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Inocência 
Visconde de Taunay 
Alunos: Alisson Santos 
Laíse Laia 
Marina Ciralli 
Nicoly Lopes 
Rafael Ferreira 
Literatura 
2ºC
Inocência 
BIOGRAFIA DO AUTOR 
Nome: Alfredo d’Escragnolle Taunay 
Nascimento: 22 de fevereiro de 1843. 
Filiação: Félix Taunay e Gabriela d’Escragnolle. 
Carreira: Aos 15 anos se formou em Bacharel em literatura e foi 
estudar matemática e física na escola militar; Fez carreira militar e 
ingressou no curso de engenheiro militar mais teve de interromper 
devido a guerra no Paraguai entre outros fatores. Taunay se tornou 
presidente da província de Santa Catarina em 1878 e em 1880 foi 
presidente da província do Paraná. 
Escola Literária: Romantismo/Naturalismo 
Morte: 25 de Janeiro de 1899 (55 anos), vitima de diabetes.
Inocência 
PERÍODO HISTÓRICO 
Acontecimentos que resultariam na proclamação da 
republica em 1889; 
Fim da guerra do Paraguai; 
Parte da sociedade Antiescravista e grande entrada 
de imigrantes; 
Criação do partido Republicano;
Inocência 
TEMPO E ESPAÇO 
Tempo 
A narrativa se desenrola em meados do século 
19. 
Espaço 
O espaço em Inocência é muito claro: sertão do então Mato 
Grosso (hoje Mato Grosso do Sul). Segundo o narrador, na 
região onde "confinam os territórios de São Paulo, Minas 
Gerais e Mato Grosso", na "parte sul-oriental da 
vastíssima província de Mato Grosso".(página 1) 
Taunay conhecia profundamente esse ambiente e procurou 
descrever o espaço do romance através de seu contexto nos 
costumes sertanejos. Buscando interpretar o sertão de Mato 
Grosso para captar e traduzir todos os elementos locais, 
Taunay descreve o ambiente em que o enredo irá se 
prolongar de uma forma detalhista. 
O legítimo sertanejo, explorador 
dos desertos, não tem, em geral, 
família. Enquanto moço, seu fim 
único é devassar terras, pisar 
campos onde ninguém antes 
pusera pé, vadear rios 
desconhecidos, despontar 
cabeceiras e furar matas, que 
descobridor algum até então haja 
varado. Cresce-lhe o orgulho na 
razão da extensão e importância 
das viagens empreendidas; e seu 
maior gosto cifra-se em enumerar 
as correntes caudais que 
transpôs, os ribeirões que 
batizou, as serras que 
transmontou e os pantanais que 
afoitamente cortou, quando não 
levou dias e dias a rodeá-los com 
rara paciência. 
(página 7)
Inocência 
PERSONAGENS 
Cirino 
Inocência 
Manecão 
Pereira 
Meyer 
Inocência: Tem cabelos longos e pretos, nariz fino, olhos 
matadores, beleza deslumbrante e incomparável, faces mimosas, 
cílios sedosos, boca pequena e queixo admiravelmente torneado. De 
beleza rara, Inocência é simples, bonita, arisca, humilde, meiga, 
carinhosa, indefesa e eternamente apaixonada.
Inocência 
PERSONAGENS 
Cirino: Cirino, autointitulado médico mas é prático em 
farmácia. Possuía um famoso Dicionário de Medicina 
Popular para orientá-lo no tratamento das doenças 
populares do sertão. Apesar de sua instrução, que o liga ao 
mundo urbano, suas origens e sua profissão mantêm-no 
ao mundo rural. Ele conhece e respeita os valores desse 
universo, embora discorde da postura de Pereira com 
relação à mulher. 
“Era homem que trajava ainda à moda antiga, usando de 
sapatos de fivela, calções de braguilha, e cabeleira 
empoada com o competente rabicho. 
A sua reputação de pessoa abastada era, em toda a 
cidade de Ouro Preto, tão bem firmada quanto a de 
refinado sovina, chegando a voz público a afirmar que o 
seu dinheiro, e não pouco, estava todo enterrado em 
numerosos buracos no chão da alcova de dormir.” 
