O documento discute os diferentes sistemas de acasalamento em ecologia de populações. Ele define o que é um sistema de acasalamento e explica os principais tipos, incluindo monogamia, poliginia e poliandria. Fatores como investimento parental, cuidado da prole e acesso a recursos influenciam qual sistema uma espécie desenvolve. A monogamia é mais comum em aves devido à necessidade de cuidados parentais conjuntos, enquanto a poliginia é predominante em mamíferos, onde os machos tendem a maximizar o
2. Sumário
Sistemas de Acasalamento
1. Fatores determinantes
2. Tipos de Sistemas de Acasalamento
Poliginia, Poliandria, Monogamia (e EPCs)
3. Estratégias Condicionais e Alternativas
3. O que é um sistema de
acasalamento?
Um sistema de acasalamento é uma forma
específica a espécie na qual os
acasalamentos se distribuem entre os
membros de uma população
acasalamento: o processo que resulta na
fusão de gametas haplóides (ovos e
espermas) para formar um zigoto novo e
geneticamente único
Zigoto: um ovo fertilizado
4. Sistemas de Acasalamento
Definição: O estudo do comportamento,
fisiologia e morfologia relacionados de como é
feito a escolha do par;
Reprodução sexual evoluiu com os primeiros
eucariotos;
“Anisogamia” = gametas (n, haplóide) são
diferentes entre elas;
PRINCIPIO DA ALOCAÇÃO (na reprodução)
Microgameta: pequeno--muitos = MACHO
Macrogameta: grande--poucos = FÊMEA
Dicotomia de estratégias do investimento
parental, especialmente por prole.
5. Todas as diferencias adaptativas do comportamento têm um mecanismo
básico
Cellular mechanisms of social attachment.
Young et al. 2001. Hormones and Behavior 40:133-138.
Abstract:
estudos farmacológicos em roedores sugerem que os neruopeptidos
oxitocina e vasopressina {= ADH;} tomam papeis importantes
associados com a monogamia, incluindo afiliação, cuidado parental,
e ligação com o parceiro. …
Os roedores monógamos têm uma densidade maior de receptores de oxitocina
No núcleo acumens do que as espécies não monógamas de roedores;
inibição desses receptores por injeção específica ao local de antagonistas nas
roedores fêmeas não permita a formação de preferencia do par. Os roedores
também têm uma densidade maior de receptores de vasopressina na área do
palidium ventral, a saída principal do núcleo acumbens.
Ambos o núcleo acumens e o palidium ventral são núcleos chaves de relai nos
circuitos cerebrais implicados na recompensa, como os sistemas mesolímbicos de
dopamina e opioides.
Por isso, nossa hipótese e que a oxitocina e vasopressina podem facilitar a
afiliação e ligação social de espécies monógamas ao modular esses caminhos de
recompensa.
6. Aumento de resposta de afiliação a vasopressina em roedores
que expressam o receptor V-1a de um roedor monógamo
Young LJ, Nilsen R, Waymire KG, MacGregor GR, Insel TR
NATURE 400 (6746): 766-768 AUG 19 1999
7. Quais fatores influenciam a
evolução de sistemas de
acasalamento?
Modo da fertilização (interna versus
externa: se interna, a fêmea pode
guardar a esperma?)
Ecologia da prole (quanto cuidado parental
é necessário)
Grau de assimetria no investimento
parental na prole
8. Quem escolha a quem?
Na maioria das espécies animais, os
dois sexos tomam papeis diferentes na
seleção e procura do par sexual.
Usualmente a fêmea toma a decisão
final de acasalamento ou não.
– Existe uma razão simples
– A fêmea enfrenta um maior custo na
reprodução
9. Quem escolha a quem?
Em aves
A fêmea proporciona o ovo além do recurso
alimentar para o embrião em desenvolvimento.
Em mamíferos
A fêmea carrega o embrião dentro do corpo e
depois proporciona leite a prole .
Em ambos os casos
A carga biológica da fêmea é muito maior do que
do macho.
10. Quem escolha a quem?
Essa carga pode ser mensurada por
várias formas, incluindo o tempo que
cada sexo precisa investir na prole
12. O genro importa menos do que o
investimento de energia ou tempo?
Argumento original usou energia e risco
E se os machos sofreram mais custo do que as fêmeas?
Exemplo: Peixes pipas (parentes de cavalinhos marinhos) a fêmea Poe os
ovos numa bolsa do macho e em algumas espécies o macho tem uma
pseudo-placenta
- Machos fazem investimento maior, os machos escolhem o par
- Duas espécies com ornamentos femininos
13. O genro importa menos do que o
Investimento de energia ou tempo?
Baratas d'água (Abedus herbertii)
As fêmeas colocam ovos no dorso doa machos
Os machos ficam próximos a superfície e fazem
aeração dos ovos. Os ovos fecham as asas dos,
e os machos ficam mais pesados e precisam
usar substratos
Os machos escolhem e requerem a acasalamento
antes de aceitar os ovos, e demandam acasalamentos
durante o processo para aceitar todos os ovos
Jaçanã
As fêmeas têm territórios que tem
até 4 machos menores.
Depois ocorre a quebra de ovos
(como nos leões e languires).
14. Sistemas de Acasalamento
Determinação dos fatores
Fatores
Ecológicos
Fatores
Filogenéticos
Potencial
Ambiental
Poligênica
(PAP)
Capacidade de
Capitalizar o
PAP
Grau da
Monopolização
de pares
Sistema de
acasalamento
Os fatores ecológicos: a distribuição espacial e temporal
de pares e recursos
Os fatores filogenéticos: grau de cuidado parental necessário
Adaptada de Emlen e
Oring 1977
15. Tipos de Sistemas de
Acasalamento
Aleatório
Monogamia
Poliginia: variância do sucesso reprodutivo
do macho > variância do sucesso
reprodutivo da fêmea
Poliandria: variância do sucesso
reprodutivo da fêmea > variância do
sucesso reprodutivo do machos
16. 6
Sistemas de Acasalamento
1.
Monogamia:
2.
Poligamia:
Poliginia:
3.
Perenes (vida): garças.
Anual (1 estação reprodutiva).
um sexo tem várias.
um macho tem várias fêmeas (hárem).
Poliginia Serial: um macho tem parceiros seriais.
Maximiza os
genes do macho. Se são
“bons”, a fêmea se
beneficia, como em
leões.
4.
5.
Poliandria:
e
Poliginandria:
Rara. Tibet. – uma mulher pode ter dois
esposos (irmãos). Condições de vida duras
precisa dois homens para cuidar do sitio.
promiscuidade. Chimpanzés e pardais.
Vantagens:
1) maior diversidade genética na prole.
2) Varias machos vigiam a prole.
3) Reduz os efeitos negativos da
competição entre machos, exemplos lutas
e feridas
17. Sistemas de Acasalamento
e Cuidado Parental
O sistema de acasalamento depende do investimento
parental.
