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FARSA DE INÊS PEREIRA
 Género dramático que se centra no relacionamento humano, familiar e amoroso,
na oposição dos valores tradicionais e convencionais a valores individuais e
pessoais e no recurso frequente a um triângulo amoroso.
Farsa
 A nível formal/estrutural apresenta as seguintes características:
o ausência de divisão em atos e cenas;
o despreocupação com as unidades de tempo e de espaço;
o utilização de parcos recursos cénicos;
o reduzido número de personagens;
o abundância de tipos sociais característicos da época;
o presença eventual de uma personagemmodelada que evolui psicológica e
moralmente;
o delineamento de uma intriga com uma exposição, desenvolvimento e
desenlace;
o presença de sátira, fonte de cómico.
o Linguagem popular e arcaica.
o Sintaxe pouco elaborada.
o Uso predominante da redondilha maior (7 sílabas métricas).
 Inês Pereira é uma jovem solteira que anseia pelo casamento,
reclama da sorte por estar presa em casa, aos serviços
domésticos, cansando-se deles. Imagina casar-se com um
homem que, ao mesmo tempo, seja alegre, bem-humorado,
galante e que goste de dançar e cantar: tal logo se percebe na
primeira conversa que estabelece com a sua mãe e Lianor Vaz.
Estas duas têm uma visão mais prática do matrimónio: o
importante é que o marido cumpra com as suas obrigações
financeiras, enquanto que Inês está apenas preocupada com o
lado prazeroso, cortesão.
Farsa de Inês Pereira (resumo)
 O primeiro candidato, apresentado por Lianor Vaz, é
Pero Marques, camponês de posses, o que satisfazia
a ideia de marido, na visão da sua mãe, mas era
extremamente simplório, grosseirão, desajeitado,
factos que desagradam a Inês. Por isso, Pero
Marques é logo descartado, enquanto pretendente.
 Inês Pereira aceita, então, a proposta de dois Judeus
casamenteiros, Latão e Vidal, que somente se
interessam pelo dinheiro que o casamento arranjado
lhes pode render, não dando importância ao bem-
estar da moça. Então, apresentam-lhe Brás da Mata,
um escudeiro, que se mostra exatamente do modo
que Inês esperava, apesar das desconfianças da sua
mãe.
 Eles casam-se. No entanto, consumado o casamento, Brás da Mata, o seu recém-
marido, mostra ser um tirano, proibindo-a de tudo, até de ir à janela. Chega a pregar
as janelas para que Inês não olhe para a rua. Proíbe-a de cantar dentro de casa, pois
quer uma mulher obediente e discreta.
 Encarcerada na sua própria casa, Inês sente-se desgraçada. Mas a desventura dura
pouco, pois Brás da Mata torna-se cavaleiro e é chamado para a guerra, onde morre
nas mãos de um mouro pastor, enquanto fugia de forma cobarde.
 Viúva e mais experiente, fingindo tristeza pela morte do marido tirano, Inês aceita
casar-se com Pero Marques, o seu antigo pretendente. Este mostra-se bastante
diferente do primeiro marido, concedendo a Inês toda a liberdade que ela deseja.
Assim, a moça consegue sair e passear quando quer. Num desses passeios, encontra-
se com um Ermitão, que revela ser um seu antigo apaixonado. Inês compromete-se a
visitá-lo na sua ermida.
 Inês consegue que Pero Marques a conduza até ao local,
com o pretexto de o Ermitão ser um homem santo. O
marido chega a carregá-la às costas, enquanto atravessam
um rio. Durante a travessia, cantam uma música carregada
de ironia, na qual Inês chama o marido de “cervo” e de
“cuco” (gíria da época para “marido enganado”). Seguindo
o refrão da canção, Pero Marques limita-se a repetir: “Pois
assim se fazem as cousas”.
 Assim, Gil Vicente dá voz ao ditado/ mote que lhe foi
lançado: «Mais quero asno que me leve que cavalo que me
derrube.»
A representação do quotidiano
Representação de hábitos de vida e de costumes do dia a dia exibidos em várias cenas da
farsa.