(página 18) 
“Tinha quando muito vinte e cinco anos, presença 
agradável, olhos negros e bem rasgados, barba e 
cabelos cortados quase à escovinha e ar tão 
inteligente quanto decidido.” (página 9)
Inocência 
PERSONAGENS 
Pereira: é o centro da família de tipo patriarcal 
rural, possuidora de certa posse, possui os valores 
de um homem rústico em suas relações com a 
família e os moradores da redondeza. O narrador 
chama-lhe “legítimo sertanejo, explorador dos 
desertos”. Pai de Inocência, zeloso do 
compromisso de honra assumido com 
Manecão, a quem prometera entregar a filha 
em casamento. 
“... João Pereira, guarda avançada daquelas 
solidões, homem chão e hospitaleiro, que 
acolhe com carinho o viajante...” (página 1) 
Meyer: cientista alemão, pesquisador de 
borboletas. Também se interessa por 
Inocência. 
“Devia ser homem bastante alto e esguio e, como o 
observamos, apesar da hora adiantada da noite, 
com olhos de romancista, diremos desde já que 
tinha rosto redondo, juvenil, olhos gázeos, 
esbugalhados, nariz pequeno e arrebitado, barbas 
compridas, escorrido bigode e cabelos muito 
louros. O seu traje era o comum em viagem: 
grandes botas, paletó de alpaca em extremo 
folgado, e chapéu-do- chile desabado. 
(página 38)
Inocência 
PERSONAGENS 
Manecão: noivo de Inocência. Homem rude, mas 
decente, trabalhador, sério e acumulou fortuna, era 
dotado também 
de certa macheza. Alto, forte, pançudo e usava bigode. 
Enfim, vaqueiro bruto do sertão. Pessoa 
fria que matava, se fosse preciso, em defesa de sua 
honra. 
Maria Conga: criada 
Antônio Cesário: Padrinho de Inocência. Homem 
respeitado, de palavra, honesto e justo. Fazendeiro 
do sertão. 
Tico: Anão que vivia na fazenda, mudo, 
mas que foi capaz de entregar lnocência ao 
pai. Ele a vigiava e detinha profundo 
respeito e admiração pela mesma. Figura 
que lembra o Quasímodo de Victor Hugo 
Chiquinho: irmão mais velho de 
Pereira. 
“... é um homem às direitas, desempenado e 
trabucador como ele só... fura estes sertões todos e 
vem tangendo pontes de gado que metem pasmo. 
Também dizem que tem bichado muito e ajuntado 
cobre grosso, o que é possível, porque não é gastador 
nem dado a mulheres...” (página 29) 
José (Juque): ajudante de 
Meyer.
Inocência 
O jovem farmacêutico Cirino, em viagem de 
trabalho pelo sertão, hospeda-se na casa de um 
homem que conhecera no caminho, o Sr. Pereira. 
Ali, conhece Inocência, filha do dono da casa. 
Apaixona-se por ela, mas tem que lidar com 
alguns obstáculos. A moça estava prometida em 
casamento a Manecão e Pereira se mostra 
bastante zeloso da palavra empenhada, 
exercendo forte vigilância sobre o farmacêutico. 
Chega ao lugar o cientista alemão Meyer, 
estudioso de borboletas, trazendo boas 
indicações do irmão de Pereira. A admiração do 
estrangeiro pela beleza de Inocência transforma a 
receptividade inicial do dono da casa em antipatia 
mal disfarçada. Em respeito ao irmão, Pereira 
trata o estrangeiro com educação. Cirino, de sua 
parte, nutre certo ciúme, desconfiado das 
intenções do cientista. Meyer nada percebe, 
mantendo-se concentrado em suas pesquisas e 
parte assim que termina o trabalho. Cirino e 
Inocência declaram-se um ao outro. 
RESUMO DA OBRA 
Prevendo a resistência do pai, a moça sugere que 
o amado visite seu padrinho, Antônio Cesário, 
que mora em uma cidade próxima. A jovem 
acredita que o padrinho pode ajudar a 
convencer o pai a romper o compromisso com 
Manecão. Cirino parte, alegando que a viagem é 
para comprar medicamentos. O moço conquista 
a simpatia de Cesário, que se compromete a 
ajudar o casal de apaixonados. 
Na ausência de Cirino, Manecão aparece e 
reafirma os propósitos de matrimônio. Inocência 
recusa-se a cumprir o compromisso assumido 
pelo pai e provoca a fúria deste e do noivo. 