Se investe muito, você não vai embora.
Fertilização externa: a fêmea sai primeiro, e o macho
cuida a prole ou também vai embora, exemplo. sapos
Número de ovos fertilizados garanta que alguns filhotes
sobreviverão. Exemplos, peixes e sapos.
Fertilização interna: macho freqüentemente vai
embora. Porém, existe uma troca – se o macho fica,
a prole tem maior probabilidade de sobreviver.
7
18. Sistemas de Acasalamento
Poligamia
– Vários membros de um sexo acasalando com um
individuo do outro sexo.
– Poliginia
Várias fêmeas acasalando com um macho
– Poliandria
Vários machos acasalando com uma fêmea
Monogamia
– Relação reprodutiva baseada num relação quase
permanente entre um macho e uma fêmea
19. Sistemas de acasalamento
Mamíferos versus Aves
90% das aves são monógamos
Durante um período reprodutivo
Porem, mais de 90% de todos os
mamíferos são polígonos
Economia evolutiva
O que um organismo pode fazer para
maximizar o seu sucesso reprodutivo?
20. Sistemas de acasalamento
Em muitas espécies de aves, a incubação de
sucesso depende de ambos os pais
Um precisa chocar os ovos e o outro precisa
procurar alimento.
Após a incubação, a procura de alimento ainda
precisa cooperação
A monogamia tem retorno reprodutivo para o
macho e a fêmea
Cada pai precisa a ajuda do outro oara garantir a
sobrevivência da prole e por isso dos genes
21. Sistemas de acasalamento
Essa condição é diferente parta os
mamíferos
– Não tem problema de cuidar o ninho
– Após o nascimento, somente a mãe
pode secretar leite aos filhos
– A mãe pode procurar alimento durante
a gestão
– Os filhotes frequentemente podem
sobreviver somente como o cuidado
maternal, e os genes do macho serão
carregados a próxima geração de
qualquer jeito
22. Sistemas de acasalamento
Como deve se comportar o macho?
– Em termos evolutivos, um organismo de
sucesso é aquele que perpetua seus genes
nas gerações seguintes
– O organismo com maior sucesso é aquele
que tem o maior número de proles férteis
sobreviventes
23. Sistemas de acasalamento
Se a prole pode sobreviver sem o cuidado
do macho
– O macho maximiza seu sucesso reprodutivo
ao acasalamento com tantas fêmeas como
possível.
E o resultado fina é
– A poliginia, com cada macho procurando
acasalamento com mais fêmeas.
24. Sistemas de acasalamento
As conseqüências anatomias
Os machos poligênicos precisam ser
fisicamente distintos
Para atrair uma fêmea
Para ganhar na competição com outros machos
A Poliginia é quase sempre acompanhado
pelo dimorfismo sexual
Resulta em diferencias pronunciados no
tamanho ou estruturas corporais entre
os dois sexos
28. Sistemas de acasalamento dependem da
escolha dos pais de investimento sob o
princípio da alocação
Investimento na prole após o estágio de gameta se relaciona ao sistema de
acasalamento
Trocas: pares
versus cuidado dos
filhotes
Poliginia
Número de pares para cada sexo:
Investimento Parental
muitos
1
Monogamia
1
1
Poliandra
1
muitos
Poliginandria
Promiscuidade
poucos
muitos
muitos
poucos
muitos
muitos
investe mais
por prole
investe
igualmente
investe mais
por prole
investe
igualmente
Nenhum investe depois das
gametas
29. Tipos de Sistemas de
acasalamento
Poliginia
Um macho acasalamento com mais de uma fêmea
Poliandria
Uma fêmea acasalamento com mais de um macho
Monogamia
Um macho forma par com uma fêmea
(pelo menos socialmente)
30. Poligênica: Tipos
Poligênica de Defesa da Fêmea
Poligênica de Defesa de Recursos
Poligênica de Competição por Precipitação
Assembléia de Reprodução Explosiva
Poligênica de Lek
31. Poligênica: Defesa das Fêmeas
Machos competem para monopolizar grupos de
fêmeas
Recursos
---
Fêmeas
Agregadas
espacialmente
(podem ser
monopolizadas)
Cuidado
Parental
pelo
Macho
Usualmente não
necessário
Exemplo:
Ovelhas
32. Poligênica: Defesa de Recursos
Machos competem para monopolizar recursos
Recursos
Fêmeas
Cuidado
Parental
pelo
Macho
Heterogêneos mas
capaz de serem
monopolizados
---
Menor do que nas
fêmeas mais pode
ser necessário
Exemplo:
Odonata
33. Poliginia: Defesa de Recursos
aptidão
A fêmea escolha o par de acasalamento a base de:
qualidade de território e quantas fêmeas o macho já
tem
Diferencia em aptidão com
fêmeas acasalando
monogamamente vs.
poligamamente
Limiar de Poliginia =diferença mínima na
qualidade de habitat sob o controle dos
machos suficiente para promover
acasalamentos bígamos por fêmeas
Qualidade ambiental
Adaptada do modelo de limiar de
Poliginia de Orians 1969
34. Poliginia: Competição por
Desespero
Machos procuram desesperadamente fêmeas receptivas
Recursos
Não defensíveis
Femeas
Não podem ser
monopolizadas: sazão
reprodutiva muita
curta
Cuidado
Parental
pelo
Macho
Usualmente não
necessário
Exemplo:
Esquilo de chão
35. Poliginia: Assembléia de
Reprodução Explosiva
Procura desesperada numa estação reprodutiva curta
Recursos
Não defensíveis
Femeas
Não podem ser
monopolizadas: sazão
reprodutiva muita
curta
Cuidado
Parental
pelo
Macho
Usualmente não
necessário
Exemplo:
Sapos
36. Poliginia: Lek
Machos se mostram em territórios e as fêmeas
escolhem
Resources
Not defendable
Females
Not monopolizable
Male
Parental
Care
Usually none required
Example (classic lek):
Sage grouse
37. Poliginia: Lek
Machos se mostram em territórios e as fêmeas
escolhem
Resources
Not defendable
Females
Not monopolizable
Male
Parental
Care
Usually none required
Example (exploded lek):
Bowerbirds
38. Poliginia: Resumo
Poliginia de
Defesa das
Fêmeas
Machos vão onde fêmeas potencias
estão, lutam com outros machos
para diretamente monopolizar as
fêmeas
Ovelhas
Poliginia de
Defesa de
Recursos
Os machos defendem territórios
Odonata
que tem os recursos necessárias das
fêmeas.
Poliginia
Competição por
precipitação
Primeiro macho a fêmea ganha. Os
recursos e as fêmeas não podem ser
defendidos
Assembléia de
Reprodução
Explosiva
Fêmeas tem estações e localizações Perereque
curtas e previsíveis de acasalamento
Não podem ser monopolizadas.
