O documento descreve a síncope vasovagal, definindo-a como uma perda súbita da consciência associada à perda do tônus muscular, com recuperação espontânea. Explica que ocorre devido a uma estimulação excessiva do sistema nervoso vagal, causando bradicardia e vasodilatação. Detalha possíveis tratamentos como beta-bloqueadores, mineralocorticóides e antidepressivos para controlar os sintomas.
3. O que é Síncope Vasovagal?
Síncope ou desmaio pode ser definido
como a perda súbita ou transitória da
consciência, associada à perda do
tônus postural, com recuperação
espontânea, sem a necessidade de
cardioversão química ou elétrica.
4. Como ocorre?
A síncope vasovagal está quase
sempre associada com sintomas tais
como náuseas, tontura, diminuição do
campo visual, desconforto epigástrico,
5. sintomas residuais após os episódios,
como fraqueza, continuação da
tontura e diaforese (transpiração
excessiva).
6. Quarenta por cento dos pacientes
sofrem ferimentos devido às quedas,
pois a grande maioria encontra-se na
posição ereta antes da síncope
vasovagal.
7. Com que frequência ocorre?
Pode ocorrer em 30% da população
adulta, entre as crianças e
adolescentes corresponde a cerca de
30% de todas as causas e também é
a causa mais comum de síncope em
idosos
8. Diagnóstico
Em aproximadamente 50% dos
pacientes a causa pode ser
diagnosticada a partir da história
clínica, exame físico,
eletrocardiograma e ecocardiograma.
O eletrocardiograma de alta
resolução, o teste da mesa inclinada e
o estudo eletrofisiológico apresentam
refinamentos do diagnóstico.
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10. TI
O teste de inclinação ortostática (TI) é o
exame de maior acurácia, especialmente
quando a etiologia é indeterminada. No TI
os indivíduos são colocados numa maca em
decúbito dorsal horizontal por 20 minutos e
posteriormente elevados em 70 graus,
permanecendo nessa posição por 40
minutos. Após essa fase, denominada de
passiva, é infundido nos pacientes que
ainda não apresentaram síncope, 1 mcg de
isoproterenol 15 minutos.
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12. Massagem do seio carotídeo
A massagem do seio carotídeo também
deve fazer parte da avaliação de qualquer
paciente com síncope, pois sessenta por
cento dos pacientes com síncope de causa
obscura apresentam hipersensibilidade do
seio carotídeo. A massagem do seio
carotídeo é realizada em todos os testes da
mesa inclinada, com cuidadosa
monitorização dos sintomas, ritmo cardíaco
e pressão arterial.
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14. Fisiopatologia
Alguns autores definem que em
pessoas predispostas, estímulos como
dor, ansiedade e estresse podem
desencadear uma resposta
exacerbada do sistema nervoso
autônomo. Ocorrem, então,
estimulação vagal e inibição simpática
com consequente bradicardia e
relativa perda da vasoconstrição
periférica resultando em hipotensão.
15. Essa redução no débito cardíaco e pressão
arterial é sentido por barorreceptores
localizados no arco aórtico e seio carotídeo.
O aumento resultante das catecolaminas,
combinado com uma redução do
enchimento venoso, leva a uma contração
vigorosa de um ventrículo volume-depletado
culminando na ativação de fibras
conhecidas como mecanorreceptores.
Estas fibras aferentes projetam-se para o
núcleo dorsal do vago da medula.
16. Em resposta ao impulso aferente,
existe uma retirada do tono simpático
periférico e um aumento do tono
vagal, causando bradicardia e
vasodilatação. Este processo resulta,
em última análise, em síncope.
17. Tratamento
Vários agentes farmacológicos têm
sido utilizados no tratamento da
síncope vasovagal, entre eles, b-
bloqueadores, mineralocorticóide,
midodrina e paroxitina. A reposição de
volume pode minimizar a diminuição
no retorno venoso que é induzido pela
posição ortostática.
18. B-bloqueadores
O beta-bloqueador, por seu efeito
antiadrenérgico, diminui a ativação
dos mecanorreceptores miocárdicos,
um dos principais mecanismos
envolvidos na fisiopatologia da
síncope.
19. Mineralocorticóide
A fludrocortisona é um
mineralocorticóide que age não
somente no aumento da volemia,
como também promovendo
vasoconstrição e melhorando o
retorno venoso.
20. Midodrine
Podem ser associados ou mesmo
utilizados como opção em caso de
falha no tratamento com as primeiras
duas drogas. Retém água e sal no
organismo.
21. Paroxetina
É um antidepressivo e sua principal
função é aumentar os níveis de
serotonina no cérebro.
22. Bibliografia
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