Pereira desconfia de imediato de alguma 
influência de Meyer na decisão da moça, mas 
Tico denuncia os amores de Inocência e Cirino. 
Cego de ódio, Manecão parte em busca do 
farmacêutico. Encontra-o no meio do caminho e, 
depois de rápido e ríspido diálogo, mata-o. 
Antônio Cesário chega ao local do crime ainda a 
tempo de encontrar Cirino com vida, ouvindo de 
seus lábios a última palavra: Inocência. 
A menina morre e, dois anos depois, Meyer 
celebra, na Europa, o sucesso de sua descoberta: 
uma nova espécie de borboleta que ele batiza 
com o nome da moça.
Inocência 
TEMÁTICA DA OBRA 
Sofrimento 
Simplicidade 
Amor impossível 
Honra 
Beleza 
Escravidão
Inocência 
DUALISMO 
Dualismo é um conceito religioso e filosófico que 
admite a coexistência de dois princípios necessários, de 
duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, 
e que estejam um e outro em eterno conflito. 
O dualismo na obra está presente no enredo e na 
linguagem. Há uma nítida oposição entre o mundo 
rural, representado por Pereira, e o mundo urbano, na 
figura de Meyer.
Inocência 
PERÍODO LITERÁRIO 
No Brasil, o romantismo somava quase 40 anos, 
quando visconde de Taunay lançou seu livro 
Inocência. Em um momento já desgastado do 
gênero, o livro de Taunay logo foi elogiado pela 
critica como um dos melhores romances 
regionalistas já escritos no Brasil. 
No final do romantismo brasileiro, a partir de 1960, 
as transformações econômicas, politicas e sociais 
levaram a uma literatura mais próxima da 
realidade. Com a decadência do regime monárquico 
e o ideal de republica, desenha-se uma transição 
para um novo gênero, o Realismo(Naturalismo). 
NA OBRA.... 
No período da obra, o romantismo brasileiro 
entrava em declínio e o Realismo se 
aproximava, portanto, esta obra é de transição 
para o Naturalismo por causa de uma grande e 
infalível característica o homem é produto do 
meio ou seja, as pessoas agem de acordo com o 
tipo de vida que levam.
Inocência 
ROMANTISMO 
O Romantismo brasileiro surgiu em 1836 com 
a publicação de "Suspiros Poéticos e 
Saudades" de Gonçalves de Magalhães. Mas se 
originou mesmo na Alemanha e Inglaterra no 
final do séc. XVIII e se desenvolveu no Brasil 
durante o séc. XIX. 
A característica principal da Poesia Romântica 
é a expressão plena dos sentimentos pessoais, 
com os autores voltados para o seu mundo 
interior e fazendo da literatura um meio de 
desabafo e confissão. A vida passa a ser 
encarada de um ângulo pessoal, em que se 
sobressai um intenso desejo de liberdade. 
O estilo romântico revela-se inicialmente 
idealista e sonhador, depois, crítico e retórico 
mas sempre sentimental e nacionalista. 
Características Gerais: 
Exaltação dos sentimentos pessoais; 
Expressa os estados da alma; 
Exaltação da liberdade, igualdade e reformas sociais; 
Valorização da natureza; 
Sentimento nacionalista 
NA OBRA... 
Taunay reforça uma das principais 
características do Romantismo europeu: a concepção de 
um único e idealizado amor, cuja impossibilidade de 
realização leva os protagonistas à morte. (Inocência, era 
fiel ao seu princípio amoroso, foi capaz de morrer de 
tristeza em face da ausência definitiva do amado).
Inocência 
CATEGORIA 
Romance Regionalista: Aborda questões sociais a 
respeito de determinadas regiões do Brasil, 
destacando características de cada região, linguajar 
típico da região muitas vezes é utilizado no 
Romance e as personagens são pessoas que vivem 
longe das cidades. 
“Corta extensa e quase despovoada zona da parte sul-oriental da 
vastíssima Província de Mato Grosso a estrada que da Vila de 
Sant'Ana do Paranaíba vai ter ao sítio abandonado de Camapuã. 