Poliginia de Lek
Machos defendem territórios
usados para propaganda. Os
territórios dos machos podem ser
agrupados ou regulares
Esquilo de chão
Quetzal
39. Poliandria
Uma fêmea acasalando com mais de um macho
O macho proporciona mais
cuidado parental do que a
fêmea
As vezes 1 fêmea produz mais
filhotes do que 1 macho pode
cuidar
Reversão de papeis sexuais
Exemplo:
Jaçanã
40. Monogamia
Um macho acasalando com uma fêmea (pelo
menos socialmente)
Nenhum dos sexos pode
monopolizar mais de um par
sexual
Muitos aves são monógamas
socialmente
Exemplo:
Albatroz
42. Monogamia: acasalamentos
Fora do Par
Macho ou fêmea acasalamento for a do par
Vantagens para as fêmeas
Benefícios materiais:
Mais recursos
Melhor proteção
Reduzir a infanticida
Benefícios genéticos:
Segurança de fertilidade
Bons genes
Compatibilidade genética
43. Monogamia: acasalamentos
Fora do Par
Macho ou fêmea acasalamento for a do par
Desvantagens
Pode enfraquecer a ligação do par
Redução do tempo e energia para cuidado
parental
Maior exposição a parasitas e doenças
44. Sistemas de acasalamento
Estratégias Condicionais e
Alternativas
Estratégia: conjunto de regras de
comportamento empregado por um
individuo com probabilidades associadas
de utilizar táticas diferentes
Tática: padrão de comportamento
resultante da estratégia empregada por
um indivíduo
45. Sistemas de acasalamento
Estratégia Condicional
Uma estratégia com táticas mediadas
ambientalmente
O macho dominante usualmente tem o aptidão
maior
Todos os machos não podem ser o macho
dominante
Fazem o que podem (satélite, etc)
Nenhuma base genética
Táticas diferem no sucesso reprodutivo
46. Sistemas de acasalamento
Estratégia Condicional
Uma estratégia com táticas mediadas
ambientalmente
Melhor tática: defender o
inseto morto
Tática intermédia: defender a
secreção de saliva
Pior tática: agarrar fêmeas e
forçar a acasalamento
Ao retirar machos dominantes,
outros machos mudam a
próxima tática melhor
Exemplo: Panorpidae
47. Sistemas de acasalamento
Estratégias Alternativas
Indivíduos diferentes usam estratégias estáveis
diferentes
Determinado geneticamente
As estratégias não se diferem em
sucesso reprodutivo
48. Sistemas de acasalamento
Estratégias Alternativas
Indivíduos diferentes usam estratégias estáveis
diferentes
Três tipos:
Exemplo: isopodo marinho
•Alfa (grandes, dominantes)
•Beta (médios, imitam fêmeas)
•Gama (pequenos, trapaceiros)
Sucesso reprodutivo igual
Determinado geneticamente
50. Estratégias Reprodutivas
Modos da Reprodução
Ovoviviparidade
Ovos retidos dentro da fêmea
Gema suficiente para o desenvolvimento do
embrião
Larvas eclodem imediatamente após e a
oviposição
Exemplos (alguns Tachinidae, Coleoptera,
Muscidae, baratas, Homoptera,
Lepidoptera, Thysanoptera)
51. Estratégias Reprodutivas
Viviparidade
Desenvolvimento embrionário dentro das
fêmeas; produz ninfas ou larvas vivas
(nascimento vivo)
viviparidade pseudo-plancental
Ovos sem gemas, usualmente sem um
corpão
Os ovos recebem nutrição por meio de
estruturas embrionias ou maternais
chamados pseudo-placenta
Exemplos (alguns pulgões)
52. Estratégias Reprodutivas
Viviparidade
Desenvolvimento embrionário dentro das fêmeas;
produz ninfas ou larvas vivas (nascimento vivo)
viviparidade adenotrófica
Ovos retidos e embriões eclodem dentro da
fêmea
Desenvolvimento intra-uterino das larvas por
glândulas maternas especiais
Larvas são depositadas e formam pupas
rapidamente
exemplos (Glossina, Hippoboscidae,
Nycteribiidae, Streblidae)
(a) por que nesses grupos?
54. Estratégias Reprodutivas
Modos da Reprodução
Viviparidade
Desenvolvimento embrionário dentro das fêmeas;
produz ninfas ou larvas vivas (nascimento vivo)
viviparidade do hemocoelo
(1) ovários livres no corpo
(2) ovários desintegram e os ovos soltos no
hemocoelo
(3) nutrientes do hemocoel nutrem os ovos
(4) larvas eclodem na fêmea, e depois passam por
um canal de cria ou aberturas no integumento,
dependo da espécie
(5) exemplos (Strepsiptera, alguns Cecidiomyiidae)
56. Estratégias Reprodutivas
Modos da Reprodução
Partenogênese
Desenvolvimento do ovo sem fertilização sexual
arrhenotokia - a produção partenogenética de machos
arrhenotokia haplóide facultativa – fêmeas põem
ovos fertilizados que produzem fêmeas; ovos não
fertilizados produzem machos (exemplo,
Hymenoptera sociais)
-thelytokia - a produção partenogenética de fêmeas
partenogênese cíclica – produção de gerações
partenogenéticas misturadas com gerações sexuais
(por exemplo, alguns pulgões e cinipideos)
ginogênese (= pseudogamia) – os espermatozoides
presentes mas não foquem com o ovo, atinam o
desenvolvimento do ovo (raro, Ptinus latro, um
gênero de bicho de seda)
57. Estratégias Reprodutivas
Modos da Reprodução
Paedogenese
reprodução por insetos imaturos
(larvas)
neotonia - maturidade sexual num
estágio imaturo
exemplos (alguns cecidiomyiids,
Coleoptera)
58. Estratégias Reprodutivas
Modos da Reprodução
Hermafroditismo (auto-reprodução)
Proles derivadas da união do ovo e da
esperma produzidos meioticamente por
um individuo
Ambos sexos dentro de um indivíduo
– Muito raro nos insetos
Uma espécie de escama
59. Características Reprodutivas
dos Mamíferos
Fertilização interna, com um órgão
intrometeste,
Espermatozóides não guardados
Prole com demandas energéticas elevadas
Assimetria no investimento parental é
extrema: as fêmeas proporcionam
essencialmente toda a energia (gestação
e lactação) para criar o zigoto a sua
independência
60. Sistemas de acasalamento
de Mamíferos
Monogamia é rara e ocorre numa
variedade ampla de grupos de
mamíferos. Ocorre em algumas primatas
(exemplo, gibões)
Na maioria dos mamíferos, o sistema de
acasalamento é a poliginia
61. Sistemas de acasalamento
das Primatas
Monogamia – rara – ocorre em algumas
primatas do mundo novo e em gibões
Poliginia – comum- ocorre na maioria dos
macacos e em orangotangos, gorilas,
chimpanzés, bonobos
62. Por que a maioria dos
mamíferos são polígamos?