• Estatuto da mulher, em particular da jovem solteira
• a falta de liberdade da rapariga solteira, confinada à casa da mãe e a viver sob o
jugo desta;
•a ocupação em tarefas domésticas (bordar, coser);
• o casamento como meio de sobrevivência e de fuga à submissão da mãe;
•diferentes conceções de vida e de casamento – diferenças intergeracionais;
• a tradição da cerimónia do casamento, seguida de banquete; a importância (ou não)
dada ao dote;
• a prática religiosa (ida à missa);
• a submissão ao marido da mulher casada e o seu «aprisionamento» em casa;
• o adultério.
• A presença de tipos que nos dão uma ideia de funções sociais significativas
Alcoviteira - o hábito de recorrer a alcoviteiras (Lianor Vaz) e os Judeus modo de vida
popular (Pêro Marques) vs modo de vida cortês (Brás da Mata);
Pêro Marques – camponês rude e simples, desconhecedor dos hábitos da vida urbana e
vivendo do trabalho rural duro e sem distinção social;
Escudeiro – figura sem destaque social, mas com aspiração a promoção. A decadência
da nobreza que procurava enriquecer através do casamento e buscava o prestígio
perdido na luta contra os mouros;
Judeus – cumprem um papel semelhante ao da alcoviteira, a pedido de Inês Pereira. O
tipo do judeu associa-se sobretudo ao negócio (neste caso, o dos casamentos
encomendados) e às diligências para obter lucro;
Ermitão – a devassidão do clero; a corrupção moral de mulheres que se deixavam
seduzir por elementos do clero; o episódio relatado por Lianor Vaz.
Presença da sátira, fonte de cómico
Mundo às avessas / subversão da ordem social estabelecida
– crise de valores (hipocrisia, tirania, adultério, devassidão do clero,
culto da aparência)
– conflitos sociais em potência (casamento entre pessoas de classes
sociais distintas)
Mecanismos
– Personagens-tipo (tipos sociais característicos da época)
– Recurso ao cómico (de situação, de caráter e de linguagem)
A sátira, estreitamente ligada ao cómico, ao riso e ao caricatural,
recai principalmente sobre as personagens de Inês Pereira, Pêro
Marques e Brás da Mata.
Dimensão Satírica
• A sátira torna evidente que, nesta sociedade, certos atributos – a ambição, a
ostentação, o fingimento – devem ser tratados como defeitos que importa criticar.
• Exige também uma certa cumplicidade com o público – facilmente alerta o
espetador para hábitos e figuras que ele reconhece e que importa corrigir.
Dimensão satírica - exemplos
Inês Pereira:
apresenta-se como revoltada contra os trabalhos domésticos;
• pretende libertar-se através de casamento;
• tem uma noção idealizada do casamento, muito longe da realidade;
• pretende um marido que seja bem-falante, tocador de viola, sedutor, mesmo que
nada tenha de comer; • é castigada quando vê desabar, na prática, o seu engano, a
sua conceção de casamento;
• encaminha-se, às costas do marido, para um encontro amoroso que fará de si
adúltera.
Pêro Marques:
• é visto pela primeira vez a caminhar desajeitadamente em busca da casa de Inês;
• revela incapacidade de falar, de seduzir;
• traz presentes inadequados para Inês;
• expõe a sua rusticidade de campónio que desconhece a função da cadeira;
• mostra a sua ingenuidade em assuntos amorosos, pois, encontrando-se de noite com Inês, não aproveita
para lhe dizer palavras de amor;
• leva a mulher às costas , com docilidade e ingenuidade, para se encontrar com um amante: é o modelo
do marido enganado e complacente – sem perdão, é castigado pelo riso.