Desde aquela povoação, assente próximo ao vértice do ângulo em 
que confinam os territórios de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e 
Mato Grosso até ao Rio Sucuriú, afluente do majestoso Paraná, isto 
é, no desenvolvimento de muitas dezenas de léguas, anda-se 
comodamente, de habitação em habitação, mais ou menos chegadas 
umas às outras, rareiam, porém, depois as casas, mais e mais, 
caminham-se largas horas, dias inteiros sem se ver morada nem 
gente até ao retiro de João Pereira...” (pagina 1)
Inocência 
CATEGORIA 
O Romance Regional Brasileiro foi, sem dúvida, uma das 
mais difíceis das criações românticas. Das mais difíceis, 
porque não encontrando paralelo no Romantismo 
europeu, que se interessou mais pelos romances 
sentimental, urbano e histórico, nosso romance regional 
teve de sozinho, definir seus rumos e resolver seus 
problemas de adequação entre o real e o fictício, isto é, 
definir seu conceito de verossimilhança. Empenhado no 
projeto nacionalista de redescobrir o país nas suas 
variedades regionais e culturais, o romance regional 
mantém um vínculo direto com o real. Os Romances 
regionais eram publicados primeiramente em folhetins nos 
jornais e se fizessem sucesso eram organizados em um 
livro., por fazerem a descrição da vida rural marcada por 
influências urbanas. 
Taunay elabora diálogos com a 
NA OBRA... 
coloquialidade graciosa e natural do novo 
sertanejo "Nocência", "Por que se tocou 
assim no quarto", "é bom não se canhar 
assim", "sestiando", "Nhor-sim", "quer 
mecê", mas também utiliza a linguagem 
culta. 
Também faz um retrato acurado 
de usos e hábitos do sertão mato-grossense, 
que são identificados desde elementos do 
vocabulário até a indicação dos hábitos que 
o texto apresenta, na paisagem, nos tipos 
humanos e na linguagem.
Inocência 
FOCO NARRATIVO 
O ponto de vista externo define o narrador de Inocência como um narrador 
onisciente, que é tendência dominante na narrativa romanesca do século XIX. É 
o modelo clássico, que confere plenos poderes a uma só focalização: tudo é 
apresentado a partir de um único ponto, com onisciência e onipresença. Esse é, 
sem dúvida, um modelo narrativo que atende às necessidades do romance 
regionalista, que focaliza a vida, os costumes, os valores sociais a partir de um 
único ponto de vista.
Inocência 
NATURALISMO E IDEALIZAÇÃO 
A estrada que atravessa essas regiões incultas desenrola-se à 
maneira de alvejante faixa, aberta que é na areia, elemento 
dominante na composição de todo aquele solo, fertilizado aliás 
por um sem-número de límpidos e borbulhantes regatos, 
ribeirões e rios, cujos contingentes são outros tantos tributários 
do claro e fundo Paraná ou, na contravertente, do correntoso 
Paraguai. 
(Página 2) 
Ora e a perspectiva dos cerrados, não desses cerrados de arbustos 
raquíticos, enfezados e retorcidos de São Paulo e Minas Gerais, mas 
de garbosas e elevadas árvores que, se bem não tomem, todas, o 
corpo de que são capazes à beira das águas correntes ou regadas pela 
linfa dos córregos, contudo ensombram com folhuda rama o terreno 
que lhes fica em derredor e mostram na casca lisa a força da seiva 
que as alimenta; ora são campos a perder de vista, cobertos de 
macega alta e alourada, ou de viridente e mimosa grama, toda 
salpicada de silvestres flores; ora sucessões de luxuriantes capões, 
tão regulares e simétricos em sua disposição que surpreendem e 
embelezam os olhos; ora, enfim, charnecas meio apauladas, meio 
secas, onde nasce o altivo buriti e o gravata entrança o seu tapume 
espinhoso. 
(Página 2) 
Como são belas aquelas palmeiras! 
O estípite liso, pardacento, sem manchas mais que pontuadas estrias, 
sustenta denso feixe de pecíolos longos e canulados, em que assentam 
flabelos abertos como um leque, cujas pontas se acurvam flexíveis e 
tremulantes. 
Na base em torno da coma, pendem, amparados por largas espatas, 
densos cachos de cocos tão duros, que a casca luzidia, revestida de 
escamas romboidais e de um amarelo alaranjado, desafia por algum 
tempo o férreo bico das araras. 