Controle preciso do macho na
transferência de espermatozóides
Custo energético tremendo da prole
Assimetria extrema no investimento
parental na prole – as fêmeas
proporcionam todo, os machos somente
uma célula de esperma
Especialmente em mamíferos as fêmeas
constituem um recurso reprodutivo
objeto a competição entre machos
63. Comportamento Reprodutivo do
Homem
1
Parte da Biologia e Psicologia Evolutiva.
Nosso conhecimento é por isso dedutivo.
Os comportamentos existem porque são
adaptativos.
Tem sentido mas o Homem toma decisões e
fica mais livre de forças inatas. Por isso, a
teoria é determinística
65. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
No Homem, o macho e a fêmea são
seletivos na escolha de seus pares
sexuais
– A acasalamento somente acontece quando
ambos consentem
Porém, os dois sexos se distinguem nos
critérios usados ao escolher seu par
sexual…
66. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
A base das pesquisas:
O grau de atração física é mais importante
para o homem que para a mulher
Os homens geralmente preferem mulheres
mais novas
As mulheres preferem homens mais velhos
O status social em financeiro do par é mais
importante Para asa mulheres
67. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
As diferencias sexuais não são únicas a
nossa sociedade
China, Índia, Francia, Nigéria e Irão
Buss, 1989, 1992; Buss e Barnes, 1986
Ainda mais, ambos os sexos concordam
que
Os homens e as mulheres valorizam a
inteligência e bondade de seu par
potencial
Buss, 1992
68. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
Segundo Buss
A melhor explicação para essas preferências é
evolutiva
Se nossos ancestrais machos preferiam mulheres
atrativas, aumentaria seu sucesso
reprodutivo,porque as mulheres atrativas seriam
mais saudável e provavelmente mais fértil.
A seleção natural favorece machos com essa
preferência, e essa preferência expandiria entre
os machos de nossa espécie
69. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
E para idade da mulher
Quanto mais nova a melhor, mais anos
reprodutivos terá.
Por isso, um homem encolhendo um par de
menor idade pode antecipar
potencialmente mais filhos.
De novo, isso aumentaria o sucesso
reprodutivo do macho, seria favorecido
pela seleção natural, e viria comum para
a espécie.
70. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
As preferências da fêmea ficam fáceis de
entender dessa perspectiva
Um investimento elevado em cada filho implica que é
melhor ter poucos e fazer possível garantir a
sobrevivência de cada filho.
Um macho rico de status elevado ajuda a lograr
essa meta
Capaz de proporcionar alimento e outros recursos
necessários
A vantagem reprodutiva seria associada com
essa preferência.
Uma evolução gradual no sentido de que todas as
fêmeas da espécie teriam essa preferência
71. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
Outras explicações
É possível que as mulheres preferem
homens ricos, de status elevado, porque
aprendem durante a vida as vantagens
ganhas de esse par
Em muitas culturas, as oportunidades
profissionais e educacionais são limitadas, e
por isso “casando bem” é a melhor estratégia
de acumular recursos
72. Escolha do Par Sexual pelo
Homem
Evidência consistente com a explicação
cultural
As mulheres se preocupam menos do status
potencial do macho se vivem numa cultura
que proporciona mais oportunidades as
mulheres
Os recursos do macho potencial viram menos
importantes na seleção do par sexual
(Kasser e Sharma, 1999; Eagly e Wood, 1999)
73. Barber N. 1995. The evolutionary psychology of physical
attractiveness: Sexual selection and human morphology.
ETHOL. & SOCIOBIOL. 16: 395-424.
Abstract:
Evidencias psicológicas sugerem que as diferencias sexuais da morfologia foram
modificadas pela seleção sexual para atrair pares (seleção inter-sexual ) ou
intimidar rivais (seleção intra-sexual):
As mulheres competem entre elas para machos de alta qualidade
ao sinalizar seu valor reprodutivo … e por exagerar os
indicadores morfológicos da juventude, como narizes
pequenas e pés pequenas e pele sem pelos.
uma razão baixa de cintura a cadeira é
sexualmente atrativa nas mulheres ...
A aparência física do homem tende a
comunicar a dominância social, o qual tem os
efeitos combinados de intimidar rivais
reprodutivos e atrair mulheres.
A barba masculina não tem relação a
qualidade fenotípica ...
74. Atração
O Homem é um ser biológico
Nossos comportamentos possam ter aspectos
genéticos que envolvam cortejo.
Porém
O aprendizagem baseado na cultura durante
nossa vida possa ter um papel maior ao
determinar quando, como e com quem
acasalar.
75. Atração
Não existe duvida da influencia da cultura.
É a mudança cultural e não uma evolução rápida que
alterou a idade média de ser pai ou mãe durante as
últimas décadas.
São as diferencias culturais e não as diferencias
biológicas que tornam os indivíduos com tatos
faciais mais atrativos as Maori de Nova Zelândia,
mas feios para nos
77. Atração
Quais comunalidades existem entre os
povos diversos do mundo respeito as
preferências de pares e padrões de
cortejo?
Nenhuma comunalidade
– Argumento forte do que a reprodução do
Homem não é fortemente determinado
pela biologia.
Comunalidade
– Faz parte de nossa herança biológica?
78. Atração Física
A aparência física tem muito
importância na determinação do grau
de atração de uma pessoa.
Ou pelo menos pela atração inicial.
A demanda brasileira para produtos
químicos cosméticos e do banho deve
aumentar 6% por ano no ano 2010
Pelo menos R$ 255 milhões gastos no
Brasil em 2005 para procedimentos
cirúrgicos cosméticos
79. Atração Física
Os calouros da faculdade foram combinados
aleatoriamente numa balada e depois foram
perguntados se gostaram ou não seu par e
se sairiam juntos.
O determinante principal no
desejo de cada calouro para sair
com o par no futuro era sua
aparência física.
Walster, Aronson, Abrahams,
e Rottman (1966)
80. Atração Física
Estudaram clientes de um serviço de
relacionamento de vídeo que
selecionaram os pares a base de arquivos
que incluíram as fotografias, informação
de gostos e escolas, e detalhes de
passatempos e ideias.
Ao chegar a escolha real, o
determinante principal
era a fotografia.
Green, Buchanan, e Heuer (1984)
81. Atração Física
Os indivíduos fisicamente atrativos também se
beneficiam da crença comum de que o bonito é
bom.
As pessoas tendem associar a atração física com
atributos positivos de personalidade
Dominância
Boas destrezas sociais
Inteligência
Alegria
Boa saúde mental
Dion, Bersheid, e Walster, 1972
82. Atração Física
As pessoas atrativas são:
Julgadas como melhor adaptadas e não
perturbadas (Cash et al., 1977; Dion, 1972)
Julgadas como melhor de obter emprego apõs
entrevista (Dipboye et al., 1977)
Julgadas como mais felizes, com mais sucesso, e
com melhor personalidade e por isso mais
provável de se casar (Dion et al., 1972)
Passam mais facilmente por jurados se o
candidate era fêmea (Sigall e Ostrove, 1975)
Avaliadas com marcas melhores nos trabalhos
escritos se o aluno era mulher (Landy e Sigall,
1974)
83. Atração Física
As pessoas frequentemente pensam
que os indivíduos mais atrativos
também serão mais inteligentes.