Brás da Mata:
• reconhecimento, aquando da sua entrada em cena, acompanhado pelo Moço, de uma figura velha
conhecida: o escudeiro pelintra, fanfarrão, pretensioso;
• palavras do Moço, que, direta ou indiretamente, em vários apartes, castiga o amo ao lembrar-lhe a
pobreza esfomeada e descalça em que vive, ou se espanta com as manias de grandeza de quem até a viola
tem de pedir emprestada…;
• respostas do Escudeiro aos pedidos do Moço, a indicar caminhos de mentira e de dissimulação, ou a
propor-lhe o roubo para se alimentar;
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  • 1. FARSA DE INÊS PEREIRA  Género dramático que se centra no relacionamento humano, familiar e amoroso, na oposição dos valores tradicionais e convencionais a valores individuais e pessoais e no recurso frequente a um triângulo amoroso. Farsa
  • 2.  A nível formal/estrutural apresenta as seguintes características: o ausência de divisão em atos e cenas; o despreocupação com as unidades de tempo e de espaço; o utilização de parcos recursos cénicos; o reduzido número de personagens; o abundância de tipos sociais característicos da época; o presença eventual de uma personagemmodelada que evolui psicológica e moralmente; o delineamento de uma intriga com uma exposição, desenvolvimento e desenlace; o presença de sátira, fonte de cómico. o Linguagem popular e arcaica. o Sintaxe pouco elaborada. o Uso predominante da redondilha maior (7 sílabas métricas).
  • 3.  Inês Pereira é uma jovem solteira que anseia pelo casamento, reclama da sorte por estar presa em casa, aos serviços domésticos, cansando-se deles. Imagina casar-se com um homem que, ao mesmo tempo, seja alegre, bem-humorado, galante e que goste de dançar e cantar: tal logo se percebe na primeira conversa que estabelece com a sua mãe e Lianor Vaz. Estas duas têm uma visão mais prática do matrimónio: o importante é que o marido cumpra com as suas obrigações financeiras, enquanto que Inês está apenas preocupada com o lado prazeroso, cortesão. Farsa de Inês Pereira (resumo)
  • 4.  O primeiro candidato, apresentado por Lianor Vaz, é Pero Marques, camponês de posses, o que satisfazia a ideia de marido, na visão da sua mãe, mas era extremamente simplório, grosseirão, desajeitado, factos que desagradam a Inês. Por isso, Pero Marques é logo descartado, enquanto pretendente.  Inês Pereira aceita, então, a proposta de dois Judeus casamenteiros, Latão e Vidal, que somente se interessam pelo dinheiro que o casamento arranjado lhes pode render, não dando importância ao bem- estar da moça. Então, apresentam-lhe Brás da Mata, um escudeiro, que se mostra exatamente do modo que Inês esperava, apesar das desconfianças da sua mãe.
  • 5.  Eles casam-se. No entanto, consumado o casamento, Brás da Mata, o seu recém- marido, mostra ser um tirano, proibindo-a de tudo, até de ir à janela. Chega a pregar as janelas para que Inês não olhe para a rua. Proíbe-a de cantar dentro de casa, pois quer uma mulher obediente e discreta.  Encarcerada na sua própria casa, Inês sente-se desgraçada. Mas a desventura dura pouco, pois Brás da Mata torna-se cavaleiro e é chamado para a guerra, onde morre nas mãos de um mouro pastor, enquanto fugia de forma cobarde.  Viúva e mais experiente, fingindo tristeza pela morte do marido tirano, Inês aceita casar-se com Pero Marques, o seu antigo pretendente. Este mostra-se bastante diferente do primeiro marido, concedendo a Inês toda a liberdade que ela deseja. Assim, a moça consegue sair e passear quando quer. Num desses passeios, encontra- se com um Ermitão, que revela ser um seu antigo apaixonado. Inês compromete-se a visitá-lo na sua ermida.
  • 6.  Inês consegue que Pero Marques a conduza até ao local, com o pretexto de o Ermitão ser um homem santo. O marido chega a carregá-la às costas, enquanto atravessam um rio. Durante a travessia, cantam uma música carregada de ironia, na qual Inês chama o marido de “cervo” e de “cuco” (gíria da época para “marido enganado”). Seguindo o refrão da canção, Pero Marques limita-se a repetir: “Pois assim se fazem as cousas”.  Assim, Gil Vicente dá voz ao ditado/ mote que lhe foi lançado: «Mais quero asno que me leve que cavalo que me derrube.»