(Página 5)
Inocência 
IDEALIZAÇÃO DA IMAGEM FEMININA 
Taunay conta com franqueza seu relacionamento com uma jovem 
que conheceu no Mato Grosso, a partir dai percebemos a origem 
mais íntima da personagem-título de lnocência, protótipo da mulher 
sertaneja imaginada pelo autor. 
“Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora ingenuidade, 
realçada pela meiguice do olhar sereno que, a custo, parecia coar por 
entre os cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos a ponto 
de projetarem sombras nas mimosas faces. Era o nariz fino, um 
bocadinho arqueado; a boca pequena, e o queixo admiravelmente 
torneado.” 
(página 33) 
“Jamais vira coisa tão perfeita como o seu rosto pálido. Os olhos 
franjados de sedosos cílios multo espessos e o seu ar meigo e doentio.” 
(página 31)
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Amor impossível no sertão

  • 1. Inocência Visconde de Taunay Alunos: Alisson Santos Laíse Laia Marina Ciralli Nicoly Lopes Rafael Ferreira Literatura 2ºC
  • 2. Inocência BIOGRAFIA DO AUTOR Nome: Alfredo d’Escragnolle Taunay Nascimento: 22 de fevereiro de 1843. Filiação: Félix Taunay e Gabriela d’Escragnolle. Carreira: Aos 15 anos se formou em Bacharel em literatura e foi estudar matemática e física na escola militar; Fez carreira militar e ingressou no curso de engenheiro militar mais teve de interromper devido a guerra no Paraguai entre outros fatores. Taunay se tornou presidente da província de Santa Catarina em 1878 e em 1880 foi presidente da província do Paraná. Escola Literária: Romantismo/Naturalismo Morte: 25 de Janeiro de 1899 (55 anos), vitima de diabetes.
  • 3. Inocência PERÍODO HISTÓRICO Acontecimentos que resultariam na proclamação da republica em 1889; Fim da guerra do Paraguai; Parte da sociedade Antiescravista e grande entrada de imigrantes; Criação do partido Republicano;
  • 4. Inocência TEMPO E ESPAÇO Tempo A narrativa se desenrola em meados do século 19. Espaço O espaço em Inocência é muito claro: sertão do então Mato Grosso (hoje Mato Grosso do Sul). Segundo o narrador, na região onde "confinam os territórios de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso", na "parte sul-oriental da vastíssima província de Mato Grosso".(página 1) Taunay conhecia profundamente esse ambiente e procurou descrever o espaço do romance através de seu contexto nos costumes sertanejos. Buscando interpretar o sertão de Mato Grosso para captar e traduzir todos os elementos locais, Taunay descreve o ambiente em que o enredo irá se prolongar de uma forma detalhista. O legítimo sertanejo, explorador dos desertos, não tem, em geral, família. Enquanto moço, seu fim único é devassar terras, pisar campos onde ninguém antes pusera pé, vadear rios desconhecidos, despontar cabeceiras e furar matas, que descobridor algum até então haja varado. Cresce-lhe o orgulho na razão da extensão e importância das viagens empreendidas; e seu maior gosto cifra-se em enumerar as correntes caudais que transpôs, os ribeirões que batizou, as serras que transmontou e os pantanais que afoitamente cortou, quando não levou dias e dias a rodeá-los com rara paciência. (página 7)
  • 5. Inocência PERSONAGENS Cirino Inocência Manecão Pereira Meyer Inocência: Tem cabelos longos e pretos, nariz fino, olhos matadores, beleza deslumbrante e incomparável, faces mimosas, cílios sedosos, boca pequena e queixo admiravelmente torneado. De beleza rara, Inocência é simples, bonita, arisca, humilde, meiga, carinhosa, indefesa e eternamente apaixonada.