Mas, não existe correlação entre
atração e inteligência
– Eagly, Ashmore, Makhijani, e Longo,
1991; Feingold, 1992; Jackson,
Hunter, e Hodge, 1995.
84. Combinando a atração
A atração física é desejada
Se somente procuramos a mais desejada, o mundo
ficaria vazio
Não há suficientes pessoas bonitas no mundo!
Procuramos pares sexuais da mesma nível de
atração de nós
– Isso garanta que obtemos o mais provável, e
ainda minimizamos simultaneamente a
probabilidade de rejeição.
85. Combinando a atração
Muitas evidencias favorecem essa hipótese de
combinação
Existe uma correlação forte entre a atração física
dos dois pares
Berscheid, Dion, Walster, e Walster, 1971
O dia a dia confirma essa hipótese
“Formam uma par ótimo”
Igual que muitos estudos empíricos
Berscheid e Walster, 1974; Feingold, 1988;
White, 1980.
87. O que é fisicamente atrativo?
Existe sem dúvida uma escolha
pessoal
“A beleza fica no olho do admirador”
Porém, existe mais concordância
sobre a atração de que esse ditado
sugere.
88. O que é fisicamente atrativo?
Pessoas de culturas distintas geralmente
concordam sobre quais caras são
atrativas, igualmente o que acontece
com pessoas de gerações diferentes
Cunningham, Roberts, Barbee, Druen, e Wu,
1998.
As evidencias também sugerem que as
crianças preferem as caras que os
adultos consideram atrativas, implicando
uma escolha inata
Langlois et al., 1987.
89. O que é fisicamente atrativo?
Ao largo das idades, gerações e
culturas, as pessoas atrativas quase
sempre têm:
Pele clara
Cabelo brilhante
Nenhuma deformação visível
90. O que é fisicamente atrativo?
As caras que são simétricas geralmente são
consideradas mais atrativas do que caras nbão
simétricas.
Geralmente, “a caras médias” (aquelas com
largura e tamanho do olho médios, e outros
atributos) são mais atrativas do que as caras
que demonstram desvios da média
– Grammer e Thornhill, 1994; Fink e Penton-Voak,
2002; Mealey et al., 1999; Rhodes et al., 1998;
Rhodes et al., 1999; Thornhill e Gagestad, 1999.
91. O que é fisicamente atrativo?
Porém, alguns desvios da média
aumentam o grau de atração
São aqueles que exageram os atributos
importantes da cara média.
A fêmea média tem olhos grandes,
cadeiras amplas, e uma queixa pequena
A cara feminina será mais atrativa se tem
olhos ligeiramente maiores da média,
lábios mais cheios da média, e outros
atributos
93. O que é fisicamente atrativo?
A cara do macho médio tem um
queixo firme, uma mandíbula
grande, e um sobrecelha
proeminente.
Por isso, a cara masculina será mais
atrativa se esses atributos são
exagerados.
96. O que é fisicamente atrativo?
Como no caso da cara, a simetria e sendo
normal contribuem a atração do corpo
humano.
Provavelmente isso explica porque os
indivíduos mais simétricos no tamanho
de suas mãos e pés começam ter
relações sexuais mais cedo e tem mais
pares sexuais durante sua vida
– Thornhill e Gangestad, 1994.
97. O que é fisicamente atrativo?
Tamanho corporal
É uma área onde as preferências variam
entre culturas e períodos temporais.
Porém, podem existir proporções
preferidas consistentemente.
Razão cintura a cadeira
A circunferência da cintura divida pela
circunferência da cadeira.
98. O que é fisicamente atrativo?
Várias pesquisas indicam que as mulheres
percebidas como mais atrativas possuíam uma
razão de aproximadamente de 7:10.
Por isso, se uma cultura favorece mulheres magras,
uma mulher com uma cinta de 38 cm e cadeiras de
76 cm seria considerada atrativa.
Se uma cultura favorece mulheres mais gordas, então
uma mulher com uma cinta de 50 cm e cadeiras de
82 cm pode ser ideal.
Em ambos os casos, a razão 7:10 fica preservada
Furnham et al., 1997; Henss, 2000; Singh, 1993; Singh e
Luis, 1995.
101. A base biológica da
atração
Por que caras simétricas e razão cinto a cadeira?
A explicação evolutiva é que a razão de cinto a
cadeira de 7:10 indica um pélvis maduro e um
estoque adequado de gordura
Capacidade de engravidar, sinaliza um par fértil
Uma razão relativamente baixa indica níveis mais
altos de estrogênio = melhor saúde e maior
fertilidade
Singh 1993; 1994.
Qualquer macho com uma preferência para essa forma
maximiza suas probabilidades de sucesso reprodutivo
A seleção natural favorece os indivíduos com essa
preferência.
102. A base biológica da
atração
A preferência para caras simétricas
também pode ter raízes evolutivas.
Vários problemas de saúde resultam e caras
assimétricas
A proximidade a media indica ausência desses
problemas
A atração a esses atributos seria mais provável
como resultado de proles saudáveis (Thornhill e
Gangestad, 1999)
A seleção natural favorece um organismo
que acha atrativas caras medias e
simétricas
103. A base biológica da atração
Ceticismo acerca dos argumentos
evolutivos
A atração facial é um indicador de saúde?
Kalick, Zebrowitz, Langlois, e Johnson, 1998
Se não é precisamos repensar o argumento
evolutivo.
Será possível que nossa preferência para
caras medias e simétricas se deriva de
outra fonte.
Temos uma preferência generalizada para o
balance
Preferimos relógios e aves médios mais do que
itens assimétricos
Halberstadt e Rhodes, 2000
104. Proximidade
“O que ela vê nele?”
Vários fatores simples tomam um
papel grande para determinar a
atração de uma pessoa.
Um dos fatores mais importantes é a
proximidade.
105. Proximidade
Os resultados da proximidade não sempre
são positivos
Pesquisa num complexo de apartamentos
demonstrou que as pessoas que moraram ali
desenvolveram relações de amigos com as
pessoas que também moraram ali.
Mas, as pessoas que elas não gostaram
também moraram ali
Ebbesen, e Kjos, e Kohecni, 1976.
106. Proximidade
A proximidade permite o
desenvolvimento da familiaridade
As pessoas tendem gostar o que é
familiar
Brickman e D’Amata, 1975; Moreland e
Zajonc, 1982; Zajonc, 1968
As pessoas expostas a fotografias de
caras desconhecidas julgaram as
desconhecidas serem mais aceitável
quanto mais observaram as fotografias
Jorgensen e Cervone, 1978
107. Familiaridade
Comparação de caras e imagens de
espelho
Se a familiaridade é crítica, nossos amigos
preferem uma visão não alterada de
nossa cara a sua imagem de espelho, mas
nós devemos preferir a imagem de
espelho
Os dados experimentais confirmam esse
caso
Mita, Dermer, e Knight, 1977.