  • 7. A representação do quotidiano Representação de hábitos de vida e de costumes do dia a dia exibidos em várias cenas da farsa. • Estatuto da mulher, em particular da jovem solteira • a falta de liberdade da rapariga solteira, confinada à casa da mãe e a viver sob o jugo desta; •a ocupação em tarefas domésticas (bordar, coser); • o casamento como meio de sobrevivência e de fuga à submissão da mãe; •diferentes conceções de vida e de casamento – diferenças intergeracionais; • a tradição da cerimónia do casamento, seguida de banquete; a importância (ou não) dada ao dote; • a prática religiosa (ida à missa); • a submissão ao marido da mulher casada e o seu «aprisionamento» em casa; • o adultério.
  • 8. • A presença de tipos que nos dão uma ideia de funções sociais significativas Alcoviteira - o hábito de recorrer a alcoviteiras (Lianor Vaz) e os Judeus modo de vida popular (Pêro Marques) vs modo de vida cortês (Brás da Mata); Pêro Marques – camponês rude e simples, desconhecedor dos hábitos da vida urbana e vivendo do trabalho rural duro e sem distinção social; Escudeiro – figura sem destaque social, mas com aspiração a promoção. A decadência da nobreza que procurava enriquecer através do casamento e buscava o prestígio perdido na luta contra os mouros; Judeus – cumprem um papel semelhante ao da alcoviteira, a pedido de Inês Pereira. O tipo do judeu associa-se sobretudo ao negócio (neste caso, o dos casamentos encomendados) e às diligências para obter lucro; Ermitão – a devassidão do clero; a corrupção moral de mulheres que se deixavam seduzir por elementos do clero; o episódio relatado por Lianor Vaz.
  • 9. Presença da sátira, fonte de cómico Mundo às avessas / subversão da ordem social estabelecida – crise de valores (hipocrisia, tirania, adultério, devassidão do clero, culto da aparência) – conflitos sociais em potência (casamento entre pessoas de classes sociais distintas) Mecanismos – Personagens-tipo (tipos sociais característicos da época) – Recurso ao cómico (de situação, de caráter e de linguagem) A sátira, estreitamente ligada ao cómico, ao riso e ao caricatural, recai principalmente sobre as personagens de Inês Pereira, Pêro Marques e Brás da Mata. Dimensão Satírica
  • 10. • A sátira torna evidente que, nesta sociedade, certos atributos – a ambição, a ostentação, o fingimento – devem ser tratados como defeitos que importa criticar. • Exige também uma certa cumplicidade com o público – facilmente alerta o espetador para hábitos e figuras que ele reconhece e que importa corrigir. Dimensão satírica - exemplos Inês Pereira: apresenta-se como revoltada contra os trabalhos domésticos; • pretende libertar-se através de casamento; • tem uma noção idealizada do casamento, muito longe da realidade; • pretende um marido que seja bem-falante, tocador de viola, sedutor, mesmo que nada tenha de comer; • é castigada quando vê desabar, na prática, o seu engano, a sua conceção de casamento; • encaminha-se, às costas do marido, para um encontro amoroso que fará de si adúltera.
  • 11. Pêro Marques: • é visto pela primeira vez a caminhar desajeitadamente em busca da casa de Inês; • revela incapacidade de falar, de seduzir; • traz presentes inadequados para Inês; • expõe a sua rusticidade de campónio que desconhece a função da cadeira; • mostra a sua ingenuidade em assuntos amorosos, pois, encontrando-se de noite com Inês, não aproveita para lhe dizer palavras de amor; • leva a mulher às costas , com docilidade e ingenuidade, para se encontrar com um amante: é o modelo do marido enganado e complacente – sem perdão, é castigado pelo riso. Brás da Mata: • reconhecimento, aquando da sua entrada em cena, acompanhado pelo Moço, de uma figura velha conhecida: o escudeiro pelintra, fanfarrão, pretensioso; • palavras do Moço, que, direta ou indiretamente, em vários apartes, castiga o amo ao lembrar-lhe a pobreza esfomeada e descalça em que vive, ou se espanta com as manias de grandeza de quem até a viola tem de pedir emprestada…; • respostas do Escudeiro aos pedidos do Moço, a indicar caminhos de mentira e de dissimulação, ou a propor-lhe o roubo para se alimentar; • notícia do modo como morreu: fugindo cobardemente da luta.