  • 6. Inocência PERSONAGENS Cirino: Cirino, autointitulado médico mas é prático em farmácia. Possuía um famoso Dicionário de Medicina Popular para orientá-lo no tratamento das doenças populares do sertão. Apesar de sua instrução, que o liga ao mundo urbano, suas origens e sua profissão mantêm-no ao mundo rural. Ele conhece e respeita os valores desse universo, embora discorde da postura de Pereira com relação à mulher. “Era homem que trajava ainda à moda antiga, usando de sapatos de fivela, calções de braguilha, e cabeleira empoada com o competente rabicho. A sua reputação de pessoa abastada era, em toda a cidade de Ouro Preto, tão bem firmada quanto a de refinado sovina, chegando a voz público a afirmar que o seu dinheiro, e não pouco, estava todo enterrado em numerosos buracos no chão da alcova de dormir.” (página 18) “Tinha quando muito vinte e cinco anos, presença agradável, olhos negros e bem rasgados, barba e cabelos cortados quase à escovinha e ar tão inteligente quanto decidido.” (página 9)
  • 7. Inocência PERSONAGENS Pereira: é o centro da família de tipo patriarcal rural, possuidora de certa posse, possui os valores de um homem rústico em suas relações com a família e os moradores da redondeza. O narrador chama-lhe “legítimo sertanejo, explorador dos desertos”. Pai de Inocência, zeloso do compromisso de honra assumido com Manecão, a quem prometera entregar a filha em casamento. “... João Pereira, guarda avançada daquelas solidões, homem chão e hospitaleiro, que acolhe com carinho o viajante...” (página 1) Meyer: cientista alemão, pesquisador de borboletas. Também se interessa por Inocência. “Devia ser homem bastante alto e esguio e, como o observamos, apesar da hora adiantada da noite, com olhos de romancista, diremos desde já que tinha rosto redondo, juvenil, olhos gázeos, esbugalhados, nariz pequeno e arrebitado, barbas compridas, escorrido bigode e cabelos muito louros. O seu traje era o comum em viagem: grandes botas, paletó de alpaca em extremo folgado, e chapéu-do- chile desabado. (página 38)
  • 8. Inocência PERSONAGENS Manecão: noivo de Inocência. Homem rude, mas decente, trabalhador, sério e acumulou fortuna, era dotado também de certa macheza. Alto, forte, pançudo e usava bigode. Enfim, vaqueiro bruto do sertão. Pessoa fria que matava, se fosse preciso, em defesa de sua honra. Maria Conga: criada Antônio Cesário: Padrinho de Inocência. Homem respeitado, de palavra, honesto e justo. Fazendeiro do sertão. Tico: Anão que vivia na fazenda, mudo, mas que foi capaz de entregar lnocência ao pai. Ele a vigiava e detinha profundo respeito e admiração pela mesma. Figura que lembra o Quasímodo de Victor Hugo Chiquinho: irmão mais velho de Pereira. “... é um homem às direitas, desempenado e trabucador como ele só... fura estes sertões todos e vem tangendo pontes de gado que metem pasmo. Também dizem que tem bichado muito e ajuntado cobre grosso, o que é possível, porque não é gastador nem dado a mulheres...” (página 29) José (Juque): ajudante de Meyer.
  • 9. Inocência O jovem farmacêutico Cirino, em viagem de trabalho pelo sertão, hospeda-se na casa de um homem que conhecera no caminho, o Sr. Pereira. Ali, conhece Inocência, filha do dono da casa. Apaixona-se por ela, mas tem que lidar com alguns obstáculos. A moça estava prometida em casamento a Manecão e Pereira se mostra bastante zeloso da palavra empenhada, exercendo forte vigilância sobre o farmacêutico. Chega ao lugar o cientista alemão Meyer, estudioso de borboletas, trazendo boas indicações do irmão de Pereira. A admiração do estrangeiro pela beleza de Inocência transforma a receptividade inicial do dono da casa em antipatia mal disfarçada. Em respeito ao irmão, Pereira trata o estrangeiro com educação. Cirino, de sua parte, nutre certo ciúme, desconfiado das intenções do cientista. Meyer nada percebe, mantendo-se concentrado em suas pesquisas e parte assim que termina o trabalho. Cirino e Inocência declaram-se um ao outro. RESUMO DA OBRA Prevendo a resistência do pai, a moça sugere que o amado visite seu padrinho, Antônio Cesário, que mora em uma cidade próxima. A jovem acredita que o padrinho pode ajudar a convencer o pai a romper o compromisso com Manecão. Cirino parte, alegando que a viagem é para comprar medicamentos. O moço conquista a simpatia de Cesário, que se compromete a ajudar o casal de apaixonados. Na ausência de Cirino, Manecão aparece e reafirma os propósitos de matrimônio. Inocência recusa-se a cumprir o compromisso assumido pelo pai e provoca a fúria deste e do noivo. Pereira desconfia de imediato de alguma influência de Meyer na decisão da moça, mas Tico denuncia os amores de Inocência e Cirino. Cego de ódio, Manecão parte em busca do farmacêutico. Encontra-o no meio do caminho e, depois de rápido e ríspido diálogo, mata-o. Antônio Cesário chega ao local do crime ainda a tempo de encontrar Cirino com vida, ouvindo de seus lábios a última palavra: Inocência. A menina morre e, dois anos depois, Meyer celebra, na Europa, o sucesso de sua descoberta: uma nova espécie de borboleta que ele batiza com o nome da moça.