109. Similaridade
As pessoas “iguais formam grupos” ou os
“opostos se atraem”?
As pessoas se atraem a outras que são
similares em vários atributos como
Raça
Origem étnica
Nível social e educacional
Historia familiar
Renda
Religião
Padrões de comportamento, como beber álcool ou fumar
110. Waynforth, D. e RIM Dunbar. 1995.
Conditional mate choice strategies in humans
- evidence from lonely hearts advertisements.
Behaviour 132: 755-779.
Abstract:
Classificados de jornais foram usados para testar a
hipótese sobre preferências por pares em homens
e mulheres.
… confirmamos o entendimento convencional de que, em geral, os homens
preferem mulheres novas com valor reprodutivo alto e as mulheres preferem
homens mais velhos do que elas ...
Homem
Mulher
111. Cuidado Humano da Prole
Tradicionalmente o Homem precisava
demonstrar que ele poderia sustar
a mulher e a mulher entrou com um
enxoval.
Hoje em dia, os homens apóiam os
filhos ainda se não morram com
eles.
Mudanças culturais: papeis trocados.
alguns homens ficam em casa para
criar os filhos e as mulheres
trabalham
5
112. Homogamia Humana
Pesquisa muita citada que afirma que
namoros americanos tendem ser
similares em todas as dimensões.
Esses resultados proporcionam uma
evidencia forte da homogamia
Uma tendência poderosa de que iguais
escolham iguais.
Burgess e Wallin, 1943
113. Homogamia
Influencia a estabilidade do par.
Os pares que ficaram juntos após 21/2 anos
foram mais similares do que os pares que
romperam.
Hill, Rubin, e Peplau, 1976
Pares casados tendem ser similares em
quase toda dimensão de personalidade
Caspi e Herbener, 1990
114. O que produz a homogamia?
Uma possibilidade é que a similaridade
facilita a ligação pessoal.
Outra possibilidade é que a
similaridade é um produto secundário
da proximidade.
– Por isso não conhecemos, interagem com
ou casamos com uma pessoa muito
dissimilar a nós.
Berscheid e Walster, 1978
116. Estratégias de acasalamento no
Homem: Teoria
Estratégias de acasalamento do Homem são
pluralísticas
Estratégias de largo prazo versus de curto prazo em
ambos os sexos (Buss e Schmitt, 1993)
Socio-sexualidade restrita versus não restrita em
ambos os sexos (Gangestad e Simpson, 1990)
Sistemas de neuro-transmissão separados permitam
experimentar várias de estratégias de
acasalamento (Fisher, 2002)
Estratégias de acasalamento do Homem são
facultativas
Custos e benefícios adaptativos (Buss e Schmitt,
1993)
Fatores ecológicos (Gangestad e Simpson, 2000)
117. Estratégias de acasalamento no
Homem: Evidencias
Evidencias entre culturas
– Prevalência de divorcio, casos extra-maritais,
prostituição, poligamia; variação na sociosexualidade
Evidencias de comportamento
– Desejo de vários parceiros sexuais, conteúdo das
fantasias sexuais, vontade de fazer sexo com
desconhecidos, etc. (especialmente nos homens)
Outras adaptações
– Tamanho comparativo dos testículos, dimorfismo
sexual
– Mecanismos da competição por espermas
– Ciúme sexual, outras defesas para proteger
parceiro sexual
119. O Homem é monógamo?
Não. Tendência a poliginia.
Quando existe uma escassez de fêmeas, a competição
aumenta entre os machos, e os machos maiores
ganham as lutas. Isso resulta num maior grau de
dimorfismo
Alternativamente, o dimorfismo pode evoluir porque os
indivíduos com atributos sexualmente atrativos, como
cores das aves, foram selecionados pelas fêmeas
Porém o dimorfismo no Homem não é tão exagerado, o
que sugere um grau baixo de poliginia
8
120. Chimpanzés
A bióloga Jane Goodall discute as
hierarquias de dominância e o
comportamento de reconciliação em
chimpanzés
– Os machos e as fêmeas possuíam
hierarquias de dominância
– Os primatas sociais gastam muito tempo no
comportamento de reconciliação
Contribua a estabilidade de grupo
125. Competição entre
Espermatozóides
Os machos precisam competir para produzir
mais espermatozóides e por isso sofrem
seleção por testículos maiores.
Short (1991)
Chimpanzés têm testículos grandes e são
poliginandros (promíscuos)
Gorilas têm testículos pequenos e são poliginos
(hárems)
O Homem tem testículos médios e são
ligeiramente promíscuos com uma tendência
de formar hárems
126. Avaliação de Sistemas de
acasalamento
1. Ignora as diferencias individuais dentro de
uma espécie.
2. As estratégias de acasalamento variam
segundo as circunstancias
Aves – variam as estratégias segundo as
diferencias ambientais.
3. Estratégia mais adaptiva é ter várias
opções e ser flexível.
4. O Homem tende a poligamia, mas a
monogamia beneficia a sobrevivência dos
filhos porque a ajuda do Homem é
necessária.
9
127. Outro Comportamento Reprodutivo
Adultério: os homens não têm nada a perder se
não são descobertos.
Ridley: 20% das crianças da Inglaterra são
filhos de homens que não são seus pais. Esse
resultado não replicado num estudo da Suíça
(1.4%)
Vantagens da promiscuidade:
Mulheres – aumenta a qualidade dos filhos
Homens – aumenta a quantidade de filhos
os resultados de Ridley muito duvidosos.
128. Outras Estratégias
Reprodutivas
Castidade: importante aos homens para garantir
que o filho é dele.
Buss (1989): 62% de 37 culturas estudadas –
os homens valorizaram a castidade mais do
que as mulheres.
3.Ciúme:
Homens – ciúmes da infidelidade sexual.
Mulheres – ciúmes da infidelidade emocional.
4.Estupro:
Thornhill propus que os Homens que não são
capazes de cruzar usam o estupro.
129. Avaliação da Teoria
Evolutiva da Reprodução
A psicologia evolutiva explica todo o comportamento em termos do
sucesso reprodutivo e não em termos das influencias sociais e
culturais.
Ocorrem mudanças grandes nas atitudes e comportamentos sexuais
durante os últimos 100 anos que não podem ser explicados
pela evolução.
Os argumentos contradizem, por exemplo, a monogamia e mais
provável quando os recursos são escassos porque um Homem
não teria muita probabilidade de atrair mais do que uma
mulher.
MAS
A poligamia é mais provável quando os recursos são escassos porque
as mulheres ficam melhores em grupo compartilhando os
recursos disponíveis.
Em leões as fêmeas reproduzem e caçam, e o macho não proporciona
recursos.
130.
