presença de sangue, proteína, glicose, e
algumas outras enzimas;
•Na terceira etapa, o médico veterinário patologista
avalia a presença de sangue, bactérias, muco, cristais,
espermatozoides em machos, entre outros elementos.
45. •Índices de glicose no sangue
•Altamente preciso
•possível identificar o pré-diabetes
•realizado por intermédio de uma coleta de sangue.
•Jejum de 8 horas
•Valores de referência:
•Canino: 2,3% a 6,4%
•Felino: menor que 2%
46. •Avaliar a função das glândulas adrenais do animal
•Produção excessiva de hormônios corticosteroides
•Níveis de cortisol sérico
•Jejum de 8 horas. Colher entre 7 e 9 horas da manhã
•Material: 0,5 mL de soro
•Método: ELFA
•Valores de referência
•Canino: 0,5 – 3,0 mcg/dL
•Felino: 0,5 – 4,0 mcg/dL
47. •Níveis de hormônio adrenocorticotrópico (ACTH)
•Relação entre cortisol e ACTH
•Teste de supressão com dexametasona
•Jejum não obrigatório
•Coleta: o sangue deve ser colhido em seringa ou tubos gelados com EDTA,
sendo centrifugado imediatamente após a coleta, transferido para o tubo com
solução de N-Mtilmalemida e cogelado. O material deve ser enviado congelado.
•Material: 1,0 mL de plasma colhido em EDTA no tubo plástico congelado
•Método: IRMA
•Valores de referencia:
•Canino: 10 – 60 pg/mL
•Felinos: 10 – 50 pg/mL
48. •Avaliar a função da glândula tireoide
•hipotireoidismo
•hipertireoidismo
•T4 total e livre
•T3 total e
•Método: Imunoensaio sistema vidas
•Material: 0,5 mL de soro
•Jejum não obrigatório
•Valores de referencia
Canino: 1 – 3,6 ng/dL
Felino: 1,49 - 4,99 ng/dL
•Importante a avaliação do t4 livre juntamente com o TSH, para distinguir
entre hipotireoidismo primário ou secundário
49. T3 total e livre
Método: Imunoensaio sistema vidas
Material: 0,5 mL de soro
Jejum não obrigatório
Valores de referencia
Canino: 0,3 – 1,5 ng/dL
Felino: 0,69 – 2,39 ng/dL
51. Foi atendido no HCV - UFPel, um canino, da raça Pitbull, com quatro anos de
idade, macho e não castrado. Durante o atendimento, o proprietário relatou que
o animal tinha um comportamento bastante calmo, comia muito e passava a
maior parte do dia dormindo, mostrando-se relutante a exercícios físicos e
brincadeiras.
Durante a inspeção, percebeu-se que o cão apresentava uma área alopécica
que abrangia a região dorsal do tronco próximo à inserção da cauda, que se
estendia até a extremidade da mesma. Além disso, observou-se dermatite
seborreica generalizada e obesidade moderada. A face “trágica” apresentada
pelo canino, bem como sua indiferença a manipulação durante a consulta,
também foram informações dignas de observação,
52. Foi atendido no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (HV-UPF).
um canino, fêmea Poodle, pesando 6 kg de sete anos, cuja anamnese o
proprietário relatou a presença de poliúria, polidipsia, politagia, tosses e
secreções oculares há 15 dias. Ao exame clinico. observaram-se mucosas rosadas.
temperatura retal de 39.4°C. normonidratacao. calcinose cutânea e pele fina.
Foram solicitado exames laboratoriais tais como hemograma, bioquímica sérica,
urinálise, raio-X e ultrassonografia. Os valores hematológicos se apresentaram
normais. Na bioquímica sérica foi observada um aumento das atividades séricas
de Fosfatase Alcalina (ALP, 477U/L), alanina aminotransferase (ALT, 148U/L), e na
concentração sérica de uréia (15 mg/dL), colesterol (438 mg/dL), triglicídeos (241
mg/dL) e potássio (24,36mg/dL), e normoglicemia(91 mg/dL). O único achado da
urinálise foi a baixa densidade 1002. Não foram observadas alterações no raio-×.
entretanto na ultrassonogratia observou-se aumento da adrenal esquerda.
53. GONZÁLEZ, F. H. D.; SILVA, S. C. Introdução à bioquímica clínica veterinária.
ePub rev., atual. e ampl. Porto Alegre: [s.n.], 2022. ISBN 978-65-00-43160-5.
Disponível em: http://hdl.handle.net/10183/237269.
SILVA, Malena Noro. Hematologia veterinária. Belém: EditAedi, 2017. E-book
(110 p.). Disponível em: https://livroaberto.ufpa.br/jspui/handle/prefix/734.
Acesso em: 13/10/2023
MOONEY, C.T.; PETERSON, M.E. Manual de endocrinologia canina e felina. 3ª ed.
São Paulo: Editora Roca, 2009. 304p
KANEKO, Jiro Jerry; HARVEY, John W.; BRUSS, Michael L. (Ed.). Clinical
biochemistry of domestic animals. Academic press, 2008.