  • 10. Inocência TEMÁTICA DA OBRA Sofrimento Simplicidade Amor impossível Honra Beleza Escravidão
  • 11. Inocência DUALISMO Dualismo é um conceito religioso e filosófico que admite a coexistência de dois princípios necessários, de duas posições ou de duas realidades contrárias entre si, e que estejam um e outro em eterno conflito. O dualismo na obra está presente no enredo e na linguagem. Há uma nítida oposição entre o mundo rural, representado por Pereira, e o mundo urbano, na figura de Meyer.
  • 12. Inocência PERÍODO LITERÁRIO No Brasil, o romantismo somava quase 40 anos, quando visconde de Taunay lançou seu livro Inocência. Em um momento já desgastado do gênero, o livro de Taunay logo foi elogiado pela critica como um dos melhores romances regionalistas já escritos no Brasil. No final do romantismo brasileiro, a partir de 1960, as transformações econômicas, politicas e sociais levaram a uma literatura mais próxima da realidade. Com a decadência do regime monárquico e o ideal de republica, desenha-se uma transição para um novo gênero, o Realismo(Naturalismo). NA OBRA.... No período da obra, o romantismo brasileiro entrava em declínio e o Realismo se aproximava, portanto, esta obra é de transição para o Naturalismo por causa de uma grande e infalível característica o homem é produto do meio ou seja, as pessoas agem de acordo com o tipo de vida que levam.
  • 13. Inocência ROMANTISMO O Romantismo brasileiro surgiu em 1836 com a publicação de "Suspiros Poéticos e Saudades" de Gonçalves de Magalhães. Mas se originou mesmo na Alemanha e Inglaterra no final do séc. XVIII e se desenvolveu no Brasil durante o séc. XIX. A característica principal da Poesia Romântica é a expressão plena dos sentimentos pessoais, com os autores voltados para o seu mundo interior e fazendo da literatura um meio de desabafo e confissão. A vida passa a ser encarada de um ângulo pessoal, em que se sobressai um intenso desejo de liberdade. O estilo romântico revela-se inicialmente idealista e sonhador, depois, crítico e retórico mas sempre sentimental e nacionalista. Características Gerais: Exaltação dos sentimentos pessoais; Expressa os estados da alma; Exaltação da liberdade, igualdade e reformas sociais; Valorização da natureza; Sentimento nacionalista NA OBRA... Taunay reforça uma das principais características do Romantismo europeu: a concepção de um único e idealizado amor, cuja impossibilidade de realização leva os protagonistas à morte. (Inocência, era fiel ao seu princípio amoroso, foi capaz de morrer de tristeza em face da ausência definitiva do amado).