131. Variância no sucesso reprodutivo do macho/
Variance in male RS/variance in female RS
Variância do sucesso reprodutivo da Fêmea
Nos mamíferos, o grau do dimorfismo
sexual está correlacionado com o grau
da poliginia
Male Mass/Female Mass
Massa do macho/ Massa da Fêmea
132. Escolha de Pares no
Homem
ANISOGAMIA: (gametas dissimilares) implica que os
homens têm maior probabilidade de maximizar o
sucesso reprodutivo por fazer sexo com várias
fêmeas. Precisam procurar mulheres férteis, e por
isso procuram:
Pares mais novos, mais saudáveis e mais atrativos
As fêmeas somente podem ter 1 a 2 filhos a cada 9
meses. Investimento pesado e por isso mais seletivas.
Preferem homens com recursos e compromisso.
Buss encontrou evidencia do mesmo entre culturas.
AFPC p212.
Davis’90: corazoes solitários.
133. Sistemas Reprodutivos do
Homem
O homem tem uma tendência biológica
para relações monógamas?
– O homem tem um dimorfismo moderado
O macho humano médio é aproximadamente 10%
maior e 3 cm mais alto do que a mulher.
Sugere uma tendência no sentido da poliginia.
134. Sistemas Reprodutivos
do Homem
A maioria das culturas tradicionais
permitam a poliginia
– Somente 16% das culturas estudadas
requerem arranjos de casamento
monóginos (Ford e Beach, 1951).
A maioria das sociedades modernas
rejeitam a poligamia
– Porém, existe evidencia que sugere que
os homens desejam mais pares sexuais
do que as mulheres (Symons, 1979)
135. Sistemas Reprodutivos do
Homem
Os teóricos evolutivos acreditam que as
diferencias entre os sexos estão ligados
a nossa natureza biológico
Os homens querem mais variedade sexual
porque é reprodutivamente adaptativa.
O investimento do homem em cada filho
(tempo e recursos) é pequeno
Podem ter o luxo de vários filhos
Mais filhos = mais genes na próxima geração
Mais mulheres para acasalamento = mais
probabilidade de ter mais filhos
136. Sistemas Reprodutivos do
Homem
As mulheres precisam avaliar seus pares
sexuais com mais cuidado
Mais interessadas numa relação familiar
estável
As mulheres não podem (biologicamente)
parir filho após filho
Um risco tremendo de encontrar o melhor pai
possível para seus filhos
Um homem que proporcionar recursos e apoio
137. Sistemas Reprodutivos do
Homem
Existe muita controvérsia sobre o papel
da seleção sexual
Os atitudes sexuais reflitam os valores
culturais e não as diferenças sexuais da
aptidão
As atitudes masculinas são formadas sob as
condições sociais nas quais os meninos aprendem
que suas conquistas sexuais comprovem que são
“machos”
As meninas aprendem apreciar os valores de casa,
família e um marido
138. Sistemas Reprodutivos do
Homem
Os dados da explicação evolutiva podem ter
outras interpretações
Pedersen et al, 2002
Os homens queriam 7.7 pares sexuais durante os próximos
30 anos mulheres queriam 2.8 pares sexuais durante o
mesmo período temporal.
Mas, em outras medidas, os homens e as mulheres foram
iguais.
Quase a metade dos homens indicaram que o número ideal
de pares sexuais era 1; e 98.9% dos homens indicaram que
esperaram juntar com um par sexual mutuamente
exclusivo durante a vida, idealmente durante os próximos
5 anos.
99.2% das mulheres queriam o mesmo.
139. Sistemas Reprodutivos do
Homem
Em geral
Existem diferencias entre homens e mulheres
no sentido previsto pela evolução
Porém,
Outros resultados ficam contrários as
previsões evolutivas
Os valores e esperanças culturais devem tomar
um papel tão importante como a biologia
140. 2
Seleção de Fêmeas na Escolha do Par
Clark e Hatfield: encontraram evidencia
de que as fêmeas são mais seletivos do
que os machos na escolha de um par
sexual.
Os alunos masculinos e femininos atrativos
se aproximaram alunos do sexo oposto
e ofereceram sexo no mesmo dia.
Aceitaram: homens 75%, mulheres 0%
141. Ênfase de Comportamento
sobre a acasalamento
Buss, D. 1994. The evolution of desire.
New York: Basic Books
Questionários anônimos em universidades
americanas
Procurou descobrir se homens e mulheres
têm atitudes diferentes referente a
acasalamento
142. Ênfase de Comportamento
Buss, 1994
sobre a acasalamento
Pergunta
Mulheres
Homens
Procura se casar?
Sim muito
Sim muito
Procura uma noite só de Não muito
sexo?
Muito
Quantos pares sexuais
gostaria ter em:
O próximo mês
Os próximos 2 anos
Sua vida
0.8
1
4-5
2
8
18
Você faria sexo com um
par desejado que
conhece por:
5 anos
2 anos
6 meses
1 semana
Menos de 1 semana
Provavelmente sim
Provavelmente sim
Neutra
Definitivamente não
Definitivamente não
Sim
Sim
Sim
Sim
Sim
143. Ênfase de Comportamento
sobre a acasalamento
Contratou homens e mulheres atrativos para se
aproximar a desconhecidos do sexo oposto em
universidades e perguntar:
“Estava olhando você e você é muito atrativo.”
– A. “quer sair comigo hoje?”
– B. “quer vir a meu apartamento hoje?”
– C. “vamos a cama hoje?”
Clark, R. e Hatfield, E. 1989. J. Psychology and Human
Sexuality 2: 39-55
144. Clark e Hatfield, 1989
Pergunta
Quer sair?
Quer ir ao meu
apartamento?
Quer ir a cama
comigo?
Mulheres
Homens
0.5
0.5
0.06
0.69
0.0
0.75
145. Outras evidencias da ênfase
do macho para a
acasalamento
A industria bilionária da pornografia
Prostituição
Número de parceiros sexuais registrados
por homens versus homossexuais
femininos
147. Amor e carinho: Compromisso
Robert Frank sobre amor e emoções sociais
Amor como um aparelho de compromisso
Analogia a inquilino e dono
Desligar mecanismos de procura de par
Esquecer alternativas e promover par
Realizar acasalamento e criação
“Amor” em outros contextos
crianças: tentações a procura fontes alternativas de
carinho
mães: tentações de “entregar,” redirecionar recursos
148. Amor e carinho: Altruísmo
Tooby e Cosmides: o Paradoxo do Bancário
3ra alternativa evolutiva a altruísmo (versus altruísmo
recíproco e seleção de parentesco)
Amizades como relações de “compromisso profundo”
Lógica evolutiva: investe em (seja altruístico a)
outros a quem seu bem-estar está ligado
Processo fora de controle Fisheriano
Passa acima de considerações de trocas sociais a
curto prazo a favor de benefícios de largo prazo
(difíceis calcular)
149. Amor e carinho
Dois sistemas distintos de “amor” em
adultos?
Amor como aparelho de compromisso (Frank)
Amor passional, atração
Compromisso ao parceiro escolhido para
acasalamentos de largo prazo
Duração suficiente para acasalamento, carinho e
cuidado parental
Ligação Intima (Tooby e Cosmides)
Mesmo mecanismo da amizade intima
“ligação” parte das relações românticas de
adultos?
150. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Quatro pontos fundamentais da evolução para
reconhecer:
A evolução é um fato. As espécies vivas mudaram ou evoluíram
no tempo.
A teoria de evolução de Darwin tenta explicar as forças que
causam as mudanças.
A seleção natural é o processo básico que determina a evolução.
Qualquer atributo que melhora a reprodução será favorecido pela
seleção natural.
151. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
A natureza da seleção sexual
É um problema adaptativo importante para ambos sexos é
a escolha de um par adequado.
Várias características levam a um sucesso reprodutivo
menor
E por isso não são selecionadas.
Uma capacidade reprodutiva baixa (como mais velho) é
uma das características.
152. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
A natureza da seleção sexual
Os machos e as fêmeas enfrentam problemas
adaptativos diferentes ao escolher um par.
Porque as mulheres precisam realizar um investimento
maior nos filhos, por via a gestação e cuidado parental,
ficam mais seletivas na acasalamento.
Os machos precisam competir entre eles
(competição intrasexual) para serem escolhidos.
153. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Comportamento Reprodutivo
FORMAS DA SELECÃO SEXUAL
Os indicadores físicos e de comportamento revelam os
atributos que possam ser repassados aos filhos (‘bons
genes’) e informação sobre as probabilidades da
sobrevivência do par para proteger e apoiar os filhos
(seleção para ‘bons pais’).
Os indicadores tendem ser ‘Condicionalmente
dependentes’ - os indivíduos mais saudáveis se cuidam
melhor e fazem um uso melhor dos indicadores
existentes (melhores cuidados e com aparência melhor).
154. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Comportamento Reprodutivo
FORMAS DA SELECÃO SEXUAL
O Homem é ‘pré–programado’ para lidar com a
sinalização desses indicadores importantes, o que
aumente seu desejo acasalamento.
O ser humano tem testículos de tamanho médio pelos
padrões dos primatas, sugerindo que o normal do homem
ancestral era ser moderadamente competitivo, para
proporcionar pares múltiplos para as fêmeas (Bakers e
Bellis, 1995).
155. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Comportamento Reprodutivo
CONSEQUENCIAS DA SELEÇÃO SEXUAL
Dimorfismo – diferencias físicas entre os sexos.
Sistema reprodutivo poliandro – um macho e várias
fêmeas.
A diferencia moderada de tamanho entre homens e
mulheres sugere que nossa espécie evoluiu sob um
sistema reprodutivo poligino, com uma seleção sexual
mais intensa entre os machos do que entre as fêmeas
156. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Comportamento Reprodutivo
CONSEQUENCIAS DA SELEÇÃO SEXUAL
Fêmeas com atributos de cara parecidos a crianças, como olhos
grandes e narizes pequenas são consideradas universalmente
mais atrativas (Perrett et al., 1994), como as caras masculinas
com barbas – influenciaram os atributos como mandíbulas
fortes e narizes maiores (Thornhill e Gangestad, 1993)
Neofilia (amor para o novo) influencia a escolha do par sexual
em muitas espécies. Propaganda criativa de comportamento de
cortejo displays’ como piadas, dança, música e arte (Muller,
1998).
157. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Investimento Parental
Diferencias sexuais
A seleção sexual ocorre como resultado dos
níveis diferentes de investimento parental
entre machos e fêmeas, como também entre
machos e fêmeas individuais.
No Homem é a mulher que investe
biologicamente mais no que o macho.
158. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Investimento Parental
Diferencias sexuais
Por que as mulheres investem mais do que os homens?
Anisogamia – as fêmeas investem na produção de
poucas gametas grandes e ricas em energia (ovos), e
os homens produzem muitas gametas de vida curta e
renováveis (espermas).
Gestação e lactação – as fêmeas proporcionam mais
recursos a zigoto em desenvolvimento internamente
durante nove meses (gestação) e produzem leite
para nutrir o filho (lactação).
159. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Investimento Parental
Diferencias sexuais
Por que as mulheres investem mais do que os homens?
Certeza da maternidade – devido a anisogamia e a concepção
interna, as fêmeas sempre sabem que o filho é dela mas os
machos não tem certeza acerca a paternidade.
Comitente aos recursos – devido a fatores expostos
anteriormente e a natureza de dependência dos filhos, as
fêmeas tem mais probabilidade para cuidado continuo do
filho devido ao investimento já realizado da mae.
160. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Investimento Parental
Diferencias sexuais
Investimento masculino!
O investimento masculino após a
concepção é duvidoso devido a carência
de garantias parentais.
161. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Investimento Parental
Diferencias sexuais
Investimento masculino!
Mais investimento masculino depende de [parte 1]:
[1] o número de fêmeas disponíveis.
[2] uma razão baixa de fêmeas a machos.
[3] uma alto grau de competição com outros machos.
[4] uma atração baixa a outras fêmeas (escolha do par
sexual).
Todos esses aumentarão o investimento em proles.
162. Explicações evolutivas do
comportamento do Homem
Investimento Parental
Diferencias sexuais
Investimento masculino
Mais investimento masculino depende de [parte 2]:
[1] A probabilidade da sobrevivência da prole.
[2] Clima rigorosa.
[3] Muitos predadores.
[4] Carência de alimento e apoio social.
A prole tem menor probabilidade de sobreviver
somente com o cuidado materno.
163. Resumo
Comparado a mulheres, os homens são
–
–
–
–
–
Maiores e mais musculares
Mais violentes
Mais prováveis morrer a qualquer idade
Mais prováveis matar um rival do mesmo sexo
Mais enfocados na acasalamento e variedade de parceiros
sexuais
Todas as evidencias sinalizam uma historia evolutiva de
poliginia no Homem
Os homens demonstram evidencia da adaptação a
competição de espermas
Os homens demonstram a infanticida no padrão de
adaptação
Os homens demonstram um interesse forte no
comportamento da acasalamento
164. O que aprendemos?
Os sistemas de
acasalamento são
respostas aos recursos
imitantes.
TO Homem conforme aos
padrões esperados de
outros primatas, mas seu
comportamento sexual pode
também ser modificado pela
cultura.
l
Ecologia de Populações
164
165. Tarefa
Discuta as evidencias das causas evolutivas das
avaliações de atração no homem.
Fontes de pesquisa
Gleitman, H., Fridlund, A.J., e Reisberg, D. (2004).
Psychology (6th Ed.).
Hogg, M.A., e Vaughan, G.M. (2002).
Social
Psychology (3rd Ed.)
Web of Knowledge / Web of Science
ScienceDirect - http://www.sciencedirect.com