  • 14. Inocência CATEGORIA Romance Regionalista: Aborda questões sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil, destacando características de cada região, linguajar típico da região muitas vezes é utilizado no Romance e as personagens são pessoas que vivem longe das cidades. “Corta extensa e quase despovoada zona da parte sul-oriental da vastíssima Província de Mato Grosso a estrada que da Vila de Sant'Ana do Paranaíba vai ter ao sítio abandonado de Camapuã. Desde aquela povoação, assente próximo ao vértice do ângulo em que confinam os territórios de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso até ao Rio Sucuriú, afluente do majestoso Paraná, isto é, no desenvolvimento de muitas dezenas de léguas, anda-se comodamente, de habitação em habitação, mais ou menos chegadas umas às outras, rareiam, porém, depois as casas, mais e mais, caminham-se largas horas, dias inteiros sem se ver morada nem gente até ao retiro de João Pereira...” (pagina 1)
  • 15. Inocência CATEGORIA O Romance Regional Brasileiro foi, sem dúvida, uma das mais difíceis das criações românticas. Das mais difíceis, porque não encontrando paralelo no Romantismo europeu, que se interessou mais pelos romances sentimental, urbano e histórico, nosso romance regional teve de sozinho, definir seus rumos e resolver seus problemas de adequação entre o real e o fictício, isto é, definir seu conceito de verossimilhança. Empenhado no projeto nacionalista de redescobrir o país nas suas variedades regionais e culturais, o romance regional mantém um vínculo direto com o real. Os Romances regionais eram publicados primeiramente em folhetins nos jornais e se fizessem sucesso eram organizados em um livro., por fazerem a descrição da vida rural marcada por influências urbanas. Taunay elabora diálogos com a NA OBRA... coloquialidade graciosa e natural do novo sertanejo "Nocência", "Por que se tocou assim no quarto", "é bom não se canhar assim", "sestiando", "Nhor-sim", "quer mecê", mas também utiliza a linguagem culta. Também faz um retrato acurado de usos e hábitos do sertão mato-grossense, que são identificados desde elementos do vocabulário até a indicação dos hábitos que o texto apresenta, na paisagem, nos tipos humanos e na linguagem.
  • 16. Inocência FOCO NARRATIVO O ponto de vista externo define o narrador de Inocência como um narrador onisciente, que é tendência dominante na narrativa romanesca do século XIX. É o modelo clássico, que confere plenos poderes a uma só focalização: tudo é apresentado a partir de um único ponto, com onisciência e onipresença. Esse é, sem dúvida, um modelo narrativo que atende às necessidades do romance regionalista, que focaliza a vida, os costumes, os valores sociais a partir de um único ponto de vista.
  • 17. Inocência NATURALISMO E IDEALIZAÇÃO A estrada que atravessa essas regiões incultas desenrola-se à maneira de alvejante faixa, aberta que é na areia, elemento dominante na composição de todo aquele solo, fertilizado aliás por um sem-número de límpidos e borbulhantes regatos, ribeirões e rios, cujos contingentes são outros tantos tributários do claro e fundo Paraná ou, na contravertente, do correntoso Paraguai. (Página 2) Ora e a perspectiva dos cerrados, não desses cerrados de arbustos raquíticos, enfezados e retorcidos de São Paulo e Minas Gerais, mas de garbosas e elevadas árvores que, se bem não tomem, todas, o corpo de que são capazes à beira das águas correntes ou regadas pela linfa dos córregos, contudo ensombram com folhuda rama o terreno que lhes fica em derredor e mostram na casca lisa a força da seiva que as alimenta; ora são campos a perder de vista, cobertos de macega alta e alourada, ou de viridente e mimosa grama, toda salpicada de silvestres flores; ora sucessões de luxuriantes capões, tão regulares e simétricos em sua disposição que surpreendem e embelezam os olhos; ora, enfim, charnecas meio apauladas, meio secas, onde nasce o altivo buriti e o gravata entrança o seu tapume espinhoso. (Página 2) Como são belas aquelas palmeiras! O estípite liso, pardacento, sem manchas mais que pontuadas estrias, sustenta denso feixe de pecíolos longos e canulados, em que assentam flabelos abertos como um leque, cujas pontas se acurvam flexíveis e tremulantes. Na base em torno da coma, pendem, amparados por largas espatas, densos cachos de cocos tão duros, que a casca luzidia, revestida de escamas romboidais e de um amarelo alaranjado, desafia por algum tempo o férreo bico das araras. (Página 5)
  • 18. Inocência IDEALIZAÇÃO DA IMAGEM FEMININA Taunay conta com franqueza seu relacionamento com uma jovem que conheceu no Mato Grosso, a partir dai percebemos a origem mais íntima da personagem-título de lnocência, protótipo da mulher sertaneja imaginada pelo autor. “Do seu rosto irradiava singela expressão de encantadora ingenuidade, realçada pela meiguice do olhar sereno que, a custo, parecia coar por entre os cílios sedosos a franjar-lhe as pálpebras, e compridos a ponto de projetarem sombras nas mimosas faces. Era o nariz fino, um bocadinho arqueado; a boca pequena, e o queixo admiravelmente torneado.” (página 33) “Jamais vira coisa tão perfeita como o seu rosto pálido. Os olhos franjados de sedosos cílios multo espessos e o seu ar meigo e doentio.” (